Coluna Esplanada

Arquivo : Dilma

Dilma aguarda claque paga para a despedida
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Leandro Mazzini

Movimentos sociais bancados por programas do Governo federal esperam reunir cerca de 4 mil mulheres para acompanhar o adeus – provavelmente definitivo – da companheira Dilma Rousseff na quinta-feira, quando ela for notificada do afastamento.

Isso, caso o processo não seja interrompido, após a decisão monocrática de hoje do presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão, que anulou a sessão que derrubou Dilma na Casa.

E ela já avisou à segurança presidencial que vai ao encontro da turma.

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Mensageiro do impeachment, senador encomenda terno e treina pose
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Leandro Mazzini

vicentinho

Começou com Pedro Alvares Cabral em 1.500, quando deu aquele espelhinho para o índio e fundou a pátria dos narcisos.

O senador Vicentinho Alves (PR-TO) mandou confeccionar terno. Vaidoso, e devoto da família, como repete, não pode pecar pela imagem.

Primeiro-secretário, é ele quem vai entregar a notificação do impeachment a Dilma Rousseff na quinta. Quer aparecer bem na foto com a dona antes de ela rolar rampa abaixo no Planalto.

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Dilma, a ‘Cristal Bruto’ rampa abaixo
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Leandro Mazzini

cristal

Se ninguém demovê-la da ideia até a próxima quinta-feira, Dilma Rousseff vai dar trabalho demasiado à segurança presidencial no dia 12.

No apagar das luzes do Governo, Dilma – a Cristal, apelido usado pela segurança presidencial para identificá-la – retomou o perfil de ‘mandona’.

Não deu ouvidos aos auxiliares que queriam convencê-la a evitar descer a rampa do Palácio do Planalto na quinta, após ser notificada do processo de impeachment. Ríspida, avisou que quem quiser que a acompanhe na derradeira caminhada para o olho da rua – literalmente.

A equipe de segurança da Presidência não aguenta mais a chefe. Com seu ar arrogante, Dilma ganhou o velado apelido de Cristal Bruto.

Os agentes e oficiais militares estão menos tensos. Dizem entre portas que o futuro chefe, Michel Temer, é obediente aos roteiros e protocolos.

Dilma espera claque, daí sua decisão de descer à rua. Movimentos sociais bancados pelo Governo esperam reunir 4 mil mulheres para acompanhar o adeus – provavelmente definitivo – da companheira.

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Oposição articula CPIs de devassa em programas de Dilma
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Leandro Mazzini

Na Câmara e no Senado, parlamentares da oposição se articulam para abrir o máximo de CPIs para devassa em programas sociais do Governo.

Visam fragilizar ainda mais a presidente Dilma Rousseff nos 180 dias em que a petista estará afastada da Presidência.

Eduardo Cunha, o presidente da Câmara dos Deputados réu no STF, é um dos principais artífices da ofensiva das CPIs da devassa.

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‘Velaço’ programado para dia 11 na Esplanada
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Leandro Mazzini

Em resposta ao esvaziado protesto de apoio à presidente Dilma Rousseff em frente ao Congresso Nacional, chamado de ‘Iluminaço’, os movimentos antipetistas planejam promover o ‘Velaço’.

Está previsto para o dia 11, após a votação do processo. Pretendem espalhar milhares de velas acesas no gramado da Esplanada.

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As digitais de Renan nas tentativas para barrar Temer
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Leandro Mazzini

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Começou a autofagia no PMDB.

Embora ele tenha negado a tramitação, há digitais certeiras do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na ação do sexteto de senadores que pede o impeachment conjunto de Michel Temer com a presidente Dilma Rousseff – por ele ter assinado decretos de liberação de créditos sem autorização do Congresso Nacional.

Outro carimbo de Renan está em duas frentes: no discurso de colegas de que a Casa Alta não analisará o impeachment de Dilma enquanto a Câmara dos Deputados não atender a ordem do STF de instalar comissão para analisar o caso Temer; e no pedido de antecipação das eleições para presidente em outubro.

Renan e Temer não se bicam mais há anos. Entre portas, Temer o chama de ingrato, porque ajudou nas peças jurídicas que seguraram o senador em 2007 no escândalo da amante – que apeou Renan da presidência, mas segurou seu mandato.

Renan toca o impeachment a contragosto. É aliado de primeira hora da presidente Dilma e de Lula. E procrastinando o debate ele ajuda a dupla petista – além de incomodar Temer.

Fato é que Renan não engole o fato de Temer ter tomado seu lugar na chapa como vice de Dilma, aproveitando o escândalo de 2007.

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Ministros palacianos limpam as gavetas e convocam apadrinhados
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Leandro Mazzini

Os ministros palacianos Edinho Silva (Secom), Ricardo Berzoini (Governo) e Jaques Wagner (Gabinete) preparam gavetas para saírem junto com a presidente Dilma Rousseff dia 11 de maio, data da previsão no Senado de acolhimento da denúncia contra a chefe da nação.

Discretamente, o trio – núcleo duro de Dilma – tem chamado seus principais apadrinhados nos ministérios para rascunhar a saída honrosa – e para debater o futuro de cada um.

Alguns funcionários do terceiro e segundo escalões também já são remanejados para estatais.

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Dilma veta artigo que prevê só mulheres em revista feminina em presídios
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma vetou na lei 13.271 artigo que determinava revista feminina a detentas e mulheres visitantes feita somente por mulheres.

Primeiro, porque faltam carcereiras em todo o sistema penitenciário federal e estaduais. E outra, porque o artigo, segundo o Ministério da Justiça consultado, abriria interpretação jurídica para que homens fossem revistados por mulheres, e vice-versa.

Na revista para entrar em presídios, como notório, as mulheres podem ficar seminuas, o que seria desrespeitoso.

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