Coluna Esplanada

Arquivo : Eduardo Paes

Aliados já apostam em Paes e Caiado com Aécio em 2018
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Leandro Mazzini

caiado

Caiado – ele já foi candidato em 89. Foto: emaisgoias.com.br

É cedo, muito cedo – e tucanos ainda amargam a derrota de domingo. Mas aliados do PSDB já apontam potenciais vices para uma chapa com Aécio Neves em 2018, caso o tucano se candidate ao Planalto.

Caciques do Rio vislumbram possível dobradinha Aécio-Eduardo Paes, o prefeito que anda bem avaliado. Há dois anos o tucano trabalha para o PMDB entrar na coalizão, e Paes seria um caminho, além de Sérgio Cabral. Para tanto, seu grupo tem que se fortalecer e Michel Temer teria de romper futuramente com o PT, o que por ora é inviável.

Cresceu entre tucanos a cotação de Ronaldo Caiado (DEM) como um potencial futuro vice para Aécio Neves. Alguns tucanos  no Congresso Nacional dizem até que faltou a Aécio a ‘pegada’ direitista do senador eleito por Goiás.

Caiado foi candidato a presidente em 1989, na primeira eleição da redemocratização, e conhecido pela coerência política-partidária: representa a direita conservadora e o setor do agronegócio.


Jogos 2016: APO cria força-tarefa para elaborar Matriz de Responsabilidade
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Leandro Mazzini

A 30 meses das Olimpíadas do Rio, com o ritmo quase parando das obras tanto na Vila Olímpica quanto em Deodoro, no complexo militar, o governo decidiu pressionar a Prefeitura e o Governo do Estado para a elaboração da chamada Matriz de Responsabilidade – nada menos que um cronograma de obras e planilha de custos.

A Matriz é fundamental para que não se repita o erro do Pan Americano de 2007, quando, sem uma, o governo federal teve de arcar com custos finais e obras para a realização dos Jogos – e o custo inicial de R$ 700 milhões passou dos R$ 3 bilhões. Foi a modalidade “Salto sobre Verbas”

Parece tão simples, mas não é. Desde que a Autoridade Pública Olímpica (APO) foi criada, há mais de dois anos, os governos federal e estadual – e a prefeitura, principalmente – batem cabeça numa maratona de empurra-empurra e colocam em risco o grande evento. Sérgio Cabral e Eduardo Paes, numa reunião em Brasília, chegaram a dizer que não precisavam de APO federal (cada um criou a sua).

O novo APO, general linha dura Fernando Azevedo e Silva, decidiu então montar uma força-tarefa com os entes. Enviou convites formais para o município e Estado. Pediu que enviem integrantes técnicos para que participem do grupo de elaboração da Matriz definitiva. Tornou-se a prioridade da APO. Paes, outrora reticente, já apoia a ideia.

A decisão da força-tarefa para a Matriz não foi apenas administrativa, mas política também. Foi ordem da presidente Dilma, preocupada com o cronograma das obras. Por mais que tenha tentado nos últimos dois anos, o ex-APO Marcio Fortes encontrou grande resistência no assunto junto ao Estado e prefeitura. Agora, militar com perfil conciliador, segue a linha militar de “Missão dada, missão cumprida”.

Hoje e amanhã, o general da APO participa de seu primeiro encontro oficial com os integrantes do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), que acontece segunda e terça no Rio, na sede do Rio 2016.

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Piada do prefeito do Rio irrita membros do COI
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Leandro Mazzini

Conhecido como carioca extrovertido, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), fez uma piada fora de hora numa tensa reunião com membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) e irritou os integrantes.

O episódio ocorreu na última Segunda, no Rio, durante a apresentação de relatório sigiloso pelo COI no qual a entidade se mostrou muito preocupada com atraso de obras de mobilidade urbana mas principalmente do complexo olímpica.

Um deles, o jornalista israelense Alex Gilady, ex-presidente do canal NBC americano, reclamou que faltam hotéis no Rio, e os que existem não são bons. Segundo ele, não há hotel ‘de categoria’.

Paes, meio à brinca mas irritado, soltou para o interlocutor: ‘Da próxima vez que o senhor vier aqui, pode ficar na minha casa’. Mas ninguém riu, e o clima azedou de vez.

Como publicou a coluna, a reunião do Comitê do Rio com o COI a portas fechadas foi em clima tenso. Ninguém da prefeitura ou governo fala mais da prometida despoluição da Baía da Guanabara. A prefeitura agora já defende as provas de canoagem em Foz do Iguaçu, no Paraná, e de iatismo em Búzios, na Região dos Lagos.

Procurada ontem pela manhã, até o momento a assessoria do prefeito não se pronunciou.

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FALTA A CERCA ELÉTRICA..

A Câmara vai reformar as entrada de todos os anexos, para dificultar o acesso de manifestantes. Líderes foram consultados. Trocas de portas de vidros por grades.

PREFEITO DOS BAIXINHOS

Aperta-se o cerco ao prefeito de Coari (AM), Manoel Pinheiro. A Comissão de Segurança Pública da Câmara enviou ofício (126/13) ao Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do STF e do CNJ, para que averigue a ‘tramitação dos processos’ nos quais Pinheiro é acusado ‘de ser o maior estuprador/pedófilo do Brasil’. Pinheiro foi indiciado pela PF em operação de combate à Pedofilia, resultado da CPI, no Senado, que revelou uma quadrilha no Oeste amazonense. No sábado, jornais de Dalas, nos Estados Unidos, publicaram matérias. Procurada há dias, o assessor não retornou.

PISTA LIVRE

Recém-integrada ao poderoso Conselho Antipirataria do Ministério da Justiça, a presidente do SindiReceita (Analistas tributários), Silvia Felismino, vai para a reeleição como favorita. A entidade hoje comanda 16 mil servidores, entre ativos e inativos. Silvia fortaleceu-se nos dois últimos anos com a interface do sindicato com MJ, Receita, Fazenda e PF. Tem oposição apenas das regionais de Rio, Minas, Pará e Goiás.

MANÉ! JR.

O deputado Manoel Junior (PMDB-PB) publicou no Twitter foto da sua tela de votação: ‘Veja como votei na PEC do Voto Aberto’. Faltou mostrar o voto do caso Donadon.

CONVERSA DE LIVRARIA 

Os senadores Randolfe (PSOL-AP) e Cristovam (PDT-DF) se encontraram numa livraria na Terça. O socialista revelou que pretende se candidatar ao governo. E Cristovam, gaiato: ‘Você não tem idade pra ser comandante da PM’. Gargalharam.

A REFORMA DE WAGNER

O governador Jaques Wagner, da Bahia, prepara reforma administrativa para Dezembro. Aproveitará a saída dos secretários-candidatos às eleições – a maioria para deputados – e inicia novo secretariado para até o fim do governo. Wagner concluirá o mandato. O governador, que comanda 31 pastas, avalia se funde de cinco a sete secretarias ou deixa o plano para o sucessor. Ele tem meta de economizar R$ 350 milhões até Dezembro. As primeiras medidas saíram dia 1º de Julho.

FÉ NO TURISMO

A bancada religiosa estranhou e vai cobrar explicações do Ministério do Turismo a portaria 112/13 que excluiu da plataforma o turismo religioso. Querem saber do ministro Gastão Vieira se foi esquecimento ou discriminação.

JÁ COMEÇOU

O PSD perdeu mais um deputado, desta vez no Tocantins, por briga local. Ele se desentendeu com a senadora Kátia Abreu por candidaturas em 2014.

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Eduardo Paes na fila da excomunhão política
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Leandro Mazzini

Ao deixar na mão a cúria da Igreja do Rio, sem patrocínio e com todo o prejuízo da Jornada Mundial da Juventude, após a diocese trocar o megaterreno em Guaratiba, na Zona Oeste, por Copacabana, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) entrou na lista de risco de excomunhão política.

Foram os párocos da Zona Oeste, populosa, de maioria católica e fiel da balança nas eleições quem deram vantagem ao pemedebista nas duas eleições vitoriosas. O prefeito chegou a despachar numa sacristia durante a última campanha.

Candidato, Paes frequentou missas seguidas na Zona Oeste, citado nas homilias. A turma da batina anda revoltada, e se esquecida de vez, evita polêmica, mas há recados velados de que podem retaliar na próxima vez que o prefeito os procurar.

Paes tem buscado solução para cobrir o prejuízo e a promessa de apoio feita antes do evento.

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DECISÃO DE SERRA

José Serra está decidido a se filiar ao PPS em Outubro, para disputar a Presidência da República. Só não vai diante do inverossímil: Aécio abrir mão no PSDB.

DONADON, O MAKING OF 

No cantinho do plenário, ao fundo, a família do deputado Natan Donan (sem partido-RO) chorava copiosamente durante seu discurso de defesa, no processo de cassação – do qual saiu ileso. Para ir ao banheiro, dois seguranças o acompanhavam, um constrangimento para os colegas. Com a suspensão do mandato durante o tempo que ficar na cadeia, assume a vaga o suplente Amir Lando, ex-ministro da Previdência de Lula.

COMO ‘MÉDICI’ UMA HERANÇA

Veja como são outros os tempos dos herdeiros presidenciais. O filho de Lula ficou milionário com adicional de R$ 5 milhões de telefônica em empresa de games. Roberto Médice vive situação dramática sobre bens deixados pelo pai, o ex-presidente Emílio Médice: Uma pequena fazenda em Bagé, herança do avô, e um apartamento no Rio. Em litígio com a irmã adotiva, Roberto Médice – professor universitário aposentado com salário de R$ 4 mil – tenta reaver a parte de direito na fazenda da família. A propriedade está sub judice até a encrenca familiar se resolver.

LÁ E CÁ

Enquanto chegam médicos cubanos, a Secretaria de Relações Internacionais do PT organiza seleção de bolsistas para a Escola Latino-Americana de Medicina em Cuba, com tudo pago pelo regime de Fidel. Desde 1999 há a parceria. A bolsa ainda banca alimentação, hospedagem e o curso. Os estudantes selecionados ganham ajuda de custo

MMA NO PLENÁRIO 

As emissoras de TV fazem lobby forte contra o PL 5534/09, que proíbe a transmissão de lutas marciais não olímpicas na telinha. Se aprovado, a Globo fica proibida de transmitir o UFC. Mas a tramitação levará tempo ainda.

AMEAÇA DO NINHO

O deputado Walter Feldman (SP) se diz tranquilo, a despeito de o diretório municipal do PSDB paulistano pedir sua saída. Feldman é um dos maiores incentivadores da Rede de Marina Silva. Ele acredita que o diretório estadual segura o processo.

O CONDE SUMIU

Alvo de ação judicial por dívida de US$ 50 mil com o primo Gilberto Scarpa, revelado pela coluna, o socialite Chiquinho Scarpa apagou seus perfis no Facebook e Instagram, nos quais publicava fotos de passeios na Europa e de helicópteros no Brasil.

VAIVÉM NO AEROPORTO

A Inframérica e as aéreas batem cabeça no Aeroporto JK. Na Segunda, 22h, passageiros do voo 2092 da Gol (Guarulhos-BSB) foram avisados a bordo da reposição das bagagens na esteira 4. Após longa espera, funcionário os levou à esteira 1. Descobriu-se então emperrada, e foram para a 3. Isso levou meia hora – um terço do tempo de voo.

‘AUSÊNCIAS’ NO MUSEU

O Museu Nacional de Brasília sedia hoje abertura da exposição “Ausências do Brasil”, mostra de fotos simbólicas sobre “a ausência  deixada por doze brasileiros e cinco argentinos, mortos durante as ditaduras militares nos dois países”, projeto do fotógrafo argentino Gustavo Germano, com realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.

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Pirotecnia de políticos deixa hospitais na UTI
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Leandro Mazzini

Tema bem abordado hoje por Elio Gaspari, o Hospital Regional Norte, em Sobral (CE), acaba de dar entrada na UTI. Como tragédia pouca é bobagem no país da Piada Pronta, lembra José Simão, eis o inglório domingo do hospital que nem médico tem ainda, mas brilhou em inauguração fantástica com show de R$ 650 mil de Ivete Sangalo: após forte chuva neste domingo, caiu a marquise da fachada do prédio novo. Repito: novo. Leia aqui reportagem de O Povo, do Ceará.

Não é de hoje que a pirotecnia dos mandatários sábios em medicina deixa o povo sofrido sem hospitais – ou nos que existem, sem macas ou médicos. A literatura político-policial para a Saúde é tão vasta que, se a Justiça pusesse na cadeia todos os governantes que malversam a verba para o setor, faltaria camburão no país.

Outra tragédia é o desdém. Nota-se pelo histórico levantado pelo repórter – e publicado na coluna – que em caso de emergência, os mandatários confiam tanto em seus hospitais públicos a tempo de rumar para um particular.

Fim de Outubro do ano passado, o secretário de Saúde do Rio, doutor Sérgio Côrtes, foi levado às pressas para o Hospital Samaritano, em Botafogo, apesar de o da Lagoa, seu bairro, estar operando. Teve escola. Em 2010, o prefeito Eduardo Paes correu para cirurgia de emergência na tradicional Clínica São Vicente, na Gávea. Uma semana depois, deu entrada no Copa D’Or o governador Sérgio Cabral. Excelências em atendimento, nenhum dos hospitais acima é da rede pública. Leia a aventura do trio aqui. Cabral é o mesmo que vestido de presidente, em fins de 2010, anunciou como ministro da Saúde o Côrtes, sua cria, mas a dupla entrou no bisturi da Dra. Dilma Rousseff.

Em abril de 2012, o ministro do Turismo, Gastão Vieira, implantou um stent no coração no respeitado Sírio e Libanês, em São Paulo – onde por coincidência estava internado, naquela mesma semana, o presidente do Congresso e seu conterrâneo, José Sarney. Ambos maranhenses, não titubearam em pegar voos para a capital paulista. Naqueles dias, o repórter descobriu que um lavrador, senhor Pedro Nogueira, morreu de enfarte na Emergência do Hospital Nossa Sra. da Conceição, em Central do Maranhão (MA), por falta de atendimento. Em síntese, um abismo ético, estrutural, administrativo e tecnológico separou os destinos do senhor Nogueira de Sarney e Gastão.

Este hospital supracitado, público, fica na Av. Roseana Sarney, s/n. O nome é em homenagem à governadora do estado, que prometeu em sua campanha construir 72 hospitais. Quando mal de saúde, Roseana se interna no Sírio e Libanês, em SP. Ou, se emergencial, vai a um privado de São Luís e passa longe do Socorrão que o estado mantém (lotado). Foi o que aconteceu com a governadora no fim de janeiro.


Vossas Excelências! Charge de Aliedo
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Leandro Mazzini

O prefeito cinza-caju

Aconteceu há poucos meses. A presidente Dilma Rousseff chegou ao novo Instituto de Traumaortopedia no Rio, para inauguração, na zona portuária. Estava com ministros, e viu o prefeito Eduardo Paes (PMDB). Mandou para ele:
– Você está pintando o cabelo!.
Paes, ao lado do governador aliado Sérgio Cabral (PMDB), desconversou, desconcertado:
– Que é isso!? Não estou não, presidenta.
Cabral entrou no papo, mirando o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao lado da presidente e conhecido por pintar de preto os seus fios:
– Dilma, quem pinta é o Lobão.
Risos no ambiente, mas a presidente não se deu por vencida e cravou para o prefeito:
– Você está pintando sim, e até te digo qual é. É igual ao meu, cinza-caju.
Paes amarelou.

Charge de Aliedo

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Trio do poder no Rio evita os hospitais que administra
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Leandro Mazzini

O incidente que levou ao hospital Samaritano o secretário de Saúde do Estado do Rio, Sérgio Cortes, fecha o ciclo do atestado de incompetência do governo no setor. Cortes foi atendido após incêndio em sua cobertura, na sexta. Dia 9 de Agosto de 2010, o prefeito Eduardo Paes submeteu-se a cirurgia de cálculo renal na Clínica São Vicente. Sete dias depois, o governador Sérgio Cabral entrou no Copa D’Or após torcer o joelho direito. Excelências em atendimento, nenhum dos hospitais acima é da rede pública.

FUGA OFICIAL. Socorrido em seu prédio na sexta, Cortes foi levado pela ambulância do SAMU para o Samaritano, o que contraria a regra destas unidades móveis em rede privada.

MISTÉRIO. Depreende-se dos ocorridos que Cabral, Paes e Cortes sabem de alguma coisa que o pobre cidadão carioca não conhece sobre a rede pública à qual apela.