Coluna Esplanada

Arquivo : eleição 2014

Após duas décadas de domínio, Sarney vai perder Minas e Energia
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Leandro Mazzini

sarney

Sarney de saída – também do MME. Foto: EBC

Será uma troca de energia (literalmente política).

Um executivo do Conselho de Administração da Petrobras, cujo nome não foi divulgado ainda, é potencial cotado para assumir o Ministério de Minas e Energia.

Ele e Dilma foram colegas no Conselho da estatal. Quem indicava (até este ano) o nome para a pasta era o senador José Sarney. Há mais de duas décadas, desde que herdou a Presidência da República, o ministério era seu feudo. Mesmo durante as gestões tucanas – e isso envolve não apenas o comando da pasta, mas também dos indicados para a presidência das centrais elétricas etc.

Sarney ainda articula junto ao vice-presidente Michel Temer uma tentativa de convencer a presidente Dilma a nomear a filha Roseana Sarney para um ministério. Mas o cenário em nada ajuda o clã. O patriarca se despede do Senado, a filha, do governo do Maranhão – onde não elegeram o sucessor.

E para piorar a situação, Sarney foi flagrado pela TV Globo do Amapá votando em Aécio Neves.


Aécio confessa agruras da campanha
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Leandro Mazzini

Ainda saindo de uma ‘ressaca’ eleitoral, o senador-presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) começa a confidenciar a aliados algumas agruras da campanha deste ano.

Revelou que, no primeiro turno, entre a morte de Eduardo Campos e a ascensão de Marina Silva, quando tinha só 12% das intenções de votos, ‘meu telefone nem tocava’.

Já quando surgiu forte no segundo turno, foi uma bajulação.


Votos do Sul e Sudeste deram vitória a Dilma, e não Norte e Nordeste
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Leandro Mazzini

Ao contrário do que avaliam muitos marqueteiros e ‘especialistas’, não foi o Nordeste e o Bolsa Família de regiões pobres quem elegeram a presidente Dilma este ano, e sim os votos dos eleitores das regiões Sul e Sudeste.

A presidente Dilma teve maiores percentuais de votos contra Aécio Neves (PSDB) no Norte e Nordeste, mas a maior quantidade de votos para a petista, curiosamente, vieram do Sul e Sudeste.

Nordeste (20,1 milhões) e Norte (3,9 milhoes) renderam à petista 24.142.213 votos. Já o Sudeste (19,8 milhões) e o Sul (6,7 milhões) deram-lhe 26.627.802 de votos – exceto a proporcionalidade de votantes nas regiões, evidente, fica claro que se não fosse o contingente de eleitores petistas no Sul e Sudeste – onde os tucanos acreditavam levar vantagem – Dilma não teria essa diferença a favor.

MINAS

Se Aécio Neves (PSDB) tivesse alcançado 62,76 % dos votos em Minas estaria eleito, ou seja 1.731.000 votos a mais – desde que tivesse tirado de Dilma o mesmo número de eleitores. Neste caso, ela terminaria arredondando 52.770.000 votos, ele somaria 52.772.000 votos.

Minas, mesmo assim, ainda teria dado menos votos a Aécio do que São Paulo, onde 64,31 % dos paulistas sufragaram o tucano.


PSDB pede auditoria de apuração dos votos no TSE
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Leandro Mazzini

Quatro dias após o resultado oficial da eleição presidencial, na qual uma pequena diferença de votos – diante do contingente nacional – reconduziu a presidente Dilma (PT) ao segundo mandato, o PSDB decidiu pedir oficialmente uma investigação da apuração dos votos.

Em nota oficial, o partido informa acreditar na segurança da urna e no processo eleitoral, mas nas entrelinhas deixa claro que vê com desconfiança a lisura do processo de totalização dos votos das urnas.

Informa a nota: “Temos absoluta confiança de que o Tribunal Superior Eleitoral – TSE cumpriu seu papel, garantindo a segurança do processo eleitoral. Todavia, com a introdução do voto eletrônico, as formas de fiscalização, auditagem dos sistemas de captação dos votos e de totalização têm se mostrado ineficientes para tranquilizar os eleitores quanto a não intervenção de terceiros nos sistemas informatizados”.

“Diante deste quadro de desconfiança por parte considerável da população brasileira, o Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB decidiu apresentar ao TSE, no dia de hoje (30/10), um pedido de auditoria especial”.

Os tucanos querem uma comissão especial “formada por pessoas indicadas pelos partidos políticos, objetivando a fiscalização dos sistemas de todo o processo eleitoral, iniciando-se com a captação do sufrágio, até a final conclusão da totalização dos votos”.

FAIXAS DE PROTESTO

Nesta quinta (30), duas faixas foram fixadas pela manhã na Praça dos Três Poderes, na frente do Palácio do Planalto, com as inscrições “Impeachment” e “Fraude eleitoral” ( veja aqui ).

O mesmo grupo, criado em redes sociais, pretende promover um novo protesto na frente do TSE nesta sexta-feira, com mais faixas.

Atualização quinta, 30, 23h54 – Não há precedente no TSE para caso de partido questionar resultado de eleição presidencial.

Houve um questionamento de resultado em 2010, sobre o resultado da eleição para o governo de Alagoas, quando João Lyra, derrotado, quis nova apuração dos votos diante da derrota para Teotônio Vilela. Em abril daquele ano, o plenário rejeitou seu recurso.

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PSDB vai investir no discurso de que metade do País deu recado da mudança
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Leandro Mazzini

A reeleição da presidente Dilma Rousseff para o quarto mandato do PT diante de um resultado apertado evidencia que ela terá o desafio de se reinventar – e também todo o seu governo e metas.

Principalmente porque agora uma ‘oposição raivosa’ – como dizem altos petistas – chegou tão perto de retomar o Poder e perdeu por pouco. E é esse o discurso que principalmente o PSDB usará contra Dilma nos próximos quatro anos dentro e fora do Congresso Nacional: que metade do País quis a mudança e não conseguiu. É o discurso que os tucanos já ensaiam afinação desde ontem à noite.

A vitória é principalmente da presidente Dilma. Se ela evitasse os debates na TV, como desejava boa parte do PT, ela passaria imagem de fracassada e poderia ter perdido.


Bomba: Secretário de governador do AM negociou na cadeia apoio do tráfico
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Leandro Mazzini

O subsecretário de Justiça do governo do Amazonas, Carliomar Brandão, responsável pelo sistema penitenciário estadual, foi flagrado em áudio negociando com o maior traficante do Estado, detido na cadeia, o apoio da facção ao governador José Melo (PROS), que tenta a reeleição.

Na conversa com a autoridade máxima do sistema carcerário, o traficante Zé Roberto diz que a ‘família’ toda vota em José Melo, apesar de não conhecer o governador, mas em troca deixa claro que não quer problemas com o governo – ou seja, não quer combate ao tráfico no Estado.

Em resposta, Carliomar diz: “A mensagem que ele ( o governador ) mandou para vocês, agradeceu o apoio e que ninguém vai mexer com vocês, não”.

A denúncia foi publicada no início desta noite de domingo no site da VEJA, que teve acesso ao áudio ( aqui ).

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