Coluna Esplanada

Arquivo : emprego

Para oposição, IBGE esconde desemprego muito maior
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Leandro Mazzini

O senador Ataídes - há desconexão com a realidade. Foto: Ag. Senado

O senador Ataídes – há desconexão com a realidade. Foto: Ag. Senado

A oposição quer um pente fino no método de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desemprego no País. Os números podem ser muito maiores que o divulgado oficialmente pelo órgão.

Foi o que indicou o próprio coordenador de Trabalho e Rendimento do instituto, Cimar Pereira, durante audiência pública no Senado.

Entre os tópicos destacados pelo senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), que convidou o técnico, destaca-se o fato de IBGE considerar empregada a pessoa que faz um “bico”, mesmo que uma vez por semana.

“Se o trabalhador está há mais de 30 dias sem procurar emprego, ele não entra na estatística dos desempregados, mas sim dos desalentados”, complementa o senador.

Há dois outros fatores que contribuem para a desconfiança de que os índices são omitidos. A geração “nem-nem” – jovens que nem estudam nem trabalham – também não é registrada nos levantamentos. São cerca de dez milhões de jovens nessa situação.

E o IBGE não contabiliza como desocupados quem está recebendo seguro desemprego. E são outros milhões.

Senadores ficaram surpresos com a declaração-desabafo do coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE na audiência:

“Eu nunca gostei, como técnico, de analisar o mercado de trabalho pelo desemprego e, sim, pelo emprego. Para analisar o mercado de trabalho, não se deve usar a taxa de desocupação como indicador sintético”, disse Cimar Pereira.

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Senado analisa férias simultâneas de familiares em empregos diferentes
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Leandro Mazzini

Sai devagar do forno senatorial um projeto de lei (nº 552/11), do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que permite aos trabalhadores com laços familiares, mesmo em empregos distintos, gozarem de férias simultâneas.

É polêmico, pode dar encrenca, ou pode ser boa ideia – depende de muita negociação entre empregados e empregadores. Passou na Comissão de Assuntos Econômicos.

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Presidente da CNI prevê onda de demissões se crise persistir
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Leandro Mazzini

Andrade: eufemismo para evitar encrenca com a aliada presidente Dilma. Foto: EBC

Andrade: eufemismo para evitar encrenca com a aliada presidente Dilma. Foto: EBC

O presidente da Confederação Nacional das Indústrias, Robson Braga Andrade, usa um eufemismo para avisar que o setor vai demitir em massa se a crise continuar: “Existe a possibilidade de um ajuste no nível de emprego”, disse nesta terça-feira (28) em visita ao Senado.

Robson Andrade empurra discretamente a solução para o ministro Joaquim Levy: “Agora.., nós temos que ter política de desenvolvimento”, e frisou que confia no titular da Fazenda.

Na visão do presidente da CNI, não só o “1º de maio não vai ser dos mais fáceis, como o ano também não será”. E emenda: “Nunca vi um ano como esse”.

Com Maurício Nogueira


Em agência do trabalhador, ministro encontra africanos e incentiva emprego
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Leandro Mazzini

Em visita surpresa à agência do Ministério do Trabalho de Itajaí (SC), na segunda, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, encontrou imigrantes ganeses que procuram serviço com carteira assinada para legalização. A região vive um boom de mão-de-obra.

maneco

Manoel Dias conversa com ganeses na agência. Foto: Marcos Horostecki

Manoel Dias ouviu queixas de discriminação contra os africanos recém-chegados ao Brasil. Dias os animou e disse ao grupo que não deve se decepcionar com o Brasil: ‘Aqui tem emprego, logo vocês vão trabalhar’.

Desde antes da Copa do Mundo FIFA, milhares de africanos – em especial de Gana e Somália – desembarcaram no Brasil atrás de oportunidade de emprego. Têm se estabelecido no Sul e Sudeste do País. Chegaram com vistos de turistas mas procuram emprego estável e pretendem ficar no Brasil.


Abordagem do tema desemprego opõe comitês do PT e PSDB
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Leandro Mazzini

Os comitês eleitorais da presidente Dilma Rousseff e do tucano Aécio Neves estão em confronto velado – em especial os marqueteiros. Por causa da abordagem da petista, nos discursos e inserções na TV, sobre o tema emprego e desemprego.

Para os tucanos, Dilma faz ‘terrorismo’ nos discursos quando fala que o adversário, mesmo sem citá-lo, vai ‘cortar’ ou ‘diminuir’ empregos.

Não é o que Aécio prega. O tucano tem repetido que, se eleito, fará uma limpa nos cargos comissionados da União e enxugará o número de ministérios pela metade – esse seria o ‘desemprego’ citado pela presidente.

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Índios da Raposa Serra do Sol migram para favelas de cidades vizinhas
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Leandro Mazzini

Vista do horizonte numa tarde na reserva: onde havia plantações só há capim seco – FOTO : Comissão de Integração Nacional

Em tempos modernos, os nativos de várias etnias querem se engajar no mundo tecnológico e urbano. É o que se constatou há uma semana durante visita de parlamentares de Brasília: Um curioso fenômeno de migração pós-demarcação na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, de índios para cidades vizinhas.

A comitiva parlamentar que voltou da reserva está pasma: desde a demarcação, muitos índios preferiram deixar as terras e morar em Pacaraima, cidade de agricultores, em favelas perto de um lixão, e onde também se concentram os agricultores indenizados que perderam suas terras. Há também debandada para a capital Boa Vista, quase uma vizinha da reserva. São milhares, diz o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS).

Não há ainda um dado oficial sobre o quantitativo, mas segundo relatos aos parlamentares a migração dos nativos é constante, atrás de emprego, renda e moradia. A reserva está abandonada e sem plantações.

Outro dado diagnosticado: Os nativos que sobrevivem na reserva – praticamente metade do tamanho da Suíça  – concentram-se apenas em 35% da área delimitada, muitos sobrevivem do Bolsa Família e as poucas crianças que estudam são transportadas em picapes de luxo tração 4×4 alugadas pelo governo do estado.

A reserva ocupa 17 mil km² do total de 224 mil km² de Roraima. No estado, 46% do território – ou 104 mil km² – são de reserva indígena.

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Instalações abandonadas: no local se escoava o arroz da colheita para caminhões


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