Collor, o croissant e o querosene: traumas do desprestígio
Leandro Mazzini
Enrolado na operação Lava Jato, o senador Fernando Collor (PTB-AL) sentiu na pele o que é um ex-presidente sem prestígio.
Há dias, numa cafeteria no shopping Gilberto Salomão, no Lago Sul de Brasília, ele pediu um croissant. E a atendente, seca: “Acabou!” (tinha congelado, saía em 2 minutos). “Fiquei desolado”, resmungou o parlamentar a um amigo.
Foi a segunda vez, em público, que Collor viu seu poder pelo ralo. Quando foi apeado da presidência da República, já no helicóptero que o levava para a base aérea, Collor pediu o comandante para sobrevoar Santa Maria (DF), a fim de ver uma escola CIAC que construía. O piloto foi breve: “Não tem querosene para isso!”.