Coluna Esplanada

Arquivo : flávio bolsonaro

Poder dos ‘Bolsokids’ no Rio fará diferença no 2º turno
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Leandro Mazzini

Há quem espalhe que os Bolsonaro saíram derrotados no Rio de janeiro. Engano puro.

A despeito da implicância de parte do eleitorado contra o perfil da família política – até na página da PUC Rio apareceu um ‘não vote em Bolsokid’ – o clã mantém o nível de votos na capital.

A família capitaneada pelo polêmico deputado federal Jair Bolsonaro – presidenciável do PSC para 2018 – fez um dos vereadores mais votados do País, e o campeão de votos no Rio (Carlos, o filho, reeleito).

O candidato a prefeito Flávio Bolsonaro, outro filho de Jair, tornou-se o fiel da balança para o 2º turno. Seus 14% de votos válidos no 1º turno podem fazer a diferença agora.

Qualitativas do PSC apontam que o eleitor dos Bolsonaros é fiel ao clã e o perfil conservador e de militares pode migrar o voto para Marcelo Crivella (PRB), contra Marcelo Freixo (PSOL).

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Filho de Bolsonaro é reeleito o vereador mais votado do Rio
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Leandro Mazzini

Não deu para o Flávio, candidato à prefeitura da capital, mas outro filho do deputado federal Jair Bolsonaro levou a melhor para vereador. Carlos Bolsonaro (PSC) foi reeleito o mais votado da cidade, com 106.657 votos (3.65% dos válidos).

A despeito da derrota para prefeito, outro filho do deputado, Flávio Bolsonaro (PSC) obteve um surpreendente resultado para quem disputou pela primeira vez o cargo.

Ficou em 4º lugar, com 424.327 votos (14%), atrás de Pedro Paulo (PMDB), que chegou a 488.775 votos (16,12%).

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Crivella se dissocia da igreja e do tio, e consolida liderança no Rio
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Leandro Mazzini

O jogo embolado para o segundo colocado na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, segundo as pesquisas de sondagem de intenção de votos, mostra que o carioca viverá uma das eleições de maior expectativa do País e que Marcelo Crivella (PRB) desponta pela primeira vez como o favorito para o cargo.

Em eleições passadas, Crivella aparecia como um dos favoritos no primeiro turno – para a prefeitura ou para o Governo do Estado – mas desta vez ele avança com mais de 20 pontos de vantagem sobre o segundo colocado – com 30% a 32%.

Jandira Feghali (PCdoB), Marcelo Freixo (PSOL), Pedro Paulo Carvalho (PMDB) e Flávio Bolsonaro (PSC) estão tecnicamente empatados com índices que variam de 7% a 9%.

Algumas características ajudam o candidato do PRB. Há anos o senador Marcelo Crivella faz um intenso e transparente de trabalho de dissociar seu nome da Igreja Universal e da sombra do tio Edir Macedo.

O avanço no Rio de Janeiro confirmado nas pesquisas (até nas qualitativas) dos partidos adversários indica êxito. O favoritismo na corrida vem de frentes variadas: recall das eleições passadas, uma forte coligação e visitas semanais às comunidades desde que foi eleito senador, mantendo um ‘corpo a corpo’ ativo para demandas de eleitores.

Há fator novo neste pleito: sua rejeição caiu, e subiram as intenções nas classes A e B.

SEGUNDO TURNO

Os números indicam a possibilidade de um segundo turno na capital fluminense. Com a saída de Eduardo Paes de cena, o PMDB ainda não conseguiu emplacar Pedro Paulo, mesmo com a ‘máquina da administração na mão’.

Os trackings dos partidos indicam que um eventual segundo turno pode ter uma inusitada disputa entre Crivella e Freixo. Caso Pedro Paulo cresça nesta última semana – Paes entrou para valer na campanha, gravando vídeos e áudios para a propaganda eleitoral – há possibilidade de Crivella x Pedro Paulo.

Diante das perspectivas, nos bastidores já se concretizam algumas alianças informais visando o segundo turno. Há indicativo de que, independentemente de quem for para esta etapa, Crivella vai conseguir o maior número de partidos aliados na composição política.

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