Coluna Esplanada

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Dissidência no PMDB para o PTN pode alcançar 15 deputados
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Leandro Mazzini

Parte da bancada do PMDB reunida com o vice-presidente Michel Temer, num dos encontros do ano passado. Foto: PMDB

Parte da bancada do PMDB reunida com o vice-presidente Michel Temer, num dos encontros do ano passado. Foto: PMDB

Na ‘janela’ do troca-troca partidário sem perda de mandato, a partir do próximo dia 18 de fevereiro, o PMDB corre o risco de perder até 15 deputados da sua bancada de 67.

Uma grande turma garante que vai para o Partido Trabalhista Nacional (PTN), uma legenda nanica, mas com blindagem de um (por ora) poderoso mandatário.

Trata-se da turma dissidente de Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, atualmente rival do líder Leonardo Picciani, que deve ser reconduzido ao cargo.

A reeleição de Picciani, ex-aliado e agora adversário figadal de Cunha, é o motivo da esperada debandada. Picciani alinhou-se ao Palácio do Planalto e ao Governo Dilma, a quem Cunha declarou-se opositor.

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‘Janela’ já causa sangria nos partidos
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Leandro Mazzini

Weliton Prado, que deixa o PT pelo PMB. Foto: divulgação

Weliton Prado, que deixa o PT pelo PMB. Foto: divulgação

A ‘janela partidária’ prevista para abrir no próximo dia 18 começa a causar sangria em todos os partidos, da base e oposição.

O PSDB vai perder, por baixo, quatro deputados, entre eles Alfredo Kaefer (PR) e Delegado Valdir – embora negue, os pares confirmam saída, porque não terá a legenda para disputar a prefeitura de Goiânia.

A despeito de a ‘janela’ não ter efeito sobre cargos majoritários, o senador tucano Alvaro Dias já entrou para o PV, com sonho de disputar o Planalto – a exemplo do deputado Jair Bolsonaro, que troca o PP pelo PSC, pelo qual tentará primeiro, este ano, a prefeitura do Rio. Weliton Prado (MG) deixa o PT pelo Partido da Mulher Brasileira.

Caso curioso é o PP. Enrolado na Lava Jato, perde só dois deputados – Bolsonaro e Missionário Olímpio (SP) e vai ganhar cinco membros. “Imagina o que estão dando para esse pessoal entrar na legenda”, brinca um cacique.

Um empresário de ideias sociais-liberais, Alfredo Kaefer estuda se filiar ao PSL, onde tem a garantia de protagonismo nacional com missão de rearranjo do partido.

Após especulações de que vai para o PSD, o deputado federal Jerônimo Goergen (RS) garante que fica no famigerado PP, por questões locais.

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Partidos promovem corrida da filiação para eleições municipais
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Leandro Mazzini

Com a eleição municipal “na porta”, e o calendário eleitoral apertado, partidos correm para filiar candidatos a vereadores e a prefeitos até 2 de Outubro.

A corrida ocorre apesar da esperança da “janela” de seis meses para troca de partido, na mesa da presidente Dilma. Ninguém confia que a presidente Dilma vá autorizar a “janela” – muitos, da base e oposição, apostam que ela pode vetar a emenda no projeto de lei da reforma política enviada. Ela tem até a próxima semana para sancionar ou vetar os pontos da reforma.

O texto prevê que a “janela” para desfiliação de partidos sem perda de mandato será de 30 dias, válida antes do prazo de filiação antecipada exigida. O prazo de filiação também mudou. Passou de 12 meses antes das eleições para seis meses. A bola do jogo está com Dilma.

Outra descoberta dos envolvidos na campanha de filiação é que ninguém quer o PT. “O voto de 2016 será o anti-PT”, sentencia um experiente senador da base governista.

Um grupo de deputados cita o mesmo risco: num governo instável, a presidente Dilma pode segurar a sanção da reforma eleitoral com medo de o PT perder filiados. Por isso o partido votou em peso contra a proposta no plenário da Câmara.

Outro parlamentar compara o PT com a Petrobras: o partido é uma grande “empresa”, pelo tamanho da máquina, mas ninguém investe numa com ações em baixa.


‘Janela’ para troca de partidos não é consenso entre senadores
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Leandro Mazzini

Aprovada em primeiro turno na Câmara, no pacote da reforma política, e prevista para segunda votação antes do recesso parlamentar, a ‘Janela’ de 30 dias, brecha na lei pela qual mandatários poderão mudar de partido sem risco de perder a vaga, pode cair no Senado.

Isso na visão dos partidos de oposição. Num levantamento prévio, os senadores descobriram que ela vai favorecer os partidos da base.

Um grupo de senadores já articula a possibilidade de acordão para ‘abri-la’ em 2017, após as eleições municipais e os quadros consolidados.


Com iminência da ‘Janela’, deputados já negociam troca de partido
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Leandro Mazzini

Clarrisa - herdeira do clã Garotinho almeja a prefeitura do Rio. Foto: Folha da Manhã

Clarrisa – herdeira do clã Garotinho almeja a prefeitura do Rio. Foto: Folha da Manhã

Mal a Câmara aprovou em primeiro turno na quarta à noite, por maioria apertada (nove votos de vantagem), a emenda que cria a ‘janela’ para a troca de partidos, os deputados reforçaram as tratativas.

Clarissa Garotinho (PR-RJ) negocia a filiação ao PSDB ou PRB; Glauber Braga (PSB) deve entrar no PSOL; Weliton Prado (PT-MG) sonda o PROS, que deve perder Miro Teixeira (RJ).

Deputados do DEM negociam entrada no tucanato ou PMDB. A ‘janela’ para troca sem perda de mandato, um drible à lei, será permitida por 30 dias assim que promulgada no segundo semestre.

A despeito do placar apertado na primeira votação, a emenda vai passar com folga na segunda em julho na Câmara. E o Senado, que não ganha mas não se prejudica, vai referendar.

As tratativas locais com vistas às eleições municipais motivam o troca-troca. No Rio, Clarissa quer se candidatar à Prefeitura do Rio. O PRB também fez sondagem para ela ser vice da eventual candidatura de Marcelo Crivella.

Glauber Braga está magoado com o PSB, após ser preterido e perder o controle do diretório carioca para o senador Romário – que se lançará prefeito.


‘Janela’ para troca causará debandada em vários partidos
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Leandro Mazzini

ACM Neto - Maior figura do partido, ele é um dos que podem deixar o DEM

ACM Neto – Maior figura do partido, ele é um dos que podem deixar o DEM

Os deputados devem aprovar a ‘janela’ de 30 dias válida este ano para troca de partido – termo usado para que o político se filie a outra legenda sem risco de perder o mandato, como determina a lei.

Com partidos definhando e muita gente insatisfeita onde está, a demanda é suprapartidária e urgente. Os únicos opositores da ideia são o DEM e o PROS.

O primeiro, porque pode sumir, e o segundo porque deve perder até nove de seus onze deputados, na conta de um deles. As eleições municipais do ano que vem e arranjos locais com tratativas para 2018 são fatores que contribuem para a ‘janela’.

Outro fator que pesa na decisão de a turma aprovar a janela é a cláusula de barreira que limita o fundo partidário para apenas os partidos que elegerem para o Congresso.

Ninguém quer esperar a fundação da REDE, de Marina Silva, e a refundação do PL, de Gilberto Kassab. Temem que as negociações afundem, porque há muito contra em jogo.

O DEM, por exemplo, pode perder um dos seus maiores expoentes, o prefeito de Salvador, ACM Neto, que ontem participou da reunião do Pacto Federativo promovido pelo Senado.


Sem consenso, Reforma Política pode ficar só no troca-troca de partidos
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Leandro Mazzini

A Reforma Política relatada pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS) está em risco. Maior bancada na Câmara junto com o PT, o aliado PMDB não vai apoiar as medidas.

O líder Eduardo Cunha (PMDB-RJ) diz que a lista flexível e o financiamento público exclusivo não têm respaldo da bancada. Para Cunha, só a ‘Janela’ passaria – uma permissão para que políticos troquem de partidos a um ano da eleição sem perder o mandato.

O impasse é que a chamada Janela não entrou no relatório. A ‘Janela’ pode aparecer em apresentação de destaque em plenário. O pacote entra em pauta dia 9 de Abril.

Com a antecipação do debate eleitoral e a aparição até agora de Marina Silva – que tenta fundar a Rede – Eduardo Campos (PSB), Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma também em agenda de reeleição, muitos parlamentares sofrem assédio destes candidatos – com exceção da presidente – para entrar em seus partidos, o que só a ‘Janela’ permitirá se aprovada agora, com prazo final até Outubro deste ano, obedecendo ao calendário eleitoral.

Fontana propõe o fim de coligações em eleições proporcionais, coincidência de todas as eleições em única data e alteração da data de posse de presidente e governadores.

Pelo ouvido no Congresso nos últimos dias, só as coincidências de eleições e a mudança da data de posse encontram consenso.

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PCdoB E A IMPRENSA

Passou quase despercebido, na noite de Quinta, o programa de TV do PCdoB, não fosse uma curiosa e rápida citação: Ao apresentar o foco do partido em cinco reformas, entrou na lista a “Reforma dos meios de comunicação”. Ou seja, aliado entrou na onda do PT de debate partidário – e não amplo e social – de regulamentação da imprensa. Logo depois do programa, na Quinta, a coluna contatou Rabelo, a assessoria prometeu retorno e silenciou. Outra curiosidade é que o partido comemora seus 90 anos – mas na verdade seriam os 90 do extinto PCB.

DOEU, VIU!? 

Ecoa entre aliados de Lula o tapa de luva da presidente Dilma, no reduto de Eduardo Campos, na visita que fez, sobre a pretensão presidencial dele: ‘Eu olho em cada um de vocês e vejo em cada rosto um pernambucano gigante, o companheiro Lula’.

CISCANDO.. 

Há indícios de que o PTB sob comando do senador Gim Argello pode abocanhar a nova Secretaria de Micro Empresas, caso o PSD desista da oferta do Planalto.

.. E LEILOANDO  

Com cenário indefinido, Kassab decidiu fazer o jogo político: leiloar o PSD em Dezembro, quando as pesquisas esquentam, para saber com quem vai em 2014.

BOLETIM MÉDICO 

Passa bem o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), após cirurgia que removeu hérnia inguinal no intestino, na Quinta. Amanhã ele desce em Natal para descansar. Na terça, enfrenta a Dor de Cabeça Feliciano

PERIGO REAL 

Uma cerimônia simples, rápida e com poucas autoridades lembrou na Câmara os dez anos da morte do juiz federal Alexandre Martins, assassinado por máfia capixaba. Hoje, segundo a Associação dos Juízes Federais, há dezenas de magistrados sob escolta – ou sem – todos ameaçados.


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