Coluna Esplanada

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‘Bola dividida’ na campanha causa autofagia no PT de Pernambuco
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Leandro Mazzini

Bola dividida dá nisso.

O deputado federal não reeleito Fernando Ferro (PT-PE), que já foi líder do partido na Câmara, tem culpado a dupla Humberto Costa (senador) e João Paulo – candidato ao Senado – pela derrota do trio em Pernambuco.

O PT está rachado no Recife desde a campanha municipal de 2012. Como pouco se ajudam , os candidatos petistas viram o partido minguar no Estado nesta eleição.


Crítico de Jarbas, sobrinho não se reelege deputado – e sem voto do tio
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Leandro Mazzini

gustavo

Gustavo – sem apoio do tio também. Foto: alepe.pe.gov.br

Família unida essa..

O deputado estadual Gustavo Negromonte, sobrinho de Jarbas Vasconcelos, não se reelegeu com 30.055 votos em Pernambuco.

Ele é crítico do tio desde 2011, quando defendia uma candidatura do PMDB à prefeitura do Recife, em vão.

Num desabafo no restaurante Leite, da capital pernambucana, Jarbas confidenciou a amigos ter votado em Priscila Krause (DEM), adversária de Negromonte.


Nomes conhecidos de Pernambuco amargaram derrota nas urnas
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Leandro Mazzini

Pelo menos dois federais e um potencial candidato à Câmara ficaram de fora em Pernambuco.

O ex-lider do PT Fernando Ferro não foi reeleito (59 mil votos), assim como Cadoca (PCdoB) – com 41 mil votos. Ambos da base da presidente Dilma.

O ex-ministro do Desenvolvimento Agrário (no governo FHC) Raul Julgman (com 36 mil) – desafeto de Ferro – também ficou em casa.

Outro que dançou nas urnas foi o sobrinho de José Múcio Monteiro, Fernando Monteiro, que obteve 50 mil votos. E nem o poder de presidente nacional do PSL fez Luciano Bivar cravar assento no Congresso: teve apenas 24 mil votos.

Já a proporcionalidade alçou à Câmara Federal, com apenas 28 mil votos, Kayo Maniçoba do PHS. Ele deixou para trás 11 candidatos com mais votos que ele.


Tucanos que se aliaram a Marina em PE agora apoiam Aécio
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Leandro Mazzini

Pernambuco é palco de um milagre – ou, mais plausível em se tratando de política, de um Oportunismo eleitoral:

A ressurreição de Aécio Neves fez surgir da noite para o dia montanha de tucanos aliados que, no 1º turno, desapareceram de sua campanha e apoiaram Marina Silva.

Todos do PSDB que deram as costas para o presidenciável agora o bajulam, depois que ele recebeu o apoio de Renata Campos, viúva de Eduardo. São deputados federais e estaduais eleitos, ou candidatos derrotados, que estavam alinhados a Eduardo Campos desde o início do ano, e mantiveram apoio a Marina.

Em Pernambuco, Marina Silva ganhou de Dilma Rousseff – 48,05% x 44,22%. Aécio obteve irrisórios 5,9%. Mas agora, com a reviravolta na campanha, aliados de Campos e Marina dão como certa sua virada no Estado.


Dilma x Aécio causa racha em família de eleitos em Pernambuco
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Leandro Mazzini

Um frevo eleitoral.

Veja como a eleição passa este ano por Pernambuco. Uma briga rachou a poderosa família Queiroz. No 1º turno, pai e filho votaram fechados com o governador eleito Paulo Câmara (PSB).

Agora, o deputado federal eleito Wolney (PDT) garante votar em Dilma, e o prefeito de Caruaru, Zé Queiroz (PDT), vai de Aécio.

Numa campanha disputadíssima em que cada presidenciável busca voto a voto, um racha num clã não muda o cenário nacional, mas pode fazer um estrago para um dos candidatos num reduto importante no sertão pernambucano. Caruaru tem 300 mil eleitores, e a influência eleitoral da família Queiroz abrange dezenas de cidades. Wolney obteve 86 mil votos.

Resumo do frevo: Se a briga for pra valer, um dos dois fica na oposição. Se for de mentirinha, a família continua no poder.


Em Pernambuco, astrologia não ajuda candidato do PT ao Senado
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Leandro Mazzini

Os astros deram de ombros para a eleição no Brasil. Pelo menos é o que evidencia um caso à tona.

jp

Foto: blogdosertao

Derrotado em Pernambuco – ao contrário do que previam todas as pesquisas de intenção -, o candidato ao Senado pelo PT João Paulo sentiu o golpe.

Como senador, pretendia voltar à Prefeitura do Recife em 2016 e desbancar o atual Geraldo Júlio (PSB), o ‘poste’ eleito por Eduardo Campos. Mas João Paulo foi enganado pela Astrologia, que o mandou votar exatamente às 14h08.


Terra de Lula, Pernambuco ‘expulsa’ o PT
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Leandro Mazzini

O PT sofreu lavagem em Pernambuco. Os apelos de Dilma e Lula não adiantaram.

O PT não elegeu o candidato ao Senado João Paulo, nenhum deputado federal e apenas dois estaduais: Odacy Amorim e Teresa Leitão.

O ex-prefeito do Recife João da Costa, e o adjunto do ex-ministro da saúde Alexandre Padilha, Mozart Sales, também dançaram nas candidaturas a federais.

Para piorar, Armando Neto (PTB), candidato de Lula e Dilma que liderou a disputa por boa parte da campanha até a morte de Eduardo Campos, perdeu o governo no 1º turno para o ‘poste’ de Campos, Paulo Câmara.

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Esplanadeira: A folga eleitoral do 2º escalão de Dilma, e o pós-Eike no Açu
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Leandro Mazzini

‘Esplanadeira’ traz bastidores, denúncias, dicas, análises – as curtinhas do dia no blog:

FOLGUINHA PRÓ-CAMPANHA

Muitos altos funcionários do segundo escalão de ministérios tiraram férias por estes dias. A maioria volta dia 6, ou seja, no dia seguinte à eleição.

VÍRUS ELEITORAL

A Kaspersky Lab, da mais conhecida empresa de antivírus para computadores hoje no mundo, detectou milhares de spams com vírus usando o nome do TSE para infectar máquinas dos internautas. E alertou para a prática nos próximos dias, além de possíveis ataques de hackers a páginas de candidatos e às do governo. Por puro exibicionismo.

A CONFERIR

Um ex-graduado petista – hoje é consultor – confidencia que o staff de Dilma vai soltar uma bomba contra Aécio Neves até sábado. Seria uma descoberta sobre emprego que ele teve em Minas. Desejam atacar seus índices.

PÓS-EIKE

Execrado pelo mercado e por investidores, Eike Batista vê da poltrona o nascimento do seu Porto Açu, no litoral Norte do Rio. A mineradora Anglo American obteve autorização para operar o mineroduto Minas-Rio, para escoar a extração desde ontem.

O mineroduto está em fase de conclusão e terá capacidade de escoar 26,5 milhões de toneladas de ferro por ano rumo aos navios que aportarão no Açu.

Aliás, há uma caça às bruxas em pelo menos três grandes fundos de pensão estatais pelos conselheiros que endossaram investimentos pesados nas empresas de Eike.

SOBRAM ESPECIALISTAS

Mal se consolidou na liderança pelo governo de Pernambuco, o ‘poste’ de Eduardo Campos, Paulo Câmara, se vê cercado de especialistas e orientadores. É a turma de veteranos políticos que se aproxima para guiar o potencial futuro governador.

Aos holofotes eles fogem, mas entre gabinetes o escrete conta com Tadeu Alencar, Danilo Cabral, Felipe Carreras – candidatos a deputado federal – o empresário Roberto Viana, o governador João Lyra e Maurício Rands, coordenador da campanha de Marina.


Esplanadeira: Ciro Nogueira sumido do Piauí e o fôlego de Feldman
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Leandro Mazzini

‘Esplanadeira’ traz bastidores, denúncias, dicas, análises – as curtinhas do blog do dia:

CADÊ CIRO?

Sumido do Piauí desde que foi citado como suspeito de receber propina de Paulo Costa (ex-Petrobras), o senador Ciro Nogueira (PP) foi visto na garagem da Assembleia de SP há dias. Longe do reduto onde sua esposa concorre a vaga de deputada federal.

GRATIDÃO ELEITORAL

Na reta final da campanha, Jofran Frejat, que substitui José Roberto Arruda (PR) na disputa para o governo do DF, ganhou apoio de movimentos católicos. O Pró-Vida se diz grato pela atuação que teve quando presidente da Comissão de Seguridade Social.

Na Câmara Federal, Jofran foi o responsável pela derrota do PL 1135/91 de autoria do deputado Eduardo Jorge (PV) – hoje candidato a presidente – que legaliza o aborto.

POR CIMA

Anda animado o deputado federal Walter Feldman (PSB). Ele deixou o PSDB por brigas internas no diretório paulistano. A ascensão de Marina o fez ganhar fôlego, como coordenador, e virar alvo de beija-mão de quem nem ligava para ele.

EXECUTIVOS

Os candidatos ao Senado por Pernambuco Fernando Bezerra (PSB) e João Paulo (PT) falam como se disputassem o Executivo. Ex-ministro da Integração, Bezerra só mostra as obras de irrigação que tocou. JP faz campanha relembrando os tempos de prefeito do Recife por dois mandatos. Hoje é deputado federal.

CASO FICK 

O chefe da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, Luis Rojas, confirmou que tem relatório com provas que ligam a milícia Exército do Povo Paraguaio aos traficantes do país. Há seis meses eles sequestraram Arlan Fick, filho de lavradores brasileiros.

TAXIANDO NA URNA

A Infraero e o sindicato patronal, o Sina, angariaram apoio do ministério da Aviação no acordo que estendeu a estabilidade dos servidores de 2018 para 2020. Mas a turma, com as concessões dos aeroportos e remanejamentos, não anda satisfeita com o governo.


Jarbas barrou complô pós-Campos em Pernambuco
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Leandro Mazzini

jarbas

Jarbas – o ex-governador provou que tem moral no círculo do poder. Foto: EBC

Piorou há dias o mal-estar entre o candidato ao governo de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) – agora líder nas pesquisas – e o governador João Lyra, ambos ‘aliados’.

Nem se falam, e mal se citam nos comícios. Os bastidores revelam acirrada disputa pelo Poder tão logo anunciou-se a morte de Eduardo Campos.

No dia 13 de agosto, Lyra – que fora preterido por Câmara – reuniu a tropa e articulou para derrubar a candidatura do escolhido de Campos. No dia seguinte, o senador e ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) bateu a mão na mesa e ameaçou denunciar à imprensa. Tudo ficou como se vê.

A reunião do dia 14 ocorreu no conhecido restaurante Bargaço, no bairro do Pino. Estava à mesa o atual vice de Marina, Beto Albuquerque – que deu razão a Jarbas.

À mesa, Jarbas citou ‘golpe’ e ‘desrespeito à memória de Campos’, quem realmente mandava no Estado e quem decidira pela candidatura do novato Paulo Câmara.

Atualização domingo, 21, 23h25: 

O senador Jarbas e o governador Lyra escreveram ao blog.

Diz Lyra que  repudia ‘inteiramente a nota envolvendo de forma maliciosa meu nome, o do nosso candidato a governador Paulo Câmara e o senador Jarbas Vasconcelos’. O governador ressalta que a reunião ‘citada nunca existiu. Nem em Pernambuco ou qualquer lugar do país. Muito menos no restaurante uma vez que estava em São Paulo no dia citado por sua coluna’.

O senador Jarbas frisou que ‘É verdade que, logo após a morte do ex-governador Eduardo Campos, me posicionei em defesa da manutenção da chapa que Eduardo havia articulado com os 21 partidos que integram a Frente Popular de Pernambuco: Paulo Câmara como governador, Raul Henry como vice-governador e Fernando Bezerra como senador. Naquele mesmo momento, também tomei a iniciativa de defender o lançamento da candidatura de Marina Silva à Presidência da República’.

Diz Jarbas ainda: ‘Atuei dessa forma na certeza de que esse era e é o melhor caminho a ser seguido, tanto que Paulo já lidera todas as pesquisas de intenção de voto dos pernambucanos (..) Não tenho conhecimento e nem acredito que o governador João Lyra tenha participado de alguma manobra para mudar a composição da chapa da Frente Popular. O que tenho visto é o governador – quando suas funções institucionais permitem – participando de atos da campanha de Marina, Paulo, Raul e Fernando’.

A Coluna mantém a versão e ressalta que houve duas reuniões. Uma no palácio entre súditos com Lyra, e outra no restaurante de Jarbas com aliados – aqui, a retificação de que o governador Lyra não estava presente.

A MATRIARCA

A viúva de Campos, a economista Renata – braço do marido e ativa participante das reuniões de cúpula – envolveu-se diretamente na escolha de Beto para vice de Marina.