Coluna Esplanada

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PROS pode perder 70% da bancada para PL e REDE em 2016
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Leandro Mazzini

Os fundadores do PROS admitem que o partido sofrerá significativa baixa na bancada com a iminente criação do PL – de Gilberto Kassab – e da REDE de Marina Silva, previstos para serem oficializados até meados do ano que vem.

Pelo menos oito dos 12 deputados já indicaram à direção do PROS que vão aproveitar a ‘janela’ para migrar de legenda, garante um cacique.

Ele fala em reinvenção do PROS, mas outros, mais céticos, acreditam no enterro do partido. Em especial porque não tem senadores, governadores, e porque perdeu o único espaço que tinha no Governo, o poderoso Ministério da Educação, após trapalhada verbal de Cid Gomes.

A despeito da crise existencial do PROS, os líderes nunca incluíram o MEC na cota do partido. Desanimaram totalmente quando Cid avisou repetidas vezes (até de público) que ele era da cota pessoal da presidente Dilma.

A esperança do PROS passa por dois planos a curto prazo: ocupar uma nova pasta na Esplanada numa eventual minirreforma de Dilma em Janeiro, e as eleições municipais.


Plano B para 2018: Kassab negocia entrada do tucano Marconi no PSD
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Leandro Mazzini

Foto extraída do jornalopcao.com.br

Foto extraída do jornalopcao.com.br

Ao passo que patrocina a recriação do PL, o ministro das Cidades e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, sonha com o governador de Goiás, Marconi Perillo, na legenda para lançá-lo a presidente em 2018 – em caso de a parceria atual desandar com o PT.

Pragmático, o tucano no quarto mandato de governador, avalia cenários com cautela. Kassab passou por Goiânia três vezes nos últimos dois meses para conversar com Marconi, e ambos se falam ao telefone, otimistas, pelo menos duas vezes por semana.

Mas o governador não descarta a filiação ao PSD no início de 2018. Após ser tratado com desdém pelo senador Aécio Neves e levar um gelo do PSDB diante das citações na CPI do Cachoeira, Marconi se sentiu desprestigiado, e discretamente tem reclamado do tratamento do partido para o Estado importante no cenário político-econômico do País.

Para o PSD a importância é puramente eleitoral e empresarial, a despeito da figura do governador goiano. Uma vez de malas prontas para o PSD, Marconi levaria consigo um séquito fiel de mandatários e militantes, e o portfólio de financiadores de campanhas no Centro-Oeste.

Não é segredo em Goiás que, após o Senado e o Palácio das Esmeraldas, Marconi quer alçar voo nacional. Mas no PSDB não tem espaço para seu projeto. É o sexto na fila.

Mesmo que eventualmente Aécio Neves não se lance ao Planalto daqui a três anos, a ordem no escrete tucano para a candidatura é: Geraldo Alckmin, José Serra, Tasso Jereissati, Beto Richa e Marconi.

POTE DE OURO

A tarefa de ressuscitar o PL está com Cleovan Siqueira, que manteve o registro do finado PL em cartório de Goiás, e agora se uniu a Kassab no projeto junto ao Tribunal Superior Eleitoral.


Relação do Planalto e Congresso: um festival de retaliações
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Leandro Mazzini

Mais crise à vista, apontam congressistas.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atuou por retaliação ao colocar em votação urgente na terça (24) o projeto que obriga o governo a mudar o indexador de cálculo da dívida de Estados e municípios com a União.

Cunha já estava de olho na sanção da presidente Dilma da lei que modificou a criação de partidos, recém-aprovada, e ao vetar o ponto sobre a fusão de legendas aprovado pelo Congresso – que permitia a fusão após cinco anos a fundação – ela mandou o recado para o PMDB (assim avaliam os mandatários).

No bojo dessa troca de ‘desaforos’ institucionais está a recriação do PL, patrocinado pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, já fundador e controlador do PSD. A ideia de Kassab, com aval do Planalto (mais uma vez apontam peemedebistas) é fundir PSD e PL, após este esvaziar algumas legendas da base e oposição, e criar um grande partido aliado da presidente para se sobrepor ao PMDB. ( Lembre aqui )

Se isso ocorrer, o PMDB, a despeito de controlar as duas Casas no Congresso Nacional, perderia e muito, nos próximos anos e até na eleição presidencial de 2018, o seu poder de barganha junto ao PT e ao Executivo.

Os próximos dias ou semanas mostrarão a que nível chegará o convívio dos dois Poderes.


Kassab, o estorvo do PMDB
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Leandro Mazzini

kassab

Foto: EBC

Expoentes do PMDB declaram reservadamente em restaurantes de Brasília e São Paulo que o partido terá seu candidato a presidente em 2018. Um cardápio à mesa com prato frio que se repete há anos, não fosse a salada que o novo maître do cenário político prepara para os próximos anos no banquete do Poder. Ele atende por Gilberto Kassab.

O ex-prefeito de São Paulo tornou-se um promissor construtor de partidos e tem mexido com as previsões das conjunturas políticas regionais e nacional. O seu PSD, fundado com a ajuda velada do Palácio do Planalto, tornou-se um trunfo eleitoral para o PT em 2014. O PL que Kassab quer – e vai – ressuscitar será um estorvo para o PMDB, que já prevê o perigo do poder político de Kassab com seus dois partidos, e começa a se movimentar para não ser alijado das negociações futuras.

O PSD tornou-se tão importante no plano federal que governadores aguardaram a confirmação de Kassab no comando do Ministério das Cidades para escolherem seus secretários de Habitação – pastas intimamente ligadas, elo de Brasília com as capitais. Foi o caso de Paulo Câmara, de Pernambuco, que cedeu o cargo para o PSD. O esboço escancarado do novo PL por Kassab o tornou indiretamente o maior incentivador do PMDB. O partido robusto que se arrasta de um lado para o outro do palanque para se manter no Poder desde a morte de Ulysses Guimarães agora já pensa na candidatura presidencial, e tem nomes para isso.

Mas por quê? Os movimentos de Kassab apadrinhados pelo PT demonstram que o ministro formata um grande partido aliado de Lula e Dilma para 2018, para fazer frente ao PMDB. Não é segredo entre parlamentares no Congresso Nacional: depois de inflar a legenda com mandatários egressos do PMDB, PP, DEM e PSDB, e enfraquecer essas siglas, a meta de Kassab será fundir PSD e PL, criar enfim um terceiro e forte partido, para apresentá-lo ao PT como o grande aliado em lugar do PMDB daqui a quatro anos.

Motivos evidentemente não faltam. De um lado, Kassab entra para o rol dos grandes caciques da política brasileira e potencializa seu poder de barganha; de outro, o PT deixa de ser vítima de um PMDB cujos líderes desde 2003 enfiam a faca no pescoço dos presidentes da República por cargos, ministérios, projetos etc. O PT também se livraria da supremacia peemedebista que se consolida no comando da Câmara e do Senado Federal.

Daí os caciques do PMDB iniciarem o ensaio de uma candidatura a presidente da República. Eles entenderam o plano de Kassab, e a simpatia dos petistas. Nomes ao PMDB também despontam. Vêm do Rio de Janeiro. Hoje, são o prefeito Eduardo Paes e o governador Luiz Fernando Pezão. Só para citar dois.


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