Coluna Esplanada

Arquivo : Renan Calheiros

Presidentes dos Correios, Chesf, Conab e Infraero na guilhotina de Dilma
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Leandro Mazzini

Dilma cumprimenta Lages, antes da malsucedida reunião entre eles. Foto: UOL

Dilma cumprimenta Lages, antes da malsucedida reunião entre eles. Foto: UOL

Um episódio no gabinete presidencial há exatos sete dias revelou que cargos de direção de pelo menos quatro poderosas estatais estão na mira de Dilma Rousseff – e a guilhotina preparada para seus titulares.

Na última quinta-feira (16), depois da posse de Henrique Alves no Ministério do Turismo, a presidente Dilma aproveitou a ausência do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), e chamou ao seu gabinete Vinícius Lages, apadrinhado do senador que passou a vaga, a contragosto dele.

Dilma pediu a Lages que escolhesse a presidência dos Correios, Conab, Chesf ou Infraero – irrecusáveis para dez entre dez políticos. ‘Fica que em dez dias eu convenço o Renan’, disse a presidente. Lages declinou das propostas, sorriu e deixou o gabinete.

Lages contou o caso logo depois da reunião para Renan, que ficou enfurecido, mas agradeceu a fidelidade do apadrinhado – e o nomeou para chefe de gabinete no Senado. O episódio serviu para piorar a relação entre Dilma e Renan que já estava ruim (daí a ausência dele na posse de Alves no Planalto).

Ao declinar, o ex-ministro do Turismo explicou para a presidente que tem compromisso com Renan, nada pode decidir sem ele, e que é a favor da redução de ministérios.


Renan selou destino de Lages, ex-MTur, sem pedir pasta ao Planalto
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Leandro Mazzini

Foto: MTur

Foto: MTur

Nos corredores do gabinete presidencial do Congresso Nacional não houve surpresa sobre a chegada do ex-ministro do Turismo Vinícius Lages à Casa, um servidor de carreira apadrinhado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Engana-se quem aponta biquinho de Renan para a presidente Dilma ao recusar a presidência dos Correios ou da Conab para o apadrinhado que deixou o Turismo.

Em nenhum momento Renan pediu cargos para ele ao Planalto. Pelo contrário, as relações andam amargas com a presidente a ponto de Renan se recusar a atender os telefonemas da chefe da nação em pelo menos duas ocasiões conhecidas.

A nomeação de Lages para chefe de Gabinete do presidente do Senado foi decidida há 17 dias, quando Renan exonerou a então inquilina no cargo, Emília Ribeiro, como adiantou a Coluna.


Cai a chefe de gabinete de Renan Calheiros no Senado
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Mais uma prova de que o poder de José Sarney saiu com ele do Congresso Nacional – embora ocorram evidências pontuais e gradativas. Apadrinhada dele, caiu a chefe de Gabinete do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), Emília Ribeiro.

A exoneração será publicada em breve. Oficialmente, ela será exonerada a pedido. Mas foi um trato de compadres entre Renan e o ministro da Ciência e Tecnlogia, Aldo Rebelo. Renan pediu ao ministro para acolhê-la no MCT. Emília será Secretária Executiva da pasta.

Emília também já foi conselheira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).


PMDB do Senado reivindica Ministério da Integração
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Leandro Mazzini

Renan - ele quer mais. Foto: ABr

Renan – ele quer mais. Foto: ABr

Enquanto a forte bancada do PMDB da Câmara dos Deputados esnoba o Ministério da Educação, a turma do outro lado , a do tapete azul, está de olho numa pasta.

Comandados pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), os senadores do PMDB reivindicam o Ministério da Integração Nacional, hoje sob controle do famigerado PP da Câmara, cuja metade da bancada é investigada pelo STF no caso do Petrolão.

O grupo enviou recados à presidente Dilma através dos ministros palacianos de que é inaceitável , na atual conjuntura política-judicial, o PP permanecer à frente de ministério tão importante.

Se Renan Calheiros – ele próprio um dos alvos da Procuradoria Geral da República e do Supremo – conseguir a pasta para o Senado, ele se fortalece mais ainda. É da cota de Renan o Ministério do Turismo, para o qual está cotado o ex-presidente da Câmara Henrique Alves (PMDB-RN).


Renan, sobre possível ida à CPI: ‘Claro que não!’
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Leandro Mazzini

Renan 'Claro que não' Calheiros: sua defesa será o ataque. Foto: ABr

Renan ‘Claro que não’ Calheiros: sua defesa será o ataque. Foto: ABr

Do senador e presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), alvo da lista do PGR Rodrigo Janot e de investigação no STF, indagado se será voluntário a depor na CPI da Petrobras: ‘Claro que não!’

Ao contrário do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, colega de partido e também alvo de investigação, Renan não pensa nem em passar perto da ala das comissões da outra Casa.

Sua estratégia continua a mesma: negar tudo, e acusar o procurador-geral de perseguição política, mesmo discurso de Cunha.


Renan avalia devolver Turismo para presidente Dilma
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Leandro Mazzini

O ministro Vinícius Lages - perfil de gestor à frente da pasta. Foto: ABr

O ministro Vinícius Lages – perfil de gestor à frente da pasta. Foto: ABr

É tamanha a insatisfação do PMDB com a presidente da República a ponto de presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), avisar aos aliados estar disposto a devolver à presidente Dilma o cargo do ministro do Turismo.

O ministro Vinícius Lages é indicação de Renan, desde a saída de Gastão Vieira, ligado ao ex-senador José Sarney.

Sem apontar nomes, discretamente a cúpula do PMDB reclama dos vazamentos do Planalto de que os líderes do partido vão atrás de cargos em toda reunião com ministros palacianos e a presidente.

O presidente do Senado tem dito aos próximos que por um esforço pessoal pode indicar o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves para o Turismo. E só assim.

No jantar dos peemedebistas, Renan Calheiros lembrou que a presidente Dilma está na contramão. Cobra dela corte de despesas – como ele fez em sua gestão no Senado – e, acredite, até corte de ministérios – embora controle um.


UFC verbal de Aécio x Renan começou fora do Senado
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Leandro Mazzini

Aécio discute com Renan, observado pelos tucanos Tasso (E) e Anastasia. Foto: PSDB

Aécio discute com Renan, observado pelos tucanos Tasso (E) e Anastasia. Foto: PSDB

Há algo mais que vagas na Mesa Diretora no bate-boca entre os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Congresso.

O principal motivo envolve a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo, e o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), que visitou Marconi na segunda-feira, véspera do bate-boca entre as excelências no Senado.

O cenário conota, a exemplo do PT, o início de uma velada autofagia tucana por Poder.

Ligada a Marconi, a senadora Lúcia Vânia tentou negociar com Renan uma comissão e foi impedida pelo presidente do PSDB. Agora, ela se diz perseguida e fala em sair do partido.

Ao visitar o governador de Goiás, o governador de Alagoas, Renan Filho, rasgou elogios a Marconi, dizendo que ali as coisas acontecem de verdade. Na pauta, foi conhecer ‘políticas exitosas’ do gestor tucano.

‘Estamos começando por Goiás porque aqui temos a experiência de um dos mais vitoriosos homens públicos do Brasil. Sabemos que aqui em Goiás as coisas acontecem. Você, amigo Marconi, é prático, tem uma administração lógica. Aqui as coisas funcionam’, disse Renan Filho, para deleite do tucano.

Um recado claro para a turma de Aécio, que propala o ‘choque de gestão’, agora tão criticado pelos petistas no atual governo, diante das dificuldades de Minas Gerais governada pelo grupo de Aécio por 12 anos. Ao enumerar também os números tristes de Alagoas, cujo governo anterior não resolveu, Renan Filho ainda implicou com outro tucano, o ex-governador Teo Vilela – do grupo de Aécio. Marconi fez cara de paisagem.

Marconi e Aécio andam se estranhando desde a CPI do Cachoeira, quando o senador abandonou o governador citado à própria sorte e o evitou, contam aliados de Perillo. Há comentários de gabinetes no Centro-Oeste de que Marconi sonha se lançar candidato a presidente, pelo PSDB ou PSD.

Para tucanos, os movimentos de Renan, tanto na Mesa Diretora quanto no incentivo ao filho para visitar Marconi, conotam tentativa de enfraquecer Aécio no Senado e causar cizânia no PSDB.


Renan Calheiros faz jogo de cena, mas quer reeleição em fevereiro
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Leandro Mazzini

renan

Adivinhem quem vai voltar?. Foto extraída de pimenta.blog.br

Atualização quarta, 5/11 – O senador Renan Calheiros diz que não quer mais o cargo, mas é jogo de cena.

Nos bastidores do Senado, o presidente do Congresso Nacional já articula uma recondução para o cargo em fevereiro.

O PMDB continua forte na Casa – terá em 2015 18 senadores, contra 12 do PT e 10 do PSDB – e Renan elegeu o filho governador em Alagoas. Não haveria cenário melhor para negociar com aliados

O Senado também não entra no jogo da Câmara – cada Casa é um caso, diz Renan a pemedebistas e aliados suprapartidários – e independentemente do resultado para a presidência da Câmara, o PMDB não abrirá mão do comando no Senado.

Ou seja, mesmo que o PMDB mantenha eventualmente o comando da Câmara, o PT não pode ficar de chororô para o Senado, não há trato.

Em tempo, aliado da presidente Dilma, Renan não presidiu hoje a sessão que marcou o retorno do presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) ao plenário. A missão ficou com Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). O que não quer dizer que Renan também não negocia com os tucanos a sua recondução.

Para a oposição, ainda é cedo para indicar algum nome. E vão indicar, obviamente. Mas é cedo só para eles, não para o PMDB e Renan.


Renan e Jucá arrecadam R$ 11 milhões para campanhas dos filhos
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Leandro Mazzini

renan

Jucá e Renan – uma dupla da pesada (na arrecadação). Foto: ABr

Caciques do PMDB e com posições importantes no Congresso Nacional, os senadores Renan Calheiros (AL), presidente da Casa, e Romero Jucá (RR), relator do Orçamento da União em 2015, mostram que estão com prestígio em alta com a executiva nacional do PMDB e grandes doadores.

Juntos, eles conseguiram arrecadar em menos de dois meses R$ 11 milhões para as campanhas de seus filhos aos governos de Alagoas e Roraima, respectivamente. Renan Filho (PMDB) a disputa, e Rodrigo Jucá é vice na chama de Chico Rodrigues (PSB) em Roraima.

Na primeira parcial divulgada para o TSE, Jucá arrecadou R$ 4,25 milhões para a coligação do filho. Só a direção nacional do PMDB passou R$ 2,25 milhões.

Entre os doadores de Jucazinho aparece a Telemont, com R$ 1 milhão. A Cosan, de Rubens Ometto, das usinas de cana e produção de etanol, doou mais R$ 1,5 milhão.

ECLÉTICO

Renan conseguiu para a campanha de seu filho R$ 6,80 milhões. O banco Safra doou R$ 300 mil; OAS, R$ 1 milhão; o Hospital 9 de julho é líder, com R$ 2 milhões.

DE CIMA

Entre os principais doadores de Renanzinho surgem Cosan e JBS, com R$ 1 milhão, cada. A direção nacional do PMDB repassou para o candidato R$ 1,6 milhão.

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SUBMERGIU..

armando ..em Pernambuco a candidatura e a campanha do líder nas pesquisas para o governo, Armando Monteiro Neto (PTB), o candidato de Dilma e Lula. Com a morte de Eduardo Campos e a grande comoção, Armando preferiu parar a campanha por sete dias para reavaliar o cenário e o discurso.

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‘POSTE’ ASCENDE?

Marqueteiros de todos os candidatos estimam que agora o ‘poste’ Paulo Câmara (PSB) pode crescer muito e ir a eventual segundo turno. As romarias permanentes à casa da viúva Renata e a perplexidade do povo nas ruas fortaleceram Câmara.

VELÓRIO ESQUENTADO

No Cemitério de Santo Amaro, onde foi sepultado Eduardo, só ouviam-se os gritos ‘Fora, Dilma, Agora é Marina!’.

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LEÃOZINHO

requiao Requião (PMDB) é um leão no Paraná, onde é candidato ao governo, e um Tchuthuca no Congresso Nacional. Explica-se: esbravejou na campanha há dias que vai fazer um pente fino nos contratos de reforma da Arena da Baixada, mas .. não assinou a CPI da CBF – FIFA proposta pelo senador Randolfe (PSOL-AP) em Brasília.

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PROVIDÊNCIA.. DO ÓDIO 

Até aliados dizem que não foi providência divina, como ela classificou, que salvou Marina da morte no avião em que estava Campos e equipe. Foi ódio mesmo. Ela não queria encontrar em Santos o deputado Márcio França (PSB-SP). Nem França a queria na frente dele. Marina e o deputado não se entendem. Marina então embarcou em voo comercial para São Paulo.

DELEGADOS 

Campos tinha reunião com a Associação dos Delegados da PF em Brasília na última sexta. Ele tinha consultoria de dois delegados para o plano de Segurança Pública.