Coluna Esplanada

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Presidente Dilma e Lula aborrecidos com Eduardo Paes
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Leandro Mazzini

Paes - Para os petistas, o ex-tucano está se superando. Foto: UOL

Paes – Para os petistas, o ex-tucano está se superando. Foto: UOL

A presidente Dilma ficou muito aborrecida e nervosa quando soube que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), decidira impetrar ação na Justiça contra a manutenção do indexador de cobrança das dívidas do município com a União, que onera em muito o caixa da cidade maravilhosa.

Dilma enviou recados à cúpula do PMDB para lembrar a Paes que ela e o ex-presidente Lula investiram pesado no PAC na cidade, e deram muito dinheiro para a prefeitura realizar obras.

Agora, a guerra será judicial, porque o AGU Luís Adams tem carta branca da chefe para atuar na derrubada da liminar conquistada por Paes.

O prefeito, ex-deputado tucano, não tinha boa relação com o então presidente Lula até Sérgio Cabral, governador, aproximar ambos.


PSB aposta em Romário e Marta para Rio e SP
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Leandro Mazzini

A Executiva Nacional do PSB fez uma jogada dupla ontem, de olho nas eleições das duas maiores capitais do País ano que vem.

No mesmo dia em que a senadora Marta Suplicy, ainda no PT mas antipetista, fez uma festa de aniversário para fechar informalmente com o PSB a fim de disputar a prefeitura paulistana, a Executiva destituiu o deputado Federal Glauber Braga do comando da legenda no Estado do Rio para entregar a presidência ao senador Romário, que já declarou estar disposto a disputar o Palácio da Cidade em 2016.

Em prol de aposta eleitoral para 2016 que pode vingar, a Executiva atropelou o diretório e causou um racha na legenda fluminense. Romário será candidato a prefeito, mas esboça negociação com o PMDB num cenário para 2018 – quando o PSB pode se comprometer a abrir mão da candidatura ao Palácio Guanabara.

Mesmo com projetos municipais, o PSB tem candidaturas ameaçadas a importantes governos de Estado em 2018. Além do Rio, em São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas.

Acordos locais precoces, com ou sem a anuência das Executivas, sempre deixaram feridas em militantes e nos partidos. A cada dia mais o PSB dá passos apressados vislumbrando um cenário a curto prazo no qual nem tem certeza de retorno eleitoral.

NO TAPETÃO

Romário recorreu a cláusula estatutária sobre montante eleitoral local para tomar o poder do diretório. O destituído Glauber ficou revoltado e desancou a Executiva.

Glauber fora eleito para comandar o diretório com 96% dos votos dos delegados. Repudiou a forma de condução de Romário e disse ser desrespeito à história do PSB.

O senador Romário passou todo o processo sem dar um pio, apesar de procurado. E continua em silêncio, e trabalhando mais quieto que mineiro na moita.

 Este é o destaque da Coluna de hoje, fechada na sexta às 19h e distribuída para a rede Esplanada.


Coluna operada faz Romário sofrer no Senado
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

O senador Romário sofre com a coluna e anda mancando, em alguns momentos amparado por assessor.

O ‘Baixinho’ fez cirurgia de hérnia de disco em agosto do ano passado e, na última segunda-feira, tomou ‘jeito’ ao levantar da poltrona no gabinete.

Enquanto sofre com a coluna, Romário trava outra batalha, a política, com o deputado federal Glauber Braga (PSB-RJ), pelo controle do diretório estadual do Rio – a novela da decisão com quem fica o comando continua na cúpula do PSB.

Romário será candidato a prefeito do Rio ano que vem. Já Glauber, mesmo se continuar no comando, tem simpatia pela aliança com o PSOL de Marcelo Freixo


Pezão inicia governo itinerante – e para neutralizar rivais
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Leandro Mazzini

foto: ABr

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Foto: ABr

Foto: ABr

Governador reeleito no Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB) (D) vai cumprir promessa de campanha e botar o ‘pé no barro’. Retoma na quinta-feira o programa de gabinete itinerante, uma carreta adaptada na qual percorrerá o Estado em despacho uma vez por semana.

Nesta quinta, vai a Nova Iguaçu, onde o rival Lindbergh Farias (PT) foi prefeito. O petista disputou o governo do Rio ano passado e, apesar de não ter ido ao segundo turno, ainda tem base forte, e pode ter apoio incondicional do partido para a eleição de 2018.

Além da Baixada, com nove municípios e detentora de mais de 30% dos votos, Pezão vai subir a Serra. Ele revisitará as cidades afetadas pela maior tragédia natural do País em 2011, quando mais de 900 pessoas morreram soterradas nas chuvas daquele verão. A região foi alvo da CGU e do TCU por causa de malversação de verbas federais.


Índio nega candidatura no Rio: ‘Lugar mais importante hoje é Congresso’
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Leandro Mazzini

Um dos expoentes do PSD no Rio, o deputado federal Índio da Costa nega que se candidatará à prefeitura ano que vem.

‘No momento conturbado que o Brasil vive, o lugar mais importante para trabalhar é no Congresso’, diz.

Ex-vereador, vice na chapa presidencial de José Serra em 2010 e deputado federal em segundo mandato, o carioca ainda é uma das apostas de Gilberto Kassab, o presidente do PSD, para a capital fluminense. Hoje o partido é aliado do prefeito Eduardo Paes (PMDB), em segundo mandato.


O retorno de Indio, a aposta do PSD no Rio
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

Gilberto Kassab deve promover um ensaio do PSD no Rio para o pleito do ano que vem, a despeito de o partido estar fechado com o governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) e com o prefeito Eduardo Paes (PMDB).

O deputado Indio da Costa (PSD), ex-DEM, hoje no PSD, é o potencial candidato a prefeito do Rio em 2016, carta na manga de Kassab a fim de fortalecer o partido na cidade.

Indio já foi vereador, deputado federal, e vice na chapa de José Serra (PSDB) à Presidência em 2010.


APO, um general em seu labirinto (esportivo)
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Leandro Mazzini

A excelente obra de Gabriel García Marquez, O general em seu labirinto, conta sob olhar peculiar do saudoso escritor os últimos meses de vida de Simon Bolívar, o libertador da América.

O título é sugestivo para o atual momento do general Fernando Azevedo e Silva, comandante da APO – Autoridade Pública Olímpica, embora o personagem e o enredo do clássico literário passem longe da realidade vivida pelo oficial recém promovido a General de Quatro Estrelas do Exército Brasileiro.

Sugestivo, e aqui peço licença poética ao leitor, porque Azevedo e Silva, mal ou bem, tornou-se um libertador de amarras burocráticas e enfrenta um exército estrangeiro com datas cronogramadas para as batalhas ‘em campo’. Elogiado pela disciplina militar por uns e criticado por outros por não ser da área, vai comandar a equipe no dia 9 de fevereiro no encontro com os representantes do Comitê Olímpico Internacional no Rio. A turma vem conferir a quantas andam as obras para os Jogos de 2016.

Azevedo e Silva tornou-se o último técnico de um time político à frente das autoridades públicas nos três níveis – de prefeitura a federal – para monitorar as obras. O desafio é atualizar a Matriz de Responsabilidades junto ao COI e ainda prestar contas ao TCU. A APO tem vida ‘útil’ até 2018, quando entregará ao governo e ao tribunal o legado dos Jogos e as contas.

A Matriz engloba as obras exclusivamente voltadas à organização e realização dos Jogos Rio 2016 e a sua atualização é divulgada a cada seis meses. O desafio maior do general é a desconfiança que o COI ainda tem do Brasil e da capacidade do governo de entregar o que propõe.

Hoje, o general tem o primeiro encontro com o ministro do Esporte, George Hilton. Ambos vão colocar à mesa o ‘plano de defesa’ sobre o complexo de Deodoro, na Zona Oeste do Rio. Há uma forte desconfiança, tanto do governo federal quanto do COI, de que as obras não serão entregues a tempo – o Rio 2016 se distribuirá por Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã, Lagoa Rodrigo de Freitas e Copacabana. Destes, a Zona Oeste, como provas como hipismo e canoagem, é apontada como a situação mais crítica.

E há mais obstáculos nesta maratona. Uma disputa velada pelo cargo de APO no governo a um ano do maior evento internacional da História do Brasil. Este é o receio dos envolvidos. Por um lado, a presidente Dilma pode dar como finalizada a missão de Azevedo e Silva, e por outro pode mantê-lo, apesar da pressão política.

Há os que defendem a entrada de profissionais ligados mais ao Esporte, e há os que apontam o risco de credibilidade do País junto ao COI e outros países na eventual troca do comando da APO. Fontes palacianas indicam que o PT pretende emplacar no cargo Thomas Traumann, ligado à presidente Dilma. Nada concreto, só boato do jogo político. Por ora.

Se o general será um bom gestor, o tempo dirá, saia ou não do cargo. Fato é que ele terá de provar nos próximos dias que têm fôlego para essa maratona, ou joga a toalha.
Um detalhe, a Matriz de Responsabilidades tem de ser feita até o próximo dia 28 e há 45 eventos testes este ano na capital.


Pezão: ‘Quero economizar para me adaptar à queda dos royalties’
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Leandro Mazzini

O governador atento ao noticiário online, em seu gabinete.

O governador atento ao noticiário online, em seu gabinete.

Será um ano difícil, de ajustes na economia no plano nacional e regional, diante da recessão na economia – um desafio comum para a presidente Dilma e para os governadores. Em um papo com o repórter nesta terça-feira à tarde, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), citou a meta de cortes em torno de R$ 1,5 bilhão anunciada ontem, e adiantou o que fará em algumas áreas.

Comandante do terceiro colégio eleitoral do País e do maior produtor de petróleo do Brasil, o peemedebista, que ascendeu ao Poder sob as bênçãos do ex-governador Sérgio Cabral (que sumiu do mapa político), elenca o controle do custeio, a segurança, a saúde como temas prioritários da gestão que se inicia após sua reeleição (assumiu o governo em maio do ano passado, com a renúncia de Cabral por motivos pessoais, numa jogada estratégica).

CORTES

“Vou cortar no custeio, como em contratos terceirizados, assessorias, contas de telefone, aluguel de carros. Quero economizar o máximo para me adaptar à queda dos royalties (de petróleo). Estávamos trabalhando com previsão de barril a US$ 105 e está por volta de US$ 40”.

Um detalhe, quando Cabral assumiu o Estado em 2006, o seu secretário da Fazenda foi Joaquim Levy, que anunciou um corte drástico nos custos da máquina e equilibrou as contas, tal como o agora ministro da Fazenda tentará no governo federal.

aliedo-uol

Charge de ALIEDO – aliedo.blogspot.com

MARACANÃ

“A Procuradoria do Estado estudo se haverá necessidade de fazer uma nova licitação”. A operação do novo estádio ficou cara para o governo. Ainda não há parceiro. O estudo inicial, muito antes da Copa, previa a demolição do parque aquático Julio Delamare e do Museu do Índio, o que não aconteceu. Isso daria viabilidade econômica ao projeto da nova arena, porque no local seria construído um shopping.

HOSPITAIS

“Vou conversar com o ministro (Artur) Chioro, da Saúde, para pedir a reabertura das emergências dos hospitais federais no Rio e uma integração mais forte. Também pedirei à presidente Dilma reforço no ‘Mais Médicos’ para o Rio”. Segundo o governador, a UPA – Unidade de Pronto Atendimento, lançada por Cabral para desafogar as emergências dos hospitais, é um programa de sucesso, mas há a necessidade de este reforço na parceria com as emergências das unidades federais.

SEGURANÇA

“O foco é o combate ao crime e aos armamentos. O Rio é cercado por rodovias. Precisamos da atuação forte da Polícia Federal e da Rodoviária Federal. Talvez uma operação de três a quatro dias de início (nas divisas dos Estados do Sudeste)”. O governador esteve ontem em Brasília com os colegas Paulo Hartung (ES), Geraldo Alckmin (SP) e Fernando Pimentel (MG) para reivindicar um plano conjunto com o Ministério da Justiça e as Forças Armadas.

 

 


Juiz infrator de trânsito é alvo de página e piadas no Face
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Leandro Mazzini

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O juiz João Carlos de Souza Corrêa, do 18º Juizado Especial Criminal , tornou-se o personagem mais odiado nas redes sociais nos últimos dias, depois de revelada na imprensa uma sentença que obriga uma agente de trânsito no Rio a indenizá-lo em R$ 5 mil, numa clara inversão de valores (morais e legais).Ele, infrator flagrado. Ela, no cumprimento do dever, o lembrou que era passível de multa porque ‘não é Deus’.  Lembre aqui. 

A sentença favorável ao togado foi dada pelo desembargador José Carlos Paes.

O juiz João Carlos tornou-se alvo dos internautas furiosos com a decisão. Ganhou uma página “Fora, juiz João Carlos!” no Facebook, na qual cada publicação tem centenas de comentários e recomendações de leituras.

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Bem ao estilo gozador do brasileiro, que vê piada em tudo – inclusive em tragédias – começaram a pipocar algumas na rede sobre o caso. Como esta acima, do site Sensacionalista: um radar eletrônico foi apreendido e retirado de uma via após multar um juiz.

OUTRO LADO

Informações apuradas pela Coluna dão conta de que o juiz dirigia um carro que comprara há poucos dias, sem placa nem documentação, e portava uma nota fiscal de compra do veículo como único documento.

Como passara o prazo de 15 dias para legalizar o carro (Art. 1º, Parágrafo 2º de resolução do Contran, a partir da emissão da nota fiscal de compra) – ele alegou à ocasião do flagrante que não sabia – o veículo ficou ilegal. Soma-se a isso o fato de o juiz não portar carteira de motorista naquele momento, que teria ficado na bolsa de sua mulher.

A próximos, o juiz confidenciou que só se identificou como tal quando a agente teria começado a ironizar sua situação, no que culminou com a polêmica frase de que ‘o senhor é juiz mas não é Deus’.

 


Paes e Pezão esticam estada em Brasília para prestigiarem Aécio
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Leandro Mazzini

Foto extraída do vivarocinha.org

Foto extraída do vivarocinha.org

O concorrido jantar do PMDB no Palácio do Jaburu foi nesta terça, mas dois expoentes do partido no Rio deram uma esticada.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador reeleito, Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB, ficaram em Brasília e foram hoje à liderança do PSDB.

Mas não ficaram a tempo. Saíram juntos do Congresso, antes do discurso de Aécio Neves, e voaram de volta para o Rio.

Em tempo, Paes é um ex-deputado tucano, neopemedebista. Pezão é aliado de Dilma, mas grande parte de seu PMDB – entre mandatários e militantes – fez campanha para Aécio no Rio.