Coluna Esplanada

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O índice Santos Dumont de avaliação da crise
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Leandro Mazzini

Vista de parte do pátio do SDU, em foto de arquivo. Era mais usado nos fins de semana de anos atrás.

Vista de parte do pátio do SDU, em foto de arquivo. Era mais usado nos fins de semana de anos atrás.

O cenário está feio para todas as classes. Mas pode-se notar a recessão da economia também, visivelmente, pelo índice Santos Dumont de avaliação da crise. O pátio do aeroporto carioca, no Centro do Rio, que tradicionalmente ficava lotado de jatinhos nos fins de semana, vive outra cena.

Há dois anos a média era de 20 aeronaves no pátio aos sábados e domingos. Neste domingo pela manhã, apenas três jatos executivos estavam no pátio -um deles o PR-NIO, da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, da família Moreira Sales.

Outra avaliação de como está alto o custo Brasil e a inflação atinge em cheio o mercado é o índice Renegade, o jeep queridinho da atualidade. Apesar de montado em Goiana (PE), o preço do básico saltou de R$ 69 mil, em 2015, para R$ 81 mil este ano.


Novo sistema impediria apagão por mau tempo no Galeão e Santos Dumont
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Leandro Mazzini

 

nevoeirovale

Avião durante pouso autorizado no Santos Dumont sob neblina fraca no Rio. Foto: srzd.com

O famoso bordão “Imagina na Copa”, tão citado nas redes sociais há mais de dois anos, acabou ocorrendo no Rio de Janeiro na terça-feira, mas por causa do mau tempo.

O nevoeiro matinal que encobriu a cidade, que vez ou outra obriga os aeroportos a paralisarem as operações, deixou milhares de passageiros – entre eles muitos turistas – sem voos no Santos Dumont e no Internacional Tom Jobim (Galeão). Centenas perderam viagem e a oportunidade de ir a jogos da Copa.

Um vexame para o governo brasileiro, que poderia ter evitado isso a tempo.

A Infraero (Santos Dumont) e concessionária (Galeão) alegaram mau tempo com o nevoeiro, mas o “apagão” de quatro horas, que proibiu pousos  e decolagens e cancelou mais de 30 voos, seria evitado se os aeroportos contassem com o ILS 3, de auxílio a pilotos.

A chiadeira de comandantes brasileiros e estrangeiros é notória na Infraero: O País ficou para trás na tecnologia ILS (Instrument Landing System), sistemas instalados nas torres de controle que ajudam pilotos a aterrissarem com precisão e segurança em locais com muita chuva ou neblina – como no caso do nevoeiro da terça.

O Galeão e o Santos Dumont possuem o ILS 2 e 1, respectivamente. Não suficientes. Grandes aeroportos do mundo operam com o ILS 3, que dá precisão aos comandantes de aterrissarem e decolarem com apenas 10 metros de visibilidade. Ou seja, quase às cegas, mas garantidos e seguros pela alta tecnologia que o governo não adquiriu.

O ILS é fundamental para operação diária nos aeroportos com muita incidência de nevoeiro ou chuvas, como Guarulhos (Aeroporto de Cumbica), Curitiba (Afonso Pena), Porto Alegre (Salgado Filho), Manaus (Eduardo Gomes) etc.

A turma da cabine passa um aperto na descida, quando não desiste e muda o aeroporto de destino. A justificativa é aquela que você já ouviu: más condições climáticas. Coisa que o sistema avançado resolveria.

Porém, dos aeroportos da Infraero, segundo informou a estatal, 17 operam com ILS I, o mais fraco – aproximação por instrumento com altura de decisão não menor que 60 m e visibilidade não menor que 800 m – ou contato visual com a pista não menor que 550m. Uma situação considerada quase normal pelos profissionais.

Só o Galeão, no Rio (agora concedido), e Curitiba têm o ILS Categoria II (aprox. 60 m, não menor que 30 m, e contato visual com a pista não menor que 350 m). Enquanto na maioria dos grandes e médios aeroportos do mundo o sistema usado é o ILS 3.

Atualização Quinta, 19, 16h52: Destaco os seguintes comentários pertinentes dos leitores, para lembrar que a responsabilidade também é das companhias aéreas no treinamento de pilotos:

Marcos291 – Faltou ao nobre colunista informar que atualmente NENHUMA companhia aérea brasileira tem interesse em utilizar-se do ILS CAT III devido aos custos impeditivos de homologação e treinamento. Em GRU, 100% da utilização do referido equipamento é feito por CIA´s estrangeiras.

Senemix45 – É impossível instalar ILS no Santos Dumont, por conta do relevo, mas existe tecnologia como o RNP AR que, apesar de não ser tão precisa, é mais barata e está disponível, porém nem todas companhias estão habilitadas a operar. E não adianta instalar CAT3 no Galeão se as companhias aéreas não capacitarem suas tripulações, e já disseram que não tem interesse visto que o investimento não compensa. A natureza impõe limites à aviação, principalmente em aeroportos como Santos Dumont que só continua operando pela sua ótima localização, perto do Centro e da Zona Su do Rio. Essa comodidade vem com o ônus de sofrer mais impacto meteorológico e gerar ruído em bairros como Santa Teresa e Laranjeiras. Fica a critério do passageiro correr o risco, principalmente em épocas do ano que aumentam a ocorrência de nevoeiros.

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Ministro Fux fura fila em embarque e irrita passageiros no Rio
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Leandro Mazzini

Quem não perde o avião é o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux. Ontem, quase levou vaia da fila imensa que embarcava à tarde no voo da TAM 3026, Rio-Brasília, no Aeroporto Santos Dumont.

Com evidente pressa, vossa excelência passou em porta privada, com quatro assessores, desfilando com prioridade com acesso ao finger. Enquanto crianças e a maioria dos passageiros que chegaram antes se perfilavam no saguão apertado.

Não é o primeiro ministro da suprema corte que requer benesses das companhias aéreas, já mostraram reportagens anteriores. Talvez nem será o último. A coluna procurou a assessoria do STF para saber se há benefícios especiais para togados e assessores nessas situações. A assessoria não se pronunciou por ora.

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FERIDO A CANETADA

Mal foi ao ar o programa de TV do PSB que oficializou a pré-candidatura de Eduardo Campos ao Planalto, a presidente Dilma Rousseff começou a usar o poder e a caneta para enterrar articulações de palanques do potencial adversário. Aliados do socialista começam a refugar. Campos partiu para a última tacada: negocia com ‘nanicos’ e tenta convencer nomes do PSB a se lançarem ao governo para lhe darem palanque. Mas, amarrados a aliados locais, muitos preferem compor para o Senado ou Câmara. Nem todos entregaram os pontos. As exceções são o senador Rollemberg (DF), que deve se candidatar, e os cinco governadores do PSB que se elegeram em 2010.

REPLAY

O governo do Rio fez a segunda limpeza do morro Cerro-Corá para abrir caminho para um Papa. A primeira foi para o Papa João Paulo II. A história se repete com Francisco.

PAZ NO NINHO

Tucanos que não se bicam só se entendem em acordo eleitoral. Álvaro Dias fechou com o governador do Paraná, Beto Richa, para tentar se reeleger para o Senado. Assim, Álvaro enterra as pretensões do irmão Osmar Dias, hoje governista, o nome forte do grupo de Gleisi Hoffman (PT) para o Senado. Os irmãos têm acordo de não disputarem um contra o outro. Por ora.

EITA!

Manchete do Página 7, da Bolívia: ‘Brasil busca saída de Pinto com alto nível’. Às mentes maldosas, não é piada. Trata-se do senador boliviano refugiado há meses na embaixada do Brasil,em La Paz, que pediu asilo após alegar perseguição.

CERCO E BLINDAGEM

Saiu no D.O. dia 26 (Acórdão n° 952/2013): O TCU convocou para dar explicações o presidente do Instituto Nacional do Câncer, dr. Luiz Santini, após auditoria sobre acúmulo de funções de servidores e ‘contratações com respaldos frágeis’. A assessoria do INCA esclarece que o dr. Santini ‘ainda não foi notificado oficialmente’. Já encaminhou o Acórdão à área técnica para apuração. É caso antigo na unidade, de contratação de terceirizados em lugar de concursados não convocados.

VLT GOIANO

O governador Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, disse em Comandatuba (BA) que constrói um Veículo Leve sobre Trilhos ao custo de R$ 1,3 bilhão. E que espera hospedar uma seleção que jogará em Belo Horizonte. Só não avisou se o trem entra no trilho antes da Copa.

PÓS-INAUGURAÇÃO

O Comitê Olímpico no Rio abriu vagas para atuações no Maracanã durante os Jogos de 2016: há vagas de Especialista em RH até ao fundamental Especialista em Operações de Segurança.

PONTO FINAL

Candidatos, não tenham pressa. Depois da Copa o governo provavelmente arrumará outra reforma no Maracanã.


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