Coluna Esplanada

Arquivo : Senado

Renan demitirá 30% e reduzirá Serviço Médico
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Leandro Mazzini

Renan Calheiros está disposto a fazer a reforma administrativa no Senado – aprovada no último dia da gestão de José Sarney – e limpar a biografia. As mudanças serão anunciadas hoje pelo presidente do Congresso. Vai demitir até 30% dos servidores comissionados em todas as secretarias, diretorias e gabinetes.

Uma mudança não prevista é o serviço médico, com grande estrutura. Para Renan, deve ser encerrado e será limitado a uma emergência. Muito comum hoje entre servidores, a prática vai acabar: quem usar o serviço médico gratuito e tiver plano de saúde particular, será obrigado a reembolsar o Congresso.

A Universidade do Legislativo, o Interlegis e o Instituto Legislativo Brasileiro, com estruturas distintas e altos custos, serão um só.

A decisão de Renan foi tomada ontem à noite com a diretora-geral do Senado, Doris Marize. O piso do rodo dos comissionados será de 25%, e o teto, de 30%.

Renan vai fechar algumas diretorias do Congresso, e os que não forem demitidos, serão remanejados. Fato é que está disposto a peitar a revolta do poderoso Sindilegis.

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O PACTO

 

Para por fim a todo o imbróglio sobre FPE, FPM, roaylties de petróleo e novo indexador da dívida pública dos Estados, Renan e o presidente da Câmara, Henrique Alves, vão convidar todos os governadores para reunião no Senado dia 13 de Março. Será o Dia D para estabelecer uma pauta de consenso. Os governadores estão quebrados.

 

LUZ NO FUNDO

 

A bancada do Distrito Federal se reúne hoje para definir os rumos do Fundo Constitucional com a votação do Orçamento de 2013. Entra na pauta também uma grita geral contra os serviços da Companhia Energética de Brasília (CEB).

 

PRÉVIA

 

Os deputados Alceu Moreira (PMDB-RS) e Sandro Mabel (PMDB-GO) reúnem hoje 15 secretários de Fazenda estaduais para pressionar a Câmara a votar na CCJ a PEC que obriga a União a ressarcir o ICMS de mercadorias destinadas à exportação. Apesar da demanda conjunta, estima-se que só cinco secretários apareçam, e os outros mandem representantes, pelas confirmações feitas ontem.

 

SIM, SENHOR

 

O senador Benedito de Lira (AL) só é pequeno de tamanho. Subiu no sapato ao saber que senadores articulavam deixar seu PP de fora da Mesa. Conseguiu a 3ª Secretaria para Ciro Nogueira (PI) e hoje Lira assume a Comissão de Agricultura.

 

EM OBRAS

 

A turma da rádio Câmara e da Secom da Casa começou a usar máscaras ontem em plena redação. É que ficam no subsolo do novo gabinete do deputado Marco Maia (PT-RS), todo empoeirado e em obras.


PONTO FINAL

Será que Renan vai anunciar corte de 30% dos senadores?


Vossas Excelências – Charge de Aliedo
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Leandro Mazzini

Após 10 horas de depoimento ininterrupto na CPI mista que investiga o contraventor Carlinhos Cachoeira, no Senado, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que chegara na última hora à sessão, tomou a palavra, discorreu sobre a conjunta política no viés do seu conhecido desabafo e citou que não havia ali, na comissão, uma figura importante do PMDB para pressionar o depoente, o ex-presidente do DNIT Luiz Antônio Pagot.

Nesse momento, Simon foi interrompido pelo deputado à sua frente, com ar revoltado porém zeloso.

– O senhor não me conhece, mas sou deputado do PMDB do Distrito Federal, meu nome é Luiz Pitiman, e eu estou aqui desde às 8h da manhã sem almoçar.

– E eu estou aqui há 40 anos – rebateu Simon, discreto, mas no seu jeito sarcástico.

Pitiman ensaiou réplica irritado, mas segurou-se. Panos quentes.

Conheça o chargista


Como Renan negociou a vitória
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Leandro Mazzini

Qualquer candidatura sucumbiria ontem às articulações do senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Há dois anos ele negocia sua volta ao comando do Congresso, em conversas até com PSDB, DEM e PCdoB, partidos que ajudaram a derrubá-lo do cargo em 2007.

Para se consolidar e garantir o voto feminino suprapartidário, Renan chegou a ligar para a senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) e prometer a ela criar a Procuradoria da Mulher, proposta que Vanessa apresentou sem sucesso quando deputada. Ainda reticente, ela ouviu o aval do vice-presidente Michel Temer.

VERMELHA

“Essa loura tá podendo”, brincou o colega Inácio Arruda (PCdoB-CE) quando Renan citou Vanessa no discurso de campanha. A senadora ficou vermelha. “É que desde a Câmara estamos (as mulheres) lutando por isso”, justificou Vanessa à coluna, para driblar constrangimentos sobre apoio a Renan, denunciado no STF.

BAIXO CLERO

Depois da posse de Renan e do séquito bajulador que o seguiu, poucos viram a cena:  José Sarney caminhar sozinho e sem atenção pelo plenário, como nunca antes.

 

EXPLICA, EXPLICA..
Outro ponto de Renan foi manter com o PSDB a bilionária 1ª Secretaria, que controla contratos e o Orçamento de R$ 3 bilhões. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o novo ocupante, se desdobrou por 20 minutos em plenário para explicar a um contrariado Aécio Neves os motivos da adesão. Contra Renan, Aécio pregou a renovação da Casa.

 


DOIS LADOS

No salão azul, Aécio soltou “O Senado se apequenou, a candidatura de Taques é o sentimento de mudança”. Mas o PSDB não abriu mão da 1ª Secretaria. O presidente do PMDB, Valdir Raupp: “As denúncias são requentadas”.  Mas Renan é um só.

 


CADÊ?

Três senadores faltaram ontem na eleição. Luiz Henrique e João Ribeiro, por motivos de saúde, e Humberto Costa, que faz curso nos Estados Unidos, explicou assessoria.

 


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PÉ NA ESTRADA

Causou ciumeira em Minas e Energia a escolha do ministro Guido Mantega (Fazenda) para liderar o roadshow que apresentará em São Paulo (terça), Nova Iorque (26) e Londres (1º de Março) o pacote de PPP e as rodadas do leilão da exploração do Pré-Sal.

TAPA DE LUVA

A decisão da presidente Dilma de escalar Mantega à frente da comitiva, com Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Bernardo Figueiredo (Trem Bala e rodovias), é justamente para mostrar à imprensa britânica que ele continua forte no governo.

CRISTO CONECTADO

Durante a Jornada Mundial da Juventude, a Embratur vai instalar no Cristo do Rio um centro digital para exibir para os estrangeiros os maiores pontos turísticos do país.


Sem UNE, jovem faz protesto solitário na entrada do Congresso
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Leandro Mazzini

A jovem estudante e servidora Cristia na Chapelaria nesta manhã

Enquanto senadores discursam durante o processo de eleição do novo presidente do Congresso Nacional, nesta sexta em Brasília, a jovem brasiliense Cristia Lima “matou o trabalho” e surgiu solitária e destemida diante da principal entrada, na Chapelaria, com nariz de palhaço em protesto contra a corrupção.

A manifestação passa longe do cenário de casos semelhantes contra os quais anos anteriores a União Nacional dos Estudantes (UNE) se insurgia e lotava de jovens o gramado ou a rampa do Congresso.

Não se trata apenas de manifestação contra a candidatura do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), denunciado ao STF pelo Procurador-Geral da República, destaca ela, mas contra todos os políticos denunciados nos últimos anos.

Aluna do curso de Gestão de Políticas Públicas na UnB, Cristia é servidora pública do Governo do Distrito Federal, da Secretaria de Planejamento, e pediu licença hoje para realizar o protesto.


Segurança do Senado barra manifestantes contra Renan
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Leandro Mazzini

Três jovens convidados pelo senador Cristovam Buarque (PDB-DF) para uma reunião foram barrados por seguranças do Senado, segundo uma assessora do parlamentar, às 10h30 de hoje na entrada do Anexo 2.

Eles representam entidades que protestam contra a candidatura do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e pediram audiência com o senador Cristovam hoje. Com voo marcado para São Paulo, o pedetista não pode esperar. Entre os militantes, um integrante do Instituto de Fiscalização e Controle, Rodrigo Montezuma.

Pelo menos 23 entidades entre ONGs e associações promovem às 15h desta quarta-feira (30), na rampa do Congresso Nacional, um protesto contra o senador Renan, favorito para assumir a presidência do Congresso na eleição de sexta-feira. Entre elas o movimento Adote um Distrital e o MCCE – Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

Renan renunciou ao cargo em 2007, quando acusado de pagar pensão a ex-namorada, mãe de um filho seu, com dinheiro de empreiteira. As investigações prosseguem até hoje e sexta passada o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o denunciou no STF.

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Cúpula do PMDB defende Renan
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Leandro Mazzini

Longe dos holofotes, integrantes da cúpula do PMDB estão intrigados e revoltados com a denúncia feita na sexta-feira (25) pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

A denúncia sobre os “bois de Alagoas”, em que o senador é suspeito de usar notas frias para justificar bens, tramita nas gavetas da PGR desde 2007, quando o próprio parlamentar pediu para ser investigado.

A denúncia ocorre a exatamente uma semana da eleição para a presidência do Senado, dia 1º. Daí a suspeita dos pemedebistas de que Gurgel agiu para não virar alvo da cobrança da imprensa e de seus pares de toga.

Entre telefonemas, os pemedebistas ainda acusam motivação política. Um dos adversários de Renan é o senador Pedro Taques (PDT-MT), egresso dos corredores da Procuradoria no seu estado.

Renan está na mira da oposição. Apesar de favorito para a eleição de sexta, os opositores na Casa Alta prometem fazer barulho e lembrar que, além da recente denúncia, ele é suspeito de ter pagado pensão de ex-namorada com dinheiro de empreiteira, o que não foi comprovado.

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Em convite-relâmpago, Senado homenageia ministros do Supremo
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Leandro Mazzini

Os senadores da República foram surpreendidos ontem durante o dia com um convite inusual. Ao contrário da praxe na Casa Alta, quando o Cerimonial ou a Diretoria-Geral enviam um convite impresso e com dias de antecedência – para os parlamentares incluírem em suas agendas sem percalços – foi enviado um convite virtual por e-mail.

Nele (veja imagem), o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), e o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), convidam para a Cerimônia da Ordem do Congresso Nacional hoje, ao meio-dia.

Serão homenageados os ministros do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia, e os ex-ministros Ayres de Britto e Cezar Peluso.

 


Favorito, Renan prega a transparência
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Leandro Mazzini

Salvo um candidato de peso da oposição, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) será eleito presidente do Senado em Fevereiro, a despeito do escândalo que o apeou do cargo em 2007. Renan não só prepara o discurso – para ele foi um caso pessoal, não político – como também esboça o plano de campanha: transparência total e sem senhas nos acessos às informações online da Casa, inclusive de contratos; e um ‘fast-tracking’ na pauta, com início das sessões às 14h30 (hoje é às 16h) para dar celeridade a projetos.

MEMÓRIA. Há exatos 5 anos o Diário Oficial do Senado publicava a renúncia de Renan. Caiu após suspeita de pagar pensão a jornalista, mãe de um filho seu, com dinheiro de empreiteira.

CONFIANÇA. Renan faz campanha velada, e já tem partidos da base. Revela a próximos o que o anima: Em 2007, ele teve 52 votos pela sua absolvição. Lula, 45 pela CPMF, que caiu.

PÉ DO OUVIDO. De Dilma, para Renan, ao saber que ele era candidato oficial: ‘Não duvide da minha lealdade’. A conferir, porque sua candidatura não será fácil no plenário.

‘LOBO MAU’. Ninguém do PMDB entendeu. Assim que Renan se lançou internamente candidato à presidência do Senado, José Sarney evitou um grande racha no partido. É que o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) também se anunciou. Foi Sarney quem pediu ao aliado para recuar. Fato é que Lobão ficou chateado por saber por terceiros.