Coluna Esplanada

Arquivo : talma bauer

Vídeo comprova encontro de assessor de Feliciano com mulher
Comentários Comente

Leandro Mazzini

video-bauer

Um vídeo obtido na noite deste sábado pela Coluna comprova que o chefe de gabinete do deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP), Talma Bauer, conheceu a jornalista Patrícia Lélis – até o momento ele negou que a conhecesse e que tenha havido a reunião entre os dois.

O vídeo, feito por um amigo da jovem, é do dia da conversa gravada por ela com Bauer – o assessor também negou que a voz fosse dele, quando ela relata com detalhes a acusação feita contra Feliciano.

Esse encontro, segundo relatou Patrícia, foi no Frans Café da Quadra 209, bloco D, da Asa Norte, no dia 22 de junho – uma semana após a suposta agressão, relatada ontem em oitiva à Polícia.

fotopat1

Bauer foi detido ontem em São Paulo por agentes da Corregedoria – ele é investigador aposentado – e levado para prestar depoimento na 3ª DP (Campos Elysios). Ele foi liberado nesta madrugada de sábado. O caso está com o delegado Luís Alberto Hellmeister.

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Veja aqui o cronograma da denúncia


Caso Feliciano teve fuga de hotel, farsa para coletiva e Palácio de olho
Comentários Comente

Leandro Mazzini

> Mãe conseguiu fugir do hotel e ligar para o Senado

> Palácio Bandeirantes acionou a elite da Polícia e passou a monitorar o caso

> Polícia passa a investigar várias versões após liberar chefe de gabinete detido sexta

> Feliciano quebra o silêncio

> Mulher vira alvo de ataques nas redes sociais com ‘prints’ de supostas conversas com deputado

A reviravolta surpreendente do caso da jovem Patrícia Lélis, que acusa o deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP) de assédio sexual, agressão e tentativa de estupro em Brasília, foi recheada de episódios que envolveu a mãe da garota, fuga do hotel onde supostamente estavam sob cárcere privado, ligação para o Senado Federal e monitoramento do Palácio Bandeirantes, com a entrada da elite da Corregedoria da Polícia Civil paulista.

Em certo momento Patrícia teria sido obrigada pelo chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, a fazer uma coletiva de imprensa com uma história fajuta: o enredo envolveria ela inventar que estaria apaixonada pelo deputado e admitir que teria inventado toda a história. Repórteres de dois grandes veículos de imprensa chegaram a gravar com ela.

Simultaneamente à coação no hotel, onde Bauer aparecia a toda hora, segundo relatou Patrícia à Polícia, ela era liberada para passeios nas ruas, mas sempre ao lado do chefe de gabinete.

Mas antes de a farsa se tornar a ‘história oficial’ da jovem, a mãe da garota, num drible aos asseclas de Feliciano, conseguiu sair do hotel e telefonar para uma amiga do Congresso Nacional – o nome vamos preservar, a pedidos.

Dali em diante, com a história do cárcere privado revelado pela mãe, os rumos mudaram completamente para os envolvidos. Vale ressaltar que a viagem da mãe de Brasília para São Paulo, após se reunir com o editor da Coluna e estranhar o sumiço da filha, foi fundamental para livrá-la. Ela estranhou a filha pedir uma conta com CNPJ para um depósito – o que passou a ser alvo de investigação também.

Uma outra parlamentar foi acionada. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que aquela altura já havia denunciado o deputado para o MP do DF, telefonou para a Coordenação de Políticas para as Mulheres, do Governo de São Paulo, e assim a Polícia Civil entrou oficialmente na investigação.

Ao passo que a mãe conseguiu telefonar para Brasília, algo curioso aconteceu – relata Patrícia. A entrada de um repórter veterano na investigação também ajudou. Ao conseguir o contato de celular da jovem, ele ligou e conseguiu falar com ela, “no momento em que eu estava sozinha, sem o Bauer por perto”, relata a garota.

Mesmo assim, monossilábica, ela deu a dica de que algo estava errado. A Polícia foi acionada e chegou ao hotel. Foram parar todos na 4ª DP (Consolação), onde ela revelou o suposto cárcere privado. Bauer, que saíra do hotel, voltou e não encontrou mais ninguém no apartamento. ( Investigador aposentado, foi pego pela elite da Corregedoria da Civil numa calçada perto do hotel San Raphael ).

DENÚNCIA OFICIAL

Na segunda-feira chega à Procuradoria Geral da República a oitiva de Patrícia Lélis, de depoimento lavrado na 3ª DP (Campos Elíseos) de SP, para o delegado Luís Roberto Hellmeister. O caso de Feliciano ficará com a PGR, e na delegacia paulista continua o inquérito contra Bauer.

Ela confirma em detalhes a denúncia que relatou à Coluna Esplanada, do assédio de agressão do deputado dentro do apartamento funcional em Brasília. Depois que ela desapareceu da capital federal, a Coluna começou a publicar a série de reportagens – com o relato dela, as evidências de provas entregues e o áudio da conversa reveladora com Bauer – enquanto àquela altura, de SP, já sob poder de Bauer, ela gravava, segundo conta, os vídeos forçadamente.

Um personagem ainda de perfil misterioso entrara no enredo na quinta-feira (28), dia em que a garota conversou com o repórter e o advogado da Coluna numa cafeteria em Brasília. Emerson Biazon viajou de SP para a capital federal especialmente para orientar a jovem, que não tinha advogado.

Ele, porém, um jornalista, passou a tutelar os passos da jovem. Sob sua orientação, Patrícia não registrou B.O. na Polícia Civil de Brasília, como programava. E Emerson a levou para SP, onde encontraram-se com Talma Bauer, o chefe de gabinete de Feliciano. A Polícia paulista apreendeu o tablet de Biazon na noite desta sexta-feira (5), após ele cair em contradições. E passou a investigá-lo também.

Bauer, preso em flagrante ontem, foi liberado na madrugada deste sábado. Também está sob investigação e poderá ser indiciado. A jovem retornou para Brasília hoje com a mãe e vai depor ao Ministério Público Federal na segunda-feira.

DEFESA DE FELICIANO

O deputado federal e Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), um dos mais votados do Estado, líder do partido na Câmara e potencial vice de Jair Bolsonaro na disputa presidencial de 2018, corre risco de virar réu no Supremo Tribunal Federal.

A senadora Vanessa e quatro deputadas federais do PT o denunciaram no MPF e no MP do DF.

Neste sábado, Bauer, já livre, avisou que vai entregar ao delegado Hellmeister evidências de que não coagiu a garota.

Marco Feliciano, que postava no Twitter mensagens enigmáticas sobre o poder do silêncio, o quebrou. Gravou um vídeo ao lado da esposa e o divulgou em suas redes sociais. Nele, nega a agressão, diz que não sabia dos passos do assessor parlamentar e que perdoa a jovem ex-militante do PSC.

NOVA GUERRA DE VERSÕES

Neste sábado, tão logo pisou em Brasília, Patrícia Lélis descobriu que virou alvo de contra-ataque, segundo ela motivado pela mobilização de evangélicos defensores de Feliciano.

Na mesma moeda em que denunciou Feliciano com os ‘prints’ das supostas conversas dela com o deputado federal, surgiram nas redes sociais outros ‘prints’ de conversas atribuídas a ela, nas quais ameaçaria o deputado.

Patrícia argumenta que são montagens e que, assim que constituir advogado em Brasília na segunda-feira, vai denunciar o caso na delegacia de combate a crimes cibernéticos do DF.


Feliciano usou faca para sexo à força, relata mulher em B.O.
Comentários Comente

Leandro Mazzini

> Jornalista registrou oitiva contra Feliciano, por tentativa de estupro, e B.O. contra assessor parlamentar, por sequestro qualificado

> Ela ressalta em depoimento que houve tentativa de estupro dentro do apartamento funcional

> Após detenção, delegado libera chefe de gabinete e reforça investigação para pedido de prisão; ele será indiciado

> Mulher fez exame de corpo de delito no IML

A jornalista Patrícia Lélis, que acusa o deputado federal Pr. Feliciano (PSC-SP) de assédio sexual, agressão e tentativa de estupro, revelou na oitiva que prestou ontem ao delegado Luiz Alberto Hellmeister, titular da 3ª DP de São Paulo, que o deputado usou uma faca para forçá-la a deitar na cama e se despir, na tentativa de sexo à força – o delegado confirma a informação prestada. Foi dentro do apartamento funcional em Brasília e o crime teria ocorrido dia 15 de junho.

Confira aqui a primeira denúncia

Veja aqui o cronograma da denúncia

Na gravação que fez com o chefe de Gabinete de Feliciano, Talma Bauer, Patrícia confirma o episódio – aos 35 minutos o diálogo se dá assim:

– Você teve relações sexuais com o Feliciano? – indaga Bauer, em tom de voz bem baixo.

– Sim, mas não foi consensual, é isso que tô explicando, não foi consensual – repete Patrícia.

Na conversa desta manhã, ela frisa, porém, que não houve conjunção carnal, embora, segundo relata, ele a tenha a apalpado e a beijado.

(Aqui, um detalhe: a Coluna divulgou em primeira mão na quarta só os primeiros 28 minutos do total de 57, por orientação de nossos advogados, para evitar maior exposição da suposta vítima, referente ao áudio sobre a relação não consensual. Deveria partir dela a denúncia criminal, o que agora ocorre com a oficialização do B.O. )

youtube

 

DETALHES SÓRDIDOS

Em conversa por telefone com o repórter nesta manhã de sábado, já em Brasília, Patrícia Lélis confirma a acusação do áudio e relata os bastidores, os quais contou no boletim de ocorrência:

Após agredi-la com um soco na boca e um chute numa das pernas – ela ainda tem a mancha e fez ontem exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de SP – Feliciano se apossou de uma faca, segundo a mulher, e a levou à força para sua suíte.

Teria a forçado a se despir, enquanto a beijava. Ela pulou da cama após descuido dele e começou a bater na porta e gritar. Foi neste momento que uma mulher tocou a campainha do apartamento e Feliciano a liberou.

PRISÃO  E SOLTURA

Talma Bauer foi detido ontem por agentes da Corregedoria e levado para a 3ª DP para prestar esclarecimentos, onde ficou durante horas até a madrugada.

O delegado Hellmeister informou à Coluna neste sábado que decidiu liberá-lo e colhe mais informações para pedir ou não a prisão temporária do assessor parlamentar. Uma nova testemunha do caso apareceu ontem quase madrugada, e mudou os rumos da investigação.

Em contato com a Coluna hoje, Talma Bauer se diz inocente e que vai entregar evidências de provas à Polícia na segunda-feira.

Bauer atua também como assessor do deputado Feliciano. Ele voltou a defender o parlamentar, mas não está mais reticente quanto ao áudio gravado pela mulher e revelado.

INVESTIGAÇÃO NO MP E PGR

O cerco se fecha ao deputado Feliciano no Congresso Nacional. Quatro deputadas federais denunciaram o caso ao Ministério Público Federal e a senadora Vanessa Grazziotin recorreu ao MP do DF – que deve acolher a denúncia e encaminhá-la à PGR.

Uma das frentes da investigação será solicitar à Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados os vídeos da portaria do bloco onde fica o apartamento funcional do parlamentar. Patrícia garante que há imagens dela entrando e saindo do apartamento.

Patrícia nega também que tenha sido amante do deputado. Segundo relata, o único episódio de aproximação íntima entre os dois foi justamente o da agressão e tentativa de estupro.

MAIS NOMES

No B.O., segundo conta a jovem, ela citou também quem a mandara ‘sumir’ de Brasília. Envolve os nomes do deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP) e do presidente nacional do partido, Pr. Everaldo (RJ).


“Ele me levou a fazer coisas à força”, diz mulher sobre Feliciano em áudio
Comentários Comente

Leandro Mazzini

“Se vale um conselho, manda o Feliciano aquietar o pintinho dele , guardar o pintinho dele”

“Eu não sou uma menina burra. Eu tenho provas, tenho conversas, que saíram do telefone dele”

“Provavelmente eu não fui a primeira, e não sou a última. Eu serei a primeira que vai falar! Eu não aceito nada em troca. O que ele fez foi impagável”.

“Ele não me deixou sair ( do apartamento ), fez coisas à força, eu tenho a mensagem dele: ‘Feliciano, a minha boca ficou roxa’. Ele ri”

“Se você conhece o Marco Feliciano e trabalha com ele, você com certeza deve saber da conduta dele, da índole dele. Não sejamos hipócritas”.

“Eu corri atrás de todos os pastores para pedir ajuda e não posso sair prejudicada. Porque se eu sair prejudicada, eu vou à delegacia”.

* * *

“Eu não levei à delegacia ainda porque eu sou cristã, eu amo a minha igreja! (.. ) eu não fui para a delegacia porque eu sei que isso vai prejudicar não só a igreja, não é só o ministério do Feliciano, mas todo o evangelho. Eu amo a igreja”.

“Você está fazendo um bem, de você perdoar, e posso pedir para você por uma pedra em cima? O partido vai continuar tudo igual para você” (voz atribuída a chefe de gabinete de Feliciano)

audio

Atenção – Por questões de preservar pessoas alheias ao caso, citadas no áudio, divulgamos parte do áudio, o suficiente para confirmar a versão que a jovem relatara pessoalmente à Coluna

A polêmica começa quando a Coluna solta uma nota sobre assédio sexual de um deputado federal a uma jovem de Brasília – caso que se revelou muito mais grave, após ela relatar pessoalmente, diante de duas testemunhas, o que houve. Ela procurou este repórter pelo whatsapp, número passado por um amigo em comum, com a mensagem: “Oi. Preciso de ajuda”. Era dia 24 de julho.

Desde então o repórter passou a trocar mensagens de whatsapp com a mulher de 22 anos que acusou de agressão e assédio sexual o pastor Marco Feliciano, deputado federal, líder do PSC e do Ministério do Avivamento, um braço evangélico que criou. A Coluna tem as evidências de provas passadas pela menina – na troca de mensagens repete que faria o B.O. na polícia – e numa reunião. Diante de um jornalista paulista e do advogado da Coluna, ela confirmou tudo. Ontem, a Coluna revelou o caso.

A menina que se diz vítima entregou os prints das trocas de mensagem que atribui a Feliciano – confirmamos em áudio com dois funcionários do PSC que se tratava do telefone pessoal dele – e também um áudio, o qual revelamos agora. Nele, a jovem diz que se reúne com o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, em Brasília – e na conversa confirma tudo o que denunciou ao repórter e o que foi publicado.

A garota está fora de Brasília, sem os pais. Bauer confirma que esteve com a jovem, ‘numa conversa como de pai para filha’, para orientá-la, mas sobre o áudio, apesar de não ter ouvido, diz que pode ser montagem. ( Detalhe, as vozes coincidem, a garota confirmou para o repórter e testemunhas que o gravou, e enviou o áudio por whatsapp para a Coluna. Não há indícios de montagem e não há qualquer interrupção no mesmo. Vamos publicar os primeiros 28 minutos dos 57 minutos da conversa reveladora).

Após sair de Brasília, misteriosamente a garota mudou toda a versão, apesar das provas entregues à Coluna e das testemunhas. Ela gravou vídeo para o youtube chamando Feliciano de ‘bacana ( confrontada por este, ela o retirou do ar ).  E agora espalha que foi usada e o repórter mente. Gravou outro vídeo que circula agora pelo whatsapp, dizendo ser ‘coisa da esquerda’, e ao lado de quem? Do querido novo amigo Bauer, alvo dessa gravação e a quem deu seguidos recados de que não poderia ficar abandonada.

Isso é só parte da verdadeira história.

Atualização quinta, 11/8, 00h33 – Com os leitores, a prova da denúncia. Parte da transcrição abaixo, e parte no canal da Coluna Esplanada no Youtube, do áudio gravado segundo ela no dia 22 de junho.

 

Homem – Sou chefe de gabinete do Feliciano, sou um conselheiro dele. Eu pediria a você para dirimir qualquer dúvida.

Mulher – Se você conhece o Marco Feliciano e trabalha com ele, você com certeza deve saber da conduta dele, da índole dele. Não sejamos hipócritas. Não estou aqui para ganhar nada de ninguém. você não é a primeira pessoa que me procurou.

(..)

Conheci o Feliciano dentro da Câmara. Ele simplesmente chega nas pessoas e usa o que ele tem. Todo mundo erra, mas uma coisa é você ser hipócrita.. eu só perco e me exponho, eu não sou uma menina burra. Eu tenho provas, tenho conversas, que saíram do telefone dele.

Homem – Sim, eu etendo. Você se sentiu prejudicada.

Mulher – Lógico que me senti.

Homem – Qual o dano que te causou?

Mulher – Moral. Ele falou para muita gente. (..) Eu me considero uma pessoa honesta, e não estou mentindo.

Homem – É.., quando a gente conversa assim olho no olho a gente não mente.

Mulher – Eu não tô aqui para falar de você. Tô aqui para falar do Feliciano. (..) Ele usou de um cargo público para se aproximar, tenho provas, são provas concretas, com base. Não quero prejudicar ninguém, mas não quero sair prejudicada.

Homem – Eu tô com você em gênero, número e grau.

Mulher – A primeira coisa que não tô mentindo é que procurei pastores, não tô mentindo, se estivesse mentindo não chegaria aonde eu cheguei. O que coloco é o seguinte: Marco Feliciano errou, Marco Feliciano continua errando. O senhor está com ele há quantos anos?

Homem – Quinze anos.

Mulher – Então o senhor sabe o que ele faz. Eu estou falando em questão de mulheres. Custo acreditar que não saiba. Por mais que seja uma relação profissional. (..) Provavelmente eu não fui a primeira, e não sou a última. Eu serei a primeira que vai falar! Eu não aceito nada em troca. O que ele fez foi impagável.

(..) Ele usou um cargo de influência, de deputado e de pastor, para aproximar. Ele abusa desse cargo para chegar e ele veio conversando comigo de formas estranhas, colocando ‘a gente poderia se encontrar’. Não é cantando, é descaradamente dando em cima.

Homem – eu sou homem, tenho minhas vontades. tenho que ser sutil. (..)

Mulher – É por isso que a gente não tá aqui falando de você. Você tem noção. Quer entender com todas as letras o que aconteceu? Ele deu em cima de mim de forma descarada, tá bom?, Me levou a fazer coisas à força – tenho a prova disso. Dentro da casa dele. Falou que estava tendo reunião da UNE, eu fui para lá e não estava tendo, ele não me deixou sair, fez coisas a força eu tenho a mensagem ‘Feliciano, a minha boca ficou roxa’. Ele ri. Sim, aonde eu falo ‘a minha boca ficou roxa’, saiu do número dele, cujo qual ele usava, não sei se usa mais; Ele fala ‘ah, passa um batom por cima’. Eu tenho todas essas provas, o que estou falando consigo sentar com o senhor e provar.

Homem – Mas ninguém está duvidando de você;

Mulher – (..) Quando a gente fala uma coisa, principalmente quando a gente está incriminando alguém, por eu estudar direito eu sei que a gente tem que ter provas. E eu tenho todas as provas. A maior prova que eu tenho até o momento é que o Feliciano está preocupado..

Homem – Isso fica, eu estou preocupado!

Mulher – Mas ele está a ponto de ligar para as pessoas, e inventar histórias que não existem. Olha para mim, você sabe quem o Feliciano é? Então você sabe o que o Feliciano faz.

Homem – Às vezes pelo fato .. você tem uma beleza diferente.

Mulher – Mas senhor.. isso não justifica! eu tô falando de uma pessoa que é casado, deputado, pai de três filhos. Eu poderia ser a Gisele Bündchen.

Homem – Eu te asseguro (..) que eu, o que te prejudicou eu conserto. No partido, quem ficou triste com você, eu conserto.

Mulher – No partido está todo mundo sabendo da história!

Homem – Pra você, estou pedindo desculpa em nome da família.

Mulher – Eu não levei à delegacia ainda porque eu sou cristã, eu amo a minha igreja! (.. ) eu não fui para a delegacia porque eu sei que isso vai prejudicar não só a igreja, não é só o ministério do Feliciano, mas todo o evangelho. eu amo a igreja. (..) Eu corri atrás de todos os pastores para pedir ajuda e não posso sair prejudicada. Porque se eu sair prejudicada, eu vou à delegacia.

Homem – Você está com meu telefone, ele fica ligado dia e noite, vou seguir sua orientação para consertar. Por exemplo, no partido você vai ter acesso direto e reto, você vai ter espaço..

Mulher – Se vale um conselho, manda o Feliciano aquietar o pintinho dele, é guardar o pintinho dele. Eu não estou fazendo favor a ninguém.

Homem – Você falou a verdade, não está fazendo favor a ninguém, você está fazendo um bem, de você perdoar, e posso pedir para você por uma pedra em cima? O partido vai continuar tudo igual para você, e para melhor. (..) está pior para ele do que para o partido.

Mulher – A partir do momento que eu ver que não vou mais ser prejudicada – eu não estou falando mais em nome do Feliciano não, em nome da igreja, em nome da bandeira que defendo. Pensa bem se levo isso para uma delegacia, com que cara vou chegar numa comissão?