Coluna Esplanada

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Aproximação com Putin e Porto motivam ‘abertura’ dos EUA com Cuba
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Leandro Mazzini

A celebrada reaproximação oficial entre Estados Unidos e Cuba foi comemorada por Barack Obama e Raúl Castro, mas a ‘abertura’ não envolve o bloqueio econômico.

Mas há dois motivos puramente econômicos que indicam a generosidade dos americanos. Considerada a Joia do Caribe, o Porto de Mariel – que acaba de ser erguido com verba do Brasil, via BNDES e até com doação – será o maior entreposto comercial marítimo e a melhor rota das Américas para a Europa e Ásia.

E o presidente russo Vladmir Putin perdoou em meados do ano uma dívida de US$ 35 bilhões do regime, além de anunciar investimentos de US$ 2,6 bilhões na ilha. Ou seja, os EUA não querem perder para a Rússia a operação de Mariel. Uma versão moderna da Guerra Fria?

A decisão do governo dos Estados Unidos de restabelecer relações começou com uma grande jogada de Raúl. Ele ofereceu a operação do porto aos americanos, mas depois convidou o concorrente.

Em junho deste ano, os yankees enviaram a Havana o presidente da Câmara de Comércio dos EUA – lembre aqui -, e Raúl, um mês depois, recebeu o presidente russo Vladimir Putin e ofereceu o mesmo. O russo desembarcou na ilha com o pacote de bondades.

Em síntese, Raúl desde então passou a leiloar a operação do Porto de Mariel entre EUA e Rússia. E o final desta história, que se espera para breve com o esperado fim do embargo, pode ser um mico para o governo brasileiro: pagou e não levou. Ou terá uma participação pífia, diante do poderio das exportadoras russas e americanas que eventualmente possam controlar conjuntas o porto.

MI$TÉRIO

É ainda um mistério em Brasília o contrato sigiloso fechado com o regime dos Castros: além do financiamento do BNDES para o porto, o Ministério do Desenvolvimento Econômico e Indústria, sob comando de Fernando Pimentel (PT), repassou R$ 240 milhões para a obra do porto a fundo perdido.

A oposição no Congresso Nacional impetrou ação no Supremo Tribunal Federal para ter acesso ao contrato sigiloso, algo não comum nas relações bilaterais do Brasil com países aliados.


Cuba leiloa com EUA e Rússia porto erguido pelo Brasil
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Leandro Mazzini

 

putin

Fonte: fotospublicas.com

Uma nova Guerra Fria, em novo contexto. É o que se depreende do episódio.

O governo do Brasil fez papel de bobo no Caribe, com o ‘aliado’ governo cubano. Bancou, via BNDES, e inclusive com R$ 240 milhões a fundo perdido, a construção do Porto de Mariel, com a esperada reabertura comercial e fim do embargo americano ao País de Fidel.

Mas quem vai faturar bonito são Estados Unidos e Rússia. Depois de os EUA fazerem oferta pela operação da área, agora foi o presidente russo, Vladimir Putin, quem avisou a Raúl Castro que pretende a área. Para isso, Putin perdoou dívida de US$ 35 bilhões dos cubanos. A revelação é do jornalista Marcelo Rech, de Brasília, editor do site InfoRel

As negociações para o perdão da dívida duraram 20 anos. Putin ainda avisou aos Castro que vai reinvestir em US$ 2,6 bilhões em Cuba – principalmente direcionados a Mariel. Putin correu para Cuba um mês depois de os americanos fazerem a oferta de operação do porto. Recomeçou, assim, uma nova ‘guerra fria’ entre EUA e Rússia.

CADÊ?

A presidente Dilma investe no discurso de que mais de 300 empresas brasileiras vão ser beneficiadas com o porto de Mariel, mas não há lista e ninguém sabe quais são.

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COISAS DO BRASIL 

Mal controla a atual, e o governo vai construir a segunda ponte entre Brasil e Paraguai, com início da obra previsto para 2015 e conclusão em 2017. Mas não tem agentes da Receita e da Polícia Federal para os postos de fronteira numa das cabeceiras. O mesmo ocorre na ponte em Oiapóque (AP) para cidadezinha da Guiana Francesa.

MICO INTERNACIONAL

Em Oiapóque, o lado brasileiro ficou inconcluso por falta de agentes e alfândega. A presidente Dilma pagou um mico internacional. No início do ano, o presidente francês François Hollande, que visitaria o País vizinho, disse a uma rádio da Guiana que não poderia inaugurar a obra porque o Brasil não fez a sua parte.

ÚLTIMA CHANCE?

Um exemplo claro de que nas próximas eleições presidenciais será um Deus nos acuda com a decisão do STF de barrar financiamento de empresas para comitês: O gasto dos três principais candidatos a presidente da República vai beirar R$ 1 bilhão de reais. Imagine se o STF determinasse a proibição de financiamento para este ano.

ALIADO É.. ALIADO 

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), quando foi candidato em 2012, criticou a propaganda eleitoral nas ruas da Capital em cavaletes e santinhos. Hoje, apoiando Paulo Câmara (PSB) ao governo, mantém silêncio de aliado e não fala sobe a poluição visual.

OCCUPY JK

O povo sofreu com greve da maioria de empresas de ônibus ontem em Brasília, mas não faltou transporte para a turma dos BRICS. Desde terça, o pátio do Aeroporto JK está lotado de jatos Gulfstream e Challenger, de autonomia internacional. São dos empresários estrangeiros que vieram a reboque dos presidentes que eles bancam. Com a lotação do pátio no Terminal 2 do JK, mal sobra espaço para o embarque e desembarque dos aviões da AZUL.

PONTO FINAL

Fã de natação, que pratica, Putin está nadando de braçadas no mar do Caribe.


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