Coluna Esplanada

Arquivo : dezembro 2014

Presidente do PMDB confirma seis ministérios para o partido
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Leandro Mazzini

O presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), confirmou nesta quinta-feira que o partido  ficará mesmo com seis ministérios, incluindo o da neófita Kátia Abreu (PMDB-TO), futura comandante da Agricultura.

O Planalto vai manter o nome de Kátia para a pasta, apesar de  frentes contrárias patrocinadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e parte do continuarem contrariados.

Há anos a senadora Kátia Abreu vem trabalhando escancaradamente para ser ministra da Agricultura. Saiu do DEM e da oposição, não deu certo no PSD – afinado com o Planalto – e então baixou no PMDB. Mais que isso, só faltou se filiar ao PT para beijar a mão da presidente Dilma.


Contra a lei, prefeito de Arame (MA) batiza a Av. José Sarney
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Leandro Mazzini

fotos: prefeitura de Arame

fotos: prefeitura de Arame

Aliados ‘mataram’ o senador José Sarney (PMDB-AP) , que nem se aposentou ainda do Congresso Nacional.

A prefeitura de Arame, no interior do Maranhão, fez carreata e festa para lançar a pedra fundamental da Av. José Sarney, de 2 km de extensão, que vai cortar um bairro.

Ocorre que desde 1977 é proibido por lei esse tipo de homenagem para pessoas vivas. Embora exemplos do tipo de infração se repitam Brasil adentro por praças, ruas, edifícios públicos. Mas a autoridade, segundo a lei, está sujeita até a perda de mandato, caso denunciada.

Em 2008 houve um caso singular de tentativa de drible à lei. Uma resolução do Conselho Nacional de Justiça abriu uma brecha para que o auditório do TJ do DF fosse batizado em homenagem ao ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence. Durou pouco. Em 2011 o plenário do próprio CNJ revogou a resolução.

 

 

 


Governo prepara volta da CPMF e Lula fará pressão, diz deputado
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Leandro Mazzini

Foto: radiogeracao.com.br

Foto: radiogeracao.com.br

O governo federal está trabalhando para o retorno da CPMF, o enterrado e conhecido imposto do cheque, e o Planalto também estuda o retorno da CIDE, a tarifa em cima do litro de combustível.

O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) é quem coloca a boca no trombone.

‘Acabo de ser procurado por um deputado do PT para assinar projeto de iniciativa da Câmara. Além de tudo, o governo não tem coragem de bancar a proposta. E o pior é que o ex-presidente Lula sairá em campanha pela aprovação’, entrega Goergen.

Diante da recessão técnica e de políticas paliativas sem resultado, o governo precisa aumentar a arrecadação e a árdua missão ficará com o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Com Maurício Nogueira


Sob pressão, relator recua sobre aborto no novo Código Penal
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Leandro Mazzini

O novo Código Penal, em apreciação em comissão especial no Senado, deixaria a presidente Dilma mais uma vez na mira da bancada evangélica sobre o aborto.

O texto previa autorização para o médico decidir pelo aborto em ‘caso de risco à saúde da mulher’ e não apenas em risco à vida, como determina hoje a lei.

Se passasse assim, de acordo com parlamentares o texto daria brecha jurídica para várias interpretações, e causaria muita polêmica. Alertado pelos pares, em especial pela bancada evangélica e o movimento católico ProVida do DF, o relator senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) recuou e excluiu o trecho.


Aproximação com Putin e Porto motivam ‘abertura’ dos EUA com Cuba
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Leandro Mazzini

A celebrada reaproximação oficial entre Estados Unidos e Cuba foi comemorada por Barack Obama e Raúl Castro, mas a ‘abertura’ não envolve o bloqueio econômico.

Mas há dois motivos puramente econômicos que indicam a generosidade dos americanos. Considerada a Joia do Caribe, o Porto de Mariel – que acaba de ser erguido com verba do Brasil, via BNDES e até com doação – será o maior entreposto comercial marítimo e a melhor rota das Américas para a Europa e Ásia.

E o presidente russo Vladmir Putin perdoou em meados do ano uma dívida de US$ 35 bilhões do regime, além de anunciar investimentos de US$ 2,6 bilhões na ilha. Ou seja, os EUA não querem perder para a Rússia a operação de Mariel. Uma versão moderna da Guerra Fria?

A decisão do governo dos Estados Unidos de restabelecer relações começou com uma grande jogada de Raúl. Ele ofereceu a operação do porto aos americanos, mas depois convidou o concorrente.

Em junho deste ano, os yankees enviaram a Havana o presidente da Câmara de Comércio dos EUA – lembre aqui -, e Raúl, um mês depois, recebeu o presidente russo Vladimir Putin e ofereceu o mesmo. O russo desembarcou na ilha com o pacote de bondades.

Em síntese, Raúl desde então passou a leiloar a operação do Porto de Mariel entre EUA e Rússia. E o final desta história, que se espera para breve com o esperado fim do embargo, pode ser um mico para o governo brasileiro: pagou e não levou. Ou terá uma participação pífia, diante do poderio das exportadoras russas e americanas que eventualmente possam controlar conjuntas o porto.

MI$TÉRIO

É ainda um mistério em Brasília o contrato sigiloso fechado com o regime dos Castros: além do financiamento do BNDES para o porto, o Ministério do Desenvolvimento Econômico e Indústria, sob comando de Fernando Pimentel (PT), repassou R$ 240 milhões para a obra do porto a fundo perdido.

A oposição no Congresso Nacional impetrou ação no Supremo Tribunal Federal para ter acesso ao contrato sigiloso, algo não comum nas relações bilaterais do Brasil com países aliados.


RSF: 66 jornalistas assassinados e 178 encarcerados em vários países
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Leandro Mazzini

Um breve balanço deste 2014 elaborado pela ONG Repórteres Sem Fronteira: Até hoje, 119 jornalistas sequestrados, 66 mortos e 178 encarcerados pelo mundo. A Síria lidera os assassinatos, com 15, seguida da Palestina (7), Ucrânia (6) e Iraque (4).

Os países líderes no item jornalistas presos são China (29), Eritreia (28), Irã (19) e Egito (16). A Ucrânia, Líbia e Síria lideram os sequestros, com 33, 29 e 27 respectivamente.

Mais no www.rsf.org 


Polícia da Bolívia prende 4 por corrupção na petroleira YPFB
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Leandro Mazzini

Foto: eldeber.com.bo

Foto: eldeber.com.bo

A exemplo do que acontece no Brasil com a Petrobras, a Polícia Nacional da Bolívia deflagrou uma operação e prendeu quatro de seis suspeitos de corrupção na estatal petroleira YPFB – também parceira da Petrobras na venda de gás, embora o caso lá nada tenha a ver com o do Brasil.

A Justiça pede 12 anos de prisão para os envolvidos no esquema –  os funcionários detidos são apresentados pelas iniciais S.C., Y.B.E., L.A.B.C. e G. A. T..

O governo de Evo Morales nega ingerência no caso para proteger os funcionários , mas acompanha a situação. Mais aqui e aqui


Levy já se enturma e vai a churrasco com funcionários da Caixa
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Leandro Mazzini

Joaquim Levy, durante encontro com Mantega. Foto: EBC

Joaquim Levy, durante encontro com Mantega. Foto: EBC

Crise, que nada. Passa longe da Caixa. E o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi conferir de perto.

A presidência do banco estatal pagou uma confraternização para 1.300 funcionários e fechou a Churrascaria Porcão, em Brasília.

Joaquim Levy foi convidado e apareceu ao evento, na última quinta (11). Até às 5h de sexta ainda havia gente com prato cheio.


Há 31 anos, CVM barrou negociata de ações entre sócios da Petrobras
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Leandro Mazzini

Reprodução da página do JB de 1983

Reprodução da página do JB de 1983

Vêm de longe as polêmicas na maior empresa brasileira.

Não é de hoje que a Petrobras dá dor de cabeça – ao governo e a investidores. Na edição de 1º de novembro de 1983, há 31 anos, o Jornal do Brasil noticiava com destaque que a CVM – Comissão de Valores Mobiliários barrou uma meganegociação de ações da estatal ao perceber transação suspeita entre dois grandes acionistas.

Segundo a reportagem, o Banco Fonte vendeu 900 milhões de ações da petroleira para o Bozano Simonsen, mas a CVM bloqueou porque os credores driblariam o fisco e não pagariam 16% do Imposto de Renda sobre dividendos. Isso, claro, quando as ações da Petrobras valiam muito.


Encontro de Pimentel com Aécio irritou Dilma
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma Rousseff ficou muito irritada ao descobrir pela imprensa a reunião entre o governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e o senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB).

Ela quer manter o controle da base em Minas, seu Estado natal e o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. O pacto de não-agressão e não-devassa nas contas de Pimentel com Aécio causou ciúme na chefe da nação.

Pimentel foi avisado de que a presidente quer saber de todos os passos em nível nacional do petista.

NA CONTA

O crédito de Pimentel é tão grande com a presidente que ele está negociando emplacar um nome de sua confiança na presidência da Previ

Pimentel e Dilma são amigos inseparáveis e de alta confiança mútua desde os tempos do regime militar, em Belo Horizonte.