Coluna Esplanada

Arquivo : dezembro 2014

O papo de Bolsonaro e Joaquim Barbosa no ônibus
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Leandro Mazzini

O deputado federal Jair Bolsonaro e o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa encontraram-se, de pé, nos fundos de um ônibus da Infraero, que os levava para o avião de um voo Rio (Santos Dumont) – Brasília.

Extrovertido, o federal tentou puxar papo, mas Barbosa, embora simpático, foi lacônico.

Eis o diálogo, não ipsis litteris, mas com teor real, ocorrido há duas semanas:

– E o ‘Petrolão’, ministro, o que acha? – provocou Bolsonaro.

– Se não fizeram a reforma política, vem mais por aí. Vocês (Congresso) não votam.

– E qual a melhor reforma política para o senhor?

– A que inclui o voto distrital, por exemplo – sentencia Barbosa.

– Mas aí o senhor me F#%¨* porque tive votos no estado (Rio) todo – ri Bolsonaro.

Ainda segundo testemunha, Barbosa avisou que ‘a culpa é do sistema’, sobre a sucessão de escândalos de corrupção no País.

Depreende-se do episódio um dos motivos pelos quais os congressistas não querem mudar regra alguma do atual sistema.


Enrolado com doleiro, deputado reeleito tem R$ 17 milhões em emendas
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Leandro Mazzini

Foto extraída do www.jornaldealagoas.com.br

Foto extraída do www.jornaldealagoas.com.br

Atualizada às 18h08 de segunda (22) – O deputado Luiz Argolo (PP-BA), apontado como íntimo do doleiro preso pela PF Alberto Youssef, não se intimidou durante toda a divulgação da operação Lava Jato há meses e foi generoso no pedido de emendas nos últimos quatro anos.

Foram mais de R$ 17 milhões em verbas empenhadas. Todas para o interior da Bahia, seu reduto eleitoral. Curiosamente a maioria delas , R$ 8,4 milhões, para “Implantação de Melhorias Sanitárias Domiciliares para Prevenção e Controle de Doenças e Agravos” – ou seja, em suma, construção de banheiros e instalação de privadas.

Chamam a atenção as verbas destinadas para os projetos de Desenvolvimento Sustentável, sem especificações, apenas para o pequeno município de Aramari – com R$ 3,8 milhões de verbas.

Argolo, que por ora escapou da PF, é o que foi flagrado com um ‘Te amo, cara!’, num torpedo animado para o doleiro detido. Seu caso está no Conselho de Ética da Câmara, num processo que pede sua cassação.

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Solidariedade e PSB patrocinam blocão para lançar candidato em 2018
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Leandro Mazzini

Um Blocão para 2018.

O PPS, PSB, Solidariedade e o PV lançaram uma frente suprapartidária. Em nível federal, estadual e municipal.

No âmbito da Câmara aglutina 67 deputados. E cerca de 10 mil vereadores espalhados pelo Brasil.

Segundo o deputado federal Paulinho da Força Sindical (SDD), o idealizador, a ideia é definir o nome do bloco para disputar o Planalto em 2018.

Para ele, há vácuo a ser preenchido: ‘54 milhões votaram em Dilma, 51 milhões votaram em Aécio e 3 milhões não votaram em ninguém’.

Consta no bloco o PSB, que disputou com Marina Silva neste 2014. Mas daqui a quatro anos muita coisa pode mudar. No plano federal, diz o vice-presidente do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), o partido continuará independente para decidir ‘que rumo tomar em 2018’.


Mãe do juiz Moro anda sob escolta policial
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Leandro Mazzini

O juiz federal Sérgio Moro, que coordena o processo da operação Lava Jato da Polícia Federal, começa a sentir na família o peso da responsabilidade de mexer com os maiores bandidos de colarinho branco da História do País.

Segundo pessoas próximas à família, a mãe do juiz, que mora numa grande cidade do interior do Paraná, anda deprimida, reclusa em casa e só circula na rua sob escolta policial. Há notícias não confirmadas de que o magistrado já sofreu ameaças de morte. Procurada, a assessoria da Polícia Federal não se manifestou.

VEM MAIS

A sétima fase da Lava Jato, batizada de Juízo Final, levou à cadeia executivos, donos de empreiteiras e, pelas delações premiadas, a virada do ano promete grandes surpresas.

Já tem político citado por Paulo Roberto Costa monitorado. Se algum deles tentar sair do Brasil, vai ser convidado a ficar. Nem jatinho escapará de revista.

Vale ressaltar que a lista de 28 nomes de políticos citados na imprensa como propinados é apenas da cota do ex-diretor da Petrobras Paulo Costa. Faltam as listas do doleiro Alberto Youssef e de executivos e lobistas que também concordaram com a delação.


MST infla fazenda ocupada de senador com peões, pedreiros e autônomos
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Leandro Mazzini

Parte da nova geração de 'sem-terra' possui carro, moto e casa na cidade. Foto: vermelho.org.br

Parte da nova geração de ‘sem-terra’ possui carro, moto e casa na cidade. Foto: vermelho.org.br

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) recruta peões, pedreiros, lavradores e profissionais autônomos da região – alguns deles possuem casas e até veículos – para inflar o acampamento dentro da Fazenda Santa Mônica, em Goiás, de propriedade do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O depoimento à Coluna é de um dos ‘sem-terra’, sob anonimato, que deixou serviço na região para se juntar aos militantes. Há repetidos casos na propriedade.

O MST espalha a promessa de que, quanto mais persistente e maior for a ocupação na fazenda, mais chance o INCRA terá de promover um assentamento no local.

A ocupação ocorre há quatro meses, com o forte apoio da Pastoral da Terra, da Igreja, e contou até com a simpatia de líderes políticos adversários de Eunício no Ceará.

Foto: mst.org.br

Foto: mst.org.br

Há três semanas, num discurso numa grande assembleia na fazenda, um dos líderes sem-terra avisou que ‘caiu o castelo’ de Eunício, e que o movimento não descarta promover ocupações em outras propriedades do parlamentar – que teria, nas contas dos sem-terra, 91 fazendas pelo Brasil.

A Santa Mônica é uma mega propriedade em Goiás cujas terras se estendem pelo perímetro rural de três cidades. Parte da propriedade é murada por quilômetros à beira de uma rodovia. Mas não é improdutiva. Tem plantações e criação de gado para corte.


Perda de receita e gastos excessivos podem levar Infraero à falência
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Leandro Mazzini

Com a concessão dos seus principais e lucrativos aeroportos a Infraero está rumo ao desmonte. A estatal, que apesar de sócia das novas administradoras perde muita receita, recorre ao Tesouro para sobreviver.

Para piorar, a direção da empresa tem gastos excessivos apesar do novo cenário. Fechou contrato de aluguel para nova sede por R$ 380 mil mensais em Brasília e deixou sede própria.

Também sem que graduados funcionários de carreira entendessem, a cúpula da estatal, em vez de reduzir custos, criou mais três diretorias: Jurídica (antes uma assessoria), Planejamento e.. Aeroportos? A ‘Aeroportos’ tirou atribuições da Diretoria de Operações.

A estatal se sustentava apenas com os recursos das tarifas de voos, passageiros e carga aérea. Agora, recorre a empréstimos com a própria União.

A boa receita de Viracopos (Campinas), Cumbica (Guarulhos) e Galeão (Rio), e o equilíbrio financeiro de oito aeroportos (Manaus, DF, Curitiba, Salvador, Recife, Porto Alegre, Santos Dumont-RJ e Congonhas-SP) sustentavam os demais terminais brasileiros.

A estatal tem repetido a estratégia de defesa: precisa alocar funcionários na nova sede com mais espaço atenta à qualidade dos serviços e melhores condições de trabalho para os servidores.

 


Compadre de Arruda será secretário do governo Rollemberg no DF
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Leandro Mazzini

Foto: blogs.maiscomunidade.com.br

Foto: blogs.maiscomunidade.com.br

Brasília tem uma máxima de que é espaçosa, mas tão pequena a ponto de praticamente todos se conhecerem e se esbarrarem nas ruas, eventos etc. Não será diferente no futuro governo do Distrito Federal.

Julio Peres será Secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos do governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

Empresário do ramo da construção civil, Presidente do Sinduscon, é praticamente um compadre do ex-governador preso pela PF José Roberto Arruda.

Peres é primo da esposa de Arruda, e sua testemunha de defesa num processo oriunda da operação Caixa de Pandora, que retirou Arruda de camburão da residência oficial.


Sem Eduardo Campos, PSB vive autofagia em Pernambuco
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Leandro Mazzini

Eduardo Campos faz falta.

Sem a presença do líder nacional do PSB, o partido iniciou uma velada autofagia em Pernambuco,terra do falecido presidenciável.

Por exemplo, não convidem para a mesma no famoso restaurante Leite, no Recife, reduto de poderosos, o governador atual João Lyra e o futuro, Paulo Câmara – escolhido por Campos ao preterir Lyra. Eles não se falam e a crise é braba.

Já Câmara se queimou com Fernando Bezerra, veterano político que, além do mandato, terá um deputado federal e outro estadual de sua cota. O governador eleito pedira a FBC – como é conhecido o senador eleito – uma indicação para uma secretaria de Desenvolvimento Econômico. Câmara foi atendido e recuou. Por telefone.


Despedida de Sarney contou com sete senadores, sem presidente Renan
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Leandro Mazzini

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Foto: Ag. Senado

No discurso de despedida proferido pelo senador José Sarney (PMDB-AP), nesta quinta-feira, havia apenas sete senadores pouco antes das 16h, quando o encerrou.

Revezaram-se 17 durante a fala. Mas a ausência sentida foi a do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL).

A despeito de todas as críticas ao ex-presidente da República, como fisiologismo em estatais e domínio e manutenção do Maranhão com índices ruins de igualdade social por décadas, o senador que se despede da vida pública tem seus méritos.

Como presidente, segurou a transição democrática com os militares após a morte de Tancredo Neves, e valorizou muitas carreiras dos servidores públicos.

Com Maurício Nogueira


MP do DF aciona governador por rombo recorde no País
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Leandro Mazzini

Após dois meses de denúncias e indicações do déficit bilionário que o governo deixará para o sucessor, o Ministério Público do DF e Territórios enfim acionou o governador Agnelo Queiroz (PT) na Justiça.

O Processo 2014.01.1.196733-0 por improbidade administrativa tramita na 1ª Vara de Fazenda Pública e requer R$ 100 mil de indenização aos cofres públicos.

Um montante acanhado diante do rombo deixado pela gestão do petista: algo em torno de R$ 5 bilhões, constatou a equipe de transição do governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB).

Durante a campanha eleitoral o Governo do DF começou a indicar discretamente a crise nos cofres. Há três meses, havia R$ 1,3 bilhão em dívidas represadas para fornecedores.

Há um mês Agnelo praticamente sentenciou a falência da má gestão ao proibir, por decreto no D.O., novos gastos com servidores, como treinamentos e viagens a trabalho.

A ação do MP surge como precedente perigoso para os governadores que estão deixando as contas com rombo.

A assessoria do GDF informou que não se pronunciará até o governador ser notificado.