Coluna Esplanada

Arquivo : ações

Inferno de Dilma: agora é potencial alvo de ações populares e policiais
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Leandro Mazzini

O Inferno de Dilma Rousseff só começa.

Cidadã comum, ela deve se tornar alvo de avalanche de processos e indiciamentos, no âmbito cível (ações populares) e policial (Lava Jato).

Só um cargo de secretária em algum governo estadual a blinda, em parte – e a torna alvo sob tutela de um tribunal de justiça estadual.

Daí a preocupação de seus aliados em evitar a sua inelegibilidade nesta tarde no Senado.

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Abraji alerta para aumento de ações contra a imprensa durante campanhas
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Leandro Mazzini

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo alerta que deve aumentar o número de ações contra meios de comunicação, pedindo exclusão de notícias, com a proximidade das eleições municipais deste ano, e durante as campanhas (em agosto e setembro).

Em 2014, nos pleitos majoritários, foram 410 ações contra jornalistas e veículos em todo o País. As que vieram à tona.

A situação pode piorar diante da novata (e ainda questionada) Lei de Direito de Resposta, à qual principalmente os políticos e partidos estão recorrendo para tentar intimidar veículos e profissionais em casos nos quais se sentem desprestigiados.

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Há 31 anos, CVM barrou negociata de ações entre sócios da Petrobras
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Leandro Mazzini

Reprodução da página do JB de 1983

Reprodução da página do JB de 1983

Vêm de longe as polêmicas na maior empresa brasileira.

Não é de hoje que a Petrobras dá dor de cabeça – ao governo e a investidores. Na edição de 1º de novembro de 1983, há 31 anos, o Jornal do Brasil noticiava com destaque que a CVM – Comissão de Valores Mobiliários barrou uma meganegociação de ações da estatal ao perceber transação suspeita entre dois grandes acionistas.

Segundo a reportagem, o Banco Fonte vendeu 900 milhões de ações da petroleira para o Bozano Simonsen, mas a CVM bloqueou porque os credores driblariam o fisco e não pagariam 16% do Imposto de Renda sobre dividendos. Isso, claro, quando as ações da Petrobras valiam muito.


Sheik dos Emirados Árabes perde dinheiro com Petrobras
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Leandro Mazzini

A cúpula da Petrobras desconfia de que o Sheik de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, Mohammed bin Zayed bin Sultan Al Nahyan, está por trás da ação de investigação contra a estatal na Justiça dos Estados Unidos.

A diretoria da petroleira descobriu que uma das advogadas que toca a ação é norte-americana Theresa Farah, especialista em transações internacionais que representa o árabe em seus negócios americanos.

O príncipe comprou ações ADRs nível 2 da Petrobras na Bolsa de Nova York há alguns anos. ADRs são Recibos de Depósitos Americanos. É a forma em que a ação da estatal é negociada na Bolsa NY, via instituições financeiras de corretagem. Há muito bilionário investidor revoltado com a petroleira.

Com o caso de polícia na estatal, a queda no valor de mercado da empresa e das ações, Al Nahyan já teria perdido US$ 1 bilhão, segundo informações de bastidores.

Em suma, o caso deixa a Petrobras em polvorosa: o homem da ‘terra do petróleo’ caiu no conto da estatal brasileira.

AQUI E LÁ

A situação é delicada para a petroleira porque pode abrir precedente: se comprovada a ligação da corrupção com a queda das ações, espera-se enxurrada de processos de indenização.

Embora empresa estatal e de controle brasileiro, vale lembrar que a Petrobras tem capital aberto e milhares de investidores estrangeiros que perderam dinheiro.

PROSPECÇÃO JUDICIAL

Curiosamente, acontece hoje o GP de Abu Dhabi de F-1, também patrocinado pela Petrobras. Enquanto isso, o Departamento de Justiça dos EUA toca investigação: em nome dos acionistas, quer saber se houve pagamento de propinas na Petrobras, se alguém do país violou a lei anticorrupção na negociação da refinaria de Pasadena, e se isso afetou diretamente o desempenho da estatal.

O fato de a Petrobras e executivos serem novos alvos da operação Lava Jato e o adiamento do anúncio do balanço trimestral da petroleira semana passada irritaram profundamente investidores estrangeiros. Eles já teriam recebido o report trimestral da Petrobras e não gostaram nada dos números.

FOSTER FICA

A despeito de toda a encrenca, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, fica no cargo. Ela é nome de confiança da presidente Dilma. Em tempo: há tanto investidor gringo que a estatal já pagou até 68% de seus dividendos na Bolsa de NY. Foi em 2008.


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