Coluna Esplanada

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ANAC interdita helicóptero ex-Perrella e agora do ‘Gordinho da Saveiro’
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Leandro Mazzini

Atualizada quinta, 13/11, 12h27– Este é um daqueles casos em que o cidadão brasileiro lança mão do bordão: “O mundo é pequeno”.

A Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC, interditou para investigação o helicóptero modelo Robinson R66, que aparece em imagens de redes sociais sobrevoando lanchas sobre um lago em Minas a baixa altitude. Da aeronave, registra o vídeo, ainda salta na água um passageiro. Leia aqui nota oficial

O que ganhou contornos curiosos no caso: o helicóptero está em nome da Limeira Agropecuária, segundo registros da ANAC – empresa ligada ao senador Zezé Perrella e ao seu filho, Gustavo Perrella. É o mesmo no qual foi apreendida quase meia tonelada de cocaína há dois anos pela Polícia Federal num flagrante no Espírito Santo – caso até hoje um mistério.

Mas duas fontes de Belo Horizonte confirmaram à Coluna hoje que a aeronave há alguns meses pertence a Leonardo Emerick. Você o conhece. Trata-se do famoso “Gordinho da Saveiro” do polêmico caso do motel em Contagem, cujo vídeo viralizou na internet, quando foi flagrado por amigo com sua esposa. Nesta tarde, a assessoria do senador Perrella confirmou à Coluna- a aeronave foi vendida em junho para Emerick, e ontem o senador solicitou à ANAC para atualizar os dados de registro do aparelho na agência.

Emerick, que segundo amigos seria dono de um modelo de helicóptero Esquilo, vendeu a aeronave e teria comprado esta aeronave dos Perrella.

 


Mesmo com dinheiro do BNDES, ‘concessionárias aéreas’ pedem mais tempo
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Leandro Mazzini

A associação das concessionárias de aeroportos sócias da Infraero (Aneea) solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil “postergação do prazo para pagamento das outorgas anuais”, segundo assessoria da Anac.

Não se trata de alguns meses, e sim para mais alguns anos – caso extra-contrato. O pedido está em análise na Secretaria de Aviação Civil, do Ministério dos Transportes.

Como noticiou a Coluna, cinco delas devem R$ 2,3 bilhões – mais R$ 300 milhões se a Inframérica não pagar a parcela de São Gonçalo (RN) dia 25.

A multa somada do sexteto já alcança estupendos R$ 52 milhões.

Não bastasse o calote, vale lembrar que todas elas pegaram financiamento no BNDES. Ou seja, ‘compraram’ boa parte dos aeroportos com dinheiro público.

A que segue ‘em dia’ e com melhor situação é a argentina-brasileira Inframérica, que toca também um dos melhores do Brasil, o Aeroporto JK, de Brasília.

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Calote de concessionárias de aeroportos chega a R$ 2,3 bilhões
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Leandro Mazzini

tabela-concessionarias

Cinco concessionários sócias da Infraero em aeroportos estão em atraso com suas parcelas de repasse à União e devem, juntas, cerca de R$ 2,3 bilhões – sem contar as multas, que somadas já alcançam aproximadamente R$ 52 milhões em valores de hoje – além dos ainda não calculados juros pela taxa Selic.

Os dados são da assessoria da ANAC.

As concessionárias Triunfo (Viracopos), que tem UTC de sócia, e Invepar (Guarulhos), com a OAS – ambas as empreiteiras enroladas na Lava Jato – não pagaram as parcelas vencidas na última segunda-feira (11).

O ‘boleto’ de Viracopos é de R$ 173,7 milhões e o de Guarulhos chega a R$ 1,1 bilhão.

As concessionárias dos aeroportos internacionais do Rio (Galeão), que tem a Odebrecht como principal sócia, e de Belo Horizonte (Confins) da BH Airport, devem R$ 933,4 milhões e 74,4 milhões respectivamente.

A parcela da Inframérica, que administra o de Brasília (JK), vence dia 24 de julho, no valor de R$ 246,5 milhões. Parte da parcela do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (Natal) foi depositada.

NO MPF

Ontem, a Associação Nacional de Empregados da Infraero, a ANEI, decidiu protocolar no Ministério Público Federal denúncia sobre o calote.

A entidade lembra que, com as concessões, houve pressão para demissões voluntárias na Infraero, transferências forçadas de funcionários para a administração das concessionárias e acusam desmonte da estatal.

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Sem cobrança, reguladoras desafiam direitos civis
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Leandro Mazzini

A revelação da OAB de que vai fechar o cerco à atuação das agências reguladoras e às suas ingerências políticas causou apreensão na turma. O primeiro alvo é a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Sem cobranças públicas, as reguladoras atuam como querem, respaldadas pelo Governo, e quem sofre é o cidadão.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não tem fiscais para novos postos construídos em rodovias. Sem profissionais concursados suficientes, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem delegado fiscalização a órgãos estaduais e municipais.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revogou normas como a do transporte de animais, e deixa a lacuna para as empresas aéreas decidirem.

A Agência Nacional de Saúde (ANS) fechou o cerco ao GEAP, plano de saúde do funcionalismo federal. Mas atua brandamente contra operadoras privadas. Já a Agência Nacional de Petróleo (ANP), que possui laboratório de análise de combustível em Brasília, atua por amostragem. Não consegue reprimir ilícitos nas vendas de combustível e gás.

Vale lembrar que a Antaq (transportes aquáticos) e a ANTT seriam uma só agência, mas a pressão política as desmembrou. É assédio por vagas de todos os lados.

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Acidente em SP: Avião e piloto estavam regulares, informa Anac
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Leandro Mazzini

O avião que se acidentou hoje em SP

O avião que se acidentou hoje em SP

O avião modelo C 90 e o piloto da aeronave estavam regulares nos registros da Agência Nacional de Aviação Civil. O avião caiu na tarde deste sábado (19) próximo ao Campo de Marte em São Paulo, e atingiu uma casa.

A aeronave prefixo PR-ZRA era experimental e estava em nome do empresário Roger Agnelli, ex-executivo do Bradesco e que ficou conhecido nacionalmente como presidente da mineradora Vale.

Os bombeiros recolheram até este momento sete corpos. Há informações, ainda não oficiais, segundo fonte da Coluna, de que as vítimas são todas da família de Agnelli, inclusive o próprio empresário. A família desembarcaria no Rio de Janeiro para um casamento hoje à noite.

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Caso do jato de Campos indica que Anac deve avaliar relação entre pilotos
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Leandro Mazzini

No relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgado nesta terça (19), foi revelado pela Força Aérea Brasileira (FAB) que não era boa a relação entre piloto e copiloto do jato de Eduardo Campos.

O mesmo aconteceu com os profissionais do Airbus da TAM que se acidentou no Aeroporto de Congonhas em 2007. Eles nem se olhavam.

Sinal de que a Agência Nacional de Aviação Civil deve investir na fiscalização das relações psicológicas além das profissionais. De alguma forma, mesmo que pequena, a má relação entre pilotos pode afetar no resultado de um trabalho de alto risco.

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Aéreas brasileiras reforçam atenção com despacho de bagagens
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Leandro Mazzini

Foto: viracopos.com.br

Foto: viracopos.com.br

Após a queda do Airbus que decolou do Egito, com fortes suspeitas de bomba a bordo, as companhias aéreas brasileiras reforçaram há dias a atenção no check-in.

As administrações dos aeroportos também redobraram a atenção nos serviços de detectores de metal no embarque.

No check-in atendentes de companhias incluíram estas perguntas: “Você mesmo preparou sua bagagem?”; “Alguém mexeu na sua bagagem após você ter fechado?”; e “Alguém pediu para você transportar algum objeto?”.

Em caso positivo, a bagagem é marcada e passa por pente-fino no scanner do despacho.

A nova abordagem mostra que o sistema de fiscalização de bagagens ainda pode ser falho, em qualquer aeroporto do mudo. E que o terrorismo não tem fronteiras.

Por regra, é constante todos os dias nos aeroportos brasileiros: bagagens são retiradas dos aviões prestes a decolar cujos passageiros não estão no voo.

A Anac informa que a agência e o ICAO – órgão regulador mundial de aviação – não emitiram recomendação especial após o acidente. É iniciativa (e boa) das aéreas.


Decolagem de genro de senador causa rebelião na Anac
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Leandro Mazzini

anac

Prédio onde a Anac ocupa alguns andares, em Brasília

Os funcionários e diretores da Agência Nacional de Aviação Civil ensaiam rebelião.

Há revolta velada com a indicação do genro do senador Eunício Oliveira, Ricardo Fenelon, para uma das vagas de diretor.

A rebelião em parte é liderada por uma turma ligada ao diretor Marcelo Guaranys, cujo apadrinhado Juliano Nomam foi preterido pelo genro do senador.

Recém-formado em Direito numa universidade particular em Brasília, em 2011, ele era estagiário da Agência. Sua especialização, apontam os servidores e pilotos, é um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) sobre Aviação Comercial.

O senador Eunício faz campanha, e passou na terça na liderança do PSDB para pedir apoio. A sabatina do indicado, com aval da presidente Dilma, ainda será agendada no Senado.

O jovem advogado não foi localizado. A Anac e a assessoria do senador não comentam o caso.

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Genro na Anac e MST na fazenda: as duas missões do senador Eunício
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Líder do PMDB, o senador Eunício Oliveira se vê atualmente em duas missões extra-parlamentares ligadas diretamente a seu nome: emplacar o genro recém-casado com sua filha numa diretoria importante da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e se livrar o Movimento Rural dos Trabalhadores Sem-Terra na sua Fazenda Santa Mônica, em Goiás.

A missão-genro está avançada, com aval da presidente Dilma que, uma semana depois de prestigiar o seu casamento numa festa no Lago Sul, descobriu que Ricardo Fenelon das Neves Junior entende tudo de aviação. Resolveu escolher o prodígio para diretor da Anac e ganhar ainda mais a simpatia do senador padrinho.

Recém-graduado em Direito, em 2011, na particular UniCEUB, Fenelon fez TCC (Trabalho de Conclusão de Curso, a antiga monografia) sobre ‘A autorização no transporte aéreo regular’. E só. O caso revolta pilotos que criticam a nomeação, em fóruns online. Procurada sobre a situação e o contato do indicado, a Anac avisou que ‘não possui informações’. Procurada, a assessoria do senador informou não ter o contato de Fenelon.

O novo diretor, se aprovado na sabatina no Senado, terá salário de mais de R$ 20 mil, gabinete com uma dezena de assessores e carro com motorista. Além de passe livre nas companhias aéreas.

A regra da Anac é clara: ‘Os diretores serão de reputação ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos’. Genro de político ou não.

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MST

Já o MST é uma dor de cabeça para o senador peemedebista. Mil famílias de sem-terra reocuparam a Fazenda Santa Mônica, que consideram improdutiva e ‘grilada’ – o que o senador já contestou.

A caixinha mensal dos sem-terra é de fazer inveja a muitos parlamentares colaboradores de seus partidos. O MST recebe R$ 20 por mês de cada família, o que se converte em ‘segurança’ no local e compra de sementes e plantações. Também recebem doações de cestas básicas de entidades.


Rasante da Justiça na Anac deixa Planalto em alerta
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Ministros palacianos acompanham com constrangimento a situação do diretor de Aeronavegabilidade da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Cláudio Passos. Ele e a Anac são réus na Justiça Federal em ação civil promovida pelo MPF. Aliás, há três diretorias vagas na agência hoje, e só Passos e o presidente Marcelo Guaranys estão no cargo.

Passos contratou sem licitação a Organização Brasileira para o Desenvolvimento da Certificação Aeronáutica, por R$ 23 milhões, para serviço na área de certificação, uma incumbência da… própria Anac. A Agência alega que não havia quadros para a tarefa.

Segundo a Anac, a Justiça em São José dos Campos (SP) ‘acolheu a denúncia com base em juízo de probabilidade e não de certeza’. A Corregedoria não investigou ‘por não ser de sua competência’. E não houve questionamento à Comissão de Ética da República.