Coluna Esplanada

Arquivo : APO

Força-tarefa por Jogos 2016 custará R$ 4 milhões por ano
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Leandro Mazzini

Passada a Copa da FIFA, o governo federal mira suas preocupações agora para o grande atraso das obras para os Jogos Olímpicos do Rio em 2016 – tanto atraso que fez o Comitê Olímpico Internacional pela primeira vez instalar um gabinete de monitoramento num país sede.

Mas na maratona contra o tempo, conota-se que o Palácio do Planalto resolveu criar a modalidade $alto sem Obstáculos: a presidente Dilma sancionou na última quarta (6) a Lei 13.020, que criou as Funções Comissionadas de Grandes Eventos (FCGE), o que acarretará em custos adicionais de até R$ 4 milhões por ano até 2017.

Serão 100 cargos comissionados destinados a servidores federais e militares, remanejados de seus órgãos de origem para a Secretaria Extraordinária para Grandes Eventos. Entre outras funções, em suma, caberá ao grupo planejar a logística de segurança pública – o que cabe à Prefeitura e governo do Rio – e em especial organizar a participação dos representantes do governo nos Jogos de 2016.

Ocorre que há três anos o Planalto criou a APO – Autoridade Pública Olímpica, justamente para fiscalizar as obras e representar o governo na organização – a APO, aliás, conta com servidores redirecionados, cargos em comissão, e sedes no Rio (prédio do BB, no Centro) e em Brasília (no CCBB).

CUSTOS

A priori, essa força-tarefa de 100 servidores custará aos cofres públicos R$ 372.912,20 até dezembro, quando… receberá aumento de gratificação. Ano que vem, serão R$ 398 mil por mês, que somarão mais de R$ 4,7 milhões só em 2015.

Além disso, esses cargos comissionados serão pagos pela rubrica de orçamento do Ministério da Justiça. Os servidores cedidos continuarão a receber seus salários dos órgãos de origem. Está estipulado no Parágrafo 3 da Lei sancionada. A turma baterá ponto na Secretaria até 31 de julho de 2017, um ano após o fim dos Jogos.

A FOLHA

Por enquanto, são 60 cargos comissionados para DAS 4, com adicional de R$ 4.764,89; 20 cargos para DAS 3 (R$ 2.677,48) e 20 para DAS 2 (R$ 1.673,46).

A lei, assinada por Dilma e avalizada por Miriam Belchior (Planejamento) e José Eduardo Cardoso (Justiça), prevê que as funções destinam-se a ‘atividades de direção, chefia e assessoramento’.

Questionada sobre os custos, cargos e funções supracitados, a assessoria da Casa Civil da Presidência, de onde saiu a Lei, limitou-se a informar que os dados estavam na publicação no D.O.

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Leite – o tucano está uma arara contra a presidente Dilma. Foto: psdb.org

ELEIÇÃO É.. 

Parece decisão eleitoreira. A presidente Dilma recuou e vetou a única emenda aprovada no SuperSimples, apresentada pelo deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), sobre poder de capitalização de pequenas empresas na Bolsa e por fundos de investimentos ( saiba aqui ). “Não tenho dúvida de que a decisão foi política, para me prejudicar”, desabafa o parlamentar tucano, que virou uma arara. O deputado trabalhará para derrubar o veto no Congresso.

.. MINAR A OPOSIÇÃO

Otávio ficou revoltado, soube ontem à tarde por publicação, apesar de tudo combinado com governistas. Tivera o apoio do petista Cláudio Puty (PA), relator que dera parecer favorável. O ministro Afif Domingos, da Secretaria de Micro Empresas, endossara. Além de Luiz Barreto, do Sebrae, que comemorara. Por picuinha eleitoral, perdem o pequeno e médio empresário.

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UM LIXÃO ESTRUTURADO 

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Lixão da Estrutural – vergonha nacional a apenas 20km do Palácio onde foi assinada lei para seu fim. Foto: ABr

O Lixão da Estrutural, com 15 milhões de toneladas, fica numa cidade Satélite a apenas 20 km do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente da República. É só mais um dos 3 mil que ainda existem no Brasil apesar do prazo final de 2 de agosto para o fim dos lixões, dado pela lei da Política de Resíduos Sólidos. As prefeituras tiveram três anos para construir aterros sanitários.

Para piorar a situação , o Lixão é o maior da América do Sul e fica perto do Parque Nacional de Brasília, cujos mananciais abastecem 27% da capital. O Governo do Distrito Federal nada fez.

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 BIOGRAFIA & IMAGENS 

evandro

Evandro – histórias tão excelentes quanto as fotos

Evandro Teixeira ganhou biografia ‘Um certo olhar’, por Silvana Moreira e prefácio de Verissimo. Lança dia 5 de setembro em Salvador, e 24 no Rio. Mais premiado e fotojornalista brasileiro, Evandro tem histórias hilárias, como a da chegada do Papa João Paulo II ao Galeão em 1980.

ôH, SEU PAPA!

Evandro chegara atrasado à base aérea do Galeão, perdera a famosa foto do beijo no chão e soltou lá de trás ‘Beija aí de novo, seu Papa!’. Se ouviu ou foi intervenção divina, o Papa beijou novamente o chão. Quando provocado sobre o episódio, o fotógrafo ri e desconversa. Evandro é colaborador do site da Coluna, onde o leitor encontra fotos históricas e inéditas.

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GUERRA DAS PESQUISAS 

O governador Jaques Wagner (PT) comemorou ontem a decisão do TRE de liberar, após semanas, a pesquisa encomendada pelo seu candidato ao governo, Rui Costa. DEM e PSB pediram o embargo porque numa pergunta associou Rui a Lula, enquanto a candidata Lídice (PSB) não foi associada a Marina Silva.. E o DEM pegou carona.

CORRIDA DO CAIXA 

Como apenas o último Ibope circulou por semanas na Bahia, com Paulo Souto (DEM) líder com 42%, e Costa em 3º com 8%, o DEM encheu os cofres para arrecadação, diz o PT. “Eu diria que a pesquisa foi encomendada para isso”, conta o governador. No mais, na pesquisa a ser divulgada hoje, que ouviu 2 mil pessoas em 84 cidades, Rui, antes em 3º, teria quadruplicado seu índice de intenção de votos.


Jogos 2016: APO cria força-tarefa para elaborar Matriz de Responsabilidade
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Leandro Mazzini

A 30 meses das Olimpíadas do Rio, com o ritmo quase parando das obras tanto na Vila Olímpica quanto em Deodoro, no complexo militar, o governo decidiu pressionar a Prefeitura e o Governo do Estado para a elaboração da chamada Matriz de Responsabilidade – nada menos que um cronograma de obras e planilha de custos.

A Matriz é fundamental para que não se repita o erro do Pan Americano de 2007, quando, sem uma, o governo federal teve de arcar com custos finais e obras para a realização dos Jogos – e o custo inicial de R$ 700 milhões passou dos R$ 3 bilhões. Foi a modalidade “Salto sobre Verbas”

Parece tão simples, mas não é. Desde que a Autoridade Pública Olímpica (APO) foi criada, há mais de dois anos, os governos federal e estadual – e a prefeitura, principalmente – batem cabeça numa maratona de empurra-empurra e colocam em risco o grande evento. Sérgio Cabral e Eduardo Paes, numa reunião em Brasília, chegaram a dizer que não precisavam de APO federal (cada um criou a sua).

O novo APO, general linha dura Fernando Azevedo e Silva, decidiu então montar uma força-tarefa com os entes. Enviou convites formais para o município e Estado. Pediu que enviem integrantes técnicos para que participem do grupo de elaboração da Matriz definitiva. Tornou-se a prioridade da APO. Paes, outrora reticente, já apoia a ideia.

A decisão da força-tarefa para a Matriz não foi apenas administrativa, mas política também. Foi ordem da presidente Dilma, preocupada com o cronograma das obras. Por mais que tenha tentado nos últimos dois anos, o ex-APO Marcio Fortes encontrou grande resistência no assunto junto ao Estado e prefeitura. Agora, militar com perfil conciliador, segue a linha militar de “Missão dada, missão cumprida”.

Hoje e amanhã, o general da APO participa de seu primeiro encontro oficial com os integrantes do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), que acontece segunda e terça no Rio, na sede do Rio 2016.

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General prepara corte olímpico de cargos políticos na APO
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Leandro Mazzini

O general Fernando Azevedo, o novo Autoridade Pública Olímpica (APO), que detesta indicações políticas a exemplo do antecessor, levantou os apadrinhados no órgão para fazer a limpa. São a maioria indicações do Ministério do Planejamento e do Esporte.

Também vai enquadrar uma turma que andou viajando demais, cujos nomes, datas e locais está na mesa. Não quer relatórios. Pretende ouvir um por um e saber o que as viagens trouxeram de eficiente para a gestão da APO.

Apenas um arquiteto viajou três vezes para o exterior em poucos meses. Numa delas, ficou três meses em Londres antes dos Jogos.

Há um caso especial de amigas sulistas. Uma funcionária cedida pela prefeitura de Porto Alegre assumiu diretoria depois que a colega foi arremessada. Para fora.

A caserna comemora: vai montar um QG Olímpico. General Azevedo já chamou o coronel Alberto Fonseca para seu braço direito.

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OFF LINE

O PSB já leva a sério os internautas para a campanha de Eduardo Campos. O site do partido está fora do ar, passa por reformulação para priorizar as redes sociais.

INTIMIDAÇÃO HERMANA

Aliados de Roger Molina, o senador que fugiu, suspeitam que há muito mais que piscicultura na pauta da visita do ministro da Presidência de Evo Morales, Juan Ramon Quintana, ao governador do Acre, Tião Viana, na Sexta. É lá que está vivendo a família de Molina. Quintana levou séquito que conversou a portas fechadas com Viana. Em Abril, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, levou chá de cadeira de três horas no Palácio, à espera do presidente Evo para tratar do caso dos corinthianos presos. Então Evo mandou avisar que Quintana o receberia. Cardozo foi embora. A assessoria nega o ‘chá’ e alegou que ele tinha agenda no Brasil. A coluna mantém a versão

EPA, EPA!

Quem entende de política partidária suspeita de que há uma direta ligação entre os 900 cargos comissionados cortados por Eduardo Campos, com economia de R$ 25 milhões, e a saída de socialistas de cargos dos governos do PT, que ficarão sem salários.

SEM BOLSA 

O ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), pré-candidato ao governo do Rio, nega rumores de que vá lançar um ‘Bolsa Pescador’. ‘Nunca ouvi falar’, resume.

LULISTAS EM FESTA

Uma pesquisa interna do PT revelou tudo o que a ala Lulista queria : mostra que, num cenário hoje de eleição, a presidente Dilma não seria reeleita, com Eduardo e Marina juntos, e Aécio em ascensão. E só Lula candidato bateria qualquer um dos três.

COMEÇOU A CAMPANHA 

A presidente Dilma baixa em Teresina (PI) na Sexta. Ela entregará certificados a alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. Quem passa na cidade, hoje, é… Eduardo Campos, para receber título de cidadão honorário.

VOLTA DOS DÍGITOS 

Em 2010, prestes a ser lançada candidata a presidente, Dilma participou de encontro de centrais sindicais na Câmara. No meio do discurso soltou que o governo teria juros de um dígito. Sem ouvir a ovação esperada, ela frisou, “vou repetir, juro de um dígito”.

PSDB x PT

Os advogados do PSDB no DF liderados por Raimundo Ribeiro e Paulo Fernando Melo lançaram a Campanha da Legalidade. Vão acompanhar com lupa os atos, nomeações, licitações e editais do governo Agnelo (PT).

APELO à OEA

O ex-presidente da Bolívia Jorge Quiroga enviou carta ao Secretário-Geral da OEA, José Insulza, apelando para intervir contra uma terceira candidatura de Evo Morales. Quiroga cita o Fujimoraço, e pede que a OEA, com base no artigo 20 da Carta Interamericana, convoque o Conselho Permanente para avaliar a situação do País.


General linha dura assume front pré-Olímpico
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Leandro Mazzini

A iminente posse do general Fernando Azevedo e Silva como Autoridade Pública Olímpica (APO) contrariou o Governo do Rio e a Prefeitura, além do Ministério do Esporte.

Há uma velada oposição dessas três esferas à figura da APO, cargo de confiança da Presidência, que monitora os projetos e execuções para os Jogos.

Foi a resistência desse grupo que forçou a saída de Marcio Fortes, e justo por isso, ciente dos bastidores, a presidente Dilma decidiu colocar um militar linha dura no front como recado: está de olho na modalidade Salto sobre Verbas.

Assim como o antecessor Fortes, o general Azevedo e Silva tem perfil técnico e evita nomeações políticas. Ninguém do Esporte conseguirá emplacar a turma do PCdoB ali.

Hoje o general será apresentado no Senado pelo relator de sua nomeação para a sabatina dia 15, Francisco Dornelles (PP-RJ).

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COMEÇOU O JOGO

Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) está limpando o partido dos fichas-sujas, e surge por ora como potencial vice de Aécio Neves (PSDB) em 2014.

AÍ TEM..

Ninguém no Congresso, do baixo clero aos caciques, acredita que Marina Silva e Eduardo Campos (PSB) vão deixar para 2014 algo que já foi acordado entre ambos. O quê, é um mistério. Hoje vice-líder nas pesquisas, Marina abdicar de um recall eleitoral de massa mostra, para os líderes, algo que não existe na política: desapego. Há quem aponte exagero no discurso de Marina e Eduardo, no Sábado, sobre ‘enterrar a velha política’. Neto e discípulo de Miguel Arraes e ex-aliado de Lula e Dilma até semana passada, Campos deu um tiro no pé. ‘Que política velha?’, pergunta deputado.

ZERO NO BOLETIM

O deputado Edinho Bez (PMDB-SC) convidou para audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle os diretores das universidades Gama Filho e Cidade, do Rio, e representantes do MEC, para debater a crise financeira dos grupos educacionais.

VEM MAIS AÍ

O PROS espera filiar mais gente graúda. É que, quem não disputar a eleição ano que vem, tem mais 20 dias para mudar de partido. Solidariedade segue a mesma cartilha.

SUBSÍDIO NA PISTA

Como os subsídios, tão discutidos na OMC, também acirram disputa no esporte: O açúcar Itajaí, de Goianésia, tem sua logo no carro do piloto americano J. Rozenweig, da GP2, porque seus importadores dos EUA e Europa recebem subsídios dos governos. Ou seja, uma empresa de Goiás banca o piloto americano lanterna, sem pontuação na temporada, e o vice-líder, o brasileiro Felipe Nasr, não consegue a marca brasileira. O brasiliense Nasr é promessa para a F1 em 2014 ou 2015.

OLHO NELES

Do presidente da Associação dos Delegados da PF, Marcos Leôncio: ‘Hoje em dia, uma organização associativa precisa ter compromisso social e se posicionar sobre as grandes causas’. A turma do coldre contra o colarinho branco está atenta. A ADPF se uniu à OAB e ao Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (da Ficha Limpa) pela aprovação de projeto de iniciativa popular de reforma política. ‘O sistema eleitoral atual é uma das principais causas de corrupção’, diz Leôncio.


Crise Olímpica: Comitê Rio 2016 ignora TCU e exclui APO de reuniões
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Leandro Mazzini

Um clima de constrangimento toda a cada dia os profissionais e os órgãos envolvidos nas reuniões sobre os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio.

O Comitê Rio 2016 simplesmente ignorou a determinação do Tribunal de Contas da União sobre acompanhamento de projetos e execuções, e excluiu das reuniões e decisões a Autoridade Pública Olímpica (APO), órgão federal criado para o monitoramento.

O último episódio ocorreu na Sexta-feira, 27. O Comitê Rio 2016 cancelou a reunião semanal que ocorreria e não convidou a APO para participar de outro encontro, que teria como pauta as obras em Deodoro, Zona Oeste do Rio, no setor militar.

Compõem esse Comitê a APO municipal, Maria Sílvia Bastos, com o secretário-executivo do Ministério dos Esportes, Luiz Fernandes, com o chefe da Casa Civil do Governo, Régis Fichtner, e o gestor do comitê, Leonardo Gryner.

Recentemente, o ex-ministro Marcio Fortes, nomeado APO pela presidente Dilma, deixou o cargo insatisfeito. Em reuniões há alguns meses com ministros em Brasília, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador Sérgio Cabral deixaram claro, para várias testemunhas, que ‘não precisamos de um APO’, em relação ao monitor federal.

Há poucos dias, o TCU, em relatório, alertou para o perigo de encarecimento das obras, tal como ocorreu no Pan 2007, cuja previsão inicial total de R$ 410 milhões saltou para estupendos R$ 3,2 bilhões às vésperas do evento, por pagamentos imediatos e urgência para concluir obras atrasadas.

O relatório do TCU também cobra do comitê a ‘matriz de responsabilidade’, um relatório detalhado com valores de obras e prazos, para evitar que se repita o erro do Pan – quando, sem matriz , o governo federal acabou arcando com as despesas finais e maiores.


Planalto ignorou certidão contra ex-assessor de Gleisi
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Leandro Mazzini

Atualizada Quarta, 28, 14h15 – A Casa Civil do Planalto ignorou certidão contra o ex-assessor especial Eduardo André Gaievski que beira uma ficha corrida policial.

Bastava uma simples consulta no cartório. A coluna tem em mãos uma ‘Certidão Positiva – Para efeitos civis’ (veja abaixo), que inibiria a contratação do petista em qualquer órgão público.

Foi expedida dia 3 de Maio deste ano pela Comarca de Realeza (PR), após consulta. A certidão discrimina 12 ações (!) contra Gaievski desde 2010, entre elas o inquérito policial com delito de ‘exploração sexual’, distribuído em 23 de Janeiro de 2013 – um dia anterior à sua nomeação no cargo no Palácio pelo D.O.

Entre as ações registradas pela Comarca, há uma indenização por dano moral e três por reparação de danos. As investigações contra Gaievski abrangem o período em que foi prefeito de Realeza de 2005 a 2008.

A ministra Gleisi Hoffmann diz que não sabia das denúncias contra o assessor, que consultou ‘a Abin, poder Judiciário, cartórios e órgãos’, que ‘não existia nada’

Gaievski era até ontem foragido da Justiça. Procurada, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não se pronunciou até o momento.

A Casa Civil enviou hoje a seguinte resposta: ‘A consulta sobre senhor Eduardo Gaievski foi feita em janeiro de 2013, quando de sua contratação, e a certidão foi emitida em maio de 2013’. Enviou, no início da tarde desta Quarta, a certidão negativa da consulta de 22 de Janeiro, véspera da admissão de Gaievski. No dia 24, quando o nome do assessor foi publicado no Diário Oficial da União, o cartório já tinha o registro do inquérito policial criminal sobre suposto crime de pedofilia.

Todavia, agora surge o mistério maior: o cartorista de Realeza disse que avaliaria os papéis, mas não explicou como não constam na ‘certidão negativa’ ações distribuídas desde 2010 , a despeito da ‘certidão positiva’ emitida em Maio, nas mãos da coluna. Na tarde desta Quarta, o titular do cartório assim respondeu:  ‘Esclareço que a certidão positiva é de efeitos gerais, conforme solicitada, que equivocadamente constou segredo de Justiça’. Mas, fato: havia a investigação já de conhecimento judicial.

Vale ressaltar que Gaievski até 31 de Dezembro de 2012 tinha foro privilegiado, e a investigação ocorre há três anos sob segredo de Justiça. O ex-assessor seria candidato a deputado estadual em 2014 e coordenador da campanha de Gleisi ao governo do Paraná. A amigos, ele disse que isso é retaliação de promotores.

 

A certidão emitida pró-Gaievski, dia 22, e abaixo, a portaria do dia 23, publicada dia 24 com a nomeação do assessor no Diário Oficial, curiosamente a mesma data em que registra-se no cartório (mais abaixo) o inquérito policial.

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SÓ ANAC NÃO VÊ

Roda o Youtube um vídeo sobre voos irregulares de parapente para turistas ofertados por instrutores despreparados na Pedra da Gávea, no Rio. Dia 17, dupla se perdeu num nevoeiro e rezou para achar descida. ‘Oh, Pai, me mostra o caminho!’, soltava o ‘instrutor’. O turista ficou na ‘Ave Maria’. O link – http://bit.ly/17hb9OY

DESCARRILOU

Moradores de Santa Teresa e turistas reclamam os dois anos sem o bondinho que dava charme ao bairro, após acidente que matou seis. Comitiva do governo do Rio foi atrás de know how com a Carris de Lisboa, e nada. Deve ter valido o passeio..

APO NA MIRA

Tem gente no Palácio que defende a extinção da APO federal, já que a prefeitura e o governo do Rio têm as suas. Dilma deu orçamento de R$ 123 milhões para a APO, que gastou R$ 8 milhões. Para a folha de 181 cargos, serão R$ 73 milhões até 2016.

EPA, EPA

Causou desconforto entre servidores de carreira do Itamaraty a declaração do salvador do senador, Eduardo Saboya, à Folha: ‘Não sou da oposição, votei na Dilma’.

MUNDO CÃO

O senador Pedro Taques (PDT-MT), que propôs alterações ao texto do PLS 236/12, a reforma do Código Penal, esclarece: ‘Em nenhum momento foi diminuída a pena por maus tratos a animais’. Ele recebeu críticas e ameaças de ser espancado na rua.

BARRADOS NA WEB

Mais desconforto na ANTT entre funcionários. O setor de tecnologia da agência tem bloqueado páginas web para servidores, mas não para comissionados. Há críticas também sobre falta de cursos de capacitação.

E BRIZOLA MORREU CULPADO

Saiu na Esplanada da Revista Voto: o ex-presidente Fernando Collor tomou susto recentemente. Foi visitado por advogado, ex-militante de Maluf na campanha de 1989, que o revelou a façanha: foi ele quem publicou anúncio falso para cabos-eleitorais. No dia seguinte ao anúncio em jornal da capital, mais de 5 mil pessoas fizeram fila na W3 para o comitê Collorido. Deu polícia e notícia no JN da Globo. Collor riu, sem graça, e revelou: ‘E eu sempre pensei que tinha sido o Brizola..’


Rio 2016: Planalto está de olho no ‘Arremesso de Verbas’
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Leandro Mazzini

A despeito da saída de Marcio Fortes, a pedido do próprio, o Palácio do Planalto já sabe que a Prefeitura e o Governo do Rio jamais engoliram a Autoridade Pública Olímpica (APO).

O Ministério do Esporte segue a mesma linha, pois perdeu vagas para alocar quadros do PCdoB. Numa reunião recente em Brasília, o prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral, afinados, soltaram para ministros: ‘Nunca precisamos de APO’. O motivo, um mistério. Eles criaram seus APOs similares ao do Planalto.

Homem de confiança de Dilma, Fortes alegou motivos pessoais, mas não está doente. Dilma já soube que ele foi atropelado.

O Senado, que aprovou o nome do APO, dorme na questão. Ninguém se movimentou ainda para convidar Fortes a falar o que sabe, ou o que descobriu.

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TABELINHA 

O chefão do Barcelona, o catalão Sandro Rosell, desceu com o jatinho do clube em Assunção para prestigiar a posse do presidente do Paraguai, Horácio Cartes.

RECADO PARA BARBOSA 

A Associação dos Juízes Federais vai ficar no pé de Joaquim Barbosa, presidente do STF, enquanto ele mantiver a implicância com ministros. A Ajufe soltou nota com recado velado: Lembra que a Lei Orgânica da Magistratura estabelece dever de ‘urbanidade’, e o Código de Ética dispõe que deve-se ter ‘cortesia para com os colegas’. O ministro Barbosa, como se vê, voltou no melhor estilo. Os personagens dos embates são os mesmos da primeira fase do julgamento do Mensalão: Dias Toffoli e Lewandowski – a quem acusou de fazer ‘Chicana’.

BRASIL VOA

Terminou ontem a LABACE, feira de jatinhos executivos. Desfilou por ali um escrete seleto dos que provam que o país não vai tão estagnado, pelo menos para eles: mais de 300 jatinhos encomendados chegarão aos hangares do Brasil até 2020.

PROTESTO

O grupo Urbanistas por Brasília marcou para às 10h hoje manifestação no Congresso contra a instalação de uma cerca lateral no gramado, em frente ao Itamaraty.

JOGO DE TIÃO

Em entrevista à TV Gazeta do Acre, o governador Tião Viana (PT), se disse a favor dos cassinos, proibidos no Brasil. Seria forma de arrecadar impostos para saúde e educação.

JUSTIÇA DOS PASSAGEIROS

Passageiros queimaram um ônibus da Rápido Planaltina (Brasília-Planaltina de Goiás) e depredaram dois ontem. Todo veículo da frota que dá defeito vira alvo. Cobram ANTT para que casse a concessão. É do grupo Amaral, que já sofreu intervenção no DF.

FACADA DO IR

O deputado Vicente Cândido (PT-SP) apresentou projeto para alterar a faixa de contribuição do IR e fazê-la mais justa. Tem promessa de que a Casa analisa este ano.

PONTO FINAL

No clima dos Jogos Olímpicos, os cariocas vão inovando: Depois do Salto sobre Bueiro, Rio lança o Arremesso de Banheiro Químico.

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Fortes foi atropelado na APO
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Leandro Mazzini

Embora Marcio Fortes não tenha revelado os motivos pessoais que o fizeram renunciar ao mandato de Autoridade Pública Olímpica (APO), a presidente Dilma soube que ele estava insatisfeito, sem orçamento, e atropelado por outros órgãos sobre decisões, obras e repasses de verbas.

Da cota e de confiança de Dilma, Fortes entregou a carta de demissão dia 1° de Agosto a Giles Azevedo, chefe de gabinete da presidente, mas até ontem, quando o D.O. publicou a exoneração, não fora chamado pela chefe.

Ontem, foi a vez de o Planalto atropelar o Congresso. O APO é cargo com mandato de quatro anos, e o Senado, que o aprovou em sabatina, não foi avisado da exoneração.

Diplomata de carreira e um o mais longevo ministro do governo Lula, nas Cidades, Fortes é considerado por Lulistas e Dilmistas quadro de primeira linha.

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BAIXA DUPLA 

Mal nasceu e o PSD de Kassab já teve duas baixas na Câmara. Os deputados Guilherme Mussi (SP) e Liliam Sá (RJ) deixaram o partido. Sem perda de mandato.

KARMA PARAGUAIO

Depois do bispo Don Juan cheio de filhos, e o vice-sucessor golpista com mandato tampão, tomou posse o novo presidente do Paraguai. É suspeito de comandar o maior contrabando de cigarros piratas da AL. Horácio Cartes dá tombo de bilhões por ano de impostos no governo brasileiro. E a presidente Dilma compareceu à posse.

VAIVÉM

A cúpula do PMDB se desdobra para alocar dois quadros importantes. Articula para fazer ministro do TCU o ex-ministro da Agricultura, o deputado Mendes Ribeiro (RS). Para que o suplente Eliseu Padilha assuma o mandato definitivo na Câmara. Mendes Ribeiro não queria sair, mas Dilma precisava afagar a bancada mineira e o trocou por Antonio Andrade. Padilha é da cota pessoal do vice Michel Temer.

DISPUTA NA RECEITA

Disputa acirrada entre duas chapas no Sindireceita, o poderoso sindicato da Receita. Em jogo, orçamento de R$ 1 milhão e 12 mil filiados no país. Eleição será dia 2 de Outubro.

PALMADAS NELES!

O ministro Luiz Fux, do STF, fez despacho do mandado de segurança nº 32257 sobre o impasse na tramitação na Câmara da Lei das Palmadas, parada na CCJ. Consultou a AGU e PGR para opinarem, se de interesse, para então analisar liminar.

AÉREAS NO CHÃO

Vem tempestade no voo das aéreas que monopolizam os céus. A Comissão de Integração da Câmara, que tem subcomissão de Aviação, aprovou requerimento de Raul Lima (PSD-RR) para questionar os executivos sobre poucas rotas e preços nas alturas.

SÓ NA SEGUNDA

Senador Paulo Bauer (PSDB) virou o intermediador da negociação entre a Fecomércio catarinense e o senador Cássio Cunha (PSDB-PB)que relata o projeto. A entidade é contra a transferência para as Sextas dos feriados nacionais que ‘caem’ em outros dias.

USINA NUCLEAR

O deputado Vítor Ríos, do Paraguai, avisou à coluna que requereu ao departamento Ñeenmbucu, de Formosa (fronteira com a Argentina), detalhes do projeto de instalação de usina nuclear argentina no local. Não consultado, o Parlamento pode abrir CPI. A usina ficará perto de Assunção e a 300 km de Foz do Iguaçu, numa região com grande bacia hidrográfica que pode ser contaminada em caso de acidente.

TREM DE DOIDO

Com esse novo adiamento, o único trem-bala que o brasileiro viu foi o da propaganda da TIM na TV, brincam nos corredores os servidores da ANTT.

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Marcio Fortes renuncia à APO e Dilma procura substituto
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Leandro Mazzini

Nome da cota pessoal da presidente Dilma Rousseff para o cargo, com mandato, Marcio Fortes de Almeida foi exonerado hoje da Autoridade Pública Olímpica (APO), a pedido. O órgão do governo é responsável pela coordenação e fiscalização de obras para os Jogos de 2016 no Rio.

Fortes enviou à presidente uma carta de demissão há duas semanas, mas não foi chamado por Dilma para uma audiência. Alegou motivos pessoais. O Diário Oficial da União traz hoje a exoneração.

Não há detalhes sobre a saída de Fortes da APO, o principal elo da União com o comitê organizador local dos Jogos. Tampouco se houve conflito. O governo do Rio e a prefeitura também têm suas ‘APOs’.

Como o cargo é por mandato, a presidente Dilma agora se desdobra para indicar novo nome. O diretor-executivo da APO assumiu interinamente.

 


CPI do Erro Médico mira irmão de senador
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Leandro Mazzini

Atualizada Quarta, 22, 16h30 – Na iminência da instalação, a CPI do Erro Médico já tem alvo: um dos primeiros a ser convocados será o promotor Diaulas Ribeiro, do MP do DF e Territórios, a quem cabe investigações de denúncias nas redes de saúde privada e pública de Brasília – que têm sido arquivadas.

Ele é irmão do suplente de senador João Costa, que até há 15 dias tinha mandato e tentou entrar na CPI para blindá-lo.Um dos homens mais ricos do Tocantins, o suplente Costa voltou para casa e o titular, Vicentinho Alves (PR), retomou a vaga. Por ora, a CPI sofre resistências do PT.

Recai sobre Diaulas também a suspeita de conflito de interesses: além de promotor de defesa dos usuários de planos de saúde, ele é representante do Conselho Federal de Medicina. O questionamento foi feito pelo presidente da Embratur, Flávio Dino, ao MP.

Diaulas tentou arquivar há uma semana o processo de investigação da morte do filho de Flávio, Marcelo Dino, há um ano no Hospital Santa Lúcia, em Brasília, por suspeita de mau atendimento médico.  Um juiz de uma vara criminal negou o arquivamento.

O promotor já arquivou outro caso, o da morte de Duvanier Ferreira, 56, ex-secretário de RH do Ministério Planejamento, após ter atendimento recusado no mesmo hospital Santa Lúcia.

Há outros casos sob suspeição em vários estados do país, como mortes em série em cirurgias de lipoaspiração, por exemplo. Mas Brasília tem atenção especial: tem pelo menos seis casos recentes de denúncias nos hospitais, como a da menina R.L., de um ano e sete meses, que morreu após receber superdosagem de adrenalina no HMIB.

O MPDFT informou que a Corregedoria já apura o acúmulo de funções de Diaulas, que não se manifestou. Em nota divulgada na tarde desta Quarta, o Conselho Federal de Medicina informou que o promotor Diaulas Ribeiro “não é conselheiro federal, tendo atuação apenas em comissões e câmaras técnicas internas desta entidade”.

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E VEM ENCRENCA

O 1º vice da Câmara, André Vargas (PT-PR), anunciou aos líderes que, assim que Renan Calheiros se ausentar do cargo, e, pelo Regimento, ele (Vargas) assumir a Presidência do Congresso, promulgará a PEC que cria novos TRFs. Segundo o petista, já avisou ao próprio Renan. Mas há pressão contra os TRFs do Planalto e STF. Os juízes federais pressionaram os deputados. Um grupo de parlamentares entrega hoje a Renan Calheiros petição para que promulgue a PEC 544/02. A coluna antecipou que o senador não promulgaria, a pedido do presidente do Supremo Joaquim Barbosa.

TUDO DE NOVO

A cidade que tiver candidato eleito e impugnado terá eleições suplementares, em lugar de o segundo colocado assumir. Esta é uma das propostas que entrou na lista do grupo de trabalho na Câmara que estuda nova minirreforma eleitoral. Outra mudança proposta para a Lei Eleitoral é que, a 20 dias da eleição, o candidato não poderá desistir do pleito e incluir outro nome na disputa, a não ser em caso de morte.

TABELINHA

O APO Marcio Fortes recebeu na Câmara um grupo de esportistas de primeira, entre eles Ana Moser (Vôlei), Raí e Mauro Silva (Futebol). Membros do Atletas pela Cidadania, propuseram uma emenda a MP, endossada pelo deputado Goergen (PP-RS). Preocupados com os rumos de muitas instituições de várias modalidades, eles propõem na emenda a instituição de mandato de quatro anos para dirigentes e regras para patrocínios, além, claro, de isenção de tributos – tema da MP.

MALBA VIVE

A deputada Professora Dorinha (DEM-TO) quer instituir o 6 de Maio como o Dia da Matemática, em homenagem ao escritor Malba Tahan, data do seu nascimento.