Coluna Esplanada

Arquivo : armas

Zona franca para Bolívia em porto do Paraná irrita autoridades policiais
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Leandro Mazzini

paranagua

Foto: divulgação

Na esteira de um tratado dos anos 90 entre os dois países, a presidente Dilma Rousseff, referendada pelo Congresso Nacional, decidiu ceder uma zona franca à Bolívia no Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, pelo Decreto 8.661.

Isso aumentou as suspeitas das autoridades policiais sobre as ações do país vizinho.

Há anos o Brasil e Bolívia têm um tratado pelo qual cargas em containers que atravessam a fronteira, desde que com um lacre da Receita Federal, não podem ser abertas e fiscalizadas pela Polícia Rodoviária em estradas brasileiras.

Vindas de um país líder em produção de cocaína no mundo, há um grande risco de má fiscalização e até falsificação de selos nos transportes.

Para desespero da Polícia Federal, além das cargas que cruzam a fronteira, agora no terminal no porto cedido à Bolívia nada poderá ser fiscalizado. Apenas a partir de denúncias.

Há fortes suspeitas de autoridades brasileiras e do FBI de que a Bolívia é a maior rota de tráfico internacional de drogas e armas. Para autoridades policiais, este tratado político não ajuda em nada.

Em maio de 2014, o ex-ministro da Justiça Luiz Vásquez, e o ex-presidente do país vizinho Tuto Quiroga revelaram à Coluna que o narcotráfico na Bolívia movimenta US$ 12 bilhões/ano – 80% passariam pelo Brasil.

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Mato Grosso do Sul vive faroeste tupiniquim entre índios e fazendeiros
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Leandro Mazzini

Monitorados por policial, indígenas fecham entrada de propriedade. Foto extraída do agorams.com.br

Monitorados por policial, indígenas fecham entrada de propriedade. Foto extraída do agorams.com.br

O Ministério da Justiça enviou para a região da cidade de Antônio João (MS) pelo menos 50 soldados da Força Nacional de Segurança.

Desde semana passada, um clima tenso toma as cidades vizinhas, por causa de invasão de propriedades – sedes e benfeitorias – por parte de nativos de diferentes etnias, que cobram remarcação de reserva indígena.

No fim de semana, fazendeiros foram armados para suas propriedades e houve intensa troca de tiros em algumas delas – os dois lados pegaram em armas.

O deputado Mandeta, pelo whatsapp, alertou colegas de bancada e fez um apelo dramático, impotente como autoridade federal diante de um iminente massacre.

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Acusado de tortura deve assumir Procuradoria do Grande Oriente da Maçonaria
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Leandro Mazzini

gob

Uma polêmica tomou conta do seleto círculo maçônico no fim da tarde desta sexta-feira.

Um militar da reserva, acusado de tortura durante a ditadura, deve ser nomeado neste sábado em Brasília Procurador-Geral do Grande Oriente do Brasil (G.O.B.) – um dos mais importantes cargos da entidade que reúne centenas de milhares de maçons pelo Brasil.

Trata-se de Juvenal Antunes Pereira, o ‘Juvena’. Ele foi sargento do temido e famigerado Pelotão de Investigações Criminais , o PIC de Brasilia, nos anos 60. Há 12 anos é o principal assessor do grão-mestre do G.O.B., Marcos José da Silva. Juvenal é uma eminência parda que agora sai aos holofotes por decisão do superior imediato. Como a maçonaria é notória defensora dos direitos humanos, os debates internos incendeiam.

A nomeação de Juvenal deve passar por referendo em assembleia neste sábado, na sede do G.O.B. Procurados por telefone e e-mail, diretores da Maçonaria não foram localizados e não se manifestaram, respectivamente. Mas as mensagens enviadas pelo blog chegaram ao militar da reserva.

O CASO

Em 1969, Juvenal foi acusado de tortura e reconhecido pela vítima, o ex-militante da Ação Libertadora Nacional (ALN) José Carlos Vidal (caso 16.1175) – até recentemente um alto assessor na Petrobras.

O blog conseguiu contatar o ex-militar. Juvenal disse que ‘tem escutado a conversa’ de que pode ser referendado Procurador-Geral de Justiça do G.O.B. Em sua defesa, informou que nunca participou de tortura, e que José Carlos Vidal – de codinome ‘Juca’ à época, segundo relatou ‘Juvena’ – era um ‘ladrão de armas’.

‘Ele furtou várias metralhadores e pistolas do quartel e nós o prendemos. Houve um inquérito e um soldado o entregou’ – explicou Juvenal.

Confrontado com a denúncia de que ele torturou o preso, o ex-militar assumiu que ‘pode ter havido uns trancos na hora da prisão, porque ele (Vidal / Juca) era muito grande, parrudo’, e que logo depois o deixou sob responsabilidade de agentes do serviço secreto, do Exército e da PF. ‘Nos primeiros dias eu o vi na cela’, complementou.

‘Fiz apenas parte da equipe que o prendeu. Ele não foi preso como militante, mas sim como ladrão de armas. Eu nem sabia que era procurado’, ressaltou em sua defesa o ex-militar.

Juvenal revela que distribuiria neste sábado aos colegas maçons um livro que escreveu em sua defesa, mas a gráfica não entregou o material a tempo. O título é ‘O senhor das armas e a verdade escondida’.

VIDAL

Procurado por telefone no contato que o blog encontrou, José Carlos Vidal não foi localizado até esta publicação.


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