Coluna Esplanada

Arquivo : auxílio-moradia

Senado bancou hotel de luxo para o preso Delcídio
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Leandro Mazzini

royal

Vista aérea do complexo Royal & Golden Tulip, à beira do Lago Paranoá. À esquerda, a pouco menos de 300 metros, fica o Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente Dilma

O Senado Federal bancou dois meses de um hotel de luxo para o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) enquanto ele estava trancafiado numa sala do BPTran do Distrito Federal, alvo da Operação Lava Jato, por tentar obstruir a investigação.

Na cadeia desde 25 de novembro até ontem, o senador usou a cota de auxílio moradia no valor total de R$ 11 mil de novembro e dezembro – R$ 5,5 mil por mês. Ele se hospeda no complexo Royal & Golden Tulip – o mais luxuoso hotel da capital, onde também foi preso o pecuarista José Carlos Bumlai meses atrás.

O dinheiro foi para o hotel cinco estrelas onde o senador se hospeda (e onde foi detido) em Brasília. Assim, manteve suas roupas e objetos pessoais, os quais vai reencontrar agora.

Ainda em novembro, o Senado pagou R$ 7.006,03 de cota de ‘atividade parlamentar’. Em dezembro, com a certeza de que o petista não sairia da cadeia, o Senado cortou as verbas, com exceção do hotel.

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Juízes em pé de guerra com a AGU por auxílio-moradia
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Leandro Mazzini

Reservadamente, a Associação dos Juízes Federais (Ajufe) é um poço de mágoas até aqui com o advogado Geral da União (AGU) Luís Adams.

Os magistrados estão irritados com as ações da AGU para derrubar resolução do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, que concedeu auxílio-moradia aos juízes do País. Adams impetrará Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo.

Entre gabinetes, alguns altos togados chegaram a lembrar que Sérgio Moro, um juiz federal como eles, é quem toca o processo de delação contra maracutaias de aliados do governo que Adams defende.

CASO ODILON

O debate remete ao caso do juiz federal Odilon de Oliveira que, ameaçado de morte pelo narcotráfico, dormia no fórum de Ponta Porã (MS), fronteira com o Paraguai. Há noites que Odilon ainda faz isso, com ou sem esco


Câmara pretende extinguir auxílio-moradia de deputados
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Leandro Mazzini

O deputado Antônio Carlos Biffi (PT-MS), Quarto-Secretário e responsável pelos apartamentos funcionais da Câmara Federal, tem uma meta ousada: quebrar uma tradição da Casa com os gastos de pagamentos de hotéis para os mandatários.

Biffi avisou a colegas que pretende extinguir o auxílio-moradia e alojar todas as excelências em imóveis da Casa – e consolidar um ‘Meu Apartamento, Minha Vida’ extraoficial. Atualmente, a Casa paga R$ 3,8 mil por mês de auxílio-moradia a 198 parlamentares que moram em hotéis da capital – gasto de R$ 754 mil por mês.

Para tanto, o Quarto Secretário conta com a reforma de todos os apartamentos funcionais, espalhados pela cidade – e a devolução de dezenas de cedidos a outros Poderes. A Câmara possui 432 apartamentos – são 513 os deputados. Os imóveis ficam nas Quadras 302 Norte (9 blocos – sendo 3 em reformas), 202 Norte (4 blocos), 311 Sul (3 blocos) e 111 Sul (2 blocos).  Atualmente, apenas 298 deputados ocupam os funcionais.

A lista dos pretendentes aos apartamentos em reformas conta 83 na fila – que não para de crescer. Há uma nova licitação para os blocos C, D e E abrange obras em apenas 28 unidades. Se faltarem apartamentos, a ideia é alojar dois deputados por imóvel.

Na Sexta, a coluna revelou que a Câmara levou prejuízo de R$ 3 milhões de construtora que abandonou as obras dos blocos C, D e E, o que a obrigou a nova licitação e a reprogramar a alocação de deputados.

Os apartamentos recém-reformados na Quadra 302 Norte são de luxo, com acabamento de primeira, e chamaram a atenção das excelências que vistam colegas. Antes reticentes em ocupar os imóveis velhos e mofados, os deputados agora querem trocar suítes apertadas dos hotéis pelos 180m² com quatro quartos (duas suítes) e sala gigante.

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NOVO CPC

O deputado Fábio Trad (PMDB-MS) comemora: lê o relatório final do novo Código de Processo Civil na Comissão Especial na próxima Quarta.

IH, DANCEI!

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) tem cenário de isolamento. Encostou no amigo Marcelo Deda, do Sergipe, para tentar se aproximar da presidente Dilma. Com problemas de saúde, Deda saiu de cena por ora. Para piorar, a ministra Ideli Salvatti esteve em João Pessoa há três semanas e não avisou ao governador da visita. O desdém de Ideli para o governador já indica o afastamento do Planalto de governadores socialistas, diante da pré-candidatura presidencial de Eduardo Campos, para quem Coutinho dará palanque.

MULTIFUNÇÃO

O secretário-geral do novato PROS, Raul Canal, tem perfil eclético. É maçom, apresentador de TV, ex-tenente do Exército de 84 a 91 e  padre (vigário geral) da Igreja Católica Apostólica Brasileira. Tem fortes ligações com as forças armadas e bom trânsito suprapartidário em Brasília.

PRESENTÃO

O deputado Givaldo Carimbão, futuro líder do PROS, cedeu o comando da legenda para a ministra Ideli Salvatti em Santa Catarina,onde ela é pré-candidata ao governo.

ÔH, DA LAVOURA!

Em Campo Mourão (PR), a presidente Dilma tranquilizou agricultores. Prometeu investir R$ 5 bilhões em armazéns e silos. A turma agradeceu. É que em carta que vazou Domingo passado, noticiada na Coluna, o presidente da Conab, Rubens Santos, desabafou sobre a crise financeira da estatal e fechamento de balcões de negócios.

INFRAERO 2.0

Vicente Falconi, o pai do Choque de Gestão contratado para consultoria de rearrumação na Infraero, apresentou duas propostas que eliminam duas diretorias implantadas na gestão Gustavo do Vale: Planejamento e Jurídica, mas a turma chiou. A poderosa Diretoria Jurídica está resistente. A turma da cúpula prefere sacrificar as Superintendências e Gerências regionais dos aeroportos da Infraero. É o que deverá ser feito, em novo redesenho. Falconi não costuma cobrar menos que R$ 2 milhões…

A CHAVE DO PMDB

O PMDB terá uma chave do pote de ouro das articulações de palanques no Nordeste se o senador Vital do Rêgo for nomeado ministro da Integração. Ele e Aguinaldo Ribeiro (Cidades) terão os mais poderosos ministérios com ações no interior do País.

MAGOOU

Interlocutores de Cabral dizem que ele não pediu ministério, mas ofereceu a Dilma um palanque no Rio, em troca do apoio incondicional dela a seu candidato, Luiz Pezão.

NA CONTA

Dilma não diz, mas Lula diria ‘nunca antes na História..’. A Caixa chegou a R$ 100,1 bilhões em contratações do crédito imobiliário.

PONTO FINAL

Por falar na Caixa, já passou da hora de Eike abrir uma Poupança..

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