Coluna Esplanada

Arquivo : bingos

Grande SP tem 2 mil bingos em atividade, mapeia setor
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Leandro Mazzini

Um figurão do setor crava que, atualmente, existem 2 mil bingos em atividades apenas na Grande São Paulo. Empregam milhares de pessoas, funcionam em salas comerciais e apartamentos residenciais bem blindados, e os jogadores são avisados dos horários pelo aplicativo whatsapp.

A informação, que chegou a congressistas, alertou os mandatários para darem celeridade aos projetos que tramitam na Câmara dos Deputados – em comissão especial – e no plenário do Senado.

A presidente Dilma já deu aval para tentar sancionar ainda este ano uma lei oficializando as atividades, a fim de arrecadar o pote de ouro que o setor pode representar no cofre dos impostos.

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‘Jogar não é pecado’, diz presidente de Instituto Jogo Legal
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Leandro Mazzini

magnho

‘O jogo é anterior à religião. Jogar não é pecado’.

Foi com essa frase que o professor carioca e especialista sobre o setor de jogos Magnho José abriu sua explanação ontem na Câmara dos Deputados, na comissão especial que debate o projeto de lei que legaliza os jogos no Brasil.

Soou como uma direta a representantes, presentes na comissão, do movimento católico ‘Brasil sem azar’, que vão lançar uma campanha nas redes sociais contra a legalização.

O especialista levou aos deputados dados atualizados sobre a representatividade econômica e fiscal do setor no mundo, e comparativos, em especial, para destacar que o Brasil – na visão dos investidores – está perdendo tempo e muito, muito dinheiro.

Em todo o mundo hoje existem mais de 6,8 mil cassinos (só nos Estados Unidos são 1,98 mil), e o mercado movimentou, por baixo, US$ 488 bilhões em 2015.

Magnho defendeu uma agência reguladora forte concomitante à sanção de uma lei que legalize os bingos, cassinos e o Bicho – um jogo genuinamente nacional. Criticou o fato de o Governo debater a possibilidade de deixar o setor sob responsabilidade do setor de loterias da Caixa. Lembrou que o setor de jogos é regulado e fiscalizado por agências em todo o mundo.

Outros dados que chamaram a atenção dos parlamentares são os relativos às atividades na América do Sul e no mundo. O Brasil é uma das poucas democracias do planeta a não legalizar. Investidores estrangeiros já estão atentos às movimentações positivas do Congresso sobre a legalização, e mapeiam investimentos no Brasil.

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Alguns dos quadros são apresentados abaixo:

Fonte: Instituto Jogo Legal

Fonte: Instituto Jogo Legal

bnl2

Fonte: IJL

Fonte: IJL

Fonte: IJL

 

 


Setor já negocia como será operação de bingos e cassinos
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Leandro Mazzini

resort

Os resorts de beira de praia no Brasil estão na mira dos investidores estrangeiros: pagamento à vista

As apostas estão às mesas – dos escritórios de advocacias e de investidores brasileiros e estrangeiros.

Os expoentes do setor de jogos no Brasil, que não aparecem aos holofotes, já têm um consenso. Com a iminente legalização dos jogos (esperam para o fim deste ano), a operação dos bingos ficará com os brasileiros – investimentos de até R$ 10 milhões.

Os cassinos, que demandam R$ 1 bilhão iniciais, serão dos americanos e asiáticos – porque não há investidor no Brasil com expertise e dinheiro para tanto. Os donos dos cassinos de Macau já procuram resorts para comprar no Brasil, e pagarão à vista, tão logo tenham a lei aprovada.

Pelo esboçado no projeto de lei até agora, as cidades terão um bingo a cada 150 mil habitantes – haverá uma concentração, obviamente, nas regiões Sudeste e Sul, por questões demográficas. Para os cassinos, a ideia é aprovar um por Estado, com exceção do Sudeste, que poderá ter até três por Estado.

Aliás, corre nas mesas de apostas que o empresário Silvio Santos, dono do SBT, já reformou um hotel de sua propriedade no Guarujá (SP) de forma a receber um cassino. Jogo é com ele há tempos. O ‘patrão’ domina o mercado de títulos de capitalização no País com a TeleSena.

 


Legalização dos jogos: Grupos estrangeiros procuram resorts para comprar
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Leandro Mazzini

Reprodução de divulgação

Reprodução de divulgação

A notícia já circula o mundo, com a garantia do Governo de que a legalização está próxima.

É tão certa a volta dos bingos e cassinos, e a legalização do Jogo do Bicho, que há dias um grupo hoteleiro estrangeiro procurou os proprietários do Porto D’Aldeia Ecoresort em Fortaleza (CE), à beira da praia, e ofereceu pagamento à vista pelo empreendimento.

O dono do hotel recusou, por princípios religiosos.

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Planalto nega MP para liberação dos jogos
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

É cautela na jogada (política).

Surgiu em Londres o boato de que a presidente Dilma Rousseff já tem uma Medida Provisória para legalizar os bingos, cassinos e o Bicho, a fim de não esperar a tramitação do projeto de lei no Congresso e acelerar a arrecadação.

Assessores do Planalto negam. Londres sedia a maior feira de jogos do mundo, e há comitiva de 50 brasileiros do setor por lá.

A presidente Dilma quer ir devagar, e prefere que a lei saia afinada do Congresso para sancioná-la. Mas, evidentemente, todos no Governo esperam isso para este ano.

Se vingasse a ideia da MP, especialistas do setor apontam que a arrecadação de impostos em cima do Bicho seria imediata (este jogo pode render até R$ 4 bilhões/ano, nos cálculos da turma); e em dois meses o País já teria reaberto dezenas de casas de bingo (fechadas por decreto em 2003 no Governo Lula). Os cassinos deverão ser autorizados em resorts.

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Hillary é a preferida dos cassinos. Dilma ensaia aproximação com setor
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Leandro Mazzini

Hillary, ontem, em pré-campanha num estado americano. Foto extraída do zeenews.india.com

Hillary, ontem, em pré-campanha num estado americano. Foto extraída do zeenews.india.com

Enquanto por aqui a presidente Dilma Rousseff toma gosto e começa a agradar o setor – com o aval do Governo para a legalização dos jogos de azar -, a democrata Hillary Clinton tornou-se a preferida dos donos de cassinos nos Estados Unidos.

Ela foi a melhor avaliada entre pré-candidatos, pela American Gaming Association, que entrevistou cada um (entre democratas e republicanos) sobre propostas para o setor. A informação é do Boletim de Notícias Lotéricas.

As propostas de legalizações dos cassinos, bingos e jogo do bicho no Brasil seguem em duas frentes no Congresso. No Senado, uma delas já está na fila da pauta do plenário, após passar por comissões. Na Câmara, há uma comissão especial que analisa projetos apensados, que também avançam.

Deputados e senadores trabalham com o aval da Casa Civil do Planalto após sinalização da própria presidente Dilma, convencida de que a arrecadação prevista com a legalização dos jogos pode chegar a R$ 22 bilhões por ano no Brasil.

A legislação que pode entrar em vigor no País, aliás, será similar à que rege as regras nos Estados Unidos, onde o Fisco é atento e com lupa diária nas operações.

Há uma previsão, dos mais otimistas, de que o Congresso aprova e Dilma sanciona a lei ainda este ano.

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Entidades religiosas iniciam ofensiva contra legalização dos jogos
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Senado

Foto: Ag. Senado

Aposta alta do Governo para elevar a arrecadação em tempos de crise econômica, a legalização dos jogos, que avança no Senado – e devagar na Câmara – pode esbarrar num bloqueio de entidades contrárias ao setor, que iniciam batalha regimental.

Provocado pela entidade católica ProVida DF, o senador evangélico Magno Malta (PR-ES) vai apresentar recurso à Mesa do Senado em fevereiro na tentativa de travar o PLS 186/14, que autoriza a volta de bingos e cassinos, e oficializa o jogo do bicho no Brasil.

O projeto em tramitação é terminativo em comissões. Malta quer avaliação em plenário. Caso consiga dez assinaturas de colegas, o projeto vai a plenário. Pelo contrário, a proposta segue para a Câmara e será apensada a outras em análise na comissão especial dos deputados.

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Sem jogo legalizado, brasileiros abrem bingos na AL, Caribe e México
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Leandro Mazzini

bingo

Enquanto o Congresso Nacional avança no debate sobre a tentativa de legalizar os jogos – cartas à mesa no Congresso e Planalto – empresários brasileiros investem no exterior. De cinco anos até hoje, abriram – e continuam a abrir – casas de bingos no Uruguai, Argentina, Panamá, Bahamas e México.

O setor hoteleiro, sentindo a crise com taxa de ocupação caindo, já aplaude tentativa de volta de bingos e cassinos – muitos podem ficar nos hotéis. Esta sugestão foi bem vinda em seminário na última quinta-feira na Casa do Comércio em Salvador.

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Prestes Filho prepara livro sobre cadeia produtiva da economia dos jogos
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Leandro Mazzini

prestes

Foto extraída do spescoladeteatro.org.br

Após estudar os números do mercado do Carnaval, Luiz Carlos Prestes Filho lançará o livro “A cadeia produtiva da economia dos jogos”. Visitou o Congresso Nacional na última quinta-feira e entregou uma revista que editou sobre o tema a parlamentares.

Aliás, cresce a cada dia a aposta de parlamentares no Congresso pela regularização dos jogos no País. Do federal Danilo Forte (PMDB-CE):

“Um País que tem dois sorteios milionários da Mega Sena por semana quer proibir o jogo?”. Ele defende casas no Nordeste para fomentar o turismo na região.

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Volta de bingos e cassinos: Dilma prepara aposta e roda a roleta
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Leandro Mazzini

dilma

Cai a última resistência palaciana. A presidente Dilma Rousseff está disposta a legalizar os jogos, em especial autorizar a volta de bingos e cassinos, contam aliados próximos.

Em suma, se a Câmara e o Senado aprovarem o projeto de lei 442/91 em debate atualmente numa comissão especial, ela sanciona.

A Casa Civil já analisa como e quanto arrecadar, e que setor no Governo terá direito a repasses. Estimam-se R$ 20 bilhões por ano em impostos recolhidos.

Um fundo especial pode ser criado para destinar repasses à Educação, Cultura e Saúde. Na saúde, inclui-se o tratamento a ludopatas, os viciados em jogos, financiamento obrigatório do sistema público em vários países onde o jogo é legalizado.

Os cassinos são proibidos no Brasil há décadas. Os bingos foram proibidos pelo presidente Lula em 2003. À época houve protestos em várias capitais, porque o setor empregava milhares de pessoas.

O QUE É

O projeto em análise na comissão especial instalada na Câmara foi apresentado há 24 anos e estava engavetado. Ele dispõe sobre a legalização de jogos no Brasil. A proposta é de autoria do então deputado Renato Viana, e revoga os artigos 58 e seu paragrafo único do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei de Contravenções Penais). Ele legaliza o jogo do bicho, e receberá emendas também para legalizar as atividades de bingos e cassinos.