Coluna Esplanada

Arquivo : bradesco

Deputados blindam Safra e Trabuco na CPI do CARF
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Leandro Mazzini

Deputados da CPI do CARF estão muito irritados com os lobistas dos bancos Bradesco e Safra, que blindaram seus presidentes de convocação. Na esteira da Operação Zelotes, da Polícia Federal, a comissão apura supostos envolvimentos de empresários no esquema de sonegação bilionária com leniência de servidores federais e advogados.

Na terça-feira, outro requerimento para comparecimento de Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, foi engavetado. Joseph Safra e Trabucco, na mira da PF na Operação Zelotes, recorrem aos deputados aliados, numa estratégia de resultados: uma frente suprapartidária está bloqueando os requerimentos para eles prestarem esclarecimentos na comissão.

O grupo da blindagem é capitaneado pelos deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), que usam suas bancadas.

Um irritado deputado comenta que Safra, que mora em Genebra, terá de comparecer em Brasília, “mesmo debaixo de vara da Interpol”. A CPI pretende recorrer à Justiça da Suíça.

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Acidente com jato do Bradesco torna-se grande mistério para Aeronáutica
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Leandro Mazzini

jato

O jatinho do Bradesco que caiu: seminovo, tecnologia de ponta e pilotos experientes.

O acidente com o jatinho no Bradesco na semana passada já é um mistério para a Aeronáutica, que investiga o caso através do Cenipa – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos. Nada contribui para a queda: o avião era seminovo e com revisão em dia, com tecnologia de ponta, pilotos experientes e o tempo era bom.

A 36 mil pés, sumiu repentinamente do radar – e nos minutos que antecederam o choque, na relação velocidade-altitude, nenhum contato dos pilotos com as torres de comando.

Não há na história de registros da Cessna dois acidentes com seus jatos em apenas 14 meses. Em agosto passado, foi a queda de uma aeronave da fabricante americana que matou o presidenciável Eduardo Campos e a equipe em Santos (SP). Em tempo, o Cenipa está em fase de conclusão do relatório das causas deste acidente.

O local da queda, apenas fuselagem, fogo e corpos carbonizados

O local da queda, apenas fuselagem, fogo e corpos carbonizados

A cúpula do Bradesco foi pega de surpresa com a viagem dos executivos Lúcio Flávio de Oliveira (Vida & Previdência) e Marco Antônio Rossi (Seguros) que morreram na queda do jatinho. Há uma recomendação interna para que altos executivos não compartilhem o mesmo voo – privado ou comercial, conta um ex-executivo da instituição.

Horas antes do acidente fatídico, os executivos visitaram a Esplanada. Ambos estiveram com Tarcísio Godoy, secretário executivo do Ministério da Fazenda. Sozinho, Rossi também passou na Casa Civil para um café com o ministro Jaques Wagner, para apresentar os projetos da Bradesco Seguros.

CASO BAMERINDUS

O acidente do jato do Bradesco só tem um similar no histórico destes casos no Brasil: a que vitimou a morte dos comandantes do então banco Bamerindus.

A queda de um bimotor modelo Piper Seneca em 24 de julho de 1981 matou seis pessoas, no interior do Paraná. Além do piloto, o presidente do banco, Thomaz Edison de Andrade Vieira, seu irmão e vice-presidente, Cláudio Enoch de Andrade Vieira e os três filhos deste.

Reprodução da capa de um jornal da época

Reprodução da capa de um jornal da época


Esplanadeira: PF cerca site petista, o salto de Trabuco e intensivão fiscal
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Leandro Mazzini

Esplanadeira é a seção do Blog com as curtinhas do dia 

 

CERCO AO 247

A PF e o MPF cercam o portal petista Brasil 247, notório por atacar a imprensa livre desde que fundado. O delator Milton Pascowitch disse que entregou R$ 120 mil do petrolão ao editor do site. A PF investiga se há ligação da empresa com Delúbio Soares.

Segundo a Editora 247, a empresa “foi contratada para a produção de conteúdo sobre o setor de engenharia; os serviços foram efetivamente prestados, as notas fiscais foram emitidas e os impostos recolhidos como em qualquer transação comercial legal e legítima”.

HOLOFOTES DIVIDIDOS

Antes reclusos, os delegados da PF começaram a protagonizar os anúncios e coletivas da Lava Jato num acordo amigável com os procuradores. Nota-se a maior aparição deles nas TVs. As classes disputam no Congresso leis pelo controle de inquéritos.

SALTO DE TRABUCO

Funcionário de carreira do banco, o presidente do Bradesco Luiz Carlos Trabuco ganhou pontos com a família Brandão com a compra do HSBC Brasil. Meses atrás, ele teve a melhor notícia da vida. A família banqueira o convocou e avisou que ele vai assumir a presidência do Conselho da holding em breve.

Por isso ele recusou convite de Dilma para assumir o Ministério da Fazenda. Trabucco é queridinho da presidente e era sua primeira opção para o cargo.

INTENSIVÃO TRIBUTÁRIO

Bancas de advogados tributaristas já oferecem pela internet cursos (presenciais) sobre as reduções da desoneração da folha de pagamento, que nem passou ainda no Congresso.


Dilma e Marina Silva disputam doações dos bancos para 2014
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Leandro Mazzini

Revela-se com a entrada de Marina Silva na corrida presidencial de 2014, contra a presidente Dilma Rousesff, uma disputa de bastidores por doações de campanha de grandes bancos privados – tradicionalmente alinhados com qualquer candidato que lhes garantir a manutenção da boa rentabilidade líquida.

Num efeito paralelo ao embate entre as senhoras, a Febraban, entidade que reúne as grandes instituições do setor, vê com cautela o governo petista desde que Dilma resolveu mexer no pote de ouro da receita trimestral dos bancões. Sem cálculos: ao forçar a redução dos juros via Caixa e Banco do Brasil numa medida popular, a petista mexeu com os brios do maior grupo de financiadores de campanhas (ao lado das empreiteiras).

Depreende-se do descerramento da cortina desses bastidores, com fatos recentes, estes movimentos: Itaú se alinha a Marina Silva. Enquanto Bradesco pode manter sua aliança com Dilma.

Assim que soube dos movimentos do tucano Aécio Neves para se aproximar dos financiadores, mês passado, a presidente Dilma apressou-se em costurar uma agenda para receber seus maiores patrocinadores de 2010: Cosan, Vale, Bradesco e Odebrecht (Leia aqui). Na campanha passada, apenas o Bradesco repassou para o comitê central petista a bagatela de R$ 1,66 milhão. Nas entrelinhas, a presidente não pediu só o compromisso do grupo com os programas federais pelo progresso do país.

Passado um mês, no último sábado, entra em cena do outro lado do palco a herdeira do Itaú como tesoureira do futuro partido de Marina Silva – a despeito de ser a única dos irmãos Setúbal sem ingerência nas atividades do grupo financeiro.

É inquestionável a admiração de Maria Alice Setúbal por Marina Silva, o engajamento em seu ideal político e a amizade entre as duas. A ponto de ser inevitável a associação da candidata que lançou a Rede Pró-Sustentabilidade com o Itaú, o maior banco privado do país, fundado por Olavo, pai de Maria Alice e conhecida como Neca.

Um: a cor da Rede é laranja, a mesma do bancão. Dois, Marina insistiu no termo Sustentabilidade; e qual o banco mais sustentável do mundo, como propala em anúncios? Três: Marina não incluiu na sua lista de doadores proibidos os bancos privados, que lucram bilhões por ano. Tampouco Dilma o fará.

A coluna procurou Maria Alice Setúbal. E ela dá sua versão: “Não tem nada a ver. Não tem dinheiro do banco na Rede”. Neca Setúbal admitiu, no entanto, que o banco de sua família “Pode ajudar, sim” Marina Silva com doação em 2014.

Pelo levantamento do blog, fica notório o interesse da instituição na presidenciável. Em 2010, o Itaú doou R$ 1 milhão para a campanha de Marina. E para o comitê nacional do PV, então partido dela, o Itaú Unibanco deu mais R$ 725 mil.

No mesmo ano, o grupo Itaú foi generoso e usou quatro CNPJs diferentes para doar para campanhas um total de R$ 36,2 milhões. Do Itaú Unibanco foram R$ 12.396.776,50 pelo CNPJ 24.130.411/0001-60; e R$ 23.6 milhões para candidatos diversos de vários partidos com o CNPJ 60.701.190/0001-04. O Itautec deu R$ 250 mil através de dois CNPJs.

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HOMEM-BALA

Deu no D.O.: O Ministério dos Transportes autorizou Bernardo Figueiredo, o chefe da Empresa de Planejamento e Logística – que só tem sete funcionários – a participar da “Brazilian Infrastructure Forum 2013”em NY e Londres. São aqueles eventos nos quais o ministro Guido Mantega (Fazenda), incumbido pela presidente Dilma, buscará investidores para PPPs em obras do governo.

LOGO ALI

A outra autoriza é a Sra. Silvana Lúcia Castro Barros. Vai a Montevidéu com tudo pago pela ANTT para evento oficial. Ela é contratada pelo Exército, que por sua vez tem convênio com a agência, que por sua vez… deixa em Brasília técnicos em regulação.

NA PAREDE

Na primeira reunião com líderes ontem, o novo presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), os encostou na parede. Quer o fim do pagamento dos 14º e 15º salários da turma, cuja tramitação parou. Só 29 dos 513 abriram mão em Janeiro.

DEMOROU 

Mal tomaram posse, Eduardo Cunha, o líder do PMDB na Câmara, e Henrique Alves estãoem colisão. Alvesprometeu ao PSD umas comissões, mas Cunha, para agradar a Garotinho (PR-RJ), neoaliado, trabalha para dar espaço ao PR. A disputa entre os caciques deu nisso: Henrique Alves vai criar três comissões, para alojar a todos, com desmembramento de Turismo e Esporte, Saúde e Assistência Social, Relações Exteriores e Defesa Nacional.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

A equipe do CQC faz pesquisa entre jornalistas para saber quem é contra a atuação da turma do humorístico no Congresso. Com certeza, só as direções do Congresso.


Dilma chama patrocinadores para 2014
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Leandro Mazzini

Roberto Stuckert Filho-PR

A disputa presidencial por 2014 já começou. Pelo menos nas finanças.

Não foi apenas para tratar do desenvolvimento do país que a presidente Dilma convidou para conversas os presidentes da Cosan, Vale, Bradesco e Odebrecht, na quinta e sexta-feira. De diferentes e lucrativos setores, eles são os maiores financiadores do PT e ela quer garantias de que manterão compromisso com sua gestão e o partido. Juntos, esses quatro grupos doaram oficialmente R$ 12,08 milhões para o PT em 2010, levantou a coluna. A agenda de Dilma tem motivo. Aécio Neves, o pré-candidato do PSDB, pediu aos economistas tucanos em Dezembro que procurem estes patrocinadores. Foi dada a largada para a disputa presidencial de 2014.

DA USINA. A Cosan, grupo usineiro, doou a bagatela de R$ 3,65 milhões para o PT nacional em 2010. Para o PSDB, repassou R$ 1,4 milhão.

DO BANCO. O Bradesco, segundo maior banco privado, repassou para os petistas R$ 1,66 milhão. Para o PSDB nacional, R$ 575 mil, e para o tucanato paulista e paranaense, R$ 750 mil.

DO CONCRETO. Maior empreiteira em atividade, a Odebrecht deu R$ 2,4 milhões para cada um, PSDB e PT nacionais. Para tucanos de Minas, estado de Aécio, foram mais R$ 200 mil.

GENEROSA. A mais generosa foi a Vale Fertilizantes. Foram R$ 2,05 milhões apenas para o PSDB mineiro. Mais R$ 1,45 milhão para o PSDB nacional e R$ 4,37 milhões para o PT.

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