Coluna Esplanada

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Caso Feliciano teve fuga de hotel, farsa para coletiva e Palácio de olho
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Leandro Mazzini

> Mãe conseguiu fugir do hotel e ligar para o Senado

> Palácio Bandeirantes acionou a elite da Polícia e passou a monitorar o caso

> Polícia passa a investigar várias versões após liberar chefe de gabinete detido sexta

> Feliciano quebra o silêncio

> Mulher vira alvo de ataques nas redes sociais com ‘prints’ de supostas conversas com deputado

A reviravolta surpreendente do caso da jovem Patrícia Lélis, que acusa o deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP) de assédio sexual, agressão e tentativa de estupro em Brasília, foi recheada de episódios que envolveu a mãe da garota, fuga do hotel onde supostamente estavam sob cárcere privado, ligação para o Senado Federal e monitoramento do Palácio Bandeirantes, com a entrada da elite da Corregedoria da Polícia Civil paulista.

Em certo momento Patrícia teria sido obrigada pelo chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, a fazer uma coletiva de imprensa com uma história fajuta: o enredo envolveria ela inventar que estaria apaixonada pelo deputado e admitir que teria inventado toda a história. Repórteres de dois grandes veículos de imprensa chegaram a gravar com ela.

Simultaneamente à coação no hotel, onde Bauer aparecia a toda hora, segundo relatou Patrícia à Polícia, ela era liberada para passeios nas ruas, mas sempre ao lado do chefe de gabinete.

Mas antes de a farsa se tornar a ‘história oficial’ da jovem, a mãe da garota, num drible aos asseclas de Feliciano, conseguiu sair do hotel e telefonar para uma amiga do Congresso Nacional – o nome vamos preservar, a pedidos.

Dali em diante, com a história do cárcere privado revelado pela mãe, os rumos mudaram completamente para os envolvidos. Vale ressaltar que a viagem da mãe de Brasília para São Paulo, após se reunir com o editor da Coluna e estranhar o sumiço da filha, foi fundamental para livrá-la. Ela estranhou a filha pedir uma conta com CNPJ para um depósito – o que passou a ser alvo de investigação também.

Uma outra parlamentar foi acionada. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que aquela altura já havia denunciado o deputado para o MP do DF, telefonou para a Coordenação de Políticas para as Mulheres, do Governo de São Paulo, e assim a Polícia Civil entrou oficialmente na investigação.

Ao passo que a mãe conseguiu telefonar para Brasília, algo curioso aconteceu – relata Patrícia. A entrada de um repórter veterano na investigação também ajudou. Ao conseguir o contato de celular da jovem, ele ligou e conseguiu falar com ela, “no momento em que eu estava sozinha, sem o Bauer por perto”, relata a garota.

Mesmo assim, monossilábica, ela deu a dica de que algo estava errado. A Polícia foi acionada e chegou ao hotel. Foram parar todos na 4ª DP (Consolação), onde ela revelou o suposto cárcere privado. Bauer, que saíra do hotel, voltou e não encontrou mais ninguém no apartamento. ( Investigador aposentado, foi pego pela elite da Corregedoria da Civil numa calçada perto do hotel San Raphael ).

DENÚNCIA OFICIAL

Na segunda-feira chega à Procuradoria Geral da República a oitiva de Patrícia Lélis, de depoimento lavrado na 3ª DP (Campos Elíseos) de SP, para o delegado Luís Roberto Hellmeister. O caso de Feliciano ficará com a PGR, e na delegacia paulista continua o inquérito contra Bauer.

Ela confirma em detalhes a denúncia que relatou à Coluna Esplanada, do assédio de agressão do deputado dentro do apartamento funcional em Brasília. Depois que ela desapareceu da capital federal, a Coluna começou a publicar a série de reportagens – com o relato dela, as evidências de provas entregues e o áudio da conversa reveladora com Bauer – enquanto àquela altura, de SP, já sob poder de Bauer, ela gravava, segundo conta, os vídeos forçadamente.

Um personagem ainda de perfil misterioso entrara no enredo na quinta-feira (28), dia em que a garota conversou com o repórter e o advogado da Coluna numa cafeteria em Brasília. Emerson Biazon viajou de SP para a capital federal especialmente para orientar a jovem, que não tinha advogado.

Ele, porém, um jornalista, passou a tutelar os passos da jovem. Sob sua orientação, Patrícia não registrou B.O. na Polícia Civil de Brasília, como programava. E Emerson a levou para SP, onde encontraram-se com Talma Bauer, o chefe de gabinete de Feliciano. A Polícia paulista apreendeu o tablet de Biazon na noite desta sexta-feira (5), após ele cair em contradições. E passou a investigá-lo também.

Bauer, preso em flagrante ontem, foi liberado na madrugada deste sábado. Também está sob investigação e poderá ser indiciado. A jovem retornou para Brasília hoje com a mãe e vai depor ao Ministério Público Federal na segunda-feira.

DEFESA DE FELICIANO

O deputado federal e Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), um dos mais votados do Estado, líder do partido na Câmara e potencial vice de Jair Bolsonaro na disputa presidencial de 2018, corre risco de virar réu no Supremo Tribunal Federal.

A senadora Vanessa e quatro deputadas federais do PT o denunciaram no MPF e no MP do DF.

Neste sábado, Bauer, já livre, avisou que vai entregar ao delegado Hellmeister evidências de que não coagiu a garota.

Marco Feliciano, que postava no Twitter mensagens enigmáticas sobre o poder do silêncio, o quebrou. Gravou um vídeo ao lado da esposa e o divulgou em suas redes sociais. Nele, nega a agressão, diz que não sabia dos passos do assessor parlamentar e que perdoa a jovem ex-militante do PSC.

NOVA GUERRA DE VERSÕES

Neste sábado, tão logo pisou em Brasília, Patrícia Lélis descobriu que virou alvo de contra-ataque, segundo ela motivado pela mobilização de evangélicos defensores de Feliciano.

Na mesma moeda em que denunciou Feliciano com os ‘prints’ das supostas conversas dela com o deputado federal, surgiram nas redes sociais outros ‘prints’ de conversas atribuídas a ela, nas quais ameaçaria o deputado.

Patrícia argumenta que são montagens e que, assim que constituir advogado em Brasília na segunda-feira, vai denunciar o caso na delegacia de combate a crimes cibernéticos do DF.


Esplanadeira: camburão na pista, Hélio Costa em Miami e FBI mira offshore
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Leandro Mazzini

As curtinhas do início desta quarta-feira:

CAMBURÃO NA PISTA

Após a revelação do assédio sexual de deputado federal de São Paulo a uma jovem militante de Brasília – a Coluna tem as provas – apareceram mais duas mulheres vítimas – uma delas engravidou dele e vive fora do País. O partido já sabe do caso e o recesso nunca foi tão tenso para todos. Segue a novela da vida real. Aguardem detalhes.

OUTRA NOVELA

A ex de Valdemar da Costa Neto entrega documentos ao FBI em 15 de agosto, nos Estados Unidos. Eles estão em litígio de separação no Brasil.

SAUDADE DO PODER

Estão muitos políticos lá, mas ele chamou a atenção pelo local. Hélio Costa, ex-senador e ex-ministro, almoçou ontem num ‘pé sujo’ de US$ 9,90 o quilo em Miami, onde passa férias.

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Jovem acusa deputado federal de assédio sexual
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Leandro Mazzini

Blocos na quadra 302 Norte, a dos apartamentos funcionais

Blocos na quadra 302 Norte, a dos apartamentos funcionais

Uma jovem militante de um partido acusa de assédio sexual um importante deputado federal de São Paulo. A Coluna teve acesso às provas.

O episódio da agressão ocorreu semana passada em Brasília.

Ele a convidou para uma reunião no apartamento funcional alegando ser encontro da militância e ela se viu sozinha com o parlamentar, que propôs bom cargo comissionado se a mulher de 25 anos fosse sua amante – e informou que é comum isso na Casa, e que já tem uma outra amante.

Com a recusa da garota, o político a agarrou, forçou um beijo e machucou os seus lábios.

Ela sofre ameaças para não denunciar o caso à Polícia, e família, amigos e advogados estudam as próximas ações.

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Senador tucano e advogado simpatizante do PT brigam em aeroporto
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Leandro Mazzini

O senador José Aníbal (PSDB-SP) e um advogado simpatizante do PT protagonizaram um ‘UFC Aeroporto’ há dias.

Foi no JK, em Brasília. Conta o próprio tucano:

“Ele me xingou de ladrão, eu xinguei ele de volta. Fui pra cima dele não para agredir, mas para interpelar. Dei um chute na mala dele e ele escorregou, quase caiu; mas não o agredi”.

Não há registros policiais até agora, e o advogado não foi identificado.

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Plateia do impeachment: 200 canais de TV e 2 mil jornalistas estrangeiros
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Leandro Mazzini

Dilma Rousseff vai sofrer impeachment diante de 200 canais de televisão de mais de 120 países, e com 2 mil correspondentes estrangeiros residentes no Rio.

Não há “golpe” maior para o PT. Por isso o presidente do Congresso, Renan Calheiros – mais aliado dela e de Lula do que do presidente Michel Temer – pretende esticar para dia 25 a votação em plenário, quatro dias após o encerramento do evento.

Mas a tramitação e a força da base de Temer podem antecipar o processo para o período do evento esportivo.

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Frente da UDN será refundada em Brasília
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Leandro Mazzini

A União Democrática Nacional (UDN) será refundada. O lançamento da nova frente será dia 4 de julho por um grupo de direita em Brasília, com o mote “O preço da liberdade é a eterna vigilância”.

Por ora não é um partido, mas os organizadores vão trabalhar para coletar assinaturas. Já tem site – www.udn.com.br 

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Em almoço, Silvio Costa tenta convencer Romário a inocentar Dilma
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Leandro Mazzini

Foto de leitor

Foto de leitor

Ex-vice-líder do enterrado Governo de Dilma Rousseff na Câmara, o deputado federal Sílvio Costa (PTdoB-PE) foi visto em almoço com o senador Romário (PSB-RJ) em um restaurante conhecido de Brasília há dias (foto).

No cardápio, entre outros assuntos, a tentativa de convencer o senador a votar pela absolvição da presidente afastada no plenário do Senado, no processo do impeachment dela.

DISPUTA NO RIO

Mas não há certeza de que Romário ficará no Senado. Ele pode se licenciar da Casa para disputar a prefeitura do Rio de Janeiro – embora notícias dos bastidores apontem um acordo com o prefeito Eduardo Paes, pelo qual Romário continua no Senado e não prejudica a candidatura do secretário Pedro Paulo Carvalho, o escolhido pelo prefeito para sucedê-lo.

Seu suplente é o comunista carioca João Batista de Lemos – que daria voto certo à presidente Dilma. Vale lembrar que Michel Temer está no cargo, hoje, por um voto de vantagem no plenário da Casa Alta. PT e PMDB disputam nos bastidores voto a voto dos parlamentares.

Nesta quinta (2), o senador Marcelo Crivella, que segundo pesquisas lidera a disputa, pediu licença do Senado por 122 dias.

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