Coluna Esplanada

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Padre alvo de milícia recusa férias na Europa mas ganha proteção
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Leandro Mazzini

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O padre polonês Pedro Stepien, alvo de ameaças de morte de uma milícia do Rio de Janeiro por acolher em Brasília famílias na mira do bando, vai permanecer no Distrito Federal, em atividades religiosas.

Ontem, o padre conversou com bispos da Cúria da Igreja em Brasília, recusou oferta de férias prolongadas na Europa, mas aceitou vigilância, de perto, do BOPE do DF, ,mas sem escolta.

“Eles estarão o bairro, por perto, e vigilantes. Se eu acionar, aparecem”, diz o padre à Coluna. “Prefiro morrer com a verdade do que viver com a mentira”.

A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado do Rio de Janeiro deflagrou nesta sexta-feira operação contra a milícia na Zona Oeste da cidade, que expulsa moradores de apartamentos do ‘Minha Casa, Minha Vida’, do Governo federal. Apreendeu munições, granadas e armas. No mesmo dia em que a Coluna divulgou a ameaça dos milicianos a padre em Brasília.

A operação policial foi comandada pelo delegado Alexandre Herdy, que investiga a ‘Liga da Justiça’ com informações passadas pelo padre polonês Pedro Stepien, ameaçado de morte pelo bando. O religioso acolhe no DF pelo menos 15 pessoas de sete famílias refugiadas do Rio, expulsas dos apartamentos.

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Com denúncia de padre, polícia do Rio faz operação contra milícia
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Leandro Mazzini

Divulgação: Polícia Civil

Divulgação: Polícia Civil

Uma equipe da DRACO – Delegacia de Repressão ao Crime Organizado estourou nesta sexta um bunker da milícia ‘Liga da Justiça’, na Zona Oeste do Rio, e apreendeu armas, munições, fardas e até granadas.

Nesta madrugada, a Coluna publicou que o bando está ameaçando o padre Pedro Stepen, em Brasília, que acolhe famílias expulsas dos condomínios do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, na Zona Oeste da capital carioca.

A investigação está a cargo do delegado Alexandre Herdy, que mantém contato com o padre e as famílias em Brasília, que já estão sob proteção policial do BOPE do Distrito Federal.

À Coluna, padre Stepen, que é polonês, garante que não vai sair da cidade, e que continua perto das famílias protegidas por voluntários. O caso chegou ontem ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que prometeu providências.

“Prefiro morrer com a verdade do que viver com a mentira”, diz o religioso.

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CUT, quem diria, saúda Sérgio Moro em protesto
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Leandro Mazzini

O hotel em Brasília - a sede da Caixa Seguros fica ao lado, parte dele aparece na imagem.

O hotel em Brasília – a sede da Caixa Seguros fica ao lado direito, parte dele aparece na imagem.

Uma cena inimaginável ocorreu na manhã de ontem, bem cedo, em Brasília. Um caminhão de som do sindicato dos funcionários da Caixa, bancado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), acordou os hóspedes dos hotéis Fusion e Vision, na área central da capital, próxima à Esplanada dos Ministérios.

Os sindicalistas da CUT, ligada ao PT, gritavam “Somos todos Sérgio Moro!”.

O protesto foi em frente ao prédio vizinho aos hotéis, a nova sede luxuosa da Caixa Seguros e Funcef. A turma da CUT disparou críticas aos diretores com palavras de ordem. “Fora diretoria! Não adianta ter diploma em Harvard”.

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Japonês da Federal dá susto em hotel de Brasília
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Leandro Mazzini

Ishii com amigos em Brasília

Ishii, ao centro, com amigos em Brasília

O cenário era favorável a uma operação policial na manhã de ontem.

Na frente do hotel Windsor, em Brasília, dois carros de cor preta, e no hall agentes espalhados à paisana, entre eles Newton Ishii, o famoso ‘Japonês da Federal’.

O tititi de uma iminente prisão correu rápido do restaurante do café à cobertura. Houve lobista que nem desceu e político inquilino que subiu correndo para a suíte, contam presentes.

Ishii, que ficou boa parte da manhã entre colegas no hall, garantiu a eles que não será candidato a vereador em Curitiba, como começou a circular na terça à noite. O ‘japa’ estava de folga na capital a convite da Federação Nacional dos Policiais Federais.

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Comitiva do DF nos EUA para estudar capotamento é passeio pago
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Leandro Mazzini

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É passeio a ida de comitiva do Governo do Distrito Federal a Michigan, nos Estados Unidos, para ‘estudar’ como não capotar viaturas da Polícia Militar. Os casos com o modelo Mitsubishi Pajero são recorrentes, há anos, e primeiro a turma poderia passar no Ceará para entender o que também acontece com a instabilidade dos modelos Hilux da Toyota, usadas pelas tropas.

Este passeio pago pelo cidadão de Brasília lembra o da comitiva da Secretaria de Transportes do Estado do Rio, que foi a Lisboa conhecer como funciona o bondinho elétrico, após o trágico acidente no Rio. Três anos depois da expedição, o bonde de Santa Teresa continua inativo.

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Collor, o croissant e o querosene: traumas do desprestígio
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Leandro Mazzini

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Foto: Folha/UOL

Enrolado na operação Lava Jato, o senador Fernando Collor (PTB-AL) sentiu na pele o que é um ex-presidente sem prestígio.

Há dias, numa cafeteria no shopping Gilberto Salomão, no Lago Sul de Brasília, ele pediu um croissant. E a atendente, seca: “Acabou!” (tinha congelado, saía em 2 minutos). “Fiquei desolado”, resmungou o parlamentar a um amigo.

Foi a segunda vez, em público, que Collor viu seu poder pelo ralo. Quando foi apeado da presidência da República, já no helicóptero que o levava para a base aérea, Collor pediu o comandante para sobrevoar Santa Maria (DF), a fim de ver uma escola CIAC que construía. O piloto foi breve: “Não tem querosene para isso!”.

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Agora sem-teto, ex-MST Rainha comanda invasões e se alia a Cunha e oposição
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Leandro Mazzini

Rainha, deixando a sala da liderança do DEM, para onde foi conduzido pelo presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (também oposição)

Rainha, deixando a sala da liderança do DEM, para onde foi conduzido pelo presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (também oposição). Foto: Walmor Parente

Esnobado pela presidente Dilma, o líder da Frente Nacional de Luta Campo & Cidade, José Rainha Junior (ex-MST), procurou a oposição por apoio. Visitou na tarde desta quarta (3) o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e liderança do DEM, levado pelo deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade (outro opositor ao Governo).

Os sem-teto comandados por Rainha promoveram série de invasões a prédios da Esplanada, desde semana passada, e 400 deles ainda ocupam o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a sede do INCRA e pelo menos 10 escritórios do órgão em Estados.

José Rainha Júnior reafirma que a onda de invasões aos prédios do governo vai continuar. Uma represália e uma ação que afronta a lei para pressionar a presidente Dilma a recebê-los no Palácio do Planalto. A petista já negou reiteradas vezes a possibilidade de sentar à mesa com Rainha e seus seguidores.

A rotina invasora inclui o bloqueio da entrada de funcionários e corte de cabos de rede para impossibilitar o acesso à internet nos órgãos. “Se forem nos tirar a força, será um massacre. Só saímos do Incra para entrar para a História”, afirma Rainha em analogia à histórica frase do ex-presidente Getúlio Vargas.

Antes de se reunir hoje com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado por envolvimento no esquema do Petrolão, José Rainha passou pela liderança do DEM na Câmara e conversou com aliados do peemedebista. Indagado pela Coluna sobre sua possível ligação ao enrolado Cunha, Rainha tergiversou: “É problema dele; não é meu”.

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Colaborou Walmor Parente


Obras em aeroporto e recesso da FAB: o coração do menino não aguentou
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Leandro Mazzini

As autoridades omitem a verdade sobre a morte do menino G.L.A. de 12 anos que faleceu em Brasília no dia 1º de janeiro à espera de transplante de um coração.

A Força Aérea Brasileira, que foi procurada pela Central Nacional de Transplantes, alegou “questões operacionais” para justificar por que não fez o transporte de Itajubá, no Sul de Minas, para a capital federal.

Duas situações contribuíram principalmente para a tragédia humanitária. Apesar da equipe de plantão para emergências, a equipe da FAB para transportes especiais estava de recesso. Isso prova o quadro de cronograma de voos de transportes de autoridades, por exemplo, ter um intervalo sem operações entre 31 de dezembro e 4 de janeiro.

E mesmo que houvesse jatinho disponível e pilotos, havia outro problema – a logística e o tempo. O Aeroporto de Itajubá passa por obras de terraplanagem e reforma há mais de ano. Situado num brejo, a pista está há meses sendo remodelada. É num hospital da cidade que estava o coração doado para o transplante.

Pista em terraplanagem em Itajubá. Foto de divulgação da prefeitura

Pista em terraplanagem em Itajubá. Foto de divulgação da prefeitura

Na operação, então, seria necessário usar o aeroporto de uma cidade próxima – poderia ser Pouso Alegre, a 70 km de Itajubá, ou Varginha, a 176 km. Ou, respectivamente, aproximadamente 20 minutos e 50 minutos de um voo de helicóptero.

Curiosamente, Itajubá é sede de uma da maior fábrica de helicópteros da América do Sul, com helipontos de apoio e aeronaves novas paradas no pátio. Um telefonema de um mandatário aliado à boa vontade dos executivos da Helibrás poderiam ter ajudado no transporte do órgão para uma dessas cidades, onde um jato da FAB poderia pousar.

Na resposta à Coluna, embora não tenha detalhado os motivos operacionais, a FAB destacou o trabalho de parceria com o Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

“Segundo dados do SNT, em 2014, 2.486 dos 23.226 órgãos transplantados em todo o Brasil foram transportados por avião, o que representa 10,7% do total. Em média são realizados 20 transportes de órgãos por dia em aeronaves. A lista inclui órgãos como coração, rim, pulmão e fígado, além de tecidos como córnea e pele”.

Ainda de acordo com a assessoria, “em 2015, a FAB realizou 42 missões de transporte de pacientes e órgãos em todo o país. No ano passado, somente na região de Brasília foram transportados seis corações para transplante”.

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Aluguel de sede da ANTT aumentou 900%
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Leandro Mazzini

A direção da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) driblou o Palácio do Planalto, cuja ordem da presidente Dilma é cortar custos em toda a estrutura do Governo.

O aluguel da sede atual aumentou 900% na renovação do contrato, no dia 29 de dezembro, passando para R$ 120 milhões com validade para cinco anos. ( veja detalhes e dono do imóvel clicando aqui)

Extrato do primeiro contrato, de 2010, que se encerrou em dezembro, revela que o valor não ultrapassava R$ 14 milhões, de acordo com o processo nº 50500.012910/2009-19. (veja abaixo)

O contrato foi fechado há cinco anos pelo diretor Bernardo Figueiredo, protegido de Dilma na Agência. Não reconduzido ao cargo, hoje é consultor na iniciativa privada.

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