Coluna Esplanada

Arquivo : coalizão

Base cobra novo Governo e reforma ministerial
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Leandro Mazzini

Temer tem a difícil missão de convencer a presidente Dilma que sua base se esfacelou e precisa ser recriada. Foto: ABr

Temer tem a difícil missão de convencer a presidente Dilma que sua base se esfacelou e precisa ser recriada. Foto: ABr

O encontro dos líderes da base governista ontem com o vice-presidente Michel Temer foi apelidado de reunião do fim do mundo. Todos se viraram contra o PT e o Governo, até um inesperado PCdoB, maior aliado dos petistas. Temer ouviu um rosário de reclamações.

O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ) abriu a reunião falando em sistema exaurido, e o do PCdoB, Orlando Silva (SP), fechou citando ‘nova arquitetura’ e ‘recomeçar o jogo do zero’.

O recado da base foi claro: Dilma deve fazer uma reforma ministerial urgente. Temer prometeu levar à presidente e apresentar uma saída. No bojo das reclamações da base está a crise na economia e o ministério montado por Dilma: As emendas não são pagas, e os ministros são da cota dela, não das bancadas.

“Não há qualquer relação dos deputados e senadores com os ministros de seus partidos”, reclama um líder.

Surpreendendo a todos, o ministro de fato da Articulação, Eliseu Padilha (PMDB-RS), avisou que deixa o cargo se nada for “resolvido em 15 dias”.

Rogério Rosso, líder do PSD, foi o mais franco. Virou-se para Temer, na frente de todos, agradeceu seu empenho, mas soltou que “você não vai conseguir resolver isso”.

Michel Temer pediu alguns dias para conversar com a presidente Dilma.

 

 


Jantar no Rio vai selar PMDB na oposição e lançar Paes ao Planalto
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Leandro Mazzini

Paes: o anfitrião tomou a iniciativa de provocar o grito de independência. Foto: ABr

Paes: o anfitrião tomou a iniciativa de provocar o grito de independência. Foto: ABr

O PMDB não quer e não vai esperar o fim do Governo para desembarcar. Aproveitará a má fase do aliado PT e já pretende demarcar território com vistas à eleição presidencial daqui a três anos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), convidou as bancadas do partido na Câmara e Senado para um jantar e passeio pelas obras da administração.

No jantar na Gávea Pequena, na próxima quinta (9), a turma vai saudá-lo como potencial candidato ao Planalto. Na sexta, a ‘press-trip’ peemedebista visita as obras do Porto Maravilha – a maior obra no Brasil do…PAC, financiado pela gestão do PT, iniciado no governo Lula e tocado pela gestão Dilma Rousseff.

O comboio de deputados e senadores também passará pela Vila Olímpica de Deodoro (Zona Oeste) e pelo Parque Olímpico em construção na Barra.

Embora Paes seja saudado como presidenciável, o movimento é mais partidário do que pessoal. Na verdade, o prefeito é candidatíssimo ao Governo do Estado.

Os entusiastas do projeto de independência do partido em relação ao PT e do pré-lançamento de Paes formam um poderoso trio da capital, dois deles com projeções em Brasília: A ideia, com o consentimento do prefeito, partiu dos Picciani – Jorge, o pai, presidente da Assembleia Legislativa; e Leonardo, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados. E com o aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

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BALANÇO 

Mas o partido não está unido. Dos 72 deputados federais eleitos – 67 em exercício e cinco licenciados – alguns poucos ainda votam com o Governo e são fiéis ao Planalto. Caso, por exemplo, de Darcísio Perondi (PMDB-RS), que fez coro com o PT contra a redução da maioridade penal.

Entre os 17 senadores, pelo menos três são declaradamente apoiadores da presidente Dilma, mas nem tanto alinhados como no primeiro governo: Edison Lobão (MA), Eunício Oliveira (CE) e Roberto Requião (PR).


Temer e Raupp iniciam caravana por palanques do PMDB
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Leandro Mazzini

A campanha de 2014 começou também para o PMDB, a eminência parda do Poder em Brasília.

Enquanto os holofotes estão sobre Dilma Rousseff (PT), que tentará a reeleição, e os eventuais candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), o vice-presidente Michel Temer corre pela paralela pelo seu PMDB.

Presidente licenciado do PMDB e manda-chuva de fato, Temer esboçou um roteiro para fortalecer o partido em todos os estados, e tomará a frente da discreta caravana, revela o presidente em exercício, senador Valdir Raupp (RO).

Temer e Raupp começam a percorrer as capitais e cidades-polo de cada estado semana que vem. O objetivo é garimpar potenciais nomes onde a legenda está ofuscada, fortalecer pré-candidatos aos governos e iniciar tratativas para coalizões onde houver espaço.

A meta, segundo Raupp, é fechar pelo menos 20 pré-candidaturas a governos do estado. E emenda: ‘E a ordem é composição onde houver cabeça da chapa’.

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RADAR LIGADO

Eduardo Campos (PSB) faz pesquisa diária. E coloca olheiros para verificar in loco as ações dos secretários no Recife e entorno. As orelhas fervem nas reuniões.

RALO AMAZÔNICO

A Controladoria Geral da União encontrou problemas de desvio de verba para Educação e Saúde em todos os 30 municípios do Amazonas fiscalizados, após sorteio, nos últimos anos. No Brasil, o percentual de cidades encrencadas é, em média, de 80%. A CGU deve fechar o cerco na região. Ou em breve a Polícia Federal..

FORNO MINEIRO

Se o prefeito de BH não entrar mesmo no páreo para o governo de Minas, Eduardo Campos terá problemas de encontrar candidato. Cotada, Maria Elvira Salles, do PSB Mulher, sofre restrições na cúpula nacional por ser recém-chegada ao partido. Outro nome soprado pelos socialistas é bem vindo. Trata-se do deputado Julio Delgado, que disputou a presidência da Câmara. Mas egresso de Juiz de Fora, seu nome não tem penetração no eleitorado de Belo Horizonte.

PALESTRANTE

O líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), vai ao Espírito Santo na Quarta, palestrar sobre o Código Florestal. O público será formado por prefeitos e secretários. Será ciceroneado pelo deputado Camilo Cola (PMDB-ES).

DIRETAS DA OAB

Cumprindo promessa de campanha, o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado, criou a Comissão Especial de Revisão do Sistema Eleitoral da Ordem. A ideia é implantar eleição direta para a presidência do Conselho Federal.

TRIBUNA & PALANQUE

Embora negue interesse no governo, o senador Pedro Taques (PDT-MT) tem reforçado as críticas às políticas locais do Mato Gross. “Pobre estado rico”, que tem 29 milhões de cabeças de gado, mas, segundo ele, fracas ações na Educação. Sobre uma pré-candidatura, Taques diz que todo dia alguém o lança. “É muito cedo para falar em candidatura. Estou preocupado com o meu mandato”, esquiva-se.


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