Coluna Esplanada

Arquivo : Dilma

Lula e Dilma juntos em Pernambuco em março
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

A presidente Dilma e o ex, Lula, vão baixar na pequena Goiana, na Zona da Mata de Pernambuco, dia 12 de março para a inauguração da nova fábrica da Fiat.

Foi uma disputa vencida pelo então governador Eduardo Campos (PSB) contra o Aécio Neves, ainda governador de Minas, que trabalhava para que a Fiat ficasse em Minas – onde a italiana manterá a tradicional unidade em Betim, região metropolitana.

Lula e Dilma vão começar a fazer agendas juntos mais para o final do mandato dela, na tentativa de ele voltar ao Planalto. A agenda de março será o primeiro ensaio.


À espera de ministério, Henrique ‘rebola’ no bambolê presenteado a Dilma
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Leandro Mazzini

A partir da esquerda: Cunha, Henrique, Temer e Eliseu Padilha (acolhido na Aviação Civil) - o grupo trabalha por Henrique. Foto extraída do site geek.com.br

A partir da esquerda: Cunha, Henrique, Temer e Eliseu Padilha (acolhido na Aviação Civil) – o grupo trabalha por Henrique. Foto extraída do site geek.com.br

Se o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) espera um ministério de presente – especula-se no Planalto o de Turismo -, vai ficar em Natal, sua terra.

Dilma não esquece o bambolê que Henrique, então líder do PMDB, a presenteou quando ela era chefe da Casa Civil do presidente Lula.

Henrique a presenteara em 2008, numa provocação, porque a faltava jogo de cintura no diálogo com os parlamentares, revelação de Cristiana Lobo ( aqui ). Mas ele não imaginava que Dilma seria a candidata e, depois, eleita..

Neste início de ano, o vice-presidente Michel Temer e o aliado incondicional de Henrique, deputado Eduardo Cunha, que o sucedeu, trabalham intensamente para tentar emplacar Henrique num cargo importante, à altura do que representou durante seus 11 mandatos consecutivos na Câmara, até deixar a presidência da Casa este ano, sem mandato e sem vitrine política, diante da derrota para o governo potiguar.

TURI$MO 

Por falar em turismo, deu no Boletim de Notícias Lotéricas: Apenas Las Vegas recebeu 41,1 milhões de turistas em 2014. O Brasil inteiro recebeu 6 milhões, seu recorde. Para outro comparativo, só o High Line Park, a nova sensação turística de Nova York, recebeu 4 milhões de visitantes ano passado.


Marta Suplicy e o PMDB
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

Com a metralhadora giratória verbal na ativa, com o PT como alvo, a senadora e ex-ministra Marta Suplicy está a um passo de se filiar ao PMDB para se lançar candidata à Prefeitura de São Paulo ano que vem. Convites sobram de outros partidos da base e oposição ao governo. Ela ainda não decidiu.

O PMDB deseja Marta em seus quadros, embora às claras não tenha o aval do vice-presidente da República – e manda-chuva do partido – Michel Temer, aliadíssimo do PT e da presidente Dilma, os alvos figadais de Marta.

Revoltada com a atual situação do PT (em especial no noticiário negativo e nos desmandos do governo), a ex-prefeita paulistana, ao mirar a legenda que ajudou a fundar e ainda a acolhe, dá sinais de que a insatisfação é apenas o passo inicial para a debandada de seu pequeno séquito para outro partido. E que, alijada do governo Dilma, é capaz hoje de trilhar sozinha seu caminho sem as bênçãos do PT e do ex-presidente Lula, a quem admira e defende, conforme entrevista recente ao Estadão.

Ex-prefeita de São Paulo não reeleita, Marta tem um significativo potencial de votos na capital paulista, o mesmo que a levou ao Senado Federal em 2010. Tem pouco a perder: seu mandato eletivo na Casa Alta vai até 2019, e uma vez candidata, independentemente do partido, mesmo que eventualmente não vença a eleição, ela mantém o nome na vitrine no maior PIB brasileiro e no mais importante reduto eleitoral do País.

Mas uma recente movimentação política na capital, veladamente patrocinada pelo ex-presidente Lula, o conselheiro do prefeito Fernando Haddad (PT), envolveu o PMDB e pode ser um entrave num eventual projeto de Marta se filiar ao partido para se candidatar.

Gabriel Chalita, o quadro mais provável do PMDB para uma candidatura municipal, aliou-se ao prefeito Haddad como secretário de Educação. Os sinais são claros: É incoerente um secretário recém-empossado e a um ano da eleição se lançar contra o atual alcaide. O próximo ano pode evidenciar outro pré-acordo: Chalita é potencial candidato a vice na chapa de reeleição de Haddad, o que, obviamente, inviabilizaria uma candidatura de Marta.

Os próximos meses mostrarão quando Marta vai se desarmar, parar de atirar e concentrar-se num projeto político pessoal, independentemente do partido que escolher. Sua saída do PT é considerada inevitável por suas recentes declarações. A conferir.

Procurada através de sua assessoria, Marta não se pronunciou.


Seguro: Planalto estuda reduzir de 18 para 12 os meses trabalhados
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Leandro Mazzini

A equipe da presidente Dilma Rousseff já tem o plano B para o recuo na MP que reforma o sistema trabalhista e mexe no Seguro Desemprego.

Em vez de 18 meses (hoje são 6 meses), no mínimo, de trabalho com carteira para o(a) cidadão(a) requisitar o direito, a exigência do governo pode cair para 12 meses. Os números ainda assim são animadores para a equipe econômica do governo: mesmo com esta nova alteração, a União economizaria de imediato cerca de R$ 2 bilhões.

Os estudos já estão na mesa da presidente Dilma – e abrangem também um plano C, para redução da exigência também para 10 meses. A palavra final será da presidente. A resposta pode sair em poucos dias, como uma blindagem ao governo.

A pressão trabalhista veio forte. As centrais sindicais, em especial a CUT e a Força Sindical, programaram para hoje manifestação em Brasília. Negociavam ainda ontem se o alvo seria o Ministério do Trabalho ou o do Planejamento (para a porta do Palácio ninguém falou em ir).

A despeito do cenário, o governo acerta sua blindagem em duas frentes. Bem orientada pelo marqueteiro João Santana, a presidente Dilma, que andava sumida e calada desde a posse, encontrou o termo certo para propalar sobre a mexida no Seguro Desemprego, o que causou maior alvoroço nas ruas: ‘medidas corretivas’ – o que de fato são – e não retirada de direitos trabalhistas. Na reunião ministerial ontem, na Granja do Torto, conclamou os 39 ministros a defender seu governo contra boatos na ‘batalha da comunicação’.

Em outra frente atua veladamente o ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), que tem procurado a direção das centrais para pedir cautela e abrir o diálogo, a fim de minorar o que pode ser um eventual estrago na imagem do governo as manifestações na Esplanada programadas para hoje.

O provável e iminente anúncio do Planalto sobre o recuo nas mudanças do Seguro Desemprego pode ajudar no trabalho de Dias.

Em tempo, nos planos B e C do governo, se o governo decidir reduzir de 18 para 12 ou 10 meses o período mínimo exigido de trabalho para acesso ao Seguro, haverá naturalmente um efeito cascata na proposta original. Por ela, para segunda solicitação do Seguro, o trabalhador deve trabalhar 12 meses, e para a terceira, 6 meses. Vale repetir, pelas regras atuais, 6 meses de trabalho já garantem o benefício ao brasileiro.

O RECADO DE DILMA

Na reunião ministerial, a presidente Dilma disse que elencou como uma das prioridades junto ao Congresso este ano uma lei para fazer do caixa 2 um crime.

Em entrevista à TV Cultura em 2005, o então presidente Lula negou o Mensalão, mas admitiu caixa 2 no PT.

O então líder do PT na Câmara no início de 2014, José Guimarães (CE), em entrevista à REDEVIDA de TV em Brasília, disse que não acreditava no fim do caixa 2 mesmo com a reforma política.

O RECADO DO LADRÃO

Deu no Blog do Rigon: bandidos levaram R$ 20 mil de um cofre de uma farmácia em Maringá (PR), e de quebra, telespectadores dos programas policiais das TVs locais, mandaram recado para os apresentadores: :Parem de meter a boca nos bandidos e falem mal da Dilma e dos prefeitos que roubam.

Este caso lembra outro, surreal, revelado pela Coluna no início do ano passado, ocorrido em Paraipaba, litoral do Ceará. Na madrugada de 29 de Outubro de 2013, um bando explodiu os caixas da única agência bancária, e acordou o povo.

Na colheita do que sobrou do dinheiro arremessado aos ares, os ladrões pouco pegaram e o restante do ‘trabalho’ foi feito por moradores eufóricos.

Dias depois, conta um amigo próximo dos investigadores, chegou à delegacia uma carta dos criminosos. Nela, eles disseram que não voltam mais: ‘Gastamos R$ 71 mil com o assalto e só recolhemos R$ 36 mil. Esse povo da cidade é muito ladrão!’.

A polícia fez uma varredura na cidade. Foram devolvidos por ‘moradores-assaltantes’ um computador e uma TV Led levados no entra e sai na agência do Bradesco.


‘Jader’ na Pesca e ministro de MG são estratégias de Dilma contra Aécio
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

Enquanto adversários apontam compensação patrocinada pela presidente Dilma para um aliado de campanha que perdeu a eleição, outros indicam que a chefe da nação sabe o que faz e tornou-se uma boa jogadora no tabuleiro do xadrez político.

Ao nomear Helder Barbalho ministro da Pesca, Dilma reinsere o pai, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), no rol do Poder do qual se afastara desde que renunciou ao Senado Federal, e segura parte do PMDB fiel a ela. Jader ainda é um respeitado cacique político do Norte do Brasil, e foi um fiel aliado desde o início da campanha de 2014. Dilma venceu a eleição no Pará comandado pelo PSDB.

Helder na Pesca representa o governo federal e o PT num Pará que disputa com Santa Catarina a liderança do pescado no Brasil, num Estado do Norte onde o governador tucano Simão Jatene dá de ombros para o setor – bem organizado empresarialmente, vale lembrar.

A estratégia de Dilma é um golpe no PSDB em duas frentes, e envolve caso similar em Minas Gerais.

A ida de um desconhecido pastor mineiro do PRB para o Ministério do Esporte, que se tornará a pasta mais importante em 2016 por causa dos Jogos, fortalece o PT e Dilma Rousseff no segundo maior colégio eleitoral do País, em especial o principal reduto do presidenciável Aécio Neves, do PSDB, seu potencial candidato.

Golpe duplo no tucanato para consolidar a presença petista em dois importantes Estados com grandes colégios eleitorais.


Dilma tenta salvar a maior fornecedora da Petrobras para o pré-sal
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Leandro Mazzini

Numa reunião no Palácio do Planalto ontem pela manhã, a presidente Dilma Rousseff comandou uma operação de salvamento da Sete Brasil, maior empresa parceira da Petrobras criada para fornecer plataformas para a exploração do pré-sal – os contratos giram em torno de US$ 27 bilhões.

Mas por quê?

A Sete tem dinheiro de fundos de pensão estatais, do BNDES, e do BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, novo amigo de infância do ex-presidente Lula – que continua a mandar no Governo. Lula e Esteves se tornaram amigos, e o banqueiro já contratou o ex-presidente para palestras no País e exterior, em eventos bancados pelo BTG. É no jatinho de Esteves também que Lula tem assento garantido a qualquer momento que precisar.

Foi com vistas a esta reunião que há poucos dias a Sete de repente pediu à CVM – Comissão de Valores Mobiliários a permissão para abrir seu capital, sem venda de ações ainda na Bolsa (por ora). Nos corredores da sede da empresa e do Planalto a cifra citada é a mesma: a Sete precisa urgente de US$ 700 milhões para respirar.

No encontro de ontem, participaram além de Dilma o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e membros do governo. Com o esperado aperto nas contas, sem ter como injetar mais dinheiro na empresa, o Governo vai buscar parceiros para a Sete no mercado.

A Sete é a principal fornecedora das futuras plataformas de exploração do esperado óleo do pré-sal em alto-mar. E com dinheiro da União. Seu ex-diretor, Pedro Barusco, é alvo da Operação Lava Jato e suspeito de desvio de quase US$ 100 milhões.

Pelo visto, a Sete está à deriva nesse mar de dúvidas sobre seu futuro, cujo comando fica a milhares de quilômetros da costa, no cerrado brasileiro.


Dilma foi ingrata com Gilberto Carvalho
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Leandro Mazzini

O ministro demissionário da Secretaria Geral do Planalto, Gilberto Carvalho, é o último ‘guardião’ da Era Lula dentro do Palácio. Fiel a ele, e não à presidente Dilma Rousseff – mostram os episódios das críticas a ela – Carvalho cumpriu com competência por 12 anos o seu papel de interlocução com os movimentos sociais, em especial o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o movimento dos sem-teto e dos catadores de lixo, entre outros.

O ministro foi também o principal braço da Igreja Católica dentro do governo, contornando situações que colocariam a gestão e o PT sob risco de perder o Poder. Em 2010, articulou uma frente suprapartidária evangélica para salvar a candidatura de Dilma ao Planalto, após um disse-me-disse (ela contribuiu) sobre a então candidata ser ou não ser a favor do aborto.

Destaca-se deste episódio a ingratidão da presidente eleita para com o ‘ministro-olheiro’. Quando a campanha desandava contra ela em 2010 na etapa final, por declarações desencontradas sobre o direito ao aborto e a legalização ou não, Carvalho organizou uma caravana de importantes parlamentares para que percorressem o Brasil durante duas semanas antes do pleito em defesa da candidata do PT. José Serra (PSDB) disparava gradativamente nas pesquisas após a polêmica e ameaçava o projeto de Poder dos petistas.

O então vice-presidente da República, José Alencar, foi acionado e cedeu o seu jato Citation X. Nele viajou um séquito de elite do Parlamento, aliados do governo, em visitas às igrejas evangélicas, reconstruindo a imagem da presidente. Àquela altura, 5 milhões de folhetos apontando Dilma a favor do aborto já eram distribuídos por um movimento católico em capitais.

Os senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Magno Malta (PR-ES) capitanearam o time, incluindo deputados pastores, que percorreram os templos, enquanto o ministro Carvalho dialogava com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Passada a eleição, o resultado das viagens foi visto como fator contribuinte para a vitória de Dilma.

O ministro Gilberto Carvalho chamou este colunista de mentiroso, por ter publicado mês passado a decisão da presidente Dilma de demiti-lo após uma ríspida conversa. A reunião fora motivada por críticas de Carvalho numa entrevista à BBC à gestão da presidente. Carvalho negou veementemente a reunião e a demissão. E agora deixa o Palácio.

Ontem, foi confirmada a saída de Gilberto Carvalho do governo da presidente, comprovando o que a Coluna antecipou.


Encontro de Pimentel com Aécio irritou Dilma
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma Rousseff ficou muito irritada ao descobrir pela imprensa a reunião entre o governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e o senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB).

Ela quer manter o controle da base em Minas, seu Estado natal e o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. O pacto de não-agressão e não-devassa nas contas de Pimentel com Aécio causou ciúme na chefe da nação.

Pimentel foi avisado de que a presidente quer saber de todos os passos em nível nacional do petista.

NA CONTA

O crédito de Pimentel é tão grande com a presidente que ele está negociando emplacar um nome de sua confiança na presidência da Previ

Pimentel e Dilma são amigos inseparáveis e de alta confiança mútua desde os tempos do regime militar, em Belo Horizonte.


Pimentel quer emplacar o presidente da Previ
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Leandro Mazzini

pimentel

Foto: EBC

É tamanho o crédito que o governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que ele tem aval da presidente Dilma Rousseff para indicar o futuro presidente da Previ, o maior fundo previdenciário estatal do País, do BB, com R$ 200 bilhões em ativos.

Pimentel deseja emplacar no cargo Robson Rocha, ligado ao PT mineiro e ex-dirigente do famigerado e falido Banco Popular – criado por Lula no seu primeiro mandato e suspeito de ser um dos berços do Mensalão. Mas Rocha avisou a aliados que não quer.

Mas engana-se o PT que terá grande ingerência na Previ como antes da eleição que trocou a diretoria por funcionários sérios e de carreira. Aparentemente, o PT morreu ali.

O novo comando da Previ tem dito seguidos ‘não’ a empresas que pedem aportes para sociedades. Algumas sócias atuais da Previ são doadoras de candidatos da base..