Coluna Esplanada

Arquivo : Eduardo Campos

Gabeira é candidato, diz presidente do PV
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Leandro Mazzini

Na tradicional onda de antecipação de disputas presidenciais, o Partido Verde vai se posicionar, mesmo que informalmente – a exemplo de outros potenciais nomes – no cenário para a eleição de 2014.

O ex-deputado Fernando Gabeira será anunciado pré-candidato à Presidência da República. O próprio verde confirma e endossa o revelado pelo presidente do PV, o deputado federal José Luiz Penna. Gabeira fala em candidatura “única do campo sócio-ambiental”.

É uma ofensiva à iniciativa de Marina Silva, que lançou a Rede Sustentabilidade para se candidatar ao Palácio do Planalto. “Gabeira é o número 1 do nosso ‘nomenograma’. Ele já reuniu um círculo grande no final de 2012” sobre o assunto, revelou Penna. “Teremos nova reunião em Março”

Pelo projeto de Penna, com a eventual entrada do ex-deputado na disputa presidencial, o PV encara o desafio de mostrar que não depende de Marina, que teve 20 milhões de votos pelo partido em 2010.

“Não somos pequenos como muitos imaginam”, diz o presidente do PV. Há base forte, segundo ele. “O PV teve 18 mil candidatos a vereador em 2012”. O PV quer apostar em Gabeira como nova onda verde. Em 2008, ele rachou os eleitores do Rio e levou a disputa pela prefeitura ao 2º turno contra Eduardo Paes (PMDB).

À coluna, Gabeira confirmou que “já existe uma conversa”, porém é mais cauteloso e prega a união ideológica. “Nosso campo é limitado. Gostaria de construir uma candidatura única”. Neste sentido, revela que o ideal seria compor com o novo partido de Marina Silva, que deixou o PV. Reconhece que há rusgas entre ela e Penna. “A gente gostaria que o campo marchasse unido. Sei que há uma resistência entre eles, mas pode ser resolvida”, diz , otimista. Independentemente disso, garante que é o nome do PV à Presidência.

Deste modo, a se confirmar esse discurso de Penna, a um ano e meio do início da campanha já são cinco os pré-candidatos: Dilma Rousseff (PT), Eduardo Campos (PSB), Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (Sustentabilidade) e agora Gabeira (PV).

Como a literatura política brasileira já provou que surpresas acontecem, projetos sucumbem, cenários mudam e políticos idem em vésperas mensais de eleições, não será surpresa se o PV seguir o caminho convencional no pleito: aliar-se ao PT ou ao PSDB, com candidatos por ora mais pomposos.

É que o assunto ainda está verde, deve amadurecer.

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PÉ NA PORTA

Único presidente de Assembleia afastado do cargo e até proibido de entrar no prédio, o deputado Moisés Souza (PSC), do Amapá, impetrou ação cautelar no STF para tentar retomar o cargo. Acusa o MP de perseguição. Segundo Moisés, a investigação do MP não teve autorização do TJ. Ele é suspeito de quatro crimes por contratar sem licitação, a R$ 5,4 milhões, aluguel de carros.

TE CUIDA, MP

Enquanto avança na Câmara Federal uma Proposta de Emenda à Constituição que tira do Ministério Público poderes de investigação, a Assembleia de SP propõe a sua, para blindar políticos. No projeto endossado por 33 nobres, só o Procurador Geral poderia investigá-los.

MADAME & CAFETEIRO

A turma da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anda com nervos expostos. Antes do caso da madame que esvaziou pneus de carro em sua vaga na sede do órgão, meses atrás um servidor da extinta RFFSA jogou café quente no rosto de um colega. Foi caso de polícia, mas resolvido entre ambos na Corregedoria.

ALAGOAS 2014

Há disputa oculta e ferrenha entre o senador Benedito de Lira (PP) e o vice-governador de Alagoas, José Tomaz Nonô (DEM), para ser o candidato da sucessão de Teo Vilela (PSDB) no governo. Pesquisas internas mostram Benedito com ampla vantagem.

O HERDEIRO

Após o desafio de voltar à Presidência do Senado, Renan Calheiros agora vai trabalhar para lançar o deputado federal Renan Filho (PMDB) como candidato de Dilma ao governo de Alagoas.


Eduardo Campos convoca bloco para folia eleitoral em Minas
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Leandro Mazzini

crédito – blogdonunoleandro.blogspot.com

Pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2014, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, vai colocar seu bloco eleitoral nas ruas de Minas Gerais.

Por ser reduto do também presidenciável Aécio Neves (PSDB), um eventual aliado, a investida será sutil, para não melindrar ou prejudicar o tucano.

Na primeira articulação, Campos vai chamar ao Recife após o carnaval o presidente do PSB mineiro, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, para traçar a estratégia do palanque no estado. O governador disse a interlocutor da coluna ter uma certeza: não pode abrir mão de Minas, terceiro maior colégio eleitoral do país.

Campos prepara seu desembarque em Minas com outra preocupação. O maior desafio começa pela capital Belo Horizonte: O prefeito, Marcio de Lacerda, apesar de filiado ao PSB, é mais aliado de Aécio do que o próprio Campos. A dúvida é saber de que lado ele vai ficar, com toda a máquina municipal preparada para uma campanha tucana ou socialista numa cidade com 2 milhões de eleitores.

Mas o esperado embate ultrapassa o quantitativo. Neste jogo entre os dois presidenciáveis leva a melhor quem mostrar poder de persuasão política. Em termos políticos: com quem vai Lacerda e sua trupe de cabos eleitorais.

Engana-se no entanto quem aposta numa dobradinha de chapa entre Aécio e Campos, independentemente da cabeça. Embora não revelem, nenhum deles aceita ser um vice do outro. Fato é que ambos se incomodam, apesar de amigos. Campos o cobre de elogios. Aécio, indagado um dia pelo repórter no plenário do Senado sobre o poder do pernambucano, sorriu amarelo, desconversou e partiu.

Uma certeza os dois têm. Uma parceria está fora de cogitação. Um ensaio na eleição municipal de 2012 foi um desastre eleitoral, pelas consequências nas urnas de Uberaba. Foi a única cidade mineira onde a dupla resolveu aparecer para pedir votos para Antonio Lerin (PSB), que liderava as pesquisas. Apesar dos sorrisos, fotos, corpo-a-corpo, Aécio e Campos provaram de uma rejeição em dobro. Resultado é que o líder despencou nas pesquisas após a aparição das estrelas, e perdeu a eleição para Paulo Piau (PMDB).

A despeito do bloco de Campos ensaiando folia em Minas, e das caravanas que Aécio prepara para se tornar mais conhecido no Nordeste, ambos não tiveram só o que comemorar após o pleito de 2012. O caso de Uberaba não foi pontual. Aécio também tentou ajudar o prefeito de Juiz de Fora, Custódio Matos (PSDB). Foi duas vezes à “Manchester Mineira”, em vão. Custódio sequer foi para o 2º turno.

Perto de casa, em Petrolina (PE), Campos perdeu pela segunda vez. Não conseguiu eleger o herdeiro do ministro da Integração, Bezerra Filho (PSB), contra o prefeito Júlio Lóssio (PMDB) – este, aliás, um expoente do PMDB que pleiteia o cargo de governador.

É só um detalhe de rodapéSúditos de Dilma apareceram no camarote do governador de Pernambuco no sábado, no Recife: os ministros Marta Suplicy (Cultura), Alexandre Padilha (Saúde) e Fernando Bezerra (Integração), este da sua cota.

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O plano de Eduardo Campos
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Leandro Mazzini

Em meio a especulações sobre o futuro político do governador de Pernambuco, líderes e expoentes do PSB consultados pela coluna revelam a estratégia de Eduardo Campos: se ao final do ano que vem a economia estiver balançando, ele se lança candidato a presidente em 2014. Do contrário, se alia a Dilma Rousseff – com PSB na coalizão ou propondo ser o vice dela. Fato é que na atual conjuntura político-econômica, Campos se anunciaria ao Planalto. Socialistas criticam o fraco PIB, a indústria travada apesar dos pacotes de isenções e o baixo investimento da União.

DESEMBARQUE… Independentemente do seu futuro, Campos vai se descolar do PT. ‘Ele vai desembarcar gradativamente’, avalia um deputado.

… E CHECK-OUT. O plano começou com o chega-pra-lá nos petistas na campanha municipal deste ano. O desembarque final será a entrega do Ministério da Integração.

AZUCRINA GERAL. Sinais do desprendimento: Campos deu aval para Júlio Delgado (PSB-MG) à Presidência da Câmara, e incitou o governador Cid Gomes (CE) a liderar colegas na briga dos Royalties.


O recado de Cid e Ciro Gomes
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Leandro Mazzini

 

Ao defender a reeleição de Dilma, posição do presidente de seu partido, Eduardo Campos (PE), os irmãos Cid e Ciro Gomes indicam que são aliados, mas nem tanto. Ciro não esquece que Lula o tirou da disputa em 2010 com apoio do governador de Pernambuco. Cid não engole Dilma por uma bronca que levou na frente de Campos.

Ofuscado por Campos no PSB, o novo presidenciável do PSB, Ciro Gomes se isolou por seis meses nos Estados Unidos para estudos, mas não recuou ainda. Na sua visão – e na de Lula – faria um estrago na campanha de Dilma se candidato em 2010.


O desastre eleitoral do ensaio Aécio e Campos
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Leandro Mazzini

Nem tudo é festa pós-eleições para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos (PE), presidente do PSB. Houve derrotas onerosas também, e eles provaram da rejeição na única cidade em que estiveram lado a lado. Campos e Aécio foram a Uberaba (MG) e fizeram campanha para Antonio Lerin (PSB), que liderava as pesquisas. Após a aparição da dupla de peso, a situação desandou para o socialista, que perdeu para Paulo Piau (PMDB). Ele virou o jogo nos últimos dias.

DUAS ESTRELAS. Nas hostes do PSDB e do PSB, o ensaio provou que, a despeito das especulações, não cairá bem uma eventual chapa presidencial entre Campos e Aécio.

FOI MAL. Aécio também tentou ajudar o prefeito de Juiz de Fora, Custódio Matos (PSDB), indo duas vezes lá. Custódio sequer foi para o 2º turno.

EM CASA. Em Petrolina (PE), Campos perdeu pela segunda vez. Não conseguiu eleger o herdeiro do ministro da Integração, Bezerra Filho (PSB), contra o prefeito Júlio Lóssio (PMDB).