Coluna Esplanada

Arquivo : Esplanada

Corte de custos em fusão de ministérios ficou no papel
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Leandro Mazzini

Foto extraída da revistaforum.com

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Lembra da fusão de ministérios anunciada pela presidente Dilma para cortar custos? Ficou no papel.

Apenas alguns comissionados foram remanejados nas pastas-alvo, e estuda-se a exclusão de pagamentos de adicionais para altos cargos.

As estruturas continuam: não houve demissões de apadrinhados políticos – o Planalto não quer insatisfeitos neste momento no Congresso – e os ministérios ainda pagam alugueis milionários de prédios inteiros fora do anexo da Esplanada.

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Cortes na Esplanada: Demissões de comissionados só em 2016
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Leandro Mazzini

esplanada

A reforma para reduzir ministérios e custos anda a passos lentos, como o Palácio do Planalto quer para não provocar choradeira e a ira de congressistas padrinhos de empregados.

Por isso, a demissão em massa de comissionados – estima-se mais de 3 mil nas pastas – estão previstas só para janeiro. Até lá, circulam nos gabinetes apenas estudos de cortes e fusões das secretarias e departamentos.

Os ministros palacianos estão cautelosos em todas as frentes nessa crise com o Legislativo. Segurar os comissionados ajuda a manter a fidelidade dos parlamentares aos projetos de interesse do Governo.


Protesto de servidores da Justiça: vuvuzelas irritam e food truck lucra
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Leandro Mazzini

food

O protesto (irritante para quem trabalha no Senado Federal) dos servidores do Judiciário contra o veto presidencial pró-reajuste salarial transformou-se num grande negócio para food truck.

Ontem, pelo menos 40 carros estacionaram ao lado do Congresso Nacional para vender alimentos aos servidores que se acumularam nos gramados da Esplanada.

Há semanas, centenas deles se distribuem por todos os lados do Congresso com vuvuzelas, apitos e, conforme este vídeo, até banda para samba.

protesto

Eles protestam contra o veto da presidente Dilma ao PLC 58/15, aprovado nas duas Casas, que prevê aumento escalonado de salários que variam entre 53% a 78,56%, dependendo da categoria.

Tanto os índices quanto o lobby e protesto são muito criticados por parlamentares da base governista, neste momento de crise na economia, com desvalorização salarial também em vários setores, e neste cenário no qual o Governo precisa economizar.

Os protestos vão continuar até semana que vem. O presidente Renan Calheiros agendou para a próxima terça-feira (6) a análise dos vetos presidenciais em sessão do Congresso – e a pressão é latente.

Dezenas de servidores do Judiciário conseguem liminares para transitar pelo salão verde, na Câmara, e pressionar os parlamentares com faixas e gritos de ordem.

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Temer barrou fusão de Portos com Aeroportos
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Leandro Mazzini

O vice-presidente da República, Michel Temer, não gostou da ideia da fusão dos ministérios de Portos e Aeroportos – ambos controlados por apadrinhados seus – e barrou a fusão. A presidente Dilma deve recuar da ideia, e a notícia chegou ontem à noite à bancada do PMDB no Congresso Nacional.

Com a fusão, o esperado Ministério de Infraestrutura ficaria com um deputado da bancada peemedebista, apadrinhado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha – o que Temer contestou entre gabinetes palacianos.

O cenário para os deputados é este: É provável que Edinho Araújo continue à frente de Portos, e um indicado da bancada assuma Aeroportos. Neste caso, Eliseu Padilha bateria ponto no Palácio do Planalto, na Articulação Política, – o que já vem acontecendo há meses.

O senador Eunício Oliveira (MDB-CE), muito próximo da presidente Dilma e de Lula, negou ontem que tenha pedido o Ministério da Integração, hoje com o PT. Aliados de Eunício apontam boatos vindos da Câmara para desestabilizar a situação do partido.

Dilma deve anunciar a minirreforma na Esplanada na sua volta de Nova York, onde participa da Assembleia da ONU.

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No ar & no chão, o desenho do Super-Ministério
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Leandro Mazzini

Foto: pt.org.br

Foto: pt.org.br

O primeiro esboço da reforma administrativa na Esplanada traz a fusão da Secretaria de Aviação Civil (SAC) com o Ministério dos Transportes, e Eliseu Padilha à frente da pasta – o plano B é o ex-vice governador do DF Tadeu Filippelli.

Ambos são aliados de confiança do vice-presidente da República, Michel Temer. Nesse plano, Temer e o PMDB se fortalecem na Esplanada.

O ministro da SAC, que assumiu o papel da Articulação do Planalto, está bem na fita com a presidente Dilma. Caso venha a se concretizar o plano, Padilha será alçado a super-ministro da infraestrutura aérea e terrestre, mas após a escolha de um eventual novo articular político, que tenha trânsito suprapartidário.

Padilha é o nome citado porque já foi ministro dos Transportes no Governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1997 e 2001.

Esse é o plano A. Mas há também o B, porque o desafio do Planalto é destituir o PR do comando dos Transportes e do bilionário Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes, com obras bilionárias nas rodovias.

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Inflação na Esplanada: Só a presidente não vê
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Leandro Mazzini

Enquanto nega descontrole da inflação, a presidente da República, Dilma Rousseff, e o séquito palaciano não conseguem enxergar o problema tão perto do Palácio.

Nos últimos dias, o preço do celebrado quiche do bistrô do Senac na Câmara subiu 25% – aliás, todo o cardápio teve preços reformulados.

O famoso amendoim do amor, torrradinho com chocolate, vendido na barraca em frente ao Ministério da Cultura, está 30% mais caro.


Na capital que é um circo, artista ganha dinheiro honestamente na Esplanada
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Leandro Mazzini

equilibrista

Um artista num monociclo tem ganhado a vida há meses no semáforo em frente ao Ministério do Turismo, na Esplanada em Brasília.

Um exemplo para os políticos na capital que é um circo a céu aberto, onde transitam equilibristas (para não cair no próprio truque), palhaços (que contam piadas em plenários), animais (no trânsito) e mágicos (que fazem seu dinheiro sumir).


Em novo governo, tendência de Dilma é manter só Mercadante e Chioro
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Leandro Mazzini

Carvalho - Dilma não gostou da entrevista. Foto: EBC

Carvalho – Dilma não gostou da entrevista. Foto: EBC

A reforma ministerial começou na segunda-feira. Antes de viajar para a Cúpula do G-20 na Austrália, a presidente Dilma teve uma ríspida conversa com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, e o demitiu, por críticas a ela numa entrevista no domingo.

Na terça os ministros começaram então a entregar as cartas de demissão pedidas pelo chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. De acordo com uma fonte palaciana, a tendência da presidente é manter apenas Mercadante e o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

A assessoria de Carvalho nega a demissão: ministro avisou que o cargo é da presidente até dia 31 de dezembro. É fato, é o dia que ele provavelmente deixará o governo. Atualizada quinta, 13, 15h59 – Na tarde desta quinta, o ministro voltou a negar ‘veementemente’ a demissão e avisou ‘que não houve conversa’ com a presidente Dilma. A coluna mantém a versão.

Dilma deseja que Miriam Belchior permaneça no Planejamento. Mas ela pediu para sair. Só Lula a convenceria a permanecer. E ele não manda (tanto) mais.

FAZENDA

Já o ex-presidente do BC Henrique Meirelles está a meio passo do ministério da Fazenda. Suas rusgas com Dilma foram aparadas por Lula. A conferir.

Dilma sondou para a Fazenda Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, porque o conhece há anos. Ele foi superintendente do bancão quando ela era secretária do governo gaúcho.

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Nomeados se apressam em resolver remanejamentos no governo Dilma
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Leandro Mazzini

Vem rodo aí!

Há duas semanas assessores especiais e diretores de departamentos de todos os ministérios – e de autarquias também – estão tratando de remanejamentos ou de saídas, sem discrição.

A iniciativa parte principalmente dos nomeados para cargos de natureza especial.

A notícia generalizada na Esplanada é que vem reformulação no novo governo Dilma, e a saída da ministra Marta Suplicy em tom nada acordado nesta terça é uma mostra.