Coluna Esplanada

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Senador Eunício pede o divórcio, e Dilma nem viu
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Leandro Mazzini

O Brasil assistiu nesta noite o primeiro caso latente de ‘traição’ política, num desses episódios que dão calça-justa por causa das intimidades protagonizadas pelo Poder por conveniência.

O senador do PMDB Eunício Oliveira (CE)  fazia questão de mostrar em Brasília e no Ceará ser amigo de Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

A ponto de o senador convidar e a presidente aceitar ser madrinha de casamento da filha de Eunício, numa mega festa que reuniu meia república em Brasília. Semanas depois o feliz genro do senador, sem experiência no setor, foi nomeado pela presidente para diretor da ANAC. Uma lua de mel escancarada.

Nesta noite de terça (30), Eunício esperou Dilma sair do Senado para discursar na tribuna e desancar o seu governo – mostrando, evidente, o cenário melancólico.

Não teve coragem de olhar para a madrinha da filha e dizer que vota pelo impeachment. E Dilma muito provavelmente não quis ficar para ver e ouvir do senador que não existe amizade na política .

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Impeachment, se chegar ao Senado: Eunício relator, genro em perigo
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Leandro Mazzini

May day, May day.

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) está na fogueira se o impeachment for ao Senado e ele confirmado como relator do processo.

Se aceitar a denúncia, corre o risco de arranhar a lista de admiradores de seu reduto eleitoral, o Ceará, onde pretende ser governador, e Estado onde Lula e Dilma sempre obtiveram excelentes votações.

Eunício tem relação próxima com Dilma, que foi madrinha de casamento de sua filha ano passado. Curiosamente, um mês depois, seu genro, o advogado Ricardo Fenelon, foi nomeado diretor da Anac pela presidente, endossado pelo Senado Federal.

Dilma já deu mostras nesses tempos difíceis de que é aliada de quem a ajuda, mas que também manda para a guilhotina quem se mostra seu adversário.

Antes do relatório do deputado Jovair Arantes pró-impeachment, na comissão especial da Câmara, a presidente demitiu do Ibama o sobrinho do parlamentar, Rogério Arantes. Dilma se esqueceu de outro apadrinhado de Jovair, o presidente da bilionária Conab, Lineu Olímpio. 

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Jucá e Eunício já disputam sucessão de Renan para 2017
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Leandro Mazzini

Jucá (em primeiro plano), ao lado de Eunício no plenário - com Jereissati ao fundo. PSDB sem chances por ora

Jucá (em primeiro plano), ao lado de Eunício no plenário – com Jereissati ao fundo. PSDB sem chances por ora

A hegemonia do PMDB no Senado, com o PT enfraquecido e o PSDB ainda perdido na oposição, pode causar uma involuntária autofagia na legenda.

Mal terminou o primeiro ano de mandato do presidente Renan Calheiros à frente do Congresso, dois pemedebistas disputam a indicação de Renan para sua sucessão: os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Romero Jucá (PMDB-RR).

Há leve vantagem para Jucá, tido como melhor distribuidor de benesses.


Governo não cumpre acordo e MST volta a ocupar fazenda de senador
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Leandro Mazzini

Imagem da ocupação anterior, em março deste ano, feita por sem-terra.

Imagem da ocupação anterior, em março deste ano, feita por sem-terra.

Mais de 3 mil sem-terra voltaram a ocupar na manhã deste domingo (21) a Fazenda Santa Mônica, em Goiás, de propriedade do senador Eunício Oliveira, líder do PMDB no Senado.

A propriedade tem mais de 20 mil hectares e suas terras abrangem três municípios: Alexânia, Abadiânia e Corumbá (GO). É uma das maiores fazendas do Centro-Oeste. Para o MST, improdutiva. Para o senador, que já se defendeu em ocasiões anteriores, tem produção de soja, milho e atividades de pecuária para abate. ( Veja aqui o histórico )

A nova invasão ocorre no dia seguinte ao casamento de uma filha do senador, em Brasília, no Lago Sul, que reuniu a nata da política nacional. Contou com presenças de parlamentares e da presidente Dilma Rousseff, em companhia do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Prestigiaram também o evento o vice-presidente Michel Temer, e os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), entrou outros titulares do alto escalão do Governo.

A OCUPAÇÃO

Em nota, o MST avisa que retornou à fazenda porque o INCRA não cumpriu ‘diversos acordos’ prometidos para as famílias, que deixaram a fazenda num processo de reintegração de posse em março deste ano.

Por meses, mais de 3 mil famílias acamparam em parte da propriedade, num esquema muito organizado – havia cadastro por família, que deveria colaborar com R$ 20 mensais para caixinha; além de seguranças (alguns armados), guaritas improvisadas e distribuição de cestas básicas semanalmente. Chegaram a promover uma ‘pamonhada monstro’ com a primeira colheita de milho plantado pelo grupo no local.

SEM GARANTIAS

Segundo o MST, um dos acordos não cumpridos é ‘o assentamento de cerca de 1100 famílias até 60 dias depois do despejo’. Outra promessa, segundo os sem-terra, não teve retorno do INCRA: ‘a realização de estudo sobre a legalidade da posse do Senador Eunício Oliveira sobre as 21 mil hectares do complexo, já que há grande volume de informações na região sobre a grilagem da área’.

O MST batizou o acampamento de Dom Tomás Balduíno, e avisa que não sairá do local até ter garantias de cumprimento dos acordos.

Ano passado, a confusão foi tamanha que o senador Eunício apontou motivação política na ocupação da fazenda, justamente durante o período eleitoral, enquanto concorria ao governo do Ceará. Alguns políticos ligados ao PT daquele Estado teriam apoiado o movimento em Goiás.

 


‘Pamonhada’ do MST na fazenda de Eunício vai coroar estreia de Patrus
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Leandro Mazzini

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) já comemora a conquista da mega fazenda Santa Mônica, no interior de Goiás, de 20 mil alqueires, de propriedade do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Os sem-terra preparam uma ‘pamonhada monstro’ para as próximas semanas, como alguns deles definem a futura festa, com a primeira colheita da plantação de milho na parte da fazenda ocupada há cinco meses pelo movimento.

Outra novidade vem da ‘Casa Grande’ do parlamentar. Conforme noticiou a Coluna, ele avisou ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) que está disposto a negociar a fazenda, disseram fontes do instituto. Já a assessoria do senador negou ontem qualquer negociação.

Detalhes surgiram ontem, por parte dos sem-terra: Eunício quer ficar com a sede (cerca de 200 alqueires) e negociar com o governo uma boa indenização pela desapropriação dos outros aproximados 19.800 alqueires. Ou negociar 80% da propriedade. Mas o INCRA não aceitou a proposta e quer a fazenda inteira. E nisso está o impasse.

Na Santa Mônica, há criação de milhares de gados para corte, e plantação de soja que seria terceirizada. A fazenda é tão grande que abrange terras em três municípios goianos.

A se confirmar o assentamento, como preveem os sem-terra e o INCRA, o episódio coroa a estreia do ministro Patrus Ananias no Ministério do Desenvolvimento Agrário. Patrus, que andava sumido do mapa político, voltou ao governo na segunda gestão de Dilma.

Uma curiosidade, o petista é amante de literatura e mestre na obra de Guimarães Rosa.

Atualizada terça, 6, 15h15 – De acordo com a assessoria do senador, a Fazenda Santa Mônica é produtiva, inclusive lavrou-se certidão do INCRA a confirmando ‘altamente produtiva’, não podendo ser desapropriada. O INCRA está com edital para comprar (outras) terras na região como forma de resolver o impasse.


INCRA negocia maior fazenda do senador Eunício
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – aliedo.blogspot.com

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) pode perder parte da sua mega fazenda em Goiás para a reforma agrária. Fontes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) afirmam que o parlamentar, proprietário da Fazenda Santa Mônica, estaria disposto a negociar a propriedade ocupada há quatro meses por mais de 1.500 famílias de sem-terra. A Santa Mônica abrange cerca de 20 mil alqueires de terras em três municípios goianos.

O INCRA comemora 22 novas desapropriações decretadas pela presidente Dilma no D.O. do último dia 31 – nenhuma delas é a Santa Mônica. Mas a propriedade de Eunício entrou na fila. O governo reservou R$ 76,7 milhões do Orçamento deste ano para pagar as terras desapropriadas pelo último decreto, uma média de R$ 3,48 milhões por propriedade.

Obviamente há grandes e pequenas fazendas, e os valores variam. A maior delas foi a Salgador, em Presidente Vargas (MA), com 26 mil hectares desapropriados e 655 famílias assentadas.

Não se sabe quanto valem as terras de Eunício, nem quanto reivindica o MST. O INCRA acompanha com cautela a situação. Fato é que, como revelou a Coluna, os sem-terra criaram um Quartel General armado em parte da propriedade invadida. Torres de vigilância erguidas ao longo da margem de uma rodovia mostram sem-terra armados com espingardas.

O grupo mantém uma caixinha de R$ 30 mil por mês com contribuições de R$ 20 por família – do contrário, o nome do pretendente a um pedaço de terra é excluído da lista. E as barracas montadas devem ter pelo menos um morador – muitos são residentes da região, de áreas urbanas ou rurais, e alguns têm propriedades.

De acordo com o INCRA, foram desapropriadas dia 31 cinco fazendas em Goiás, quatro no Maranhão, quatro em Pernambuco, duas em Minas, duas na Paraíba, e uma em cada um destes Estados: Sergipe, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Rondônia.

Dilma comemora assim ‘66.658 hectares destinados à reforma agrária, que beneficiarão 1.739 famílias em 10 estados’, somente em 2014, informa o instituto. ‘No período de 2010 a 2014 foram decretados pela presidenta Dilma Rousseff 374 imóveis para fins de reforma agrária em área de 731.206 hectares’.

Os números felizes do governo são tão chamativos quanto desafiadores: resta saber se o INCRA vai inspecionar e acompanhar a esperada produtividade dos assentados, ou se continuará a reforma agrária sem saber se realmente empossou lavradores humildes ou trambiqueiros espertos donos de apartamentos e veículos que se passam por sem-terra e vendem as terras herdadas.

Resta saber também quanto Eunício vai pedir pelo pedaço da grande fazenda. Pouco não é. Naturalmente o senador tem dívidas de campanha pela derrota ao governo do Ceará, e pode fazer um grande negócio.


Eleição evitou despejo do MST em fazenda do senador Eunício
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Leandro Mazzini

A Fazenda Santa Mônica, do senador Eunício Oliveira, no interior de Goiás, foi ocupada há dois meses e quatro dias pelos sem-terra.

São mais de 3 mil famílias. O governador Marconi Perillo (PSDB), acionado por Eunício, mandou a tropa de choque com despejo para desocupá-la, mas no meio do processo eleitoral.

A presidente Dilma soube da tentativa de desocupação e pediu cautela. Marconi e Eunício também recuaram. Todos estavam no segundo turno e a ação era uma tragédia (principalmente política) anunciada.

O MST permanece no local. A PM de Goiás apenas escolta. E ontem chegou um caminhão com cestas básicas.


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