Coluna Esplanada

Arquivo : henrique alves

Deputado do PV foi marqueteiro de dois candidatos na Câmara
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Leandro Mazzini

Fabinho, de frente à direita, ao lado de Henrique, que conversa com o deputado Jutahy (PSDB-BA), de costas

Bon vivant e de trânsito suprapartidário em plenário, o deputado Fabinho Ramalho, do PV de Minas, faz o estilo carismático e ficou famoso por promover jantares ministeriáveis em seu apartamento funcional, na Asa Sul de Brasília.

Vizinhos seus, por lá circulam de Paulo Maluf (PP-SP) a Devanir (PT-SP), passando por Paulinho da Força (PDT-SP) entre outros habitués. O governador de Minas, Antonio Anastasia, já foi homenageado no salão. No penúltimo jantar, no fim do ano passado, um atrasado e quase madrugador Alexandre Padilha (ministro da Saúde) atravessou a sala deserta por onde desfilavam os garçons em arrumação final. Sem titubear, o parlamentar deixou o quarto e o saudou de pijama.

Os episódios supracitados e o que se sucedeu nesta terça, dia de eleição na Câmara dos Deputados, revelam que o deputado é tão versátil como promoter quanto na articulação. A ponto de fazer campanha abertamente para os dois mais votados candidatos à Presidência da Casa.

Ontem pela manhã, Fabinho juntou uma bancada suprapartidária mineira em torno de Júlio Delgado (PSB) e com ela adentrou o Salão Verde ao lado do postulante. Depois da debandada, o verde circulou sem cerimônias com Henrique Alves como escudeiro, lembrando nomes que o favorito esquecia.

Coisas que ele aprendeu desde o movimento sindical no sertão de Minas, passando por prefeito da miúda Malacacheta, pelo PTB (1997 a 2004) até chegar ao segundo mandato de deputado federal.

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Repercussão internacional da tragédia alerta a Embratur
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Leandro Mazzini

É tamanha a repercussão negativa em todo o mundo com noticiário sobre a tragédia da Boate Kiss,em Santa Maria(RS), que o governo está preocupado com a imagem do país na iminência de três grandes eventos até 2016. O presidente da Embratur, Flávio Dino, pediu aos 11 escritórios internacionais da estatal um clipping diário e relatórios. Não descarta lançar uma campanha, se necessário, para limpar a imagem do Brasil e mostrar que o país pode receber a Jornada Mundial da Juventude, a Copa e os Jogos Olímpicos.

24 HORAS

O Itamaraty também faz clipping diário. Dino ressalta que, obviamente, o Brasil não deve “negar o problema” sobre as causas do incêndio que matou mais de 200 pessoas.

NORTE A SUL

Os escritórios monitoram o noticiário estão na Argentina, Peru, Chile, Espanha, Portugal, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Itália e Estados Unidos.

RECORDE

Vem uma notícia boa aí. O Brasil teve número recorde de entrada de turistas em 2012, cerca de 5,8 milhões. Muito disso puxado pelos eventos da Rio+20.

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O DINHEIRO SUMIU

É tensa a relação entre os sindicatos e a direção do fundo de pensão dos ferroviários, o Refer. Denúncia no MP Federal pede investigação do sumiço de R$ 150 milhões aplicados no Banco BVA, que foi liquidado. Há suspeita de comissões dadas ao conselho do Fundo por bancos que recebem aplicações financeiras. O Refer, em nota, acusa motivação política.

VOLTA

O recesso termina domingo, mas a bancada do PP da Câmara volta hoje para reunião com o líder Artur Lira (AL).

AFAGO

É praxe todo ano, mas neste terá um gostinho de afago. A chefia da Taquigrafia da Câmara prepara edição especial com discursos de Henrique Alves (PMDB-RN) para presenteá-lo.

CAMPANHA PURA

É fácil entender por que o senador Blairo Maggi (PR) não apoia o conterrâneo Pedro Taques (PDT) à presidência do Senado. São fortes pré-candidatos ao governo de Mato Grosso e devem polarizer disputa.

INFLAÇÃO NO LENÇOL 

Veja a inflação do verão. Um flat cobrou R$ 700 de diária na pequena Barreirinhas (MA), portão de entrada dos Lençóis Maranhenses. Resultado: com capacidade para 600 hóspedes, dia 15 de Janeiro havia 90.

LINHA OCUPADA

Favorito à presidência da Câmara, Henrique Alves faz campanha por telefone de casa, em Natal, desde a última sexta. Só chega a Brasília para o voto na segunda.


Campanha da Câmara ganha as ruas
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Leandro Mazzini

Faixa de Rose de Freitas na quadra dos deputados

É tão acirrada a campanha entre os candidatos à Presidência da Câmara dos Deputados que a disputa extravasa os limites do Congresso Nacional.

Henrique Alves (PMDB-RN), o favorito, viajou por dez capitais e lançou sua autobiografia “O que eu não quero esquecer” em algumas delas. Júlio Delgado (PSB-MG), também em viagens, distribuiu  um folder com seu perfil e propostas.

Hoje foi a vez de Rose de Freitas (PMDB-ES), de candidatura avulsa no PMDB – mesmo partido de Henrique Alves – mostrar a cara. Literalmente. A quadra 302 Norte e outras onde residem os deputados amanheceram com cartazes e faixas com sua foto e a frase “Uma Câmara de poucos tem de ser de todos”.

Henrique, Rose e Delgado disputam a presidência na eleição de segunda-feira, dia 4.

Biografia de Alves lançada na Câmara

Folder distribuído por Delgado lembra Ulysses

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De biografia a jatinho, Alves encerra campanha milionária para Câmara
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Leandro Mazzini

Candidato favorito à Presidência da Câmara e com bênçãos do vice-presidente Michel Temer, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) faz seu último voo nesta sexta (25), de Salvador para Natal, a bordo do jatinho do colega Newton Cardoso. Sempre em companhia de seu candidato a vice, o federal petista André Vargas (PR).

Alves encerra assim um roteiro intenso e milionário, nunca antes feito por qualquer candidato ao cargo que almeja. Foram visitas a dez capitais, todas com o avião emprestado pelo ex-governador de Minas, cujo querosene foi bancado pelo PMDB. Pelo roteiro, só o combustível tirou dos cofres do partido algo em torno de R$ 300 mil.

Nas andanças, Alves foi recebido por governadores. Alguns mudaram agenda para promover almoços palacianos com a bancada suprapartidária de seus estados. Agenda reservada tradicionalmente a chefes de Estado. Para não se complicar, o deputado fez promessas genéricas, mas em todas as visitas citou que dará atenção especial do baixo ou alto clero. E em todas as visitas evitou tocar na denúncia de que usou ex-funcionário como fachada sobre suspeita de desvio de emendas.

Hoje, o deputado-candidato fez campanha total em Salvador. Encontrou o prefeito ACM Neto (DEM), almoçou com a bancada federal e depois reuniu-se com o governador Jaques Wagner (PT). Na agenda, termina a noite em jantar com Geddel Vieira Lima (PMDB), vice-presidente da Caixa e pré-candidato ao governo da Bahia.

Henrique Alves não tem mais programação para campanha semana que vem. Ficará ao telefone, de Brasília. Na sexta, dia 1º, enfrenta o voto secreto dos seus pares em plenário e também a prova da fidelidade, ou não, daqueles que prometeram alçá-lo ao terceiro posto mais importante do País. A campanha cara faz jus ao cargo. Pelas benesses do cargo, pela proximidade com o Palácio do Planalto e a possibilidade de ocupar a própria Presidência, pela bajulação de colegas, pelo poder de controlar a pauta paparicado por governadores e pela chefe da nação, e pela visibilidade nacional.

Parlamentar mais longevo da Casa, Alves trata com discrição os motivos que o levaram a tentar o comando da Câmara somente no 11º mandato. Desde a decisão , há dois anos, investiu tudo que pode. Chegou a distribuir discretamente uma autobiografia encomendada, sobre seus 40 anos de vida pública. Com 260 páginas, a qualidade do livro chamou a atenção: papel couchê brilhoso, capa de primeira linha.

O título remete ao projeto de poder: “O que eu não quero esquecer”.

Seus concorrentes são Júlio Delgado (PSB-MG), com a chancela oficiosa do presidente do partido, o governador Eduardo Campos (PE), e a colega de partido com candidatura avulsa, Rose de Freitas (PMDB-ES), atual vice-presidente da Casa.

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