Coluna Esplanada

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Pedido de Jader e indefinição na ‘Cidadania’ travam reforma ministerial
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Leandro Mazzini

Jader - O ex-presidente do Congresso voltou forte como senador e tem voz no PMDB. Foto: Band/UOL

Jader – O ex-presidente do Congresso voltou forte como senador e tem voz no PMDB. Foto: Band/UOL

A reforma ministerial não saiu ainda por dois entraves.

Um é protagonizado pelo senador Jader Barbalho (PMDB-PA), segundo os próprios parlamentares do seu partido.

No plano atual, o filho Helder perde o Ministério da Pesca. Após Jader protestar veladamente, a presidente Dilma cogita manter a pasta para o peemedebista. Mas agora Jader, afinado com o vice-presidente Michel Temer, reivindica a Secretaria de Portos para o herdeiro – uma jogada também para que Portos não perca status de ministério.

E na outra ponta do impasse na ‘reforma’ na Esplanada existe confusão na fusão de três pastas.

Dilma quer unificar Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulheres no Ministério da Cidadania. O desafio é encontrar uma “mulher, negra e homossexual” para comandar o ministério – brincam aliados.

Isso decorre das disputas internas, porque cada grupo dentro do Governo quer um ministro seu: os homossexuais (Direitos Humanos), os negros (Igualdade) e as feministas.

Na tentativa de resolver o problema, o nome por ora é de Miguel Rosseto, que não orbita em nenhuma das categorias – por isso mesmo foi apelidado de extra-terrestre.

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‘Jader’ na Pesca e ministro de MG são estratégias de Dilma contra Aécio
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

Enquanto adversários apontam compensação patrocinada pela presidente Dilma para um aliado de campanha que perdeu a eleição, outros indicam que a chefe da nação sabe o que faz e tornou-se uma boa jogadora no tabuleiro do xadrez político.

Ao nomear Helder Barbalho ministro da Pesca, Dilma reinsere o pai, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), no rol do Poder do qual se afastara desde que renunciou ao Senado Federal, e segura parte do PMDB fiel a ela. Jader ainda é um respeitado cacique político do Norte do Brasil, e foi um fiel aliado desde o início da campanha de 2014. Dilma venceu a eleição no Pará comandado pelo PSDB.

Helder na Pesca representa o governo federal e o PT num Pará que disputa com Santa Catarina a liderança do pescado no Brasil, num Estado do Norte onde o governador tucano Simão Jatene dá de ombros para o setor – bem organizado empresarialmente, vale lembrar.

A estratégia de Dilma é um golpe no PSDB em duas frentes, e envolve caso similar em Minas Gerais.

A ida de um desconhecido pastor mineiro do PRB para o Ministério do Esporte, que se tornará a pasta mais importante em 2016 por causa dos Jogos, fortalece o PT e Dilma Rousseff no segundo maior colégio eleitoral do País, em especial o principal reduto do presidenciável Aécio Neves, do PSDB, seu potencial candidato.

Golpe duplo no tucanato para consolidar a presença petista em dois importantes Estados com grandes colégios eleitorais.


Jader Barbalho volta à vitrine bem cotado com o PT
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Leandro Mazzini

Há um peemedebista bem avaliado junto a Lula e à presidente Dilma: o senador Jader Barbalho (PA).

jader

Jader – impulso para o filho. Foto: extraída do wikipedia

O filho Helder assumiu a dianteira no Pará contra o governador Simão Jatene (PSDB) na disputa pelo governo. O Estado é o maior colégio eleitoral do Norte, e Helder é o palanque da petista.

Outro fator, partidário, ajuda Jader nessa cotação junto ao Planalto.

Os caciques do PMDB estão baixa – o vice Michel Temer desdenhado pela própria presidente, mal aparece no material de campanha, nos palanques e viagens dela; José Sarney se aposenta e perdeu o Maranhão; e Renan Calheiros é suspeito de estar na lista de Paulo Robert Costa.

 

 

 


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