Coluna Esplanada

Arquivo : joão santana

Advogada levanta suspeita sobre remessas do BNDES e consultoria de Santana
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Leandro Mazzini

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A advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido do impeachment da presidente Dilma, deixou uma bola quente quicando na marca do pênalti para a Lava Jato na comissão especial do impeachment, durante sua defesa.

Levantou suspeita sobre remessas com empréstimos e financiamentos do BNDES, por decreto da presidente Dilma, para países onde o marqueteiro João Santana prestou serviços em campanhas de presidentes aliados do PT.

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Apartamento de João Santana em NY vira alvo da Lava Jato
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Leandro Mazzini

Manhattan - o endereço mais exclusivo do planeta.

Manhattan – o endereço mais exclusivo do planeta.

Faltou Nova York. É o que se diz nos corredores da operação Lava Jato.

A Polícia Federal cercou o marqueteiro João Santana no dia da operação que o levou à cadeia. Houve mandados de busca e apreensão cumpridos em Salvador – no apartamento do Corredor da Vitória, e num condomínio de luxo na Linha Verde onde é vizinho de Ricardo Pessoa, da UTC.

O juiz Sérgio Moro bloqueou um apartamento dele em Interlagos, em São Paulo.

Mas até agora a PF não conseguiu cooperação com o FBI para invadir o apartamento que Santana tem em Manhattan, Nova York.

Os investigadores suspeitam que os documentos comprometedores estão lá, em um cofre.

Questionada, a assessoria da PF ainda não respondeu sobre o imóvel. A assessoria do marqueteiro confirmou que não houve buscas no imóvel nos Estados Unidos.

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O voo de Santana para Curitiba: silêncio e semblante tenso
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Leandro Mazzini

Foto: Gazeta do Paraná

Foto: Gazeta do Paraná

Os sorrisos do marqueteiro João Santana e da mulher, Mônica Moura, ao desembarcarem no aeroporto no Paraná na terça-feira foram fachada.

Durante toda a viagem de São Paulo a Curitiba a dupla manteve-se em silêncio sepulcral. Santana suava frio, contam agentes testemunhas.

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Oposição dominicana acusa João Santana de lavar US$ 16 milhões
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Leandro Mazzini

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Não bastasse a prisão temporária que brecou a carreira de marqueteiro político, o jornalista e publicitário João Santana pode estar assistindo apenas ao início do seu inferno judicial e policial.

Político da oposição ao presidente da República Dominicana, Danilo Medina, a quem Santana atendia até ontem, Humberto Salazar soltou o verbo e denunciou que o brasileiro usou empresa de fachada, a Polis-Caribe, para repatriar de Angola US$ 16 milhões, que passaram por bancos dominicanos e foram destinados ao Brasil.

Se procurar e ouvir Salazar, a Justiça Federal brasileira terá um pote de ouro nas mãos.

Salazar revelou para amigos que há fortes indícios de que a Polis-Caribe é empresa fachada, e nem tem sede em Santo Domingo. O seu endereço é de um apartamento na Calle Helios, na Bella Vista, bairro nobre da capital.

Não por acaso, é em Angola que a Odebrecht – envolta nesta denúncia que pegou Santana – tem grandes obras bancadas desde o Governo Lula.

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Imprensa dominicana destaca Santana, que já deixou marketing do Governo
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Leandro Mazzini

Os principais jornais da República Dominicana destacaram em suas versões digitais desta segunda-feira o pedido de prisão temporária do marqueteiro João Santana, que cuida da campanha de tentativa de reeleição do presidente Danilo Medina.

Na capa, como manchetes, os portais também destacaram a ligação de Santana com a presidente Dilma Rousseff e o PT, por ter sido o marqueteiro das duas campanhas vitoriosas dela. E agora sua prisão na esteira da 23ª fase da Operação Lava Jato. Santana é suspeito de receber dinheiro da Odebrecht em contas offshore, não declaradas, em paraísos fiscais.

O marqueteiro volta ao Brasil amanhã, e deve entrar ainda hoje na lista vermelha de procurados da Interpol. Com a repercussão negativa no país caribenho, há notícias extraoficiais de que Santana já deixou o comando da campanha de Medina.

Abaixo, apenas uma pequena amostra dos portais da capital Santo Domingo, que tem mais de 15 diários impressos e portais de internet.

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Lava Jato: Turmas do ‘pixuleco’ e ‘acarajé’ vão se encontrar na cadeia
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Leandro Mazzini

Na 23ª fase da Operação Lava Jato que ocorre hoje, com mandado de prisão para o marqueteiro do PT, João Santana, a Polícia Federal a batizou de ‘Acarajé’ porque este era o termo usado pelo grupo suspeito para tratar de ‘dinheiro vivo’ e propina no esquema do Petrolão – a exemplo da operação ‘Pixuleco’, que encarcerou o tesoureiro do PT, João Vaccari, entre outros.

Notícias que correm pela PF é que João Santana está no Caribe, onde trabalha numa campanha presidencial.

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Na pré-campanha, a dança dos marqueteiros
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Leandro Mazzini

Em toda eleição há político reclamando de preço da campanha, do cabo-eleitoral ao outdoor, mas alto preço mesmo vem do dito marqueteiro. Tanto para o candidato, quanto para cientistas políticos, é ele quem encarece as eleições, com produções para a propaganda no rádio e na televisão. Fato é que sem marqueteiro dificilmente bom candidato não fica no páreo, e os presidenciáveis Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos já conversam muito com os seus.

Dilma continuará com João Santana, de sua vitoriosa campanha em 2010. Toda fala dela em rede de rádio e TV, discursos de eventos, passa pelo crivo de Santana. As pesquisas qualitativas encomendadas são semanais, e os resultados ditam os rumos de lançamentos de programas e viagens oficiais. Isso se intensificou há seis meses. Dilma, reclusa aos dois palácios, começou a rodar o país em pura campanha de reeleição.

Quem roda há mais de ano é o tucano Aécio Neves, que surge como contraponto ao PT. O tucano contratou até Dezembro passado o publicitário Renato Pereira, do Rio, responsável pelas duas campanhas vitoriosas de Sérgio Cabral ao governo, e do prefeito eleito Eduardo Paes. A despeito da ligação de amizade de Cabral com Aécio, quem indicou o marqueteiro ao senador foi o filho do ex-presidente FHC, Paulo Henrique. Pereira deu o mote de Aécio para a TV, criou o bordão ‘E então, vamos conversar?’. A conversa entre eles, entretanto, durou poucos meses. Num desentendimento de rumos do projeto presidencial, o contrato foi desfeito. Aécio procura outro. O PSDB já sondou Duda Mendonça, que levou Lula ao poder, e não será surpresa se o guru do petista fechar com o tucano nas próximas semanas.

Um marqueteiro político da estirpe dos grandes, Antonio Lavareda, que já atuou com sucesso pelo PSDB, é rondado pelos socialistas de Eduardo Campos. Até pela proximidade entre eles – Lavareda vive no Recife e em São Paulo (o eixo financeiro das campanhas). Em recente entrevista a um programa de TV, Campos comparou veladamente candidatos a produtos colocados em prateleiras, e disse que não acredita em marqueteiros. Não crê, por ora, até descobrir que lhe fará falta um.

Dos três, Campos é o que mais precisará de um forte trabalho de mídia, para se revelar uma opção, cuja gestão foi muito ligada ao governo federal que o ajudou em Pernambuco. Como se apresentar como novo diante de uma adversária que apoiava até há poucos meses, e às vésperas da eleição da qual se dissocia para priorizar seu projeto pessoal e de partido? É isso, em princípio, que terá de explicar ao eleitor.

Aliás, Marqueteiros repararam. O mote ‘O Brasil pode mais’, de Eduardo Campos, lembra muito o de Leo Quintão (PMDB), candidato contra Marcio Lacerda (PSB) na disputa da prefeitura de Belo Horizonte anos atrás: ‘Dá pra fazer mais’.

Já os tradicionais marqueteiros de políticos perderam a áurea. Agora são obrigados a dividir as atenções dos clientes com os gurus das redes sociais que passaram a acompanhar os presidenciáveis. Vide Marcelo Branco, que orienta Dilma nas redes. Eduardo Campos já tem um consultor especial para a internet, que atualiza suas páginas no Twitter e Facebook. Não é diferente com Aécio Neves, que tem núcleo para as redes e revelou à coluna que criará um bunker virtual para se defender do que classifica de patrulha petista online.

 


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