Coluna Esplanada

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Lava Jato aniquila as concorrentes da Odebrecht
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Leandro Mazzini

O que as grandes empreiteiras OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, UTC e Mendes Junior têm em comum? São megaconstrutoras que têm o governo federal como principal cliente e a Odebrecht como a grande concorrente.

Apesar dos contratos bilionários com a Petrobras nas mesmas problemáticas diretorias alvos da PF, a construtora baiana ficou imune.

A PF pediu prisão de dois diretores da Odebrecht, mas o juiz Sérgio Moro negou. Isso pode indicar também que não se descarta uma nova e direcionada grande operação.

Os anais dos bastidores da Lava Jato futuramente mostrarão que a Operação da PF aniquilou as adversárias da construtora da Bahia, aliadíssima do governo PT.

 

O próximo capítulo é a inclusão das empreiteiras enroladas na lista suja da Controladoria-Geral da União: elas ficarão proibidas de fechar contratos com o governo federal, deixando o caminho livre para a Odebrecht.

A Odebrecht é aliada e grande financiadora de campanhas do PT desde a gestão Lula, e líder em doação milionária de campanhas para a base aliada.


De: Renato Duque; Para: Dilma. PT Saudações
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Leandro Mazzini

duque

Foto extraída do guiaoilegas.com.br

A presidente Dilma Rousseff recebeu recados de senadores do PT, no Palácio do Planalto, de que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque a envolveria se ficasse mais uma semana detido.

Dois dias depois de a presidente ouvir a ameaça, coincidência, ou não, Duque foi solto por habeas-corpus em liminar concedida pelo ministro recém-empossado Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal. Mas é só uma coincidência.

Não é segredo em Brasília que Renato Duque, mais que Paulo Costa, era o nome apadrinhado especialmente por estrelados petistas na petroleira.

DE SANCTIS  2.0?

Começou uma batalha velada entre o juiz federal Sérgio Moro e o Supremo – que lembra o embate entre o então juiz federal Fausto de Sancti e o ministro Gilmar Mendes no caso do banqueiro Daniel Dantas, solto por Mendes duas vezes seguidas.

Moro, a grande cabeça judicial da Operação Lava Jato, quer encarcerar Renato Duque de novo. Os próximos dias exibirão novos capítulos.


Delação do doleiro Youssef pode complicar a irmã
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Leandro Mazzini

A delação premiada do doleiro Alberto Youssef atingirá a própria família, em especial a irmã Olga Youssef Soloviov – a ‘Flora’ –, já conhecida da Justiça e das polícias por causa da fraude no Banestado e até por contrabando de cigarros.

Olga é o braço do irmão e operava a empresa Intourist num escritório em São Paulo, onde também havia agência de turismo. Para a polícia, é a fachada para os grandes negócios do doleiro. ‘Flora’ virou ré em processo que chegou ao STJ, por operar a conta off-shore June (CC5) em Nova York, na qual teria lavado dinheiro no caso do Banestado.

É em Nova York, suspeita a PF após seguir o roteiro do dinheiro, que Youssef teria escondido o seu tesouro: milhões e milhões de dólares. Pode vir daí a Lava Jato 8.

O trabalho dos peritos é descobrir se há novo dinheiro no exterior administrado por Youssef, e se seria dos comparsas políticos e diretores da Petrobras.

MEMÓRIA

Em 2003, o MP do Paraná denunciou os irmãos por formação de quadrilha e peculato por desvio de R$ 32 milhões na Prefeitura de Maringá.

Em 2004, a Justiça Federal condenou ‘Flora’ a quatro anos de prisão (convertidos em prestação de serviços) por contrabando de cigarros no Sul.


Renúncia de Roseana indica que não há trato com Dino
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Leandro Mazzini

roseana

Para os que propalavam acordo de bastidores entre o governador eleito Flávio Dino (PCdoB) e a atual, Roseana Sarney (PMDB), a renúncia dela ontem é prova de que o cenário começa a mudar, para valer, no Maranhão.

Roseana perde o foro privilegiado daqui um mês. De repente articula viagem de quatro meses para o exterior, para descanso, segundo amigos.

As investigações da Lava Jato chegaram a São Luís, onde assessor do Palácio foi flagrado com o doleiro Alberto Youssef em hotel. Há suspeita, ainda não confirmada, de que a governadora – que entrega o cargo na terça, 9, foi citada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Costa como uma das autoridades que receberam propinas.


Lava Jato: próximos alvos serão políticos
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Leandro Mazzini

Depois de mandar para a cadeia lobistas, executivos, diretores da Petrobras e grandes empreiteiros do País, a nova fase da operação Lava Jato, da Polícia Federal, vai cercar os políticos sem mandato – e pode ocorrer a partir de Fevereiro, quando alguns dos citados nas delações premiadas perderão o foro privilegiado.

São pelo menos 70 parlamentares, entre senadores e deputados, envolvidos até agora pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da petroleira Paulo Roberto Costa.

O cenário explica a luta do deputado federal André Vargas, ex-PT, para se manter na Câmara e evitar a cassação. E

Pelos relatórios da PF, Vargas é o deputado escancaradamente citado por Youssef, que pagou até viagem de jatinho. Vargas não disputou eleição, e pode ser preso em Janeiro.

Outros alvos da PF são ex-deputados e atuais parlamentares que se despedem do Congresso este ano, a maioria deles do PP, que visitavam Youssef.


Esplanadeira: Happy hour com carro oficial e a segurança da Família Costa
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Leandro Mazzini

‘Esplanadeira’ é a seção com bastidores, denúncias, dicas, análises – as curtinhas do blog ao fim do dia:

HAPPY-HOUR OFICIAL

Na quinta-feira (4) à noite, passava das 20h e o motorista do carro oficial placa JFP 9883 descansava no veículo na porta do bar Mercado 153 no Brasília Shopping. Seus três passageiros bebiam numa animada mesa. Ficaram quase duas horas.

LOGO ALI

Alguns ilustres brasileiros que passaram por Montevidéu e Punta Del Este podem ter sido monitorados pelo serviço secreto em 2013, rota de doleiros presos na Operação Lava-Jato da PF.

TÁ EXPLICADO

Com as possíveis revelações dos nomes dos propinados, Paulo Roberto, enfim, justificou o cargo que ocupava na Petrobras: ‘Diretor de Abastecimento’.

SEGURANÇA PRÉVIA

Paulo Roberto Costa, o delator-geral da União, pediu segurança para as suas filhas para entregar meia República sobre propinas. Não há confirmação de que foi atendido.

‘ACESÃO’

A CEB, de Brasília, pretende reajustar a conta de energia em 45%, mas deixou sem luz parte da capital e entorno por mais de 30 horas, em especial Taquari e Sobradinho.

LUPA NAS CONTAS

O TCE-SE e o TCM-SP realizam de quarta a sexta em Aracaju o ‘Seminário Comemorativo do Cinquentenário da Lei nº 4320/64’.

PONTO FINAL

A verdadeira reforma política passa pelo fim do foro privilegiado.


Vem aí a Lava-Jato 3 com cerco a políticos sem mandatos e assessores
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Leandro Mazzini

Com a revelação das propinas pagas a dezenas de políticos, diante da delação premiada, Paulo Roberto Costa, enfim, elucida o cargo que ocupava na Petrobras: Diretor de Abastecimento (de cofres particulares).

Com informações sigilosas do MP Federal, não é segredo que a Polícia Federal vai se mobilizar para nova grande operação, a Lava Jato 3, que vai mandar para a cadeia uma penca de assessores, familiares e políticos sem mandato, assim que se confirmarem com provas as denúncias. Já os políticos em mandato entrarão na mira da Procuradoria-Geral da República e posteriormente do STF – que já mandou deputados para a cadeia.

Há informações de bastidores de que Paulo Costa, além de citar parlamentares, ministros e governadores como propinados, também tenha mostrado o caminho e entregado cadernetas com provas.

Na quinta-feira, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Pires abriu o jogo: Pelo menos 70 parlamentares – entre deputados, senadores e governadores – da base aliada receberam propina dele. A Revista VEJA deste sábado traz a lista, entre os citados estão Sérgio Cabral, Roseana Sarney e Eduardo Campos.

BALANÇO PRÉVIO

O PT e sua base estão indo para o saco mortuário – se não nas urnas, pelo menos no moral. É o que se depreende não só das pesquisas eleitorais, mas da delação premiada do ex-diretor. Praticamente metade da base está envolvida.

PAREM AS MÁQUINAS!

Até a imprensa está envolvida. A PF teria gravações do encontro de um conhecido jornalista com o doleiro Alberto Yousseff, no qual o editor de um portal recebeu R$ 240 mil.

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