Coluna Esplanada

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Dilma cobra apoio da base a ministro da Fazenda
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Ciente do perigo de Nelson Barbosa ganhar a antipatia gratuita do PT e outros partidos da base, a exemplo do surrado Joaquim Levy, a presidente Dilma Rousseff agiu rápido.

Mandou mensagens para os líderes do Governo no Congresso e Câmara, e recebeu a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento.

O recado para os três foi o mesmo: precisa de apoio incondicional ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa; de afinidade das bancadas na aprovação a tudo o que o ministro pedir ao Congresso, sob risco de muito pouco avançar, como aconteceu com o antecessor.

Pouco antes do encontro com Dilma, a senadora engrossou a lista dos insatisfeitos com a escolha: “Ele terá que trabalhar muito para alcançar a credibilidade” (de Levy).

Dilma sabe que Levy foi alvo da implicância gratuita da ala majoritária do PT, e a antipatia ecoou em outros partidos. Levy fez o que pode. Mas a base não ajudou.

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Com Walmor Parente


Levy trava contrato de R$ 5 bi de crédito do Rio com Chase Manhattan
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Leandro Mazzini

Atualizada quarta, 21, 14h50 – Em crise e sem dinheiro, com baixa arrecadação, o Governo federal ficou de olho em parte da bolada de uma negociação bilionária envolvendo um banco americano e consórcio de municípios produtores de petróleo no Estado do Rio.

O contrato estava no prelo e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pediu “mais tempo” para dar “olhada técnica” na Resolução nº 15/2015 aprovada no Senado, de autoria dos senadores Crivella (PRB-RJ) e Rose de Freitas (PMDB-ES).

(Atualização – O processo foi liberado nesta quarta (21) e o contrato será assinado nesta semana. Os municípios produtores serão beneficiados. O governo do Rio ainda não se pronunciou oficialmente se terá um naco do dinheiro)

A resolução é um presente de Natal para os Estados e municípios produtores de petróleo, em especial no Espírito Santo e Rio de Janeiro. Ela autoriza a venda antecipada dos royalties para bancos, à margem da regra de endividamento, desde que os governos apresentem o recebimento futuro dos royalties como garantia.

Nessa esperança, o banco Chase Manhattan topou pagar R$ 5 bilhões pelos créditos a receber da Petrobras por municípios do Rio de Janeiro. É cash na conta dos prefeitos.

 


Renan quer barrar acordo da Câmara sobre desoneração
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Leandro Mazzini

Renan e Cunha - o senador quer melar os acordos de partidos com setores do mercado. Foto: Folha/UOL

Renan e Cunha – o senador quer melar os acordos de partidos com setores do mercado. Foto: Folha/UOL

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai comprar duas brigas, uma com a presidente Dilma e outra com os deputados.

Ele avisou a líderes – tem ampla maioria no colégio – que pretende colocar em votação só após setembro o projeto de lei que reduz os benefícios de desoneração na folha de pagamento, aprovado na Câmara.

Se assim fizer, a arrecadação de R$ 10 bilhões esperada pelo Planalto para o segundo semestre terá previsão revisada para 2016. E o senador também quer barrar os acordos de desonerações mantidas para alguns setores, fechados pelo PMDB, PT e PP.

O único ponto de acordo de Renan com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é o aumento da alíquota para todos os setores sem exceção, como prevê o projeto original. De resto, deixa o Governo na mão, porque o Tesouro espera para o segundo semestre o reforço de R$ 10 bi em caixa.

Caso se concretize a proposta de Renan, o Governo retoma a previsão de ganhar mais R$ 2 bilhões, que perdeu com os acordos da Câmara (lembre aqui os setores beneficiados) . Mas principalmente causará uma nova correria de lobistas de variados setores da praça ao Senado, com a esperança de que sejam atendidos na manutenção da alíquota da desoneração – embora não haja aparentemente sinal do senador para este cenário.

Ao saber ontem da ideia do presidente do Congresso, um deputado do PP passou a entender a expressão ‘Então deixa..’, repetida pelo ministro Levy para cada desoneração mantida pelos deputados.

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CASO MÔNICA VELLOSO

O senador acaba de virar réu na Justiça Federal no processo em que é acusado de receber propina da Mendes Junior – naquela suspeita que o derrubou da presidência em 2007. O dinheiro seria para pagar as contas de uma relação extra-conjugal com a jornalista Mônica Velloso, com quem tem uma filha.


Levy discute com Dilma salvação dos clubes de futebol
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Leandro Mazzini

Leite - contrapartidas e gestão temerária para cartolas no PL. Foto: psdb.org

Leite – contrapartidas e gestão temerária para cartolas no PL. Foto: psdb.org

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reúne-se amanhã com a presidente Dilma Rousseff na tentativa de encontrar solução para a renegociação da dívida bilionária dos clubes de futebol das sérias A à D.

O governo bate-cabeça. O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, atua como zagueiro tonto na defensiva e marcou um golaço contra.

Convocou bancada suprapartidária na última terça-feira (10) para anunciar uma posição do Planalto sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE), que tramita na Câmara, e na frente de 25 deputados pediu desculpas porque soube da Casa Civil, na hora, que não havia resposta.

Diante da pasmaceira sobre o mico do ministro palaciano, Pepe Vargas pediu apoio e paciência para que aguardem uma posição do Governo até semana que vem.

O Palácio apelou a Levy, que levará a proposta de parcelamento de dívidas em 180 meses para cada clube. A presidente Dilma, que entende tanto de futebol quanto Pepe de articulação, deve dar a palavra final.

O desgoverno na Articulação com o Legislativo é tanto que até os deputados da base governista, entre eles petistas, se insurgem contra a desinformação.

O relator do PL, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), diz que a situação dos clubes é séria e requer urgência. As dívidas dos clubes com impostos federais (entre eles INSS, I.R. e FGTS) já soma R$ 4 bilhões. Se os quase 200 clubes endividados renegociarem as dívidas, o Governo poderá arrecadar até R$ 165 milhões por ano, lembra o deputado.

CONTRAPARTIDAS 

Pelo texto da LRFE, ao renegociarem as dívidas, os clubes terão de entrar num fair play político com o governo, no mote ‘responsabilidade fiscal, financeira, de gestão e transparência’. Os itens das obrigações incluem pagamentos em dia dos jogadores e funcionários e, claro, de impostos. Os cartolas terão compromisso e ficarão sujeitos a afastamento em caso de descumprimento.

A proposta do relator Otávio Leite também inclui fontes de financiamento e acompanhamento & fiscalização. No primeiro item, o lançamento de uma ‘raspadinha’ pela loteria da Caixa e recursos para a iniciação esportiva escolar, entre outros pontos.

O texto também prevê a instituição de um Comitê de Acompanhamento e Fiscalização a ser composto por atletas, clubes, entidade de administração, treinadores e Conselho Federal de Contabilidade.

 


O que você não viu: Plateia fez um debate à parte
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Leandro Mazzini

A plateia fez um debate à parte no estúdio do SBT em são Paulo na tarde desta segunda-feira, enquanto os principais presidenciáveis se digladiavam no palco à frente das câmeras.

Os principais candidatos trouxeram seus assessores mais próximos. O ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, juntou-se a convidados na arquibancada e vibrou ou desabafou a cada resposta da presidente Dilma. Em certa ocasião , gritou “olha o tempo, o tempo!” e puxou claque quando Marina Silva (PSB) extrapolou o tempo de uma réplica.

À frente dele, o prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, se mostrou muito mais comedido. Ao lado dele, o apresentador de TV Raul Gil foi um autêntico animador de auditório durante o debate, discretamente, e no intervalo, mais solto.

Os marqueteiros de cada candidato foram ovacionados em cumprimentos eufóricos, em especial João Santana, de Dilma. A presidente, aliás, era a que mais olhava para a plateia em busca de assessores – foi a que mais leu respostas também. As perguntas feitas por Dilma foram meticulosamente preparadas por Santana em conjunto com a presidente.

Quando Dilma no primeiro bloco citou que pretende mudar a Constituição para propor a integração das operações das Polícias Civil e Militar, sem entrar em detalhes, Mercadante teve um sobressalto, notaram os mais próximos a ele.

José Serra, candidato tucano ao Senado, chegou durante o segundo bloco do debate e sentou-se nos fundos da arquibancada montada no estúdio, cumprimentou alguns conhecidos e concentrou-se no debate sem tecer comentários.  Em certo momento soltou para amigos que “nunca fui tão bem acolhido numa campanha na rua como esta”. Mas ao final Serra teve um encontro inesperado com o desafeto político José Aníbal, secretário do governo Alckmin – tucanos de alta plumagem, os dois não se bicam há duas eleições.

Por três vezes a plateia deixou o protocolo silencioso para rir de situações protagonizadas na maioria das vezes pelo candidato “nanico” Levy Fidelix (PRTB), que durante dois momentos, em lugar de responder a perguntas, preferiu atacar o jornalista Kennedy Alencar, do SBT, que lembrou suas sucessivas derrotas nas candidaturas anteriores. Nestes momentos, a presidente Dilma Rousseff fitava os jornalistas na primeira fila, com cara de surpresa e intrigada.


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