Coluna Esplanada

Arquivo : marina silva

Com medo de Erundina, conselheiros de TCMs aliviados com derrota de Marina
Comentários Comente

Leandro Mazzini

erundina

Foto: dm.com.br

A derrota de Marina Silva foi vista como alívio para um séquito, a turma dos Tribunais de Contas dos Municípios (TCM).

É que uma das principais coordenadoras da campanha, a deputada e ex-prefeita de SP Luiza Erundina, é defensora do fim do órgão. Tem inclusive um Projeto de Lei de sua autoria, parado na Câmara, que extingue os órgãos.

Os conselheiros acreditam que, se Marina fosse eleita, o tema viria à pauta, e com força.

Quando prefeita, Erundina chegou a proibir o TCM de São Paulo de fiscalizar as contas de sua gestão. O imbróglio teve o cerne durante a posse de um presidente do Tribunal, a qual ela prestigiou assim que eleita, na qual ouviu críticas públicas do eleito.

 


Aécio está disposto a aceitar condições de Marina
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) se falaram ao telefone pelo menos duas vezes desde segunda. Aécio indicou para Marina que está disposto a aceitar as suas condições para tê-la na sua coalizão.

Os comandos do PSDB e PSB ainda não esboçaram um ato conjunto de apresentação Aécio-Marina. Tudo é costurado com cautela para não caírem em contradições. O tucano quer investir numa imagem ao lado de Marina e apostar nessa dobradinha em materiais de campanhas para TV, folders, outdoors e principalmente nas redes sociais.

PSB e PSDB também negociam a entrada da viúva de Eduardo Campos, a economista Renata, na campanha de Aécio. O convite partiu dos tucanos, e do próprio candidato. Ontem, Aécio também capitalizou o apoio de Pr. Everaldo (PSC) e Eduardo Jorge (PV). O trio estava afinado desde o 1º turno. Tudo combinado há meses.

O apoio inédito do PSB ao PSDB causa uma ruptura séria na histórica aliança dos socialistas com o PT, e enfraquece a coalizão da presidente Dilma Rousseff.


Socialistas estão chateados por Marina não citar Campos
Comentários Comente

Leandro Mazzini

De Norte a Sul, as cúpulas do PSB andam chateadas com Marina Silva.

Para ‘Campistas’, a neo-socialista desfila com autonomia ainda não conquistada. Lembram que, se não fosse Eduardo Campos acolhê-la, Marina não estaria nesta campanha.

E lamentam que ela não o cite em nenhum momento, na TV, rádio e nos debates, como se tivesse brilho próprio nesta campanha.

O PSB de Pernambuco está indignado com o staff da campanha de Marina. Para o partido, quem fez o dever de casa foi Paulo Câmara, candidato ao governo que desde a morte do padrinho político o exalta todos os dias, e o seu legado, ao contrário de Marina.

Já o futuro presidente do PSB de Pernambuco, o prefeito do Recife, Geraldo Julio – outra cria de Eduardo – só está calado por ser um gestor eleito com a força do padrinho. Caso contrário,’ já teria chutado o pau da barraca’, diz um aliado.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook  


Duda, Marina e Zé Filho – Um mistério no Piauí
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Um mistério ronda a passagem da candidata Marina Silva (PSB) pelo Piauí no sábado.

À tarde, o marqueteiro Duda Mendonça, ex de Lula, desembarcou de jatinho no aeroporto de Teresina e encontrou-se com o governador Zé Filho (PMDB) – para quem trabalha nesta campanha.

Duda foi embora em poucas horas. Filho, cujo partido é aliado da presidente Dilma (PT) no plano nacional, criou um gabinete eleitoral no Hotel Metropolitan, ponto de bacanas na capital.

À noite, o governador recebeu Marina Silva para reunião, confirma um contato da socialista, que não informou local. O room-service do gabinete-bunker no hotel se encerrou às 4h de domingo.

 


Sem clima de oba-oba, ‘Marineiros’ já citam ministeriáveis
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Mal Marina Silva (PSB) subiu nas pesquisas e ameaça a liderança da presidente Dilma (PT), aliados já esboçam ministeriáveis para neosocialista.

Entre os nomes, Neca Setúbal para a Cultura, e o petista Binho Marques para a Educação. Aliás, Marques, ex-governador do Acre, sumido da política, faz doutorado.

DUPLA DO BARULHO

Ninguém prestava atenção neles, agora muita gente de Brasília passou a procurar – e a bajular – os irmãos Tião (governador) e Jorge Viana (senador), do Acre, pela proximidade que ambos têm com Marina. Eles hoje são Dilma, mas….Marina é aliadíssima da dupla no Estado.

O senador Jorge também surge na lista extraoficial de ministeriáveis.


‘Wall Street’: Marina carrega ‘enormes incógnitas para a 7ª maior economia’
Comentários Comente

Leandro Mazzini

marina-wsj

“Marina Silva começou a vida como a filha de seringueiros analfabetos marchando selvas da malária para coletar a seiva do látex em um canto remoto da Amazônia do Brasil”.

Destacando a figura humilde e de trajetória difícil, assim começa o artigo do jornalista John Lyons, publicado nesta quinta-feira (4) no The Wall Street Journal, o diário mais lido pelos investidores americanos e repercutido na Bolsa de Valores em Manhattan.

O texto disseca o perfil da candidata, com suas virtudes e contradições políticas, desafios e ameças daquela que pode ser “a primeira presidente negra” e “protestante” do Brasil.

Não alheio ao cenário eleitoral e ao dia-a-dia da campanha, o jornalista lembra que a figura de Marina “carrega enormes incógnitas para sétima maior economia do mundo”, e cita que é cobrada pelos apoiadores para “acabar com nepotismo e mazelas políticas”. Daí o bordão Nova Política ser tão impulsionador desta reviravolta da campanha.

O artigo destaca ainda os desafios de Marina na relação com o Congresso Nacional e a interface entre os Poderes, caso seja eleita: “Os críticos veem como uma ‘forasteira’ que seria mastigada pelo sistema multipartidário darwiniano do Brasil, adicionando ainda mais incerteza às perspectivas para a economia emergente”.

Marina cresce nas pesquisas, segundo a publicação, porque canaliza “a ansiedade do eleitor em meio a uma inversão chocante de perspectivas do Brasil”.

Leia a íntegra do artigo aqui

Siga a coluna no Twitter e no Facebook  


O PSB Frankenstein ajuda Marina
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Engana-se quem critica Marina Silva, seja adversário ou especialista, sobre a suposta inexperiência dela em articulação.

Uma radiografia da equipe da candidata mostra uma literal Rede suprapartidária de nomes que se consolidaram na política de muitos anos até hoje – com ou sem mandatos.

O PSB Frankenstein de Marina a dá suporte e tem aberto as portas para que ela consolide sua candidatura em vários setores, e a liderança nas pesquisas.

Entre eles Walter Feldman, ex-tucano e ligado a José Serra (PSDB); o ex-verde Alfredo Sirkis, como ela; e os socialistas tradicionais como o vice Beto Albuquerque e Roberto Amaral tratam de contornar indiferenças a Marina dentro do próprio partido, em diretórios nos Estados anteriormente muito ligados a Eduardo Campos.

Um dos principais consultores de Marina, Tasso Azevedo, que atuou com ela no Meio Ambiente, tem bom trânsito entre os petistas.

Sem contar também a grande Rede, literalmente, formada ao redor de Marina, com políticos e mandatários que vão ajudá-la a fundar o partido em breve, ganhe ou não a eleição.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook  


O Gigante acordou e põe Marina contra Marina
Comentários Comente

Leandro Mazzini

gigantevale

A cúpula do PT já admite veladamente a possibilidade de a candidata Marina Silva (PSB) surgir na frente da presidente Dilma Rousseff (PT) nas urnas, mesmo que em pequena vantagem, dia 5 de outubro.

Até lá, Marina será bombardeada pelos dois adversários, Dilma e Aécio Neves (PSDB). De trajetória bonita como a do ex-presidente Lula, sem processos, ficha-limpa, cujos aliados alardeiam ter sido injustiçada por forças ocultas na fundação da sua REDE, e na esteira da comoção nacional pela morte de Eduardo Campos, Marina tem hoje um único adversário: ela mesma, e suas contradições que começam a aparecer.

Até a eleição, naturalmente para agarrar a oportunidade, Marina vai ter de rever seu discurso considerado até agora radical. Como dizem no Acre, “o cavalo só passa selado uma vez, ou monte e fica para trás”.

E em poucos dias ela já fez por onde: aproximou-se do agronegócio, tão criticado anteriormente; não é mais contra as sementes transgênicas pesquisas e criadas em laboratórios; e só falta dizer que é a favor da usina de Belo Monte, no Pará – a maior obra de infraestrutura em andamento no País.

É evidente que ela vai amansar o discurso, mas deve tomar cuidado, porque o povo não é mais bobo, e a internet com suas redes sociais, nas capitais e rincões, da classe A à classe D, tornou-se hoje a maior ferramenta de democracia – é o canal de críticas, sugestões, e principalmente desabafos.

Foi essa rede virtual que levou às ruas de todo o Brasil em junho de 2013 milhares de pessoas insatisfeitas com vários problemas, e não só contra a política. Aquele Gigante, que havia adormecido desde então, parece estar despertando: é este Gigante, sem cara, mas com milhares de cabeças e decisão de votos, que está reconhecendo em Marina a sua legítima representante.

Então, os adversários que se cuidem e tratem de acalmá-lo, com propostas concretas e viáveis. Marina que se cuide para domá-lo, já que está com as rédeas por ora, porque o Gigante tem a mão pesada. Em especial na hora do voto.


Projeto de lei expulsa por 5 anos de estádios os titulares do Racismo F.C.
Comentários Comente

Leandro Mazzini

juiz

O ex-juiz Márcio Chagas, que abandonou a carreira após ofensas (também no RS) – árbitro também chora.

A despeito de toda a repercussão nos casos de racismo contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, em jogo no Peru, e Daniel Alves, na Europa, as tentativas de punições a torcedores estão fracassadas. O caso envolvendo o goleiro Aranha, em partida do Santos contra o Grêmio esta semana, não é o primeiro no Rio Grande do Sul: em abril, o juiz de futebol Márcio Chagas da Silva, negro, foi ofendido por torcedores durante Esportivo x Veranópolis, em Bento Gonçalves, e ao fim do jogo encontrou bananas em seu carro. Abandonou a carreira semanas depois.

As ofensas racistas no Brasil reacendem o debate para a necessidade de punições mais rígidas. No caso mais recente o de Aranha, o jogador foi chamado de macaco por um grupo de torcedores gremistas na quinta-feira em Porto Alegre (RS). Se já estivesse aprovado e sancionado, um projeto de lei teria enquadrado com rigor a cambada.

O PL 7383-14 foi apresentado no início do ano pelo deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS), mas com a Copa em junho, o recesso parlamentar em julho e as campanhas eleitorais em voga, nada mais tramitou no Congresso Nacional.

O PL proíbe o autor de racismo de frequentar eventos esportivos nos estádios por cinco anos. O texto modifica o Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10.671/03) e deixa sob responsabilidade dos clubes donos dos estádios o impedimento. A medida, obviamente, será paralela a medidas penais e criminais contra os ofensores, tomadas pelas vítimas.

Logo depois de apresentado, a tramitação do PL parou na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook  

____________________________

DUAS RODAS

Um silêncio ensurdecedor tomou o comitê de campanha e a assessoria do governador Agnelo Queiroz (PT), candidato à reeleição no DF. Como a coluna revelou, ele não declarou ao TSE a moto Harley-Davidson que o derrubou numa voltinha em casa.

CALMARIA À MESA

Na quinta-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, almoçou com dois convidados na churrascaria Fogo de Chão em Brasília, num papo animado. Não pareciam preocupados com a ascensão de Marina Silva nas pesquisas.

____________________________

A ONDA

marina1

Na galeria Roberto Camasmie, na Bela Cintra em SP, foi para a vitrine um quadro com pintura do rosto da presidenciável Marina Silva. Não está à venda.

____________________________

CRIME ONLINE

Em tempos modernos, a campanha presidencial só tende a aumentar a baixaria… online. Foi um blogueiro tucano quem editou o vídeo em que Lula pede votos para Marina.

UM SÓSIA?

Lula entrou com gosto na campanha ara o governo de Pernambuco e o Senado. Diz na TV que Armando Neto (PTB) é mais preparado para o governo e que para o Senado João Paulo – com quem não se dá – precisa ser eleito para defender o Estado.

____________________________________

FALOU DEMAIS

Causou revolta em diplomatas a declaração do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, há dias, ao jornal Los Tiempos de Cochabamba, da Bolívia. Disse que já há uma punição a Eduardo Saboya – embora o Itamaraty ainda não tenha se declarado sobre a sindicância do caso de fuga do senador Roger Molina.

carvalho

Gilberto, em entrevista na Bolívia, disse que já há uma punição para Saboya, antes mesmo de resultado de sindicância. Foto: bsbcapital.com

GELADEIRA 

Ainda segunda Carvalho, o processo ‘segue pendente’ no Ministério das Relações Exteriores. Ou seja, pelo visto, a ‘geladeira’ aplicada a Saboya, por ter retirado Molina de La Paz sem anunciar aos superiores, já é parte do castigo..

____________________________________

RAIOS X DO DF

O IBGE apenas constatou o que o mercado já sabe há meses. A coisa está mesmo feia na economia. No maior PIB per capita do País, Brasília, o número de famílias endividadas passou de 601.241 (81,2%) em julho para 617.796 (83,4%)

DADA A LARGADA

Cerca de 8.400 atletas, entre eles 1.200 Paralímpicos, vão desembarcar no Rio até ano que vem para provas de preparo em eventos-teste dos Jogos Rio 2016.

OS ‘CRIMINOSOS’ DO PSC

Quando a notícia chegou à cúpula do PSC, partido que preza pelos valores da família e idoneidade dos candidatos, foi uma bomba.

Três pretendentes à Assembleia de São Paulo e Câmara dos Deputados foram barrados nos cartórios eleitorais porque tinham, juntos, 79 crimes na ficha corrida.

Mas uma investigação feita pela legenda revelou a injustiça, embora tarde. Antonio José da Silva, com 40 crimes na ficha; Maria José da Silva (20 crimes) e José Carlos de Souza (19 crimes) foram barrados. Todos inocentes, a homonímia com criminosos condenados e detentos os tirou da eleição.

Os três, com os advogados, tiveram de percorrer cartórios eleitorais e o Tribunal Eleitoral para provar a inocência, mas já era tarde.

Antônio José e Maria José queriam disputar a Assembleia, e José Carlos a Câmara Federal. Detalhe, este último é cego.