Coluna Esplanada

Arquivo : ministro

Oposição cogita pedir suspeição do ministro Fachin
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Leandro Mazzini

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Clique na imagem para assistir ao vídeo da carta de apoio a Dilma durante a campanha eleitoral de 2014 – reprodução do Youtube

Maior partido da oposição, o PSDB no Congresso Nacional debate veladamente pedir a suspeição do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), na decisão liminar monocrática de suspender a abertura da comissão do impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados.

Os tucanos o acusam de ser simpatizante de Dilma e do PT – e de ter declarado voto durante a campanha eleitoral, bem antes de ser indicado por ela para vaga na Corte suprema.

Lembram o polêmico filme ( acima ) no qual aparece lendo carta de apoio à candidata do PT, em evento com juristas na USP ano passado.

Mas nenhum parlamentar ou dirigente tucano tem coragem de peitar o Supremo. “Temos que pisar em ovos ali”, diz um deputado. Eles sabem que provocar um ministro é inquirir uma Corte corporativista.

Se houver realmente a decisão de questionar o ato de Fachin, a bancada tucana não descarta patrocinar o pedido através de um advogado independente. Sem qualquer ligação com o partido.

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Investigado pelo TCU, Cofen investe em contratos com ministros do órgão
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Leandro Mazzini

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Tribunal de Contas de União (TCU) insistem numa relação estranha.

O Cofen contratou por R$ 19,8 mil o ministro-substituto Weber de Oliveira para palestras para associados, num evento na praia de Cumbuco (CE), que se realiza desde quarta-feira. Enquanto isso, a entidade continua sob investigação do… TCU.

Não é amoral, nem ilegal, e respeita-se o currículo do ministro. Mas conota claro conflito de interesses. Autarquia, o Cofen é alvo da Procuradoria Geral da União, do Congresso Nacional e investigado por malversação de verbas no TCU (Processo nº 001.320/2014-9). O tribunal informou que o ministro não é relator de processos do Cofen. A entidade não se pronunciou.

Atualização sexta, 21, 20h42 – O ministro contratado, pelo que se tem notícias do evento, não apareceu em Cumbuco. O evento se encerra hoje.

MEMÓRIA

Não é a primeira vez que o Confen dá uma de esperto na tentativa de aproximação com o TCU. Em Março deste ano, a entidade contratou o ministro-substituto André Luiz de Carvalho para palestra num evento, que foi cancelado após denúncia da Coluna.


Sérgio Cabral é candidato a ministro
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Leandro Mazzini

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Foto: EBC

Com a reeleição de seu sucessor e apadrinhado Luiz Fernando Pezão ao governo do Rio, Sérgio Cabral se cacifou com o PMDB e nacionalmente, a despeito de ter sumido do noticiário.

Agora, Cabral é candidato a ministro do segundo governo Dilma. Em especial – dizem interlocutores – não se descarta se candidatar a prefeito do Rio em 2016.

Por dois motivos: um, foi ele também quem alçou à prefeitura o atual alcaide, Eduardo Paes. Outra, porque foi o principal patrocinador e fiador da candidatura da cidade aos Jogos de 2016.

Em julho de 2012, Cabral conversou com a presidente Dilma por mais de uma hora dentro do carro oficial, na Base Aérea do Galeão, onde ele manifestou interesse de participar do governo (nota publicada pelo blog em janeiro deste ano, lembre aqui)