Coluna Esplanada

Arquivo : partidos

Renan terá lista de projetos prioritários, sem interface com a Câmara
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai receber semana que vem listas de cinco projetos prioritários apresentados por cada partido. Foi um pedido dele para os líderes esta semana, e a lista conjunta vai nortear a pauta da Casa este ano.

Mas engana-se quem pensa em sintonia com a Câmara Federal. Não haverá interface com o Salão Verde. Cada Casa cuida de sua pauta, um sinal de que a relação com o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continua distante, e desafinada, em se tratando do Palácio do Planalto como pano de fundo.

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Com iminência da ‘Janela’, deputados já negociam troca de partido
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Leandro Mazzini

Clarrisa - herdeira do clã Garotinho almeja a prefeitura do Rio. Foto: Folha da Manhã

Clarrisa – herdeira do clã Garotinho almeja a prefeitura do Rio. Foto: Folha da Manhã

Mal a Câmara aprovou em primeiro turno na quarta à noite, por maioria apertada (nove votos de vantagem), a emenda que cria a ‘janela’ para a troca de partidos, os deputados reforçaram as tratativas.

Clarissa Garotinho (PR-RJ) negocia a filiação ao PSDB ou PRB; Glauber Braga (PSB) deve entrar no PSOL; Weliton Prado (PT-MG) sonda o PROS, que deve perder Miro Teixeira (RJ).

Deputados do DEM negociam entrada no tucanato ou PMDB. A ‘janela’ para troca sem perda de mandato, um drible à lei, será permitida por 30 dias assim que promulgada no segundo semestre.

A despeito do placar apertado na primeira votação, a emenda vai passar com folga na segunda em julho na Câmara. E o Senado, que não ganha mas não se prejudica, vai referendar.

As tratativas locais com vistas às eleições municipais motivam o troca-troca. No Rio, Clarissa quer se candidatar à Prefeitura do Rio. O PRB também fez sondagem para ela ser vice da eventual candidatura de Marcelo Crivella.

Glauber Braga está magoado com o PSB, após ser preterido e perder o controle do diretório carioca para o senador Romário – que se lançará prefeito.


‘Janela’ para troca causará debandada em vários partidos
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Leandro Mazzini

ACM Neto - Maior figura do partido, ele é um dos que podem deixar o DEM

ACM Neto – Maior figura do partido, ele é um dos que podem deixar o DEM

Os deputados devem aprovar a ‘janela’ de 30 dias válida este ano para troca de partido – termo usado para que o político se filie a outra legenda sem risco de perder o mandato, como determina a lei.

Com partidos definhando e muita gente insatisfeita onde está, a demanda é suprapartidária e urgente. Os únicos opositores da ideia são o DEM e o PROS.

O primeiro, porque pode sumir, e o segundo porque deve perder até nove de seus onze deputados, na conta de um deles. As eleições municipais do ano que vem e arranjos locais com tratativas para 2018 são fatores que contribuem para a ‘janela’.

Outro fator que pesa na decisão de a turma aprovar a janela é a cláusula de barreira que limita o fundo partidário para apenas os partidos que elegerem para o Congresso.

Ninguém quer esperar a fundação da REDE, de Marina Silva, e a refundação do PL, de Gilberto Kassab. Temem que as negociações afundem, porque há muito contra em jogo.

O DEM, por exemplo, pode perder um dos seus maiores expoentes, o prefeito de Salvador, ACM Neto, que ontem participou da reunião do Pacto Federativo promovido pelo Senado.


Primeiro recado das mobilizações populares saiu do Amapá
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Leandro Mazzini

Os partidos já buscam nomes que se identifiquem com os anseios sócio-políticos da massa para a eleição.

Os líderes partidários e membros das executivas esperam a inevitável renovação nas candidaturas, com perfil mais jovem dos futuros eleitos.

É a Geração Randolfe Rodrigues – o senador mais jovem do Congresso: Embora deputado estadual, poucos esperavam que um professor de História, do PSOL, vencesse políticos tradicionais do Amapá em 2010.

Antes, em 2006, o carimbado José Sarney teve de ir às ruas suar a camisa para não perder a eleição para a revelação Cristina Almeida (PSB), que perdeu por pouco.

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GOTEIRA JUDICIÁRIA

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, será convocado à Comissão de Educação do Senado – requerimento aprovado de autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS). Terá de explicar as goteiras no prédio do Arquivo Nacional, no Rio, patrimônio da pasta. As chuvas recentes destruíram vários documentos históricos.

SÓ IDA

Cadeirantes e idosos, levados de carros elétricos ao Mineirão, Sábado, numa cena bonita, ficaram a pé na saída. Arrastaram-se por 3 km até um ponto de táxi.

TRANSPARÊNCIA ENGAVETADA

O plenário do Senado já aprovou PEC 86/07 contra o voto secreto. Foi para a Câmara como PEC 196/12. Mas um pedido de vista a mandou para a gaveta.

COMO NASCE UM PROTESTO

O relato é da leitora Jéssica Bittencourt, de São Luís (MA). Sob sol escaldante da tarde de Segunda, um grupo que esperava um ônibus há duas horas num ponto se uniu revoltado e tomou a rua. Mais gente aderiu, e marcharam na pista. No fim do dia, mais cinco passeatas foram registradas em locais variados da capital, por motivos diversos.

PRÉ-CAMPANHA 

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) brada que é tardia a reforma política proposta pela presidente Dilma. Ganha um doce quem encontrar entre suas 17 proposições algo nesse sentido.

QUARTETO DO SILÊNCIO

Opositores contundentes, o quarteto não esboçou críticas à presidente Dilma na reunião no Planalto. Antes, Geraldo Alckmin (SP), Antonio Anastasia (MG), Eduardo Campos (PE) e Cid Gomes (CE) se reuniram com ela no gabinete, a portas fechadas. Um mistério, a pauta.

ORÇAMENTO IMPORTADO

A coisa anda feia no Orçamento. O Senado autorizou a União a contrair empréstimo de US$ 18 milhões no BID para financiamento parcial do ‘Programa de Fortalecimento da Prevenção e Combate à Corrupção na Gestão Pública’. Terá 15 anos para pagar.

BALA DO ACM

Acredite. O dono da fábrica de balas de borracha usadas pela PM nas capitais chama-se Antonio Carlos Magalhães, homônimo do ex-senador. Ele exporta para 40 países. E revelou ontem em audiência pública na Câmara: o tiro deve ter distância mínima de 20 metros. Menos, é risco de morte.

DOIS PTs

Análise do ex-ministro das Cidades Mario Negromonte (e não de José Pimentel, como anteriormente publicado) sobre a presidente Dilma: ‘É uma grande gestora. Precisa delegar mais aos ministros. Lula fez diferente. Era político e deixava seus ministros serem gestores’.

VAI QUE É SUA!

Dilma surpreendeu os governadores, já apertado$, ao dizer ter certeza da sensibilidade deles na isenção de PIS e Cofins para o óleo diesel dos transportes coletivos.

DAY AFTER

A comandante de tropa da PM do DF, Cynthiane Silva Santos, foi às lágrimas na Comissão de Segurança da Câmara ontem, e surpreendeu o presidente Otávio Leite (PSDB-RJ), ao relatar os confrontos na Esplanada.

PONTO FINAL

Essa onda popular sem limites provocou algo inédito: O PT e a presidente Dilma dialogarem com a base.