Coluna Esplanada

Arquivo : PMDB

Cid achou que peitar Cunha e ‘meia desculpa’ o manteriam no cargo
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Leandro Mazzini

Foto: ne10.uol.com.br

Foto: ne10.uol.com.br

Não foi apenas a pressão do PMDB que derrubou Cid Gomes do Ministério da Educação.

E foi equivocada a ideia do ministro de peitar Eduardo Cunha para agradar à presidente Dilma, em razão de o presidente da Câmara ser persona non grata no Palácio.

A presidente Dilma não iria demiti-lo pelo fato de ter aceitado a sugestão de pedir desculpas na comissão geral da Câmara, convocado pelos parlamentares.

Mas mudou de ideia tão logo soube do circo que o então ministro armou no plenário. Dilma o orientara a se desculpar, mas Cid não seguiu a ordem. Pediu desculpas por aqueles que não são ‘achacadores’, embora não os tenha citado, mas voltou a atacar Cunha, e, pior, apontou o dedo para ele como um dos achacadores.

Diante do episódio, o deputado José Guimarães (CE), ex-líder do PT mas que de fato ainda exerce a interlocução, telefonou para o ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) e avisou: ‘A coisa degringolou aqui’.

Pepe levou a Mercadante (Casa Civil) e este a Dilma, que ficou furiosa. Cid foi convocado ao Planalto assim que desceu da tribuna, entrou sorrindo e confiante no gabinete presidencial, e saiu visivelmente abatido. E demitido.

 


Líder: ‘A bancada do PMDB não quer MEC e pecha de fisiologista’
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Leandro Mazzini

Foto do site pessoal

Foto do site pessoal

Maior bancada da Câmara e respaldada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ), o PMDB avisou ao Palácio do Planalto que não pretende reivindicar a vaga do ex-ministro da Educação Cid Gomes, que praticamente se demitiu ontem após a trapalhada verbal em sua defesa na comissão geral, da tribuna da Câmara.

Quem garante que não há intenção de poder é o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ): ‘A bancada não quer o Ministério, não quer ficar com a pecha de fisiologista’.

Picciani reuniu-se com os deputados na manhã desta quinta-feira na liderança e percebeu que ‘a voz corrente é rechaçar’ eventual oferecimento do Palácio para o partido indicar um ministro para a pasta.

 


PMDB da Câmara almeja Ministério da Integração
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Leandro Mazzini

Insatisfeita com os ministérios, a bancada do PMDB na Câmara aproveita a fragilidade da presidente Dilma para pressionar por mudanças.

Os deputados avisaram ao vice-presidente da República Michel Temer que, se Dilma aceitar a troca de ministérios, o ideal para o grupo é ficar com o da Integração, hoje sob controle do famigerado PP.

Como praticamente metade da bancada do PP – 18 dos 40 deputados – virou alvo de inquérito no STF no caso do Petrolão, o PMDB quer aproveitar para tomar a pasta.

Deputados indicam que o atual ministro do Turismo, Vinícius Lages, da cota do PMDB do Senado – apadrinhado de Renan Calheiros – seria o nome ideal para Integração, já que Henrique Eduardo Alves, livre de processo, deve assumir o Ministério do Turismo.


PMDB quer a cabeça do ministro Pepe Vargas
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Leandro Mazzini

Pepe - insatisfação geral ou troco? Foto: ABr

Pepe – insatisfação geral ou troco? Foto: ABr

O PMDB quer a cabeça do ministro das Relações Institucionais da Presidência, Pepe Vargas (PT-RS). E começou a enviar mensagens diretas.

Não bastasse o hoje todo-poderoso presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não conversar com o ministro palaciano e o criticar publicamente, ontem o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) deixou a dica ao devolver para o Planalto a Medida Provisória 669, a que aumentava alíquotas de contribuição previdenciária sobre receita bruta das empresas.

Um recado não apenas à presidente Dilma pela insatisfação da bancada com o governo, mas em especial com os ministros palacianos.

A cúpula do PMDB no Congresso Nacional ainda não imagina com quem poderia ter boa interlocução com o Planalto além de Pepe. Mas reservadamente deputados acreditam que um ministro de um partido neutro – sem um do PT – seria o ideal, como alguém do PP, do PSD ou do próprio PMDB.

MORDE E ASSOPRA

Renan conseguiu algo inédito em sua biografia. Com exceção do PT, todos os outros partidos aplaudiram sua posição – até o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com quem bateu boca calorosamente em plenário há dias.

GENI 

A presidente Dilma se tornou a Geni do Congresso. Além das críticas de aliados da base para todos os lados, e da devolução da MP – que logo se tornou Projeto de Lei enviado pelo Planalto – o senador Fernando Collor (PTB-AL) atacou o ‘inchaço’ do governo num discurso ontem da tribuna.


PMDB do Rio ganha Poder nacional e preocupa Lula
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Leandro Mazzini

Rio, todo poderoso. O cenário de articulações do Poder atualmente passa pelo PMDB do Rio.

O ex-presidente Lula vislumbrou iminente debandada de Sérgio Cabral, o ex-governador, e do prefeito Eduardo Paes, que já estão ligados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que ainda emplacou o carioca Leonardo Picciani líder do PMDB na Casa.

O pai de Picciani, Jorge, voltou à presidência da Assembleia Legislativa do Rio.

Lula sabe onde pisa. Para muitos petistas, Paes e Cabral ainda são tucanos, e reiniciou uma Caravana, versão 2015, na tentativa de resgatar aliados ‘feridos’ pela gestão Dilma Rousseff e segurar a governabilidade.

A operação resgate é tão intensa que não tem beija-mão. É Lula quem está visitando os – por ora – aliados. E assim percorrerá o Brasil.

SILÊNCIO

Há um nome impronunciável dentro do Planalto e do PT: Eduardo Cunha tornou-se o maior estorvo da História da legenda, pelo momento vivido pelo partido, imprimindo derrotas e vexames à gestão petista nos seus 35 anos.


Cunha x Kassab, a batalha dos novos caciques
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Leandro Mazzini

Iniciou-se no âmbito da Câmara dos Deputados uma batalha velada entre dois caciques: Eduardo Cunha, presidente da Casa e potencial futuro presidente do PMDB, contra Gilberto Kassab, fundador do PSD e ministro das Cidades. As bancadas já pegam suas ‘armas’ e demarcam territórios.

No cerne da briga o potencial de cada partido em 2018 para se colocar como o principal aliado do PT ou até lançar candidato próprio.

Kassab planeja refundar o PL e fundi-lo com o PSD, criando uma legenda tão robusta quanto o PMDB ( leia mais aqui ). A missão de Cunha é barrar o novo partido e preservar o seu.

Daí a indicação de parte da Câmara, já notória, de que esboça regra para barrar criação de novos partidos. Uma das principais no novo projeto será a obrigatoriedade de a nova legenda respeitar um prazo de cinco anos para filiar mandatários. Isso mata a pretensão de qualquer novo partido.


Marta Suplicy e o PMDB
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

Com a metralhadora giratória verbal na ativa, com o PT como alvo, a senadora e ex-ministra Marta Suplicy está a um passo de se filiar ao PMDB para se lançar candidata à Prefeitura de São Paulo ano que vem. Convites sobram de outros partidos da base e oposição ao governo. Ela ainda não decidiu.

O PMDB deseja Marta em seus quadros, embora às claras não tenha o aval do vice-presidente da República – e manda-chuva do partido – Michel Temer, aliadíssimo do PT e da presidente Dilma, os alvos figadais de Marta.

Revoltada com a atual situação do PT (em especial no noticiário negativo e nos desmandos do governo), a ex-prefeita paulistana, ao mirar a legenda que ajudou a fundar e ainda a acolhe, dá sinais de que a insatisfação é apenas o passo inicial para a debandada de seu pequeno séquito para outro partido. E que, alijada do governo Dilma, é capaz hoje de trilhar sozinha seu caminho sem as bênçãos do PT e do ex-presidente Lula, a quem admira e defende, conforme entrevista recente ao Estadão.

Ex-prefeita de São Paulo não reeleita, Marta tem um significativo potencial de votos na capital paulista, o mesmo que a levou ao Senado Federal em 2010. Tem pouco a perder: seu mandato eletivo na Casa Alta vai até 2019, e uma vez candidata, independentemente do partido, mesmo que eventualmente não vença a eleição, ela mantém o nome na vitrine no maior PIB brasileiro e no mais importante reduto eleitoral do País.

Mas uma recente movimentação política na capital, veladamente patrocinada pelo ex-presidente Lula, o conselheiro do prefeito Fernando Haddad (PT), envolveu o PMDB e pode ser um entrave num eventual projeto de Marta se filiar ao partido para se candidatar.

Gabriel Chalita, o quadro mais provável do PMDB para uma candidatura municipal, aliou-se ao prefeito Haddad como secretário de Educação. Os sinais são claros: É incoerente um secretário recém-empossado e a um ano da eleição se lançar contra o atual alcaide. O próximo ano pode evidenciar outro pré-acordo: Chalita é potencial candidato a vice na chapa de reeleição de Haddad, o que, obviamente, inviabilizaria uma candidatura de Marta.

Os próximos meses mostrarão quando Marta vai se desarmar, parar de atirar e concentrar-se num projeto político pessoal, independentemente do partido que escolher. Sua saída do PT é considerada inevitável por suas recentes declarações. A conferir.

Procurada através de sua assessoria, Marta não se pronunciou.


Kassab, o estorvo do PMDB
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Leandro Mazzini

kassab

Foto: EBC

Expoentes do PMDB declaram reservadamente em restaurantes de Brasília e São Paulo que o partido terá seu candidato a presidente em 2018. Um cardápio à mesa com prato frio que se repete há anos, não fosse a salada que o novo maître do cenário político prepara para os próximos anos no banquete do Poder. Ele atende por Gilberto Kassab.

O ex-prefeito de São Paulo tornou-se um promissor construtor de partidos e tem mexido com as previsões das conjunturas políticas regionais e nacional. O seu PSD, fundado com a ajuda velada do Palácio do Planalto, tornou-se um trunfo eleitoral para o PT em 2014. O PL que Kassab quer – e vai – ressuscitar será um estorvo para o PMDB, que já prevê o perigo do poder político de Kassab com seus dois partidos, e começa a se movimentar para não ser alijado das negociações futuras.

O PSD tornou-se tão importante no plano federal que governadores aguardaram a confirmação de Kassab no comando do Ministério das Cidades para escolherem seus secretários de Habitação – pastas intimamente ligadas, elo de Brasília com as capitais. Foi o caso de Paulo Câmara, de Pernambuco, que cedeu o cargo para o PSD. O esboço escancarado do novo PL por Kassab o tornou indiretamente o maior incentivador do PMDB. O partido robusto que se arrasta de um lado para o outro do palanque para se manter no Poder desde a morte de Ulysses Guimarães agora já pensa na candidatura presidencial, e tem nomes para isso.

Mas por quê? Os movimentos de Kassab apadrinhados pelo PT demonstram que o ministro formata um grande partido aliado de Lula e Dilma para 2018, para fazer frente ao PMDB. Não é segredo entre parlamentares no Congresso Nacional: depois de inflar a legenda com mandatários egressos do PMDB, PP, DEM e PSDB, e enfraquecer essas siglas, a meta de Kassab será fundir PSD e PL, criar enfim um terceiro e forte partido, para apresentá-lo ao PT como o grande aliado em lugar do PMDB daqui a quatro anos.

Motivos evidentemente não faltam. De um lado, Kassab entra para o rol dos grandes caciques da política brasileira e potencializa seu poder de barganha; de outro, o PT deixa de ser vítima de um PMDB cujos líderes desde 2003 enfiam a faca no pescoço dos presidentes da República por cargos, ministérios, projetos etc. O PT também se livraria da supremacia peemedebista que se consolida no comando da Câmara e do Senado Federal.

Daí os caciques do PMDB iniciarem o ensaio de uma candidatura a presidente da República. Eles entenderam o plano de Kassab, e a simpatia dos petistas. Nomes ao PMDB também despontam. Vêm do Rio de Janeiro. Hoje, são o prefeito Eduardo Paes e o governador Luiz Fernando Pezão. Só para citar dois.


Presidente do PMDB confirma seis ministérios para o partido
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Leandro Mazzini

O presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), confirmou nesta quinta-feira que o partido  ficará mesmo com seis ministérios, incluindo o da neófita Kátia Abreu (PMDB-TO), futura comandante da Agricultura.

O Planalto vai manter o nome de Kátia para a pasta, apesar de  frentes contrárias patrocinadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e parte do continuarem contrariados.

Há anos a senadora Kátia Abreu vem trabalhando escancaradamente para ser ministra da Agricultura. Saiu do DEM e da oposição, não deu certo no PSD – afinado com o Planalto – e então baixou no PMDB. Mais que isso, só faltou se filiar ao PT para beijar a mão da presidente Dilma.


Eduardo Cunha ganha apoio do G-10 nanico na Câmara
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Leandro Mazzini

É grande e real a preocupação da presidente Dilma Rousseff com a ascensão do nome do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como potencial candidato a presidente da Câmara em fevereiro.

Cunha é tido como um peemedebista independente – e em claro confronto com o Planalto em alguns temas. Ele tem trabalhado, e com excelente retorno, nos bastidores.

Há dias o líder do PMDB reuniu 24 deputados de 10 partidos ‘nanicos’ – já chamado de G-10 após o encontro. Cunha conseguiu o voto do bloco, e em contrapartida prometeu atuar contra a regulação da imprensa e contra qualquer tentativa de lei a favor do aborto.

Participaram da reunião deputados do PSL (1), PTC (2), PTN (4), PMN (3), PTdoB (1), PHS (5), PRP (3), PSDC (2), PEN (2) e PRTB (1). A reunião foi a pedido de Eduardo Cunha em território neutro, na última quarta-feira, na liderança do PTB na Câmara. A maioria era da bancada cristã e conservadora.

Além do acordo fechado, os deputados ainda se comprometeram a serem cabos-eleitorais de Cunha e atuarem para converter votos de eleitores de eventual candidato do PT.