Coluna Esplanada

Arquivo : PSDB

Tucanos já não se entendem sobre escolha
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Leandro Mazzini

O PT nada de braçada com a alta popularidade da presidente Dilma Rousseff, apesar dos entraves na economia. Já os tucanos começam a dar discretas bicadas no ninho.

Aécio Neves está numa encruzilhada. Há dois anos propalou que o PSDB precisava de prévias para escolher seu candidato ao Planalto. De um ano para cá, desconversou, e quer ser aclamado no partido. Agora é Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, quem pede as prévias. José Serra vai fazer o mesmo. E os tucanos começam a se bicar discretamente. De novo.

Aécio segue em boa relação com o governador Alckmin. Ambos querem escantear Serra para abrir caminho para 2014. Mas, tirando isso, não se afinaram para valer. Alckmin até tentou nomear Serra na Saúde, porém ele não quer.

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Dilma chama patrocinadores para 2014
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Leandro Mazzini

Roberto Stuckert Filho-PR

A disputa presidencial por 2014 já começou. Pelo menos nas finanças.

Não foi apenas para tratar do desenvolvimento do país que a presidente Dilma convidou para conversas os presidentes da Cosan, Vale, Bradesco e Odebrecht, na quinta e sexta-feira. De diferentes e lucrativos setores, eles são os maiores financiadores do PT e ela quer garantias de que manterão compromisso com sua gestão e o partido. Juntos, esses quatro grupos doaram oficialmente R$ 12,08 milhões para o PT em 2010, levantou a coluna. A agenda de Dilma tem motivo. Aécio Neves, o pré-candidato do PSDB, pediu aos economistas tucanos em Dezembro que procurem estes patrocinadores. Foi dada a largada para a disputa presidencial de 2014.

DA USINA. A Cosan, grupo usineiro, doou a bagatela de R$ 3,65 milhões para o PT nacional em 2010. Para o PSDB, repassou R$ 1,4 milhão.

DO BANCO. O Bradesco, segundo maior banco privado, repassou para os petistas R$ 1,66 milhão. Para o PSDB nacional, R$ 575 mil, e para o tucanato paulista e paranaense, R$ 750 mil.

DO CONCRETO. Maior empreiteira em atividade, a Odebrecht deu R$ 2,4 milhões para cada um, PSDB e PT nacionais. Para tucanos de Minas, estado de Aécio, foram mais R$ 200 mil.

GENEROSA. A mais generosa foi a Vale Fertilizantes. Foram R$ 2,05 milhões apenas para o PSDB mineiro. Mais R$ 1,45 milhão para o PSDB nacional e R$ 4,37 milhões para o PT.

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PSDB busca financiadores para 2014
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Leandro Mazzini

O PSDB começou corrida por grandes financiadores de campanha para a disputa presidencial. Esse foi um dos assuntos da reunião do pré-candidato Aécio Neves com os economistas tucanos há poucos dias, no Rio. O senador quer logo apresentar aos empresários seu projeto. O PSDB teme perder o timing porque esconde um erro: No início de 2010, os executivos dos cinco maiores setores do país tentaram por dois meses reunião com José Serra, mas ele não se decidia. Então apoiaram o PT.

PODER PAULISTA. Outro risco para Aécio é uma pré-candidatura de Geraldo Alckmin. Ele comanda o estado-sede do PIB financiador.

NO PAPO. Em novembro, quando a coluna mencionou o cenário SP & Financiadores para o senador, ele riu amarelo e disse que tudo é questão de conversa.

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Silêncio de Serra irrita o PSDB
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Leandro Mazzini

O governador Geraldo Alckmin diz que não houve convite. A assessoria de José Serra informa que “não está em debate”. Mas ambos se esforçam para evitar constrangimento. A coluna reafirma que oficiosamente Alckmin o sondou para secretário de Saúde na primeira semana de Dezembro. É que Serra até agora não se manifestou, e isso irrita todo o PSDB, porque atrasa os planos da pré-candidatura de Aécio Neves ao Planalto. Com Serra acuado, Barjas Negri torna-se maior favorito à secretaria de Alckmin.

CLASSIFICADOS. Barjas Negri é economista, foi ministro da Saúde de FHC e elegeu o sucessor na prefeitura de Piracicaba (SP). Está livre para assumir.

SUSPENSE. O PSDB nacional já trata com Aécio, Alckmin, FHC e expoentes a presidência do partido para o senador Álvaro Dias (PR). Seria a saída conciliatória.

CHANCE. É fato para a maioria do PSDB, e entre as bancadas no Congresso, que o timing de Serra passou. O partido dá opções para ele sair do ócio.


Aécio e Serra marcam encontro. Alckmin não descarta candidatura
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Leandro Mazzini

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador José Serra (PSDB-SP) terão um encontro a sós depois do dia 15 de Dezembro. Vão delimitar o futuro de cada um. Aécio anunciará a decisão de se candidatar à Presidência da República em 2014. Espera que Serra confirme desejo à vaga no Senado. Mas antes, o senador mineiro vai a São Paulo semana que vem conversar com o governador Geraldo Alckmin. ‘Vamos falar disso (2014) e do futuro do partido’, diz Aécio. A aproximação é estratégia para neutralizar tentativa de Serra se reforçar no tucanato paulista.

UAI SÔ!? Aécio e Alckmin estão afinados. Mas em Julho, ao saber de declaração do paulista sobre eventual candidatura à Presidência, Aécio ligou cauteloso e o governador desconversou. Há testemunha.

PODER NO NINHO. Paralelo a esses encontros, seguem em Brasília negociações sobre o futuro presidente do PSDB. Alckmin quer o deputado Nogueira Duarte (SP). Aécio trabalha pelo senador Cássio Cunha (PB).

GANGORRA. Nada está decidido ainda sobre a candidatura de Aécio ao Planalto. Parte do PSDB considera Alckmin um potencial nome, pelo recall de 2006, e pelo PIB financiador ter base em SP.

 


Alckmin ameaçado
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Leandro Mazzini

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebeu recente pesquisa encomendada pela executiva estadual do PSDB, cujos resultados acenderam a luz vermelha no Palácio dos Bandeirantes. A sondagem em nível estadual mostra avaliação ótima do governador, mas números muito ruins da administração. Isso ocorre em meio à tensão na segurança pública e com o embate discreto com o Ministério da Justiça, para que as ações conjuntas não pareçam intervenção do governo federal petista.

TÔ NA ÁREA. José Serra diz a próximos que sua vida política não morreu, mas não fala no futuro. Deve tentar o Senado, num confronto direto com o secretário de Energia, José Aníbal.

TÔ FORA. Em passagem ontem por Brasília, José Aníbal desconversou. Diz que seu foco é o debate sobre a MP da redução da conta de luz. Ele e Serra não se bicam mais.

 


O desastre eleitoral do ensaio Aécio e Campos
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Leandro Mazzini

Nem tudo é festa pós-eleições para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos (PE), presidente do PSB. Houve derrotas onerosas também, e eles provaram da rejeição na única cidade em que estiveram lado a lado. Campos e Aécio foram a Uberaba (MG) e fizeram campanha para Antonio Lerin (PSB), que liderava as pesquisas. Após a aparição da dupla de peso, a situação desandou para o socialista, que perdeu para Paulo Piau (PMDB). Ele virou o jogo nos últimos dias.

DUAS ESTRELAS. Nas hostes do PSDB e do PSB, o ensaio provou que, a despeito das especulações, não cairá bem uma eventual chapa presidencial entre Campos e Aécio.

FOI MAL. Aécio também tentou ajudar o prefeito de Juiz de Fora, Custódio Matos (PSDB), indo duas vezes lá. Custódio sequer foi para o 2º turno.

EM CASA. Em Petrolina (PE), Campos perdeu pela segunda vez. Não conseguiu eleger o herdeiro do ministro da Integração, Bezerra Filho (PSB), contra o prefeito Júlio Lóssio (PMDB).