Coluna Esplanada

Arquivo : Sergio Cabral

Sérgio Cabral, o desafio para Dilma Rousseff
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma Rousseff não sabe o que fazer com o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Ele cobra apoio incondicional dela para seu candidato ao governo, o vice Luiz Fernando Pezão. E Dilma não pode segurar a ânsia do senador Lindbergh Farias (PT), também candidato apoiado discretamente por Lula.

Até poucos meses atrás, Lula fazia jogo duplo, e era reticente ao lançamento de Lindbergh ao governo, para não melindrar Sérgio Cabral e jogá-lo no time de Aécio Neves (PSDB), de quem o pemedebista é muito próximo. Mas algo aconteceu, o guru falou. E quando o guru fala, Lula ouve.

Foi ideia do marqueteiro João Santana endossar o petista Lindberg. Em outras palavras, soltou esta para Dilma e Lula: o PT elegeu o primeiro operário presidente do País, elegeu a primeira mulher, e vai eleger o primeiro cara-pintada governador. Alusão a Lindbergh, que surgiu aos holofotes nacionais como presidente da UNE à época do governo Fernando Collor. Foi o suficiente para Lula se animar e liberar o pupilo.

A despeito da popularidade em baixa, Cabral ainda tem certo poder dentro do partido. Na segunda, o vice-presidente Michel Temer almoçou com ele e Pezão no Palácio das Laranjeiras. Temer levou o recado de apoio da presidente Dilma a Pezão durante a campanha, segundo contou o vice a este repórter.

A relação da presidente com o governador já foi melhor. Em Julho de 2012, Dilma e Cabral conversaram por mais de uma hora dentro do carro dela, na base aérea do Aeroporto do Galeão. Cabral saiu do automóvel crente de que seria ministro nessa virada de 2014. Mas apareceram suas ligações com Fernando Cavendish, da Delta, na CPI do Cachoeira. Revelaram-se as fotos das farras do governador em Paris e Monte Carlo, e as manifestações de Junho passado no Rio enterraram suas pretensões. Se hoje Dilma chamar Cabral para um café, ele saiu no lucro.

Um detalhe: no almoço no Rio, estreou como gente grande na cúpula do PMDB o primogênito de Cabral, Marco Antônio. Será candidato a deputado federal para honrar a prole e iniciar a hereditariedade política na família. Como divulgou a Coluna dia 1º de Dezembro de 2011, Marco Antônio fora visto em Outubro daquele ano se esbaldando com amigos na boate L’Arc, entre garrafas de Moët e Veuve Clicquot. Tudo bem, coisa de jovem, que pode pagar. A L’Arc é um dos point mais badalados de.. Paris.

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Jogos 2016: APO cria força-tarefa para elaborar Matriz de Responsabilidade
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Leandro Mazzini

A 30 meses das Olimpíadas do Rio, com o ritmo quase parando das obras tanto na Vila Olímpica quanto em Deodoro, no complexo militar, o governo decidiu pressionar a Prefeitura e o Governo do Estado para a elaboração da chamada Matriz de Responsabilidade – nada menos que um cronograma de obras e planilha de custos.

A Matriz é fundamental para que não se repita o erro do Pan Americano de 2007, quando, sem uma, o governo federal teve de arcar com custos finais e obras para a realização dos Jogos – e o custo inicial de R$ 700 milhões passou dos R$ 3 bilhões. Foi a modalidade “Salto sobre Verbas”

Parece tão simples, mas não é. Desde que a Autoridade Pública Olímpica (APO) foi criada, há mais de dois anos, os governos federal e estadual – e a prefeitura, principalmente – batem cabeça numa maratona de empurra-empurra e colocam em risco o grande evento. Sérgio Cabral e Eduardo Paes, numa reunião em Brasília, chegaram a dizer que não precisavam de APO federal (cada um criou a sua).

O novo APO, general linha dura Fernando Azevedo e Silva, decidiu então montar uma força-tarefa com os entes. Enviou convites formais para o município e Estado. Pediu que enviem integrantes técnicos para que participem do grupo de elaboração da Matriz definitiva. Tornou-se a prioridade da APO. Paes, outrora reticente, já apoia a ideia.

A decisão da força-tarefa para a Matriz não foi apenas administrativa, mas política também. Foi ordem da presidente Dilma, preocupada com o cronograma das obras. Por mais que tenha tentado nos últimos dois anos, o ex-APO Marcio Fortes encontrou grande resistência no assunto junto ao Estado e prefeitura. Agora, militar com perfil conciliador, segue a linha militar de “Missão dada, missão cumprida”.

Hoje e amanhã, o general da APO participa de seu primeiro encontro oficial com os integrantes do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), que acontece segunda e terça no Rio, na sede do Rio 2016.

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Dilma evita Rio e frustra Cabral
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Leandro Mazzini

O governador Sérgio Cabral ficou frustrado. A presidente Dilma Rousseff cancelou sua ida ao Rio para o leilão do pré-sal na Segunda.

É que agendaram uma reunião, na qual Cabral tentaria arrancar dela a garantia de apoio exclusivo à candidatura de Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Na Quinta, Cabral, Pezão e o presidente do PT, Rui Falcão, reuniram-se no Rio, mas sem resultados. Com Lula dando de ombros, Dilma é a esperança da dupla do PMDB contra a candidatura quase certa de Lindbergh (PT).

Há três motivos para o cancelamento: Dilma foge de Cabral, e tem receio de colar a imagem a um eventual resultado negativo sobre a arrecadação no resultado do leilão. Dilma também foge da bagunça esperada. A Abin tem relatos de que os mascarados black blocs vão aparecer às portas do hotel, e se juntar aos petroleiros manifestantes.

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ALÉM TAPUMES

O Sindicomlegis, o Sindicato dos Servidores Comissionados do Legislativo Federal, está revoltado com a afixação de tapumes nos acessos da Câmara.

DESCONTO, QUE NADA!

O Senado Federal não vai conseguir descontar de imediato os adicionais dos supersalários de mais de 400 servidores. É que a folha de pagamento já foi fechada esta semana e fontes do RH da Casa Alta garantem não ter saído um centavo do contra-cheque dos milionários. Nem há previsão de cobrança. A despeito da promessa do presidente do Senado, Renan Calheiros, se ele não apertar, nada sai ali. As mesmas fontes do RH dizem que a operação de desconto acima do teto constitucional é complicada – não há um corte padrão. A equação é caso a caso.

TURMA DO BASTIDOR 

Nas comemorações dos 25 anos da promulgação da Constituição, ex-constituintes foram homenageados, mas a Mesa esqueceu os secretariados parlamentares constituintes que trabalham até hoje na Casa sem seus direitos trabalhistas.

GOLPE

Como a bandidagem anda esperta: Chegou a cidadão de Brasília boleto de cobrança da Embratel com débito de conta Vivo. Mas a Embratel, o que se sabe, controla é a Claro.

‘CUBANIZAÇÃO’ E ‘IRANIZAÇÃO’ 

Do ex-presidente da Bolívia, Jorge Quiroga: Bolívia foi pioneira no ‘Mais Médicos’ importado de Cuba. Hoje são 3 mil médicos cubanos no País, desde a posse de Evo. Intriga autoridades brasileiras o alto número de iranianos vivendo em La Paz, na Bolívia, egressos do serviço secreto do regime de Mahmoud Ahmadinejad, o louco.

JUSTIÇA TARDA, MAS..

Semana que vem a perícia da PF deve ter novidades sobre exumação do corpo do ex-preso político Epminondas Gomes de Oliveira, descoberto pela Comissão da Verdade enterrado como indigente há 40 anos no cemitério de Brasília, como revelamos.

AVISO PRÉVIO

De um congressista expert em eleições: Dilma, quando surgiu a um ano da campanha, e a reboque do Lula com toda a máquina a favor, tinha 3% nas pesquisas. Eduardo Campos (PSB), sozinho, surge com 6%.

EPA, EPA!

A inteligência da PM do Rio descobriu que há dinheiro da oposição financiando parte dos black blocs que tumultuam protestos com quebradeiras e ocupação. A bomba vai estourar com a ligação de alguns arruaceiros a conhecidos nomes. Analisam provas.

ARTE

O grupo Corpos Informáticos conquistou o 1º lugar na 32º edição do Salão Arte Pará com o vídeo ‘Mas afinal, o que será que se passa na alma do artista?’. É aquela mesma turma que faz belas intervenções urbanas na capital federal.

LUTO

A morte do ex-deputado federal Miguel Martini (PHS-MG) deixou órfão o MCCE. Ele foi o coordenador da comissão especial da Lei Ficha Limpa.


Justiça ordena retirada de outdoors que comparam Cabral a Hitler
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Leandro Mazzini

Mais um capítulo nesta segunda-feira à tarde do embate entre manifestantes e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

A Justiça fluminense acolheu pedido do Palácio, em ação, e determinou a uma agência a retirada de outdoors de protesto do PSTU, partido de oposição, espalhados pela cidade, que comparam Cabral a Hitler numa imagem, na campanha titulada ‘Fora Cabral e Pezão!’, o seu vice e candidato à sucessão.

Em nota no site do PSTU, integrante publicou um desabafo: ‘Independente de nossas filiações e opções partidárias , este ato anti-democrático merece protesto. Trata-se do mais elementar direito manifestar nas ruas, por jornais , adesivos ou placas em lugares públicos sobre o Fora Cabral e Pezao, como fez o PSTU e como fazem milhares de jovens nas passeatas recentes do Rio. Como também já manifestou-se, outrora, Fora Ditadura e Fora Collor’.

No site, o PSTU não se manifesta sobre a comparação do governador com Hitler, atitude criticada por alguns pedestres.

Em nota enviada nesta noite para o blog, a assessoria do PSTU informou que ‘em nenhum lugar do outdoor Cabral é comparado à Hitler. É sim comparado a um ditador, mas não a Hitler especificamente, basta ver que na imagem não há suástica ou qualquer outro elemento que remeta ao nazismo. A crítica é política e se refere tão somente à corrupção e ao autoritarismo que marcam seu governo, algo que ele provou mais uma vez ao tentar proibir o outdoor’.

A imagem no entanto conota a figura de Hitler. Ela faz menção a “O Grande Ditador”, filme de Chaplin de 1940 que criticava a postura, estilo e oratória de Adolf Hitler.

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Cabral pretende deixar o governo em Dezembro
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Leandro Mazzini

Cabral – ele prepara o Plano P, de Pezão

A cúpula do PMDB foi avisada de que o governador do Rio, Sérgio Cabral, vai deixar o cargo dia 31 de Dezembro.

Nem tão cedo para conotar que tenha cedido à pressão dos manifestantes, nem tão tarde para acionar seu plano: colocar na vitrine o vice, Luiz Fernando Pezão, seu candidato à sucessão.

De acordo com interlocutores, a transmissão do cargo será dia 1º de Janeiro. Com a caneta na mão, Pezão vai rodar o estado para ficar conhecido e aparecer mais na televisão.

Um dos cotados para disputar o governo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), continuará na prefeitura. Por dois motivos, segundo aliados. Seria risco deixar o cargo para o vice do PT, que usaria a máquina para apoiar o eventual adversário do PMDB, Lindbergh Farias (PT). E porque Paes quer ser ‘o prefeito dos Jogos Olímpicos’.

Cabral pretende concorrer ao Senado. A assessoria do governador preferiu não se pronunciar.

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(Obs.: esta coluna foi ‘fechada’ na Sexta, 31/08, às 19h, e distribuída para os jornais de 20 capitais para publicação nesta manhã de Domingo, como no UOL em primeira mão. A assessoria do Palácio Guanabara ainda informou, por telefone, que ‘não comenta off’ e que não responderia nota por email)

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PLANO PB

Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, quando não despacha, trabalha pela candidatura de Gleisi ao governo do Paraná. E para ocupar sua vaga na Casa Civil.

O JOGO DE SERRA

Nas hostes e cúpula do PSDB há a certeza de que José Serra pode blefar, ao falar sobre filiação no PPS. Sua tentativa de saída do ninho seria pressão para que o partido não o rife e o sacramente candidato ao Senado, sem passar por prévias, nas quais teria de disputar com outros nomes. Entre eles José Aníbal, seu desafeto.

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Cofre & Voto – Valdemar quer Feliciano no PR

VOLDEMORT E O PASTOR

Valdemar da Costa, conhecido nos corredores do Congresso como Voldemort, ofereceu R$ 1 milhão de ajuda em campanha para que pastor Feliciano (PSC-SP) se filie no PR. A equação é simples: uma vez no PR e em alta entre evangélicos, espera-se que o polêmico deputado-pastor tenha um milhão de votos e sua votação ‘puxe’ mais eleitos, a exemplo de Tiririca em 2010. Aliás, Feliciano seria a salvaguarda de Valdemar e PR, porque não há certeza de Tirirca continuar na política.

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FOGO AMIGO

Assis do Couto, do PT do Paraná, desabafa sobre Eduardo Gaiévski, ex-assessor do Planalto preso pela polícia neste Sábado: ‘Várias pessoas com história dentro do partido alertaram sobre sua figura, sua personalidade, e suas atitudes abusivas e temerárias’.

PRISÃO DE LUXO, NÃO  

O Ministério da Justiça nega que tenha desapropriado hotel de luxo em Mairiporã (SP), como circula na internet, para se transformar em presídio especial para mensaleiros.

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Acampamento potiguar – até banheiro químico e tenda para reuniões

INFERNO NA PORTA

A governadora potiguar Rosalba Ciarlini (DEM) vive inferno astral. Com maior rejeição do país (83%), agora vê dezenas de grevistas da saúde e polícia civil acampados na porta da residência em Natal. Há barracas, tendas e até banheiro químico. Os servidores estão de greve desde 1º de Agosto. Não cobram reajuste, mas plano de carreira. Um detalhe, Rosalba seguiu a linha da antecessora, Vilma (PSB), e mora numa mansão com guarita, alugada por R$ 12 mil/mês.

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AUTONOMIA

Defensores públicos de todo o País desembarcam em Brasília dia 3 para o primeiro ato do Movimento Nacional pela Advocacia Pública. A turma reivindica autonomia funcional e financeira para atuar diante do Estado. Lobby pela PEC 82/2007.

OTIMISMO E … SOLIDARIEDADE

O deputado mensaleiro Pedro Henry (PP) tem dito no Mato Grosso que vai trabalhar voluntariamente como médico para cumprir a futura pena.

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Ministro entrará na disputa pelo governo do Rio
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Leandro Mazzini

A despeito de futuros cenários em pesquisas no estado, o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), decidiu que vai disputar o governo do Rio ano que vem.

O inferno astral com a baixa aprovação pessoal e do governo de Sérgio Cabral incentiva outros. O senador Lindbergh Farias (PT) já consolida apoio em cidades-polo. O deputado e ex-governador Anthony Garotinho (PR), potencial nome ao Senado, está à espreita.

O candidato de Cabral à sucessão, o vice Luiz Pezão (PMDB), foca a agenda em visitas na Baixada Fluminense. O seu vice dos sonhos é o xerife Mariano Beltrame.

Neste caso, o ministro da Pesca deve deixar a pasta em Abril do ano que vem. Na conta do governo, mais de meia dúzia de ministros são pré-candidatos a governos.

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MILITARES X CNV

O grupo Terrorisma Nunca Mais (Ternuma), composto por militares e civis, vai à Justiça contra a Comissão da Verdade. Enviou carta à Casa Civil do Planalto e questionou instalação da CNV. Revoltados com o que chamam de procedimento ‘aético adotado na condução dos seus trabalhos, em particular a audiência do Cel. Ustra’. O Ternuma ainda questiona a nomeação de três membros da CNV, entre eles ex-esquerdistas, que consideram não ter capacidade para tal. E encaminhou a mesma carta à Procuradoria Geral da República. Quer ‘judicializar a questão’.

O LEITOR

Contada por portenhos: O jornaleiro da Plaza de Mayo recebe os jornais com manchetes ‘Papa es argentino’. Em dois dias toca o telefone, de Roma vem a voz conhecida: ‘Amigo, aqui é Cardeal Bergoglio, creio que neste domingo não poderei pegar o jornal’.

O PILOTO 

Um piloto baiano de bicicross, Leonardo Gonçalves, virou a alegria de Jaques Wagner, que o bancou com a bolsa Esporte. Ficou em 7º em etapa mundial na Nova Zelândia.

PRÉ-CAMPANHA É FOGO

O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel, que disputará o governo, manda recado para Wagner na Bahia: ‘Você não está fazendo o que queremos’

COLISÃO INTERESTADUAL

A deputada do DF Celina Leão (PSD) foi palestrar na CPI do Transporte na Câmara de Curitiba e ouviu desaforos. Lá da plateia, o dono de linhas mandou ela voltar para casa.

COPA NO NORDESTE

A revelação é de decano empresário do Rio, com trânsito no Golf Club. Há 10 anos, Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e João Havelange, o poderoso da FIFA, negociavam realizar a Copa no Brasil exclusivamente na região Nordeste. A FIFA está impressionada com Brasília. Considera a melhor capital-sede na conjuntura além-arena: a rede hoteleira e mobilidade urbana. Sem alarde, o secretário Jérôme Valcke mandou recado para o comitê brasileiro. Que se cuide a arena Corinthians.

TRATOR SEM PLACA

A resolução do CONTRAN que determina até o final do ano que vem o fim do emplacamento de tratores será uma mão na roda para os produtores rurais. Os valores variam para cada estado. Por baixo, uma economia de R$ 500 por veículo. Com a resolução vai para o brejo o projeto do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) aprovado na Câmara e em tramitação no Senado. Mesmo assim, ele comemora a sua iniciativa que sensibilizou o governo.

REVOLTA DO PRATO 

Servidores do INSS estão impetrando na Justiça seguidas ações, e com vitória, pedindo equiparação do valor auxílio alimentação com os do TCU, que ganham o dobro.


Deputado do PMDB recusou secretaria de Cabral no Rio
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Leandro Mazzini

Cabral (D) e Filipe Pereira, na posse do secretário

A despeito da comemoração do PSC na pasta, o secretário da recém-criada Secretaria de Prevenção à Dependência Química do governo do Rio, Filipe Pereira, era a terceira opção do governador Sérgio Cabral.

A cúpula do PMDB agiu rápido para apagar um incêndio interno. Cabral ficou irado ao ouvir a recusa do deputado estadual Edson Albertassi para assumir a vaga.

Cabral pensou em seguida no deputado estadual Pedro Fernandes, mas foi demovido, apesar de ele ser conhecido na cidade. Então o governador foi convencido pelos pemedebistas a fazer um gesto de aproximação com o PSC.

A decisão de criar a Secretaria e nomear Pereira surgiu dia 28 de Dezembro, em almoço na Gávea Pequena oferecido pelo prefeito Eduardo Paes à cúpula do PMDB.

Filipe é deputado federal e filho do pastor Everaldo, presidente do PSC e um dos líderes nacionais da Assembleia de Deus – com potencial rebanho eleitoral.

O concorrido bolo de aniversário do Pastor Everaldo teve fila suprapartidária na Câmara esta semana. Mas quem anda magoado com ele é Cadoca, de Pernambuco, que foi rifado por lá.

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JÁ NAS LIVRARIAS

 

A guerra jurídica e política do julgamento da Ação Penal 470, o Mensalão, se estendeu às livrarias. Após o lançamento do livro de Merval Pereira, “Mensalão, o dia a dia do maior julgamento da história da política do Brasil” (Record), a Geração Editorial mandou para as vitrines “A outra História do Mensalão”, de Paulo Moreira Leite.


NÃO ACABOU

 

A obra de Moreira Leite aponta o julgamento como contraditório e político. A ponto de o ministro Lewandowski, do STF, enviar exemplares para amigos. Numa clara conotação de contra-ataque ao ministro-relator Joaquim Barbosa.


CAIXA FORTE

 

Apesar do ‘Pibinho’ e dos altos gastos correntes na Esplanada, a União tem R$ 176,6 bilhões na rubrica para investir em ‘restos a pagar’ de emendas e execução do Orçamento de 2012. As obras estão espalhadas por aí. Falta o dinheiro aparecer.

FREIO NA FARRA

Na esteira da reforma política, o procurador da Câmara, Cláudio Cajado (DEM-BA), apresentará projeto que reduz de 90 para 60 dias o tempo de campanha eleitoral.

DEDO NA TOMADA

Bem plausível. O federal Dudu da Fonte (PP-PE), ex-presidente da CPI da Conta de Luz, assume a Comissão de Minas e Energia da Câmara. E mira as elétricas.

TOGA & BATOM

A mulher cada vez mais no poder, com méritos, na nova diretoria do TRT do Rio a partir de Segunda. São quatro desembargadoras: a vice Maria das Graças Paranhos, a dirigente Ana Mª Moraes, a Corregedora Sonia Mello e a ouvidora Edith Tourinho.

QUASE LÁ

Ricardo Trípoli continua no PSDB, mas a próximos indica a clara insatisfação com a cúpula em São Paulo. Escanteado, o ex-vereador, ex-estadual e agora federal puxador de votos na capital pode se render à Rede de Marina Silva, caso se concretize.


Pirotecnia de políticos deixa hospitais na UTI
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Leandro Mazzini

Tema bem abordado hoje por Elio Gaspari, o Hospital Regional Norte, em Sobral (CE), acaba de dar entrada na UTI. Como tragédia pouca é bobagem no país da Piada Pronta, lembra José Simão, eis o inglório domingo do hospital que nem médico tem ainda, mas brilhou em inauguração fantástica com show de R$ 650 mil de Ivete Sangalo: após forte chuva neste domingo, caiu a marquise da fachada do prédio novo. Repito: novo. Leia aqui reportagem de O Povo, do Ceará.

Não é de hoje que a pirotecnia dos mandatários sábios em medicina deixa o povo sofrido sem hospitais – ou nos que existem, sem macas ou médicos. A literatura político-policial para a Saúde é tão vasta que, se a Justiça pusesse na cadeia todos os governantes que malversam a verba para o setor, faltaria camburão no país.

Outra tragédia é o desdém. Nota-se pelo histórico levantado pelo repórter – e publicado na coluna – que em caso de emergência, os mandatários confiam tanto em seus hospitais públicos a tempo de rumar para um particular.

Fim de Outubro do ano passado, o secretário de Saúde do Rio, doutor Sérgio Côrtes, foi levado às pressas para o Hospital Samaritano, em Botafogo, apesar de o da Lagoa, seu bairro, estar operando. Teve escola. Em 2010, o prefeito Eduardo Paes correu para cirurgia de emergência na tradicional Clínica São Vicente, na Gávea. Uma semana depois, deu entrada no Copa D’Or o governador Sérgio Cabral. Excelências em atendimento, nenhum dos hospitais acima é da rede pública. Leia a aventura do trio aqui. Cabral é o mesmo que vestido de presidente, em fins de 2010, anunciou como ministro da Saúde o Côrtes, sua cria, mas a dupla entrou no bisturi da Dra. Dilma Rousseff.

Em abril de 2012, o ministro do Turismo, Gastão Vieira, implantou um stent no coração no respeitado Sírio e Libanês, em São Paulo – onde por coincidência estava internado, naquela mesma semana, o presidente do Congresso e seu conterrâneo, José Sarney. Ambos maranhenses, não titubearam em pegar voos para a capital paulista. Naqueles dias, o repórter descobriu que um lavrador, senhor Pedro Nogueira, morreu de enfarte na Emergência do Hospital Nossa Sra. da Conceição, em Central do Maranhão (MA), por falta de atendimento. Em síntese, um abismo ético, estrutural, administrativo e tecnológico separou os destinos do senhor Nogueira de Sarney e Gastão.

Este hospital supracitado, público, fica na Av. Roseana Sarney, s/n. O nome é em homenagem à governadora do estado, que prometeu em sua campanha construir 72 hospitais. Quando mal de saúde, Roseana se interna no Sírio e Libanês, em SP. Ou, se emergencial, vai a um privado de São Luís e passa longe do Socorrão que o estado mantém (lotado). Foi o que aconteceu com a governadora no fim de janeiro.


Trio do poder no Rio evita os hospitais que administra
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Leandro Mazzini

O incidente que levou ao hospital Samaritano o secretário de Saúde do Estado do Rio, Sérgio Cortes, fecha o ciclo do atestado de incompetência do governo no setor. Cortes foi atendido após incêndio em sua cobertura, na sexta. Dia 9 de Agosto de 2010, o prefeito Eduardo Paes submeteu-se a cirurgia de cálculo renal na Clínica São Vicente. Sete dias depois, o governador Sérgio Cabral entrou no Copa D’Or após torcer o joelho direito. Excelências em atendimento, nenhum dos hospitais acima é da rede pública.

FUGA OFICIAL. Socorrido em seu prédio na sexta, Cortes foi levado pela ambulância do SAMU para o Samaritano, o que contraria a regra destas unidades móveis em rede privada.

MISTÉRIO. Depreende-se dos ocorridos que Cabral, Paes e Cortes sabem de alguma coisa que o pobre cidadão carioca não conhece sobre a rede pública à qual apela.