Coluna Esplanada

Arquivo : março 2015

A confusão dos ‘Márcios’ na lista do HSBC suíço
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Leandro Mazzini

Marcio - É o homônimo construtor que tinha conta na Suíça, e não ele

Marcio – É o homônimo construtor que tinha conta na Suíça, e não ele

Maior polêmica hoje em Brasília além do escândalo das fraudes na Petrobras, a lista de mais de 8 mil brasileiros com contas no HSBC suíço, vazada no caso Swissleaks, causa confusão na capital por um nome divulgado na quarta-feira.

Na lista, aparece o nome do empreiteiro e ex-deputado federal carioca Márcio Fortes, afastado da capital e da política há anos. Mas muita gente em Brasília pensou ser o mais conhecido, o ex-ministro das Cidades e ex-APO Marcio Fortes de Almeida – que não tem qualquer relação com esse escândalo.

O ex-ministro, aliás, não tem boa experiência com dinheiro no exterior. Quando APO, em visita a Londres antes da Olimpíada, um larápio romeno levou sua carteira num passeio perto do hotel. Foi o único caso em que deixou dinheiro seu na Europa.


TJ do DF quer juiz político – de paz, trânsito e terras
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Leandro Mazzini

Sede do TJ do DF: o nascedouro da polêmica.

Sede do TJ do DF: o nascedouro da polêmica.

Chegou à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados uma proposta surreal que tem avançado discreta, mas forte, desde meados de 2013.

E ontem ganhou mais um capítulo com a entrega do relatório à CCJ pelo deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF).

Nascido na presidência do Tribunal de Justiça do DF, o PL 3411/12 transforma o cargo de juiz de paz (aquele, o casamenteiro) uma prerrogativa partidária, escolhido em eleição, e amplia suas atribuições para decidir também sobre pequenos conflitos de trânsito e de meio ambiente.

Se projeto virar lei, Brasília será pioneira e abre um precedente perigoso para os Estados: terá um juiz de paz político, com filiação partidária, com incumbência de cuidar de assuntos sem qualquer ligação com as funções atuais – poderá ter ingerência no Detran e nas decisões sobre as famosas grilagens, caso não haja correta regulamentação se aprovado e sancionado.

O lobby do TJDFT é forte. Tratam-se dos interesses comuns de juízes, desembargadores e parlamentares. Da CCJ, o PL vai a plenário e depois para o Senado, nos mesmos ritos. O projeto já passou pelas Comissões de Trabalho e Finanças sem alterações.

O deputado Ronaldo Fonseca fez uma pequena alteração em seu relatório, confirma à Coluna: inclui a obrigatoriedade de o juiz de paz ter bacharelado em Direito.


BB estuda cortes de R$ 1 bilhão
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Leandro Mazzini

A futura sede de diretorias do BB, em Brasília. Foto: divulgação

Perspectiva da futura sede de diretorias do BB, em Brasília. Imagem: divulgação

O governo foi informado de que a cúpula do Banco do Brasil pretende cortar até R$ 1 bilhão em custos este ano, diante da recessão na economia – e seguindo a linha de redução de despesas do banco. A despeito de ser empresa de capital misto, o Planalto recebeu bem a notícia.

Curioso é que enquanto a cúpula discute o corte bilionário, mantém a expectativa de crescer suas despesas entre 5% e 8%. ‘O Banco do Brasil mantém foco constante em redução de despesas e aumento da eficiência operacional’, informa a assessoria.

Apesar dos cortes, o BB não abrirá mão dos contratos futuros para o aluguel de três edifícios novos em construção, no setor de Autarquias Norte, em Brasília, que serão sedes de diretorias. Segundo a assessoria, uma empresa constrói e o banco alugará os edifícios.

Trata-se da incorporadora Tishman Speyer , que ergue três prédios cujo conjunto leva o nome Green Towers Brasília. Um deles foi concluído e já ocupado pelo BB (a fachada foi ‘envelopada’ com a marca do banco).

De acordo com a assessoria do BB, sobre a nova sede, ‘o aluguel das novas torres trará redução de despesas para o BB e melhora na eficiência. O BB ocupava em Brasília 9 prédios alugados. Optou por centralizar suas equipes em apenas 2, também alugados. O novo desenho trará ganho de produtividade ao deixar as equipes mais próximas e redução das despesas de aluguel’.


Lei no DF proíbe outdoors com propagandas eróticas e de motéis
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Leandro Mazzini

As propagandas de cunho erótico, de sex shop, de motéis e temas afins estão proibidas para painéis, placas e outdoors em Brasília e cidades satélites.

Na última terça-feira (24), a Câmara Legislativa do Distrito Federal, por 15 votos, derrubou o veto do ex-governador Agnelo Queiroz (PT) à lei aprovada 503/2011, do ex-distrital Evandro Garla,  que previa a proibição dessas propagandas em logradouros públicos.

O movimento pró-lei foi forte na Câmara, e uniu deputados de vários partidos ‘em defesa da família’, como Sandra Faraj (SDD), Chico Vigilante (PT) e Rodrigo Delmasso (PTN).

O DF é um dos líderes no Brasil em registros e denúncias de casos de pedofilia, e o tema pode virar alvo de CPI na Câmara ainda este ano.


Relação do Planalto e Congresso: um festival de retaliações
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Leandro Mazzini

Mais crise à vista, apontam congressistas.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atuou por retaliação ao colocar em votação urgente na terça (24) o projeto que obriga o governo a mudar o indexador de cálculo da dívida de Estados e municípios com a União.

Cunha já estava de olho na sanção da presidente Dilma da lei que modificou a criação de partidos, recém-aprovada, e ao vetar o ponto sobre a fusão de legendas aprovado pelo Congresso – que permitia a fusão após cinco anos a fundação – ela mandou o recado para o PMDB (assim avaliam os mandatários).

No bojo dessa troca de ‘desaforos’ institucionais está a recriação do PL, patrocinado pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, já fundador e controlador do PSD. A ideia de Kassab, com aval do Planalto (mais uma vez apontam peemedebistas) é fundir PSD e PL, após este esvaziar algumas legendas da base e oposição, e criar um grande partido aliado da presidente para se sobrepor ao PMDB. ( Lembre aqui )

Se isso ocorrer, o PMDB, a despeito de controlar as duas Casas no Congresso Nacional, perderia e muito, nos próximos anos e até na eleição presidencial de 2018, o seu poder de barganha junto ao PT e ao Executivo.

Os próximos dias ou semanas mostrarão a que nível chegará o convívio dos dois Poderes.


Dilma vira fã de Pablo Escobar – o seriado de TV
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Leandro Mazzini

Reprodução de TV

Reprodução de TV

A presidente Dilma Rousseff tem passado as noites colada na TV no Palácio da Alvorada.

Revelou para aliados que virou fã e não perde um episódio do seriado Pablo Escobar – o senhor do tráfico, transmitido pela Globosat.

Escobar é uma produção colombiana-americana, tem 74 capítulos e já foi exibida em 20 países.


PROS atua forte para manter-se no MEC
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Leandro Mazzini

Eurípedes - pressão de todos os lados. Foto: site pessoal

Eurípedes – pressão de todos os lados. Foto: site pessoal

Diante da pressão da bancada para negociar com a presidente Dilma a manutenção do partido à frente do Ministério da Educação, o presidente do PROS, Eurípedes Junior, pediu uma semana para buscar uma solução.

Com a também pressão do PT para retomar a pasta, após a demissão de Cid Gomes, os ministros palacianos já enviaram recados ao PROS de que será difícil manter o partido na pasta. E o PT já indicou dois nomes para a presidente Dilma.

Principalmente porque Cid levou apenas três pessoas de sua cota para o MEC – a pasta continua há anos com os segundo e terceiro escalões controlados por petistas.

 


Presidente Dilma e Lula aborrecidos com Eduardo Paes
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Leandro Mazzini

Paes - Para os petistas, o ex-tucano está se superando. Foto: UOL

Paes – Para os petistas, o ex-tucano está se superando. Foto: UOL

A presidente Dilma ficou muito aborrecida e nervosa quando soube que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), decidira impetrar ação na Justiça contra a manutenção do indexador de cobrança das dívidas do município com a União, que onera em muito o caixa da cidade maravilhosa.

Dilma enviou recados à cúpula do PMDB para lembrar a Paes que ela e o ex-presidente Lula investiram pesado no PAC na cidade, e deram muito dinheiro para a prefeitura realizar obras.

Agora, a guerra será judicial, porque o AGU Luís Adams tem carta branca da chefe para atuar na derrubada da liminar conquistada por Paes.

O prefeito, ex-deputado tucano, não tinha boa relação com o então presidente Lula até Sérgio Cabral, governador, aproximar ambos.


Stédile retoma agenda nacional de palestras para defender Lula
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Leandro Mazzini

Foto: link.org.au

Foto: link.org.au

Enquanto o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra continua ocupações Brasil adentro, o líder João Pedro Stédile tornou-se o exército de um homem só, pelo menos no discurso, a favor do MST e movimentos sociais.

O economista retomou uma intensa agenda de palestras pelo País, simultaneamente à fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que convocaria o exército vermelho em prol do governo.

Stédile ministrará aula magna na inauguração da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora, no próximo dia 26.


Grupo GLBT do PSDB ataca deputado tucano evangélico
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Leandro Mazzini

O PSDB em Brasília tenta abafar uma pequena crise interna que coloca o partido em situação delicada, envolvendo ataques entre tucanos.

O ‘Diversidade Tucana’, grupo GLBT e de simpatizantes das causas homossexuais, soltou nota de crítica ferrenha ao deputado evangélico João Campos (PSDB-GO), por sua proposta de moção de repúdio contra um ‘beijo gay’ numa novela da TV Globo.

Na nota, o ‘Diversidade’ informa que causa ‘vergonha e indignação’ a atitude do deputado, e que Campos continua uma ‘voz dissonante no partido’.

Ex-delegado e linha dura, João Campos também foi autor da polêmica proposta da ‘Cura Gay’, que ganhou destaque em final de 2013 na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

Não é inédita esta crise entre o grupo e o deputado. Em 2011, o Diversidade também criticou o tucano após ele atuar contra a implantação, na rede pública de ensino com respaldo do MEC, do chamado ‘Kit Gay’, um material didático sobre opção sexual para a educação básica. O ‘Kit’ acabou sendo barrado pela presidente Dilma.

O deputado foi visitado ontem pela assessoria parlamentar da TV Globo. A Coluna não conseguiu ainda contato por telefone com o parlamentar.