Coluna Esplanada

Arquivo : outubro 2016

MP muda critérios para concessão de rádios
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Leandro Mazzini

A Medida Provisória nº 747 enviada pela Presidência da República conota a tentativa de facilitar a vida do ministro Gilberto Kassab, das Comunicações, nas concessões de emissoras de rádio.

O texto altera a lei 5.785 e exige maior prazo de antecipação de pedido de renovação de concessões com apresentação das documentações; para 12 meses, em vez dos três a seis meses atuais.

O Ministério e equipe técnica ganham mais tempo. É o que conota a MP.

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Esplanadeira: Segundinho fica.. em segundo; e o vinho do senador
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Leandro Mazzini

Esplanadeira é a seção com as ‘curtinhas’ do dia da Coluna:

O NOME DIZ

Em Baturité (CE) não houve novidades – o Segundinho (PTN).. ficou em segundo. Perdeu a prefeitura para Assis Arruda (PDT).

DESCEU ARDENDO

O senador Requião abriu um Casa Ferreirinha, do Vale D’Ouro (garrafa a R$ 1.718), porque o filho Maurício perdeu para prefeito de Curitiba. Imagina se tivesse ganhado.

AMARAL TUR

Se Crivella vencer no Rio, seu secretário de Turismo está escolhido: é internacional empresário bon vivant Ricardo Amaral.

E AGORA, GLOBO?

A Organizações GLOBO (TV e outras mídias) está numa sinuca de bico no seu quintal. Que candidato apoiar discretamente diante do cenário: de um lado o favorito Crivella, ligado à TV Record do tio Edir Macedo; de outro o socialista Marcelo Freixo, que critica ‘a mídia golpista’ a exemplo dos partidos de esquerda aliados.

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Longe das eleições, Marconi mantém maioria de prefeitos tucanos em Goiás
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Leandro Mazzini

Mesmo longe do Estado nas últimas semanas e sem participar ativamente das campanhas até dos mais próximos aliados, o governador Marconi Perillo (PSDB) fez sua força política valer em Goiás.

Os partidos da base elegeram 199 dos 246 prefeitos. Destes aliados, 77 são alcaides tucanos.

Nos dois municípios onde haverá segundo turno – Goiânia e Anápolis – a base disputa a eleição: na capital, com Vanderlan (PSB), contra o favorito Iris Rezende (PMDB); em Anápolis, com Roberto do Orion (PTB), contra um candidato do PT, que liderou no primeiro turno.

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Prévia da prévia: Alckmin tem empresários, mas Aécio controla delegados
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Leandro Mazzini

O esperado duelo de bicadas no ninho tucano para 2018 será interessante.

Enquanto Geraldo Alckmin tem ao seu lado os maiores empresários do País, num jogo eleitoral em que não se pode mais ter doações de empresas, o senador Aécio Neves controla, hoje, a grande maioria dos delegados do partido.

Por isso o político mineiro quer e aposta nas prévias do PSDB. Ao passo que o anúncio precoce da potencial pré-candidatura de Alckmin pelo prefeito paulistano eleito João Dória foi classificado, no tucanato, um ato de desespero para mostrar serviço e ‘pagar a fatura’ do apoio do governador de São Paulo.


Mesmo derrotado em SP, PT conquista 853 mil votos para vereadores
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Leandro Mazzini

Dizimado nas prefeituras – perdeu cerca de 400 em todo o País – o Partido dos Trabalhadores teve sobrevida em São Paulo, pelo menos na votação proporcional para a Câmara.

Embora tenha elegido apenas 9 dos 55 vereadores, foi o segundo partido mais votado, com 853.808 votos, atrás apenas do PSDB. Parte dessa vice-liderança deve-se a Eduardo Suplicy, que obteve pouco mais de 300 mil votos.

Mas houve baixas em outras capitais e até cidades-polo do interior. Em Londrina, segunda maior cidade do Paraná, nenhum vereador do PT foi eleito.


‘Fator Câmara’ pesa para futuros prefeitos do Rio e São Paulo
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Leandro Mazzini

O novo prefeito de São Paulo, João Dória Jr (PSDB), terá que negociar com pelo menos cinco vereadores eleitos que não são de sua chapa para ter a maioria na Câmara Municipal, com 55 edis.

Dória diz que não haverá o tradicional toma-lá-dá-cá, mas não revela que mágica usará para reverter a pesada tradição do aparelhamento partidário na máquina.

Quem vencer a eleição no Rio de Janeiro – Câmara também com 55 vereadores – também terá  dificuldade, e muito maior que a de Dória.

O PSOL de Marcelo Freixo elegeu seis vereadores da chapa com PCB. Da sua chapa, Marcelo Crivella tem apenas quatro vereadores – três do PRB e um do PTN.


Esplanadeira: como Congresso criou Bento da novela e relator da Ficha Limpa
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Leandro Mazzini

Dois bastidores de como o Congresso Nacional criou dois personagens – um real, o relator da Ficha Limpa, e outro fictício, da novela Velho Chico, da TV Globo

Com o fim da novela Velho Chico, vale um ‘making of’ sobre o ‘laboratório’ feito pelo ator Marcelo Serrado no Congresso Nacional, onde aprendeu trejeitos dos parlamentares para fazer papel de um na trama. Ele ouviu do senador Reguffe (DF) que existem, sim, muitos bons políticos no País, apesar da má fama. Serrado mudou sua visão.

O ator levou a ideia para o diretor Luiz Fernando Carvalho, antes da novela ir ao ar, e Velho Chico – que teria só um deputado mau caráter – ganhou um vereador bonzinho. Foi o ‘Bento dos Anjos’. Inspirado nas dicas de Reguffe sobre políticos do bem.

Por falar em TV Globo, no debate da emissora da última quinta-feira, o candidato a prefeito pelo PSD, o deputado federal Indio da Costa, disse que ‘carregou um piano’ como relator da lei da Ficha Limpa. Eis o bastidor de sua escolha, e o poder da Igreja no episódio:

Anos atrás, a cúpula da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB), uma das idealizadoras do projeto de lei, pediu audiência ao então presidente da Câmara, Michel Temer, para falar da proposta da Ficha Limpa.

Junto com o grupo foi o então deputado Miguel Martini. Decidiu-se na reunião que a relatoria ficaria com o DEM. Dom Dimas Barbosa, da CNBB, passou os olhos na lista de parlamentares do DEM e parou no  nome de Indio da Costa: “Conheço este, a mãe dele foi minha paroquiana, é um bom rapaz”.

Temer lembrou ser nome neutro e topou. Martini foi presidente da comissão e Indio da Costa o relator. Com a lei aprovada, ele teve vitrine, se cacifou e foi escolhido por José Serra – também com aval da CNBB – para ser candidato a vice na chapa em 2010.

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