Coluna Esplanada

Rombo em plano de saúde da Fazenda vira caso de Polícia
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Leandro Mazzini

O clima esquentou na Assefaz – Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda, o poderoso plano de saúde que reúne cinco categorias de servidores federais e mais de 100 mil associados pelo país.

O presidente da Fundação, Helio Bernardes, acaba de protocolar no Ministério Público do DF e Territórios um ''comunicado'' sobre a situação da entidade. Nele, informa a recusa de uma funcionária de assinar o relatório financeiro de 2012.

Nos bastidores, o script dá o tom do problema. Ele aponta Rosana Ribeiro, demitida há 10 dias, responsável pelo rombo de R$ 35 milhões – valor que a entidade nega, mas o novo conselho deliberativo já levantou e investiga. Já demitida, revoltada, Rosana recusou-se a assinar o Balanço de 2012, alegando que estaria maquiado.

O conselho de administração também fecha o cerco a Bernardes, que a manteve no cargo nos últimos cinco anos. O grupo não é pouca coisa, formado por graduados da Fazenda, CGU, AGU e outras. Eles pressionaram Bernardes a demitir a colaboradora ou sofreria impeachment da presidência.

A crise na Assefaz chegou ao auge com o protocolo. A coluna vem citando o rombo desde meados do ano passado. Procurada, a assessoria resume: ‘Tal comunicado foi protocolado para que o órgão tome ciência do fato, uma vez o responsável pela fiscalização das Fundações’.

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DA TORRE

 

Com bela vista para o Lago Norte, pequeno grupo se reuniu ontem no gabinete do senador Gim Argello (PTB) para falar de sua reeleição e do eventual apoio a Agaciel Maia – ex-diretor do Senado – para a Câmara Federal.

 

COINCIDÊNCIA INDIGESTA

 

O PSDB ‘comemorou’ discreto. No Dia do Consumidor, órgãos de pesquisa de preços revelam que a desoneração da cesta básica naufragou. Houve aumento. “Anunciada com estardalhaço pela presidente, foi um tiro no pé”, criticou o senador Aloisio Nunes. Representantes de produtos da cesta anunciam que não poderão reduzir os preços em 9,25% pelo menos em oito produtos. O café não barateia.

 

RECHEIO DO BOLO

 

O senador Walter Pinheiro (PT-BA), relator, diz ser grande a expectativa de votar a nova tabela do FPE dia 19. A matéria tramita há meses. Ele explica que se trata ‘da distribuição e não do incremento’, nem tão pouco do aumento do bolo.

 

REVOLTA POPULAR 

 

Embora tenha saído dos holofotes da imprensa, continua onda de violência em Salvador. Principalmente por brigas de traficantes. Na quarta, uma quadrilha invadiu QG de chefão e matou por engano sua sobrinha de sete anos.

 

CHICO DA FRONTEIRA

 

Em visita a Porto Alegre em 80, João Paulo II fez graça e disse: ‘O Papa é Gaúcho’. Como o escolhido desta vez é argentino, houve quem brincasse: ‘Agora o Papa é quase gaúcho’. E completam: ‘Mas Deus ainda é brasileiro’.

 

CIUMEIRA

 

Ciumeira nos bastidores amazônicos de prefeitos de Parintins, Taquatiara e Maracapuru, três polos além-Manaus, sobre a pequena Coari, de 77 mil habitantes. Esta recebeu R$ 312 milhões de royalties por causa do gasoduto, em cinco anos. O trio, R$ 5 milhões. A queixa aberta pela, digamos, distribuição torta, vem do deputado Franciso Praciano (PT-AM). Em qualidade de educação, Coari é o 56º no rank nacional.


Dilma se despe de Dilma, e repete antecessores no jogo pelo Poder
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Leandro Mazzini

Durou dois anos e três meses a figura de gerentona independente da presidente Dilma Rousseff, a que não governa com a faca no pescoço de aliados famintos por cargos.

Um ano após fechar o ciclo de demissões de seis ministros enrolados, os quais por pouco não desfilaram pelas páginas policiais dos jornais, Dilma Rousseff se despiu da figura de faxineira e repete atos políticos dos antecessores ao trocar três ministros pela simples pressão de partidos aliados.

Desta vez, com uma diferença básica para os outros presidentes: ela não estava ameaçada pelo que chamam de ausência de governabilidade.

Como a maioria dos antecessores, a presidente Dilma cansou e se entregou ao jogo eleitoral, revelou assim o pacto pelo Poder – e não pela gestão – e gratuitamente troca ministros apenas para agradar a aliados visando ao seu projeto de reeleição.

Se fica evidente a manobra eleitoreira em plena metade de seu mandato, o jogo jogado consolida seu palanque daqui a 18 meses, por ora. A volta de Carlos Lupi ao Ministério do Trabalho, na figura de Manoel Dias, amarra o partido com o PT e enterra as pretensões do grupo que propala candidatura própria ao Planalto.

A entrada de Antonio Andrade na Agricultura prende o PMDB de Minas ao projeto de governo do ministro Fernando Pimentel (PT), candidato ao Palácio da Liberdade, e evita fuga da bancada mineira para o palanque de Aécio Neves (PSDB), eventual opositor de Dilma.

E a decolagem de Moreira Franco, até então apagado na Esplanada, é um afago pessoal da presidente ao vice Michel Temer – e paralelamente agrada a todo o PMDB. Moreira é da cota de Temer e agora comandará as concessões bilionárias de mais aeroportos.

O PMDB nunca foi tão feliz. E, pelo visto, Dilma nunca foi Dilma.

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Caso dos royalties vira perigo eleitoral para Dilma no Rio
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Leandro Mazzini

O silêncio da presidente Dilma sobre a derrubada do veto dos royalties pode trazer estragos sérios à sua tentativa de reeleição com votos do estado do Rio. Não bastasse a insatisfação do governador Sérgio Cabral (PMDB), os deputados federais, cobrados pelos prefeitos que perderão receitas, estão furiosos e pregam o troco ano que vem. “Dilma precisa do Rio , porque ela não tem Minas e São Paulo. Foram os votos do Rio que a salvaram no Sudeste em 2010”, argumenta um parlamentar do PMDB.

Neste caso crescem as chances de pulverização de votos no estado, onde Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), se candidatos, vão investir nos prefeitos e deputados.

Se a situação não mudar, Dilma será obrigada a fechar com o PMDB do Rio e sacrificar a tentativa de candidatura de Lindberg Farias (PT), para evitar mais confronto.

Já o senador petista tem equipe montada à espera da confirmação. Diz ter aval de Dilma e Lula. E já teria a maioria dos delegados do PT para sacramentá-lo em convenção.

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REDE ' N RIO

Marina Silva faz grande evento no Circo Voador da Lapa, no sábado à tarde, para lançar a sua Rede Sustentabilidade. Visa os jovens. Ela teve boa votação na cidade em 2010.

VALE ESSA?

Carlos Brandão (PSDB-MA) apresentou na Câmara projeto que dá direito à contraprova aos motoristas submetidos ao bafômetro. Teriam novo exame em 20 minutos.

ASCENSÃO (na internet) 

A coluna verificou. No Google na Quarta à noite, logo após o anúncio do novo Papa, o nome Jorge Bergoglio tinha 500 mil citações. Ontem às 18h já eram 903 milhões (!) de citações na internet, e 43,4 milhões para ‘Papa Francisco’.

ADIOU  

Foi adiada, mas a conversa vai acontecer. Eduardo Campos e Marcio Lacerda não se reuniram em Brasília como previsto. A reunião estava na agenda do governador, mas o prefeito teve de ficar em BH para os 80 anos da Fiemg.

AZEDOU O ABACAXI 

O Ibama aplicou multa de R$ 50 milhões no Incra em Mato Grosso, em 2008. Como o Incra não paga, mais de mil produtores estão impedidos de ter crédito agrícola.

CAMPANHA NO AR 

Duas famílias que disputam poder no Oeste catarinense resolveram investir em rádios. As dos deputados Valdir Colatto e Celso Maldaner, do PMDB, que não se bicam.


Collares disputará presidência do PDT contra Lupi
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Leandro Mazzini

O Ex-Governador Alceu Collares, do Rio Grande do Sul, vai disputar a presidência do PDT com o atual ocupante do cargo, Carlos Lupi, que tentará a reeleição.

O PDT decide dia 22 quem vai presidir o partido e seus rumos. A legenda está rachada entre o grupo de Lupi e o do ministro do Trabalho, Brizola Neto, que lançou Collares.

Trabalhista histórico, Collares tem o apoio também da deputada estadual Jualiana Brizola . O ex-governador é próximo da presidente Dilma Rousseff – ela trabalhou em seu governo gaúcho.

A eleição pode definir a posição do PDT nas eleições de 2014. O grupo de Lupi – ele ainda magoado com a presidente Dilma por ter sido demitido do ministério – quer lançar um candidato a presidente ou compor com o eventual candidato Eduardo Campos (PSB).

Já o grupo de Collares, bancado por Brizola, fortalece o ministro no cargo, fecha com o PT para 2014 e pode autorizar a volta de Carlos Araújo, ex-marido de Dilma, que tenta retornar ao partido. Isso vai depender também da composição da Executiva Nacional, que endossa a entrada, ou não.


Governadores do Amazonas e Ceará se estranham em reunião
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Leandro Mazzini

A turma do deixa disso entrou em cena. Na terça, no encontro de governadores para discutir o pacto federativo em Brasília, Omar Aziz (PSD), do Amazonas, e Cid Gomes (PSB), do Ceará, se estranharam à mesa.

Omar criticou obras federais. “Há hospitais sem médicos e equipamentos”. Apesar de a sua obra ser estadual, Cid Gomes se sentiu atingido sobre o hospital que inaugurou sem médico em Sobral, e rebateu que não foi a Brasília ouvir “ladainha”.

Na ‘inauguração’, Cid contratou show de Ivete Sangalo. O show é a nova dor de cabeça do governador cearense. Já Ivete se queimou na classe artística pelo cachê exagerado, R$ 650 mil – o que poderia ser investido no hospital.

Embora Omar tenha generalizado o comentário, Cid saiu ofendido da reunião pensando ser indireta. Ambos são de temperamentos fortes e firmes nas convicções.

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BODE NA SALA

Apesar dos protestos dos grupos GLBT, o PSC conseguiu o apoio da maioria dos líderes e vai manter pastor Feliciano (SP) na Comissão de Direitos Humanos.

EM CAMPANHA 

Em apoio a Rio e Espírito Santo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), defendeu em Brasília compensação a estados produtores e a manutenção de contratos. Para Marconi Perillo (PSDB-GO), ele falou como candidato.

AFUNDOU 

O embate verbal aguerrido da senadora Kátia Abreu com portuários na audiência pública recente pode ter afundado as negociações do PSD para fazê-la ministra.

ôH, DONA

Mais de dois anos tentando audiência com a presidente Dilma, o embaixador Bake, do Iraque, se despede de Brasília sem conseguir o encontro. Queria apenas presenteá-la.

PACIÊNCIA DE CHALITA  

O deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) priorizou conversas com expoentes da Câmara e se defende de ter contas pagas por grupo educacional. “Paciência. Não tenho o que fazer. O que eu tenho a meu favor é a consciência tranquila”.

DEMAGOGIA CANALIZADA

Do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), em contraponto à inauguração do Canal do Sertão, pela presidente Dilma, em Alagoas. “Um jornal diz que a obra é de 1982. Essas idas são demagógicas”. Jarbas, ex-governador de Pernambuco, completa: “Viajei para o interior do estado. Vi várias carcaças de animais. É a maior seca que já vi.”

PONTO FINAL 

Papa mais pop: sai o estilizado ‘Bento XVI’, entra o ‘Chico Primeiro’.


“Menina, onde fez a sobrancelha?”, pergunta militante GLBT a Feliciano
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Leandro Mazzini

Se a polêmica viesse à tona há menos um mês, certamente marchinhas de Carnaval apareceriam com a polêmico sobre o pastor Marco Feliciano, deputado pelo PSC de São Paulo e novo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

O conservador parlamentar, crítico aberto da comunidade GLBT e de seus direitos adquiridos na Justiça, tem sido alvo há duas semanas de protestos no Congresso, em especial com cartazes criativos. Um deles, na quinta-feira passada, foi flagrado por fonte da coluna: ''Menina, me diz onde fez essa sobrancelha!?'' , mostrou um militante gay.

Ontem, na Câmara, mostra a foto do colaborador da coluna Vinicius Tavares, mais protestos na escadaria do salão branco, na Chapelaria.

O PSC manteve posição e não vai tirar o deputado do cargo. Em ordem tradicional pelo regimento, de acordo com o tamanho das bancadas, os partidos têm direito a escolher um deputado e indicá-lo para a presidência de tal comissão.

A despeito da figura polêmica do pastor, dois partidos que tinham esse direito abdicaram de indicar um nome, por considerarem a comissão não importante para seus interesses. Deu no que deu: as consequências do descarte tomaram demasiado tamanho e atenção da midia a ponto de ofuscar até a votação do Orçamento.


Eduardo Campos prepara seu palanque em Minas
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Leandro Mazzini

Pré-candidato do PSB à Presidência, o governador Eduardo Campos (PE) chamou para conversar hoje em Brasília o prefeito de Belo Horizonte, Marcio da Lacerda.

Campos precisa fazer uma agenda em Minas sem melindrar o eventual adversário Aécio Neves. O problema é que Lacerda é aliado de ambos, e outro: o PSB rachou no estado.

Desde Outubro passado, o prefeito não conversa mais com o presidente da legenda em Minas, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, mais ligado ao candidato tucano.

Coordenador da campanha da reeleição de Lacerda, Walfrido recebeu para jantar o ex-presidente Lula e o adversário petista Patrus Ananias às vésperas da eleição em BH. E irritou o prefeito.

Lacerda revela a próximos que não há pretensão de se candidatar ao governo. Mas Campos precisa de um palanque no estado, um dos maiores colégios eleitorais do país.

Uma pesquisa encomendada por um partido em BH e região metropolitana mostra o prefeito folgado na liderança de intenção para o governo. Em segundo, Fernando Pimentel (PT).

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DUPLO NÃO

Na véspera da votação do veto e poucas horas antes, integrantes da bancada do Rio procuraram o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), na tentativa de negociar o adiamento da sessão. Defensor da distribuição nacional dos royalties, o petista justificou: ‘não se pode falar de direito adquirido de algo que é da União’.

VERSÕES

Os fluminenses, que podem perder bilhões de reais até 2014, pedem atenção aos contratos. Para Dias, na nova lei há distribuição justa, para todos, e provoca: ‘Não há contrato assinado, nem uma vírgula muda, há acordo entre a ANP e as petroleiras’.

ILUSTRE DESCONHECIDO

O deputado condenado pelo STF Valdemar Costa Neto (PR-SP) foi barrado em um dos acessos ao Senado Federal na tarde de segunda-feira. Com camiseta e ao celular, o parlamentar não foi reconhecido por um segurança, que exigiu a apresentação de documento de identificação. A cena durou 28 segundos.

UI!

O alvo da provocação viu, mas disfarçou. Um cartaz de um militante GLBT levado à Câmara na Quinta passada: “Menina, me diz onde fez essa sombrancelha!!”. Era para o presidente da Comissão de Direitos Humanos, pastor Feliciano (PSC-SP).

É HOJE

Governadores vão propor ao governo federal hoje a troca de parte das dívidas com a União por investimentos em saúde, educação e infraestrutura. A proposta é do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) e prevê que 20% das dividas seja usada nisso.

OBAMA TUPINIQUIM

Para quem anda quase ‘quebrado’, chamou a atenção ontem o staff à espera do jatinho do governador do Rio, Sérgio Cabral, e comitiva em Brasília: quatro carros executivos e oito seguranças num hangar.

ALIÁ$

Em tempos de estagnação da economia, os governadores que adoram jatinhos poderiam dar exemplo e trocar os caros fretes pelos voos de carreira.

AIR FARRA

E presidente Dilma poderia fazer lotação. Ontem no Aeroporto em Paulo Afonso (BA), além do AeroDilma, havia mais dois jatos da Presidência.

 


PSD e PMDB causam turbulência na Aviação Civil
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma Rousseff até ontem à noite estava reticente às investidas do PSD e PMDB de guilhotinar o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt.

Ela se reuniu por quase uma hora com ele pela manhã. Em nenhum momento tocou no assunto, e o incumbiu de criar novo grupo de trabalho junto às aéreas para alavancar o setor.

O novato mas poderoso PSD tentou há dois meses abocanhar a pasta. Agora é o PMDB que usa seu trator para entrar na pista e dominar as concessões de aeroportos.

Wagner Bittencourt, titular do cargo desde que a secretaria foi criada, é técnico de carreira do BNDES. Sem apadrinhamento político.

Os partidos parecem o menino que atira pedra para cima quando o avião passa, na esperança de uma hora derrubá-lo. Mas há o perigo de ela voltar na própria testa.

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NA MOITA 

Mineirinho continua na moita. O certo por ora é que Antonio Andrade, do PMDB de Minas, vai assumir a Agricultura. Para afago à bancada do estado.

20 ANOS DEPOIS 

‘O professor finge que ensina, o aluno finge que aprende e, finge que está formado’. A frase era repetida pelo então professor Aloizio Mercadante. Hoje ministro da Educação, ele saía de audiência semana passada com o presidente da Câmara, e foi interpelado pela Coluna sobre citação: ‘Melhorou muito, mas ainda, tem muita gente que engana’.

ONTEM E HOJE

Na briga com o governo, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) lembra que dos 3 mil vetos,  os mais importantes são os relativos ao Código Florestal, Emenda 29 (que delimita em 10% os recursos para a saúde) e o Fator Previdenciário. Para o líder tucano “o Congresso tem obrigação de resolver”. Sobre a crítica de petistas de que, no governo de FHC, o PSDB não se esforçou para votar os vetos: ‘foi um erro, vamos corrigir, vamos acertar daqui para frente. Perseverar no erro é pior que errar’.

DO OUTRO LADO 

Quem volta à política – nas salas de aula – é o ex-senador e ex-governador do ES Paulo Hartung. Ministrará Marketing Político no MBA da Universidade de Vila Velha.

BATALHA NAVAL

Defensor da distribuição dos royalties do petróleo para todo o país, com nova lei, o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), desancou o governador Sergio Cabral, do Rio. ‘Lamento a postura egoísta, não do povo carioca, mas do governador que não quis negociar’. Cabral tem dito, há mais de ano, que a verba é uma compensação sócio-ambiental para os estados confrontantes e que muitas contas do estado estão atreladas aos ganhos dos royalties, daí a preocupação.

ANTES DO CASÓRIO

Pedro Abramovay dá sua versão para, quando ministro, ter nomeado Carolina Haber para cargo comissionado no Ministério da Justiça em 2009: ela ainda não era sua esposa. Apenas conhecidos e colegas.


Aécio dá a largada em jantar com governadores tucanos
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Leandro Mazzini

Foto de Marcos Brandão

Incitado pela oposição e cobrado internamente pelos correligionários a entrar em pré-campanha, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) dá o pontapé ao seu projeto presidencial nesta terça-feira em Brasília.

O potencial candidato do PSDB ao Palácio do Planalto reúne em seu apartamento os sete governadores tucanos para jantar. No cardápio, menu de discursos misturados com críticas ácidas aos dez anos de gestão petista.

Todos os governadores confirmaram presença – Beto Richa (Paraná), Geraldo Alckmin (SP), Antonio Anastasia (MG), Marconi Perillo (GO), Simão Jatene (PA), Anchieta Junior (RR), Siqueira Campos (TO) e Teotonio Vilela (AL).

O jantar ocorre no mesmo dia em que desembarca em Brasília outro potencial candidato ao Palácio, o governador Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco. Campos, embora disfarce tanto quanto Aécio o interesse eleitoral, tem agenda eclética na capital: visita a Casa do Ceará, passa pelo escritório do governo de Santa Catarina e se reúne com aliados suprapartidários durante o dia.

Brasília terá uma terça-feira atípica. A maioria dos governadores estará na capital para a reunião preparatória do encontro com o presidente da Câmara, Henrique Alves, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, na pauta de discussão do pacto federativo.

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Royalties: Garotinho prepara contra-ataque jurídico
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Leandro Mazzini

Ex-governador, o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) prepara para esta terça uma série de ações – jurídicas e políticas – para invalidar a sessão que derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff sobre a nova lei que redistribui os royalties de exploração do petróleo.

Garotinho está no Rio e reuniu-se hoje com equipe e advogados. Respalda-se numa encrenca incomum que esbarra no regimento e até na moral de agente público, a se confirmar o imbróglio: o colega Zoinho (PR-RJ) acusa um impostor oculto de ter assinado em seu lugar a presença na sessão. Zoinho deixou antes o plenário por viagem programada.

Em suma, qualquer deputado, de qualquer partido, pró ou contra o projeto, pode ter assinado por Zoinho – ou até o mesmo, antes de sair, embora jure que não ocorreu. Fato é que o impasse regimental está criado.

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