Coluna Esplanada

Arquivo : alexandre padilha

Dirceu dribla função de emprego para não perder semiaberto
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Leandro Mazzini

O emprego de organizador de biblioteca num escritório de advocacia para o ex-ministro José Dirceu foi um drible necessário para que o apenado saísse da cadeia em regime semiaberto.

Dirceu é advogado, poderia trabalhar como tal, mas corre risco de perder a qualquer momento o registro na Ordem dos Advogados do Brasil. É que a OAB-SP abriu processo administrativo para analisar se cassa ou não a carteirinha de Dirceu, por ser condenado em ação penal e cumprir pena.

Atualizado sexta, 27, 11h22: O caso virou uma novela. Começou com denúncia à OAB nacional em Brasília, que alegou jurisprudência da seccional SP, e o imbróglio dura meses. Corre em segredo de Justiça (lembre aqui)

OU SEJA

Se trabalhar como advogado – além de ir contra os princípios da Ordem – Dirceu poderia voltar para a cela de imediato se a OAB eventualmente decidir cassar o registro.

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MILITÂNCIA EM CAMPO

sarney

Após José Sarney anunciar que vai desistir da vida pública este ano, seu último mandato, surgiu no Amapá movimento ‘Fica Sarney’, com adesivos para carros e artes que circulam por e-mail com foto sorridente do veterano político.

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VERGONHA NACIONAL 

No dia de Portugal x Gana no estádio de Brasília, pela Copa da FIFA, um evento privado, todos os órgãos públicos federais e do DF tiveram folga ontem…

ALIANÇAS REGIONAIS

Aécio e Eduardo Campos vão se afinando nos Estados mais do que o PT esperava. Candidato do PSDB ao governo do DF, Pitiman reuniu-se com Rodrigo Rollemberg, o candidato do PSB. O tucano avalia retirar a candidatura para apoiar o socialista.

EPA, EPA

Num corredor da Câmara há bela exposição sobre o presidente Getúlio Vargas. Mas uma foto de bottom com frase é estranha: “Para Deputado Federal Getúlio Vargas 1456”. Deve ter sido um xará do presidente Vargas, candidato posteriormente, já que o número 14 do PTB só veio em 1980, no registro do PTB com Ivete Vargas.

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PADILHA EM CAMPO 

padilhavale

Como nova celebridade política, Alexandre Padilha (PT) não escapa agora de nada. Foi fotografado com a esposa a caminho da arena nacional em Brasília, para Brasil x Camarões na segunda, com a camisa da seleção e a escrita ‘Padilha 13’ nas costas.

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MAIS EMBATE

Mais capítulo do embate entre delegados e procuradores. O Presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) ouviu de vários parlamentares que a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), de tanto opinar, virou a dos ‘Palpiteiros da República’. Procurada, a ANPR não se manifestou.

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Desconfiança de militares e leniência do Congresso seguram dados sigilosos
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Leandro Mazzini

Continuam na gaveta da Mesa Diretora do Senado os ofícios inéditos de solicitação de dados sigilosos do Palácio do Planalto, como os relatórios de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e os gastos secretos da Presidência.

De ambos os lados, não há nenhuma vontade política ou institucional para o andamento da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI).

Nos bastidores, os militares não confiam nos civis e em especial nos políticos da Comissão de Controle, que terão acesso total aos dados até hoje guardados.

Detalhe: os gastos secretos do Palácio já chegam a R$ 3,4 milhões este ano – R$ 1,713 milhão da Abin e R$ 1,749 milhão da presidência.

Há mais de 45 dias, a CCAI solicitou os relatórios de espionagem da Abin – quem foi ou é espionado, como e por que, em prol da soberania nacional. Comissões similares atuam em outros países com acesso a esses dados, mas no Brasil a CCAI demorou 12 anos para ser regulamentada – foi em Novembro de 2013 – e ter poder de requisitar estes documentos

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ALEXANDRE ALCKMIN x GERALDO PADILHA

Não era piada de Lula para Fernando Henrique o comentário de que lançaria na disputa para o governo de São Paulo um ‘petista com cara de tucano’. O ex-ministro Alexandre Padilha (PT), reparam os mais próximos, mudou muito os trejeitos de meses para cá. A fala pausada e os gestos estão mais parecidos com o governador e futuro adversário Geraldo Alckmin (PSDB). Padilha tem assistido e ouvido entrevistas do governador. A recíproca é verdadeira. Equipes do tucano já acompanham cada passo do petista.

PÉ NA ESTRADA

Padilha intensificou o road show pelo interior paulista. Os trackings dão o rumo: ele precisa ficar mais conhecido. E entre os que o conhecem, explicar o caso André Vargas.

LIÇÃO DA MATRIARCA

Quando em campanha na sua Pindamonhangaba, Alckmin gastou lábia por meia hora com matriarca com 20 votos em casa. Ao sair, descobriu que todos votavam em MG.

ALÔ, BRASIL

Gente do governo que trabalha com a Copa aposta em alta de venda de celulares avulsos para estrangeiros. É que, devido ao roaming caro, eles nem vão ligar os aparelhos.

TIRO (DUPLO) NO PÉ

Repercutiu mal nas duas corporações, em Brasília e em São Paulo, a fala de Alexandre Padilha no Roda Viva há duas semanas: ‘O meu partido recriou a Polícia Federal no País. Queira Deus que a Polícia Civil de São Paulo tenha a mesma autonomia’.

DESENFREADA

Corre que faliu a maior empresa prestadora de serviços terceirizados em Brasília. Funcionários protestam pela capital. A esposa do dono foi vista dirigindo um Porsche.

BOTA-FORA

Aguerridos agentes da PF, inclusive veteranos, não aguentam trabalhar para a comandante em chefe. A classificam arrogante. Seguidas baixas são registradas.

MIRANDO AÉCIO

De olho no voto paraibano – e terra do coordenador da campanha de Aécio, Cássio Cunha Lima, que deve disputar o governo – a presidente Dilma baixa na Paraíba duas vezes esta semana. Foi ontem a São José de Piranhas inaugurar trecho da transposição do Rio Chico, e na sexta volta a João Pessoa para entregar diplomas do Pronatec.

CURA (SALARIAL) RELÂMPAGO

Mal a presidente confirmou agenda trataram rapidinho de pagar os doutores do ‘Mais Médicos’ no Distrito Sanitário Especial Indígena Potiguara, em Baía da Traição (PB). Dois meses de atraso no salário. Informou o coordenador que foi uma falha no sistema..

BANDA LARGA

O presidente da Anatel, João Rezende, celebra a velocidade ininterrupta dos investimentos no setor. ‘Em cinco anos a internet chegará a 50% dos lares’, avalia. O crescimento era de 30% por ano. Agora, a média é de 12% ao ano, número ainda bom.

PAÍS DA TELINHA

Hoje, 18 milhões de domicílios (entre lares e escritórios) têm combo de canal a cabo, internet e telefone. ‘Vamos popularizar a TV por assinatura em 5 ou 6 anos. Onde houver dificuldade por cabo, o satélite resolve’, diz Rezende.

CALENDÁRIO & SUPERSTIÇÃO

O mês de agosto deste ano terá cinco sexta-feiras, cinco sábados e cinco domingos. Segundo especialistas, ocorre a cada 823 anos. Para os chineses, é sorte nas finanças.

PONTO FINAL

Em chamada do PP na TV em São Paulo, Paulo Maluf diz que bandido tem que ir para a cadeia.

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Fé quadrienal de pré-candidatos expõe preocupação com voto católico
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Leandro Mazzini

aeciovale

Aécio carregando a Lanterna de Prata na procissão do enterro de Cristo, na Sexta da Paixão, em São João Del Rey, terra do falecido avô (Foto – Blog Silvan Alves)

Os números explicam. O Brasil tem 60% da população católica – estimam-se mais de 30% dos eleitores. E a presença de renomados políticos em celebrações da Igreja no feriado da Páscoa indica que eles vão acolher temas cristãos na campanha.

As aparições reforçam também um fenômeno religioso que acomete políticos brasileiros – A Fé Quadrienal – e que atacou pelo menos três ilustres no feriadão.

O fenômeno surge a cada quatro anos, sempre o da eleição, e afeta em especial os que disputam o Poder Executivo. A abrangência é outro mistério: entre a Páscoa e o fim de Novembro. Depois some do corpo do hospedeiro, para reaparecer em quatro anos.

Casos mais destacados desta Páscoa foram o senador e presidente do PSDB Aécio Neves (MG), o presidente do PSB e ex-governador Eduardo Campos (PE) e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que surgiram em missas e procissões da Igreja outrora não visitados.

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Eduardo Campos com dom Raimundo Damaceno no santuário de Aparecida, na Páscoa

Não há notícias recentes, ou até de anos atrás, que registram os três pré-candidatos nas celebrações as quais participaram na Páscoa. É uma mistura de devoção com vitrine.

Aécio e Campos são candidatos ao Planalto. Padilha, ao governo de São Paulo. O tucano apareceu na sua São João Del Rey carregando a lanterna de prata na procissão do enterro de Cristo, na Sexta da Paixão, seguido de séquito que contou com deputados estadual e federal.

Campos e Padilha, que buscam o conhecimento do poderoso eleitorado paulista, foram a missas do Santuário de Aparecida, onde milhares de fiéis de São Paulo e do Brasil puderam vê-los pessoalmente e na TV.

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Alexandre Padilha e a esposa na primeira fila na missa da Páscoa no Santuário de Aparecida.

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PEIXINHOS E “TUBARÕES”

O Ministério da Pesca tem dados alarmantes sobre o tráfico internacional de peixes ornamentais. Parece bobeira, não é. ‘É altíssimo’, diz uma autoridade. A rota de saída do comércio ilegal é pela Venezuela e Paraguai. Via terrestre e até em aviões, com espécies escondidas em saquinhos de água no meio da bagagem de roupas. A descoberta se deu numa feira na China, recentemente, durante visita de diretores do ministério. Reconheceram espécies em aquários, inclusive catalogadas pelos feirantes como provenientes do Brasil.

MORDE E ASSOPRA

Um mistério o que se passa na cabeça dos diretores da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A agência compra coletes a prova de balas para seus fiscais, mas engaveta há anos a proposta de adicional de periculosidade. Os aguerridos fiscais da ANTT têm a certeza de que vão apanhar nas estradas, ou até levar tiro, mas não ganham nenhum incentivo salarial para isso.

DRIBLE

A Igreja Católica e as pentecostais atuam forte no interior. Apesar de postos do SUS publicarem em placas a distribuição de preservativos e contraceptivos, em alguns locais a segunda palavra é riscada ou coberta dos avisos.

AGORA VAI.. 

Ou a turma ministerial que está lá não sabe fazer, ou agora teremos um grande avanço. Portaria 34 de 17 de abril da ministra Marta Suplicy criou o GTC – Grupo de Trabalho da Cultura, com mais de uma dezena de membros da pasta e outros poderes, não remunerados, que se reunirão para propor políticas e resoluções para o setor.

TRIO EXTRA-PODER

Engana-se quem pensa ser apenas mais uma entre as dezenas de Frentes Parlamentares do Congresso para gritar por sua demanda. A Coalizão Parlamentar pela Reforma Política Democrática, lançada ontem, tem a chancela da OAB, da CNBB e do MCCE. O trio é o poderoso lobby dos advogados, da Igreja e dos magistrados que avalizaram e conseguiram aprovar a Lei Ficha Limpa. A Igreja vai distribuir nos mais de 10 mil templos cartilhas sobre a nova proposta. A OAB quer coletar 2 milhões de assinaturas.

LEI DO PÉ

O federal Pedro Uczai (PT-SC) protocolou projeto de boa utilidade pública para os deficientes: fabricantes de calçados terão de ofertar não apenas pares, mas também unidades especiais e tamanhos diferentes, de acordo com a demanda do cliente.

CERCO AO SILICONE

Com casos seguidos de morte e deformações, a deputada Sandra Rosado apresentou projeto de lei para tipificar como crime o uso de silicone industrial em cirurgias.

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CGU pega leve com Padilha candidato
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Leandro Mazzini

As cúpulas petista e do governo federal passaram a proteger o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o candidato escolhido por Lula para disputar o governo de São Paulo. E justamente por isso. São Paulo será a prioridade do PT nas disputas estaduais deste ano. Após o sucesso da eleição de Fernando Haddad prefeito da capital, Lula aposta em outro novato nas urnas para vencer a resistência do eleitorado paulista.

Para Lula, se o PT conquistar os governos de Minas, Rio e São Paulo, os três maiores colégios eleitorais do País, o partido sai no lucro este no. Essa é sua meta.
Daí Padilha ter essa blindagem política. O que não se esperava é que entrasse nessa onda um conceituado órgão independente do governo, mas sob controle petista – e justo o que cuida de fiscalização. A Controladoria Geral da União pegou leve com a gestão do ministro na emissão de certificado para uma prestação de contas.

A CGU descobriu falhas graves na auditoria sobre um evento bancado pelo Ministério da Saúde, a ‘12ª Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi)’. O problema é do tamanho do nome: um superfaturamento de R$ 2.053.023,73 ‘pagos indevidamente, sendo R$ 1.417.023,73 por serviços não prestados ou prestados em quantidade inferior ao cobrado; e R$ 636 mil de despesas antieconômicas’, segundo relato da própria CGU, que conseguiu bloquear R$ 169.608,00 de pagamentos futuros à GV2 Produções.

A despeito de tudo, o desfecho por ora foi surpreendente. A CGU enviou relatório para o Tribunal de Contas da União com certificado ‘contas regulares com ressalva’, e não ‘contas irregulares’, como de praxe em outros casos. Na nota divulgada no site, a CGU informa que foi proposto assim pela equipe técnica.

A CGU informou que se respalda na Instrução Normativa N.º 1, de 6 de abril de 2001, para certificar a auditoria com a expressão ‘contas irregulares com ressalva’, e para exemplo citou outros três casos. Já a GV2 Produções, procurada, não se pronunciou. O que não veio à tona é um embate ferrenho entre os técnicos da Controladoria com a cúpula do órgão. Eles foram contra esse encaminhamento, e engoliram seco. Caberá agora ao TCU julgar as contas, a despeito do certificado da CGU, e ali a conclusão pode ser outra.

Como supracitado, não é de hoje que o PT blinda Padilha. Foi assim quando a bancada no Senado barrou a instalação da CPI do Erro Médico – cujos dossiês, aos quais a Coluna teve acesso, justificam a investigação. A comissão focaria os casos gritantes de médicos em hospitais particulares de Brasília, mas a turma do jaleco, aliada ao ministro e ao seu partido, percebeu que o sangue alheio respingaria naturalmente nos hospitais públicos e, por consequência, nas ações do ministério e prejudicariam a imagem do ministro-candidato. Enterrada a CPI no Senado, menos uma dor de cabeça.

Padilha então passou a priorizar as viagens nos jatinhos da FAB para se promover no reduto eleitoral. Apenas para citar um caso, em dois dias o ministro fez seis voos de jatinhos do governo para visitar cidades paulistas. Passou por São Paulo, Ribeirão Preto, Marília, Guarulhos, São José dos Campos, São José do Rio Preto. Na agenda, assinaturas de convênios (normalmente isso é feito no gabinete) e visitas a hospitais, onde recebeu sorrisos, aplausos e tapinhas nas costas.

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Ministros-candidatos abusam da FAB para voos pré-eleitorais
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Leandro Mazzini

Antes que seja tarde, os ministros pré-candidatos abusam do conforto dos jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) em visitas às suas bases eleitorais.

De 20 a 22 de Dezembro pelo menos dois deles fizeram agenda de pré-campanha com desculpa de acompanhar programas.

Escolhido por Lula para disputar o governo de São Paulo, Alexandre Padilha (Saúde) fez seis voos. De São Paulo (Congonhas) para Ribeirão Preto, Marília, Guarulhos, São José dos Campos, São José do Rio Preto, de volta a Guarulhos e dali para Brasília.

A agenda entrega Padilha: visitas para assinaturas de portarias e liberação de verbas, usualmente realizadas no gabinete. E visitas a hospitais e UPAs – onde recebeu aplausos, sorrisos e abraços.

Candidato à reeleição para a Câmara dos Deputados – e até cotado para o Senado – Pepe Vargas (PT), do Desenvolvimento Agrário, voou para visitas a aliados em Porto Alegre, Santa Maria, Passo Fundo e Caxias do Sul.

Segundo a assessoria, o ministro foi participar de cerimônia de entrega de diplomas de 700 alunos do Pronatec, e entregou máquinas agrícolas. As cidades supracitadas são parte de sua base eleitoral.

Não são poucos os ministros que têm utilizado os jatos da FAB semanalmente para agendas pessoais – uma prerrogativa do cargo. Depois que a Coluna citou o vaivém do ministro da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, apagado no cargo, em voos semanais de Brasília para casa, e vice-versa, ele passou a citar ‘A serviço’ ao requerer os jatinhos.

O Comando da FAB não pode fazer nada a não ser acatar as ordens do vaivém de suas excelências. O ponto positivo é que os pilotos acumulam experiência.

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MADAMES AIR

Uma prova de como a FAB sofre sob a vaidade e comodismo dos ministros: Na noite de Domingo, 22, duas ministras vizinhas deixaram suas cidades de origem rumo a Brasília. Gleisi Hoffmann (Casa Civil) decolou de Curitiba às 19h15. Ideli Salvati, uma hora depois levantou voo de Florianópolis. Num simples telefonema as ministras poderiam negociar carona numa só aeronave e economizar o bolso do pobre cidadão, que além de custear a farra, sofre nos aeroportos lotados e dentro de aviões-gaiolas atrasados.

NATAL DOS MENSALEIROS 

A comida do presídio da Papuda, em Brasília, apesar da divulgação de que não teria menu especial de Natal, teve arroz, feijão, peru com farofa na embalagem de alumínio. A mistura na rotina dos presos é alguma carne de boi ou frango, e suco de fruta.

CHECK IN MINISTERIAL

O Ministério do Turismo , por portaria, criou fiscalização com poder para advertir, multar e até interditar hotéis que não prestarem bons serviços durante a Copa. O ministro Gastão Vieira, do Turismo, está inconformado com a baixa adesão de hotéis à classificação de estrelas criada pelo ministério.

É A CRISE

Os americanos trocaram Madri por uma cidade asiática no projeto de construção de 12 hotéis-cassinos, coisa de US$ 30 bilhões. Estudam a construção na capital do Japão, Coréia do Sul ou em Hong Kong. Deu no Boletim de Notícias Lotéricas.

CONSOLO 

Os pilotos da FAB gostam do Gripen, da sueca SAAB, mas o escolheram por falta de opção. Seu sonho de voo era o russo Sukhoi, o caça mais potente do mundo. O maluco-beleza do ex-presidente da Venezuela comprou uns 20 destes. Coitado do Brasil.

PÓS TEMPORAL 

A Prefeitura de Nova Friburgo, a cidade mais afetada pelas chuvas todos os anos na região serrana do Rio, decidiu destinar os R$1,5 milhão, economizados pela Câmara de Vereadores, para os postos de Saúde e hospitais da cidade.

SOBRE RODAS

A Caixa decidiu entrar na linha de crédito para automóveis, mercado tradicional dos bancos privados, e se deu bem. Registrou, até Novembro, crescimento de 35% nos contratos em relação a 2012. Foram R$ 2,2 bilhões em contratos só este ano.

NOEL CARCEREIRO 

As perguntas que ficam para o Papai Noel que passa pelas delegacias do Maranhão de saco cheio para soltar detentos: quantos saíram antes, e por quanto, e em que unidades?

CIDADANIA

Veja que legal. Os médicos cubanos que atuam no Espírito Santo decidiram ajudar voluntariamente os prejudicados pelas chuvas. No atendimento e no transporte.


PT barra CPI e blinda ministro Padilha
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Leandro Mazzini

Pressionada pelo PT, a Mesa Diretora do Senado acaba de engavetar o pedido da CPI da Violação do Direito Humano à Saúde (CPI do Erro Médico), que havia sido aprovada pelo presidente Renan Calheiros.

Dezenas de dossiês contra médicos, em especial de Brasília, com fotos e provas, pararam na mesa do senador Magno Malta (PR-ES), que lutou pela instalação.

Embora os alvos fossem hospitais privados, o PT temia que a CPI atingisse o ministro Alexandre Padilha, pré-candidato ao Governo de São Paulo.

Segundo Malta o objetivo era ‘apurar falhas no sistema público e privado que resultaram em óbitos’. O MPF está de olho em hospitais de Brasília.

Malta complementa: ‘quando eu entrei com o pedido da CPI, recebi e tive todas as assinaturas, e, em seguida, houve uma movimentação no escuro, nas trevas’.

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DISSE TUDO

‘Desaprovo quem usa a máquina para marketing eleitoral como alguns fazem’. A frase é de Gleisi Hoffmann, que entrega tratores todo mês no Paraná, onde é candidata.

TURBULÊNCIA 

O aeroporto de Maricá (RJ), alvo de ataques dos aeroclubes após dois acidentes na cidade, foi citado na CPI do Narcotráfico em 1999 com a ‘conexão com Atibaia’, com suspeitas de operação de transporte de drogas. Está citado nas páginas 844 e 899 do relatório, inclusive com menção a uma pessoa ligada à mais influente família da cidade.

DONA ENGRAÇADA

A presidente Dilma está mais descontraída nas cerimônias públicas por orientação do marqueteiro João Santana. No anúncio dos municípios no PAC 2, ela arrancou risos ao interromper discurso: ‘Tem algo errado aqui hoje. Aumenta o volume, por favor’.

DESAFINOU

Enquanto deputados lideram frente contra uso de animais em pesquisas laboratoriais, e preparam excursões país adentro, o Ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Raupp, defende testes em animais cobaias.

EX-COMUNA É..

Todo petista tem um pé no comunismo. A coluna descobriu a ata de fundação do PCdoB no Paraná com cinco signatários, em 1985. Entre eles Gleisi Hoffmann.

PENSANDO O FUTURO

A turma de Marina anda na ativa. Ocorre dia 29 o Rio Clima 2013. ‘Redistas’ estarão em peso no evento, um dos fóruns mais importantes sobre mudanças climáticas da AL.

MINEIRINHO

Pré-candidato ao governo de MG que evita a mídia, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, não escapa à oposição. O deputado Hauly (PSDB-PR) apresentou requerimento sobre financiamento do BNDES de 2007 a 2013 ao setor privado.

PÓS-ARCANJO

Procurador responsável pela prisão do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro em Mato Grosso, o hoje senador Pedro Taques (PDT-MT) pede mudanças na Lei de Proteção às Testemunhas. Ele aponta vulnerabilidade no sistema.

SOOU O GONGO

A despeito da renovação de contrato para mapeamento de satélites, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, quase foi convocada pela bancada ruralista para explicar atrasos no Cadastro Rural. A turma não desistiu e tentará na Quarta.

ATACANTE É ISSO AÍ

O deputado estadual Rogério Correia (PT) aproveitou a ida da presidente Dilma a BH e, a pedido do presidente do Galo – time da presidente – pediu para que ela interviesse no Banco Central, para liberar milhões de reais retidos com a venda do ponta Bernard.

CHINE$E$

Como a soja veio da China, o Brasil poderá ter de pagar bilhões de dólares aos chineses por uso desta genética. É o que propõe protocolo de Nagoya. Receberia royalties apenas por mandioca, entre outros. Cobrança pode inviabilizar setor.

NA VITRINE

Após denunciar vários políticos por crimes ambientais, procurador da república Mário Avelar quer ser candidato ao governo de Tocantins e negocia ingresso no PDT.

PONTO FINAL

Psiquiatras bolivarianos preocupados com o presidente Maduro, da Venezuela. Diz que tem conversado com Chávez, que renasceu num passarinho que o visita na janela.


Kassab articula candidatura ao Senado ou como vice de Padilha
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Leandro Mazzini

Presidente do PSD e aliado de primeira hora do PT nacional, o ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab submergiu há dois meses, com a efusão das ruas, nas viagens que fazia para visitar diretórios estaduais e pedir alianças com os petistas.

Agora, articula seu futuro em duas frentes: sair candidato ao Senado pela chapa do PT – assim corre risco o senador Eduardo Suplicy – ou surgir como vice do futuro candidato ao governo, Alexandre Padilha, já escolhido pelo ex-presidente Lula para disputar o Bandeirantes.

A despeito de toda a sua trajetória política, Suplicy teme ser rifado pelo próprio PT, que também vê com boas chances a aliança com o PSD paulista.

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NARCISO 

Bon vivant, o senador piauiense Ciro Nogueira, presidente do PP, tem sido visto cada vez mais alto no estado. Em seu helicóptero, com o prefixo de suas iniciais: PP-CNF.

VERDADE À MESA

A Comissão Nacional da Verdade terá uma reunião definitiva dia 19, na Segunda. Rosa Cardoso deve se despedir, mas há dois outros conselheiros na mira do grupo.

CHACOTA FEDERAL

O governador gaúcho Tarso Genro (PT) virou chacota na PF em Brasília. Dia 29 de Abril, quando seu secretário de Meio Ambiente foi preso na Operação Concutare, Tarso quis mostrar à população que, como ex-ministro da Justiça, tinha poder na autarquia. Avisou que havia sido informado previamente da prisão. Que nada! Pagou mico. Numa estratégia da turma do coldre, um repórter perguntou ao superintendente da PF como Tarso sabia de tudo. E ele deu o recado: Soube sim, o agente recebeu o mandado, encontrou o secretário, deu voz de prisão e então ligamos para o governador. O caso de Tarso, vestido de ministro, se espalhou e deixou mal corporação. A PF, em especial o delegado que comanda um inquérito, não avisa previamente a autoridade alguma, nem a presidente da República, que alvo será preso.

CNBB & DILMA

A Regional Leste I da CNBB enviou carta para a presidente Dilma, em que 18 bispos se dizem contra a sanção do PLC 3/13, com a polêmica ‘profilaxia da gravidez’. Os bispos lamentam a lei atentar ‘contra inocente no ventre’. Mas há pressão da sociedade. A lei obriga médicos tratarem vítimas de estupro para evitar a gravidez.

CPI DO ERRO MÉDICO

Ainda não instalada, embora aprovada pelo presidente do Congresso, a CPI do Erro Médico no Senado já tem dossiês com dezenas de casos de erros grosseiros. O PT faz jogo duro, com medo de respingar no ministro da Saúde. Mas a CPI deve mirar hospitais privados. Os dossiês estão com o senador Magno Malta (PR-ES), o futuro presidente da comissão. Como o de Terezinha de Paula, acamada há anos por erro em cirurgia de coluna. Ela processa o médico.

ASSEFAZ NO AZUL

A Assefaz, o plano de saúde de cinco carreiras da Fazenda, enfim voltou ao azul, em parte. Diz o presidente Hélio Bernades. O déficit fiscal foi superado, mas o contábil, pela meta, só no fim do ano. Ele corre para reaver R$ 25 milhões das reservas. A sinistralidade dos beneficiários continua alta – tal como a faixa etária do grupo, 30% acima dos 60 anos (o que contribui para o aumento de registros nos hospitais), enquanto a média dos planos é de 11%. ‘O conselho tem sido participativo, e não há intervenção’.

GLEISI E OS CACIQUES

A base dormiu e a oposição aprovou requerimento do líder da Minoria, Nilson Leitão (PSDB-TO), para a ministra Gleisi Hoffmann falar na Comissão de Integração da Câmara sobre o imbróglio judicial da demarcação de terras indígenas e desapropriações.

SÓ?

O PSB, PT, PCdoB e PDT enviaram para líderes a minuta do plebiscito sobre a Reforma Política. Aborda apenas o financiamento público e a eleições simultâneas.

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INFERNO ASTRAL

A pose do senador Ivo Cassol (RO), flagrado ontem pelas lentes do fotógrafo Marcos Brandão, no plenário do Senado, reflete bem o momento atual do parlamentar, condenado pelo STF sobre desvios quando era prefeito.

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Ministro promete a Frente Parlamentar desburocratizar programa de combate ao crack
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Leandro Mazzini

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse a deputados da Frente Parlamentar de Combate ao Crack, que o visitaram há dois dias, que vai ‘anunciar a desburocratização do programa’.

Padilha fala do Programa Nacional de Combate ao Crack, lançado pela presidente Dilma, mas com resultado pífio até agora: executou apenas 7% do valor previsto desde ano passado.

Segundo o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), a Frente vai tentar excluir a contrapartida pedida pela União. É que as prefeituras e governos têm dificuldades estruturantes e financeiras de aderir ao programa.

A Frente contra o crack, que reúne mais da metade dos senadores e deputados, vai lançar um blog sobre as propostas que avançam no âmbito legislativo. Eles vão propor, além da prometida desburocratização, que o dinheiro para o combate à droga seja a fundo perdido (doado) para os prefeitos.

Com intensa fiscalização in loco e em tempo real, evidentemente.


Ministros Padilha e Barbosa curtem bar em Brasília
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Leandro Mazzini

Recesso é para os fracos. Enquanto Brasília tradicionalmente se “esvazia” em Janeiro, quando Judiciário e Parlamento – e até alguns ministros – param suas atividades, muitos tantos ficam na cidade a trabalho ou a passeio.

Nesta sexta-feira, 11, à noite, uma prova disso no BalcoNY bar, na Quadra 412 Sul. Badalado Jazz bar frequetado por jornalistas, lobistas, servidores federais e políticos etc, duas presenças marcaram o lugar.

Numa mesa ao fundo, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, estava acompanhado de quatro amigos – entre eles seu filho. Ficou no bar entre 20h e meia-noite. Só levantou-se para dar jeito na coluna, a qual trata, e para cumprimentar duas beldades que se disseram fãs.

Por volta das 23h chegou o ministro Alexandre Padilha, da Saúde, bem acompanhado. Ambos não se viram, que se saiba. E eram dois comuns entre os frequentadores.

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