Coluna Esplanada

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Disputa no PMDB: Picciani e Motta fazem conta de traições
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Leandro Mazzini

Nada está definido na bancada do PMDB. Os dois candidatos a líder fazem contas até de traições na bancada de 70 que deve votar hoje – calculam que 67 votos estão certos.

A forte disputa envolvendo o líder Leonardo Picciani (RJ), que tenta a recondução, e Hugo Motta (PB) tem ingredientes de bastidores com fortes padrinhos dos dois lados: Palácio do Planalto com Picciani, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apadrinhando Motta.

E a conta não fecha. Picciani acredita que terá entre 42 e 45 votos, e Motta espalhava ontem à noite que chega a 39. O que fica evidente que tem gente prometendo voto aos dois.

A votação, secreta, será no Plenário 1 da Ala das Comissões da Câmara a partir das 15h, e o resultado sai até às 16h.

Em jogo, o rumo da bancada durante o ano legislativo: se a maioria será governista, sob controle de Picciani, ou oposição, se Motta levar a melhor.

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PT abandona Vaccari na CPI dos Fundos de Pensão
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Leandro Mazzini

Vaccari Neto, ontem, na CPI dos Fundos de Pensão - o ex-tesoureiro, abatido, viu os petistas darem tchau e sumirem do auditório. Foto: ABr

Vaccari Neto, ontem, na CPI dos Fundos de Pensão – o ex-tesoureiro, abatido, viu os petistas darem tchau e sumirem do auditório. Foto: ABr

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) agendou reunião do grupo na Câmara, na tarde de ontem, no mesmo horário em que o ex-tesoureiro Vaccari Neto era ouvido na CPI dos Fundos de Pensão.

Apenas quatro portas no corredor das comissões separavam o auditório da CPI, onde Vaccari se mostrava abatido, da reunião dos petistas onde o líder Sibá Machado (AC), de saída, fazia balanço da gestão – o presidente do PT, Rui Falcão, estava lá.

Antes alvo de bajulação pelos mandatários atrás de uns ‘extras’ para cobrir custos de campanhas, ontem um isolado e silencioso Vaccari filmou, lá da mesa, mais de uma dezena de petistas aparecerem na porta, darem um tchau e sumirem da sala.

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Quintão entrega carta de apoio a Picciani e solta: ‘Cunha é traidor’
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Leandro Mazzini

quintao

Ex-candidato a líder do PMDB – ocupou o cargo, aliás, por um dia no fim do ano passado – o deputado federal Leonardo Quintão entregou na tarde desta quarta (3) uma carta com apoio de seis dos sete parlamentares da bancada mineira.

O mineiro chamou o presidente da Câmara, seu ex-aliado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de traidor. Quintão revelou que se sentiu usado por Cunha para prejudicar Picciani no malsucedido episódio que teve reviravolta na batalha interna da bancada.

Leonardo Quintão foi à liderança do PMDB para entregar o documento pessoalmente ( assista ao vídeo acima ), ao lado de outros dois deputados do PMDB de Minas.

Mas há outro ingrediente político motivador da ira de Quintão. Cunha usou do poder da caneta para destitui-lo da relatoria do novo Código de Mineração, que tramita em comissão especial na Câmara. Cunha nomeou o deputado Laudívio Carvalho (PMDB-MG) o novo relator. Não por acaso, Laudívio será o único voto contra Picciani na bancada mineira.

A DISPUTA

Picciani concorre no próximo dia 17 ao cargo de líder para 2016, na tentativa de reeleição, contra o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) – este apadrinhado por Cunha, agora desafeto do atual líder, após racharem. Picciani é governista e apoia a presidente Dilma e o PT; Cunha, a despeito do cargo, é declaradamente oposição.

O episódio de reaproximação de Picciani com Quintão após o carioca retomar o cargo no fim do ano foi curioso. Eles precisavam se encontrar num fim de semana e, por causa de forte chuva no Sudeste, os aeroportos de Belo Horizonte e Rio estavam fechados.

Ambos dirigiram seus carros até Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas, um ‘ponto neutro’ para a conversa. Do encontro saiu a famosa foto que surpreendeu aliados de ambos, quando selaram o acordo. Quintão tornou-se o vice-líder de Picciani e assim se dá por satisfeito, repete.

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Novo líder deixa bancada do PT otimista na relação com Planalto
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Leandro Mazzini

ABr

ABr

O Partido dos Trabalhadores está mais otimista com o novo líder na Câmara, o deputado federal baiano e ex-ministro (MDA) Afonso Florence, que assume hoje.

Ele tem excelente interlocução com o chefe da Casa Civil, o conterrâneo Jaques Wagner, e a bancada acredita que terá maior acesso ao Planalto.

O petistas estimam também que Florence terá (literalmente) voz mais ativa na tribuna, ao contrário do ex-líder Sibá Machado, alvo de sarcasmo e discriminação por seus pares. Florence foi elogiado até pelo opositor Pauderney Avelino (DEM-AM).


Grupo de Temer não desiste e quer virar o jogo novamente na liderança
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Leandro Mazzini

O grupo do vice-presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados não desistiu.

Promete uma tréplica: uma nova tentativa de lista de maioria que se sobreponha à que reconduziu Leonardo Picciani a líder.

A tropa na bancada é capitaneada por Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro de Lula Geddel Vieira Lima. A turma é contra o Palácio do Planalto, ao contrário do grupo reconduzido por Picciani, ligado aos ministros palacianos.

O PMDB tem 69 deputados. Com ajuda do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, Picciani conseguiu 36 assinaturas, após reviravolta na semana passada com mudança de três votos que haviam alçado Leonardo Quintão (PMDB-MG) a líder.

Quintão foi líder por 48 horas. Ensaiou uma agenda oficial com Renan e deu com a porta na cara, literalmente.

 


Disputa para líder do PSDB racha bancada entre ‘aecistas’ e ‘serristas’
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Leandro Mazzini

fabio

Fábio Sousa – o goiano aliado de Marconi articulou a campanha de Jutahy e chamou a atenção de Aécio.

A bancada do PSDB na Câmara rachou para valer e Aécio Neves levou a melhor sobre José Serra. Foram 28 votos a favor de Antonio Imbassahy (BA) contra 23 de Jutahy Magalhães (BA).

A disputa entre os baianos ocultou uma batalha maior. Imbassahy foi indicado por Aécio, e Jutahy há anos é aliado de Serra.

Em meio à batalha, dois deputados goianos se destacaram na disputa interna e chamaram a atenção do senador Aécio Neves, presidente do partido, pela desenvoltura.

A cúpula do tucanato contabiliza nas ações de Fábio Sousa e Baldy a grande maioria dos 23 votos de Jutahy Jr.

Aécio quer conversar com a dupla goiana. Fábio, que articulou para Jutahy, cresceu na bancada e é potencial candidato a líder em 2017, com apoio do governador Marconi Perillo.

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Cai Picciani. Novo líder do PMDB é Quintão, ligado a Cunha
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Leandro Mazzini

quintao

Com aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um grupo majoritário articulou nesta manhã e conseguiu destituir o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ). O novo líder é Leonardo Quintão (MG).

O grupo dissidente foi comandado pelos deputados Darcísio Perondi (RS) e Lúcio Vieira Lima (BA), ligados a Cunha. A ala majoritária conseguiu 35 votos, contra 31 de Picciani.

Picciani se afastara do presidente da Casa e aliado desde que se aproximada, há dois meses, da presidente Dilma. O que lhe rendeu indicar dois colegas de bancada para ministérios: Saúde (Marcelo Castro, do Piauí) e Celso Pansera (Ciência & Tecnologia, do Rio).

Picciani se reunira com a equipe e seus principais aliados desde às 9h desta quarta, na liderança, após chegar tenso na Chapelaria. Ficou a maior parte do tempo ao telefone, fazendo contas.

O deputado carioca não se deu por vencido, a despeito de ter acolhido a decisão da maioria, que irá protocolar a decisão na Mesa Diretora nesta tarde. Picciani vai trabalhar ainda hoje para tentar reverter votos e tentar uma reviravolta até esta quinta-feira.

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SAC & IMPEACHMENT

Com a ascensão de Quintão muda totalmente a relação da bancada do PMDB com o Palácio do Planalto. Quintão agora é apadrinhado de Eduardo Cunha, e poderá ter influência nos oito votos que o partido terá na comissão especial que analisa o processo de impeachment da presidente Dilma – o esperado placar a favor do Planalto também pode mudar, para pior, com a ingerência de Cunha sobre a bancada a partir de agora.

O que está no bojo do embate interno na bancada é o Poder alcançado por Picciani junto à presidente Dilma. Além dos dois ministérios, ele já poderia indicar um deputado como terceiro, o da Aviação Civil.

O nome mais cotado é o de Newton Cardoso Jr, uma exceção à disputa interna, em razão de ser aprovado tanto por dissidentes de Picciani quanto pelo grupo do ex-líder. Ainda não há nada oficial.

Não está certo, porém, que a bancada indique um nome à SAC, porque o grupo dissidente é contra ter cargos no Governo.

 


Filho de Newton Cardoso é cotado para Aviação Civil
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Leandro Mazzini

Foto: pmdbnacamara

Foto: pmdbnacamara

Atualizada Quarta, 9/12, 13h30 – O preferido da bancada do PMDB para ministro da Aviação Civil é o deputado Newton Cardoso Jr (PMDB-MG), filho do ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso.

Não há indicação oficial por ora. O clima anda tenso na bancada do PMDB justamente por causa da ciumeira contra Picciani, que poderia emplacar seu terceiro ministro em dois meses. Mas Picciani foi destituído na tarde desta quarta pela maioria dos deputados.

Foi Picciani quem indicou, após decisão da maioria da bancada, os ministros da Saúde (Marcelo Castro) e Ciência & Tecnologia (Celso Pansera).


PT avisa a Wagner e Lula que votará contra Cunha
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Leandro Mazzini

wagner

No jantar com a bancada do PT na casa do deputado Paulo Pimenta, na última segunda-feira, o chefe da Casa Civil do Planalto, Jaques Wagner, descobriu que não há como controlar o grupo.

Ainda havia uma tímida tentativa de convencer parte da bancada de apoiar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a fim de preservar a presidente Dilma Rousseff em duas frentes – contra o impeachment dela e pela pauta positiva do Governo na Casa.

Os alvos eram os membros da corrente “Mensagem ao Partido”.

Os petistas mantiveram-se unidos no discurso e peitaram Wagner, com recado ao ex-presidente Lula. Não vão ajudar o presidente da Câmara. Todos saíram do indigesto encontro com a decisão de respaldar o voto dos três deputados do PT contra Cunha no Conselho de Ética.

A bancada ficou rachada com a tentativa de intervenção de Wagner e Lula, com recados sobre apoio a Cunha. Ameaçou até divulgar carta sobre a divisão, entre os que seguiriam a recomendação e os que prometem independência. Isso motivou o jantar derradeiro.

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Ministérios da discórdia: Cunha e Picciani se distanciam
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Leandro Mazzini

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e o presidente da Câmara e seu padrinho no cargo, Eduardo Cunha (RJ), estão desafinados. Por ora ainda aliados, mas se distanciaram muito.

Eram até cinco as visitas diárias de Picciani a Cunha no gabinete na Câmara; agora, desde o início das negociações por mais ministérios, é apenas uma – e por iniciativa do líder.

Este é o espelho do racha aos olhos de quem assiste o dia-a-dia, mas é apenas uma situação pessoal. O curto-circuito surgiu de como os acordos foram escancaradamente tocados pelo líder, e isso desagradou pessoalmente a Cunha, agora oposição ao Governo, por revelar que ele não tem mais controle sobre o apadrinhado.

No entanto há um cenário curioso. Os dois novos ministros do partido, Celso Pansera (Ciência & Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde) são muito ligados a Cunha – há quem aponte que apadrinhou ambos.

Mesmo assim, o PMDB continuou a fazer jogo duro na Câmara para mostrar aparecente neutralidade e passar à sociedade uma imagem de que ‘não se vende’ ao Planalto, a despeito da reforma. E isso deixou mal na fita com o Planalto o líder Picciani, que foi a ponte.

A bancada ainda não se engajou na análise dos vetos da presidente Dilma, tão importantes para destravar o Ajuste Fiscal.