Coluna Esplanada

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Temer luta pelo controle do PMDB
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

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O que está em questão também na carta-bomba de Michel Temer para a presidente Dilma não é apenas seu enfraquecimento como vice-presidente.

A conjuntura e o desdém da chefe da nação o fizeram perder Poder no próprio PMDB com o tempo.

Há uma disputa velada pelo controle do partido. O fortalecimento da família Picciani, que deve herdar o terceiro ministério em dois meses, pode fazer crescer Sérgio Cabral ou Jorge Picciani, pai do líder Leonardo.

Os cariocas surgem como cotados a presidir o PMDB. O clima tenso começou com a passagem de Lula há dias pelo Rio, onde conversou com Cabral e o governador Luiz Fernando Pezão.

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Movimento de quarteto carioca inflama disputa por vaga no STF
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Leandro Mazzini

stf

Gabinetes parlamentares e do Judiciário de Brasília convivem há semanas com dois intensos movimentos de lobbies por indicação para a vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal, cujo mistério deve terminar nos próximos dias com a indicação da presidente Dilma.

De um lado o grupo ‘PPCC’ – Pezão (Luiz Fernando, o governador), Paes (Eduardo, o prefeito), Cabral (Sérgio, o ex-governador) e Cunha (Eduardo, o presidente da Câmara) se uniu numa frente forte pelos nomes de Luis Felipe Salomão e Benedito Gonçalves, os cariocas ministros do Superior Tribunal de Justiça.

De outro, os Estados do Nordeste que querem um representante após a saída de Ayres Britto. No bojo da disputa, o julgamento da repartição dos royalties do pré-sal.

A união dos peemedebistas é um apelo pelo caixa do Estado e prefeitura. Ter um indicado pelo grupo e simpático aos interesses do Rio na Corte não é garantia de vitória, mas esperança de que o indicado julgaria com mais atenção a causa do Estado e prefeitura: a repartição dos royalties do pré-sal, cujo caso foi parar no STF.

Em 2013, os Estados produtores de petróleo (Rio, ES) impetraram Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a lei que redistribui os royalties para Estados não produtores, e abriu-se uma guerra político-judicial entre os governos pelo dinheiro.

A ação está parada no STF. A nova repartição tira muito dinheiro do caixa do governo e da prefeitura do Rio. Em entrevista à Coluna em janeiro, Pezão disse que teve de recalcular todo o orçamento diante da possibilidade de perda de receita.

O CONTRA

Nessa disputa por indicações para o STF, outro movimento de empresários e togados é o adversário direto do grupo ‘PPCC’.

O grupo faz chegar à presidente Dilma que o Rio de Janeiro está poderoso demais no Supremo – já são quatro ministros originários do Estado: Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Melo, Luiz Fux e José Roberto Barroso (estes indicados recentemente), e que ela deve indicar um nome de outro Estado.

O principal nome citado para a vaga, por este grupo, hoje é Heleno Torres, professor da USP, que é nordestino.

COMPOSIÇÃO

Apesar de ser formada por nove Estados, o Nordeste não tem um único representante na composição do STF, após a saída do sergipano Ayres Britto.

Atualmente, o Rio tem quatro ministros; São Paulo tem dois; e Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso têm um, cada.

Este é o destaque da Coluna deste domingo, enviada na sexta (27) à noite para os jornais da rede Esplanada e reproduzida no UOL.


Por aliança em 2014, Dilma anunciará mais R$ 3 bilhões para o Rio
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Leandro Mazzini

Na sequência de agrados para conter eventual sangria no futuro palanque eleitoral, a presidente Dilma investirá pesado no governo de Sérgio Cabral (PMDB) e do vice Luiz Fernando Pezão, candidato do PMDB à sucessão.

Após trocar ministros para afagar descontentes e se reaproximar do PDT, PR e PMDB, ela desembarca no Rio dia 27 de Abril para assinar contrato de financiamento de R$ 3,2 bilhões através do Banco do Brasil. O dinheiro financiará obras do estado e do governo federal em parceria com o Palácio Guanabara.

Dilma usa a estratégia num momento crucial, em que o estado do Rio luta na Justiça contra o risco da perda dos royalties e em que o PMDB reclama da pré-candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo.

O PMDB ainda acredita que terá um vice do PT e que Lula e Dilma tiram Lindbergh da disputa, diz um figurão do governo do Rio. E aliados de Cabral são pragmáticos: Dilma “não tem” palanques fortes em Minas, Espírito Santo e São Paulo. Então precisa de uma dupla aliada de peso no Rio – o governador e Pezão.

‘Aécio Neves (PSDB) terá 7 milhões de votos só em Minas, e ainda ‘pega’ Sul da Bahia. Tem São Paulo com ele (aliança com Geraldo Alckmin), e no Espírito Santo o apoio do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), ainda bem cotado’, diz um pemedebista.

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O POETA

O vice-presidente Michel Temer lançará seu livro de poesias ‘Anônima Intimidade’ na Sexta-feira na Associação Comercial do Rio. Embora fique constrangido com regalias, a segurança no populoso Centro carioca envolverá fechamento da Rua da Candelária e adjacentes, para a comitiva com carros blindados, ambulâncias, batedores etc.

PRECEDENTE

Da última vez que andou com carro descaracterizado, o vice passou susto: um pivete em São Paulo abriu sua porta para tentar roubar o relógio, e foi um festival de pistolas dos federais apontadas para o menino.

ITAMAR E O FUSQUINHA

Gente do SNI conta: Itamar Franco bateu pé para viajar no seu Fusca, sozinho, do Rio para Juiz de Fora. Descobriu-se seguido por mal-encarados no meio do caminho. Num posto, ligou assustado para o general e ouviu: ‘Calma, presidente, somos nós’.

NA PISTA

Para o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), o ministro dos Transportes, Cesar Borges, tem ‘capacidade para impulsionar obras inclusive do Paraná’.

BBB

Um assessor da deputada Erika Kokay (PT-DF) perdeu o sossego na Câmara. Desde que confrontou seguranças em protesto, vem sendo filmado por agentes por onde anda.

INVASÃO DO BEM

Numa pesquisa, a Arquidiocese do Rio descobriu que não há mais passagens aéreas de vários países para o Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude. Dom Orani acha que os ônibus e transatlânticos vão invadir a cidade.

SALDO DO PALANQUE

Com a queda de juros provocada pela presidente Dilma, os bancos privados perderam, juntos, R$ 1,5 bilhão em lucro líquido no segundo semestre de 2012, mostrou relatório do BC. A turma anda descontente e dividida, digamos, para 2014. O Itaú já está simpático à Marina Silva (REDE) e Eduardo Campos (PSB). O Bradesco, grande doador de 2010 dos petistas, ainda apoia Dilma. A coluna antecipou o movimento dos pré-candidatos junto às instituições financeiras.


Caso dos royalties vira perigo eleitoral para Dilma no Rio
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Leandro Mazzini

O silêncio da presidente Dilma sobre a derrubada do veto dos royalties pode trazer estragos sérios à sua tentativa de reeleição com votos do estado do Rio. Não bastasse a insatisfação do governador Sérgio Cabral (PMDB), os deputados federais, cobrados pelos prefeitos que perderão receitas, estão furiosos e pregam o troco ano que vem. “Dilma precisa do Rio , porque ela não tem Minas e São Paulo. Foram os votos do Rio que a salvaram no Sudeste em 2010”, argumenta um parlamentar do PMDB.

Neste caso crescem as chances de pulverização de votos no estado, onde Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), se candidatos, vão investir nos prefeitos e deputados.

Se a situação não mudar, Dilma será obrigada a fechar com o PMDB do Rio e sacrificar a tentativa de candidatura de Lindberg Farias (PT), para evitar mais confronto.

Já o senador petista tem equipe montada à espera da confirmação. Diz ter aval de Dilma e Lula. E já teria a maioria dos delegados do PT para sacramentá-lo em convenção.

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REDE ‘ N RIO

Marina Silva faz grande evento no Circo Voador da Lapa, no sábado à tarde, para lançar a sua Rede Sustentabilidade. Visa os jovens. Ela teve boa votação na cidade em 2010.

VALE ESSA?

Carlos Brandão (PSDB-MA) apresentou na Câmara projeto que dá direito à contraprova aos motoristas submetidos ao bafômetro. Teriam novo exame em 20 minutos.

ASCENSÃO (na internet) 

A coluna verificou. No Google na Quarta à noite, logo após o anúncio do novo Papa, o nome Jorge Bergoglio tinha 500 mil citações. Ontem às 18h já eram 903 milhões (!) de citações na internet, e 43,4 milhões para ‘Papa Francisco’.

ADIOU  

Foi adiada, mas a conversa vai acontecer. Eduardo Campos e Marcio Lacerda não se reuniram em Brasília como previsto. A reunião estava na agenda do governador, mas o prefeito teve de ficar em BH para os 80 anos da Fiemg.

AZEDOU O ABACAXI 

O Ibama aplicou multa de R$ 50 milhões no Incra em Mato Grosso, em 2008. Como o Incra não paga, mais de mil produtores estão impedidos de ter crédito agrícola.

CAMPANHA NO AR 

Duas famílias que disputam poder no Oeste catarinense resolveram investir em rádios. As dos deputados Valdir Colatto e Celso Maldaner, do PMDB, que não se bicam.


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