Coluna Esplanada

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Sem jogo legalizado, brasileiros abrem bingos na AL, Caribe e México
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Leandro Mazzini

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Enquanto o Congresso Nacional avança no debate sobre a tentativa de legalizar os jogos – cartas à mesa no Congresso e Planalto – empresários brasileiros investem no exterior. De cinco anos até hoje, abriram – e continuam a abrir – casas de bingos no Uruguai, Argentina, Panamá, Bahamas e México.

O setor hoteleiro, sentindo a crise com taxa de ocupação caindo, já aplaude tentativa de volta de bingos e cassinos – muitos podem ficar nos hotéis. Esta sugestão foi bem vinda em seminário na última quinta-feira na Casa do Comércio em Salvador.

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Prestes Filho prepara livro sobre cadeia produtiva da economia dos jogos
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Leandro Mazzini

prestes

Foto extraída do spescoladeteatro.org.br

Após estudar os números do mercado do Carnaval, Luiz Carlos Prestes Filho lançará o livro “A cadeia produtiva da economia dos jogos”. Visitou o Congresso Nacional na última quinta-feira e entregou uma revista que editou sobre o tema a parlamentares.

Aliás, cresce a cada dia a aposta de parlamentares no Congresso pela regularização dos jogos no País. Do federal Danilo Forte (PMDB-CE):

“Um País que tem dois sorteios milionários da Mega Sena por semana quer proibir o jogo?”. Ele defende casas no Nordeste para fomentar o turismo na região.

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Volta de bingos e cassinos: Dilma prepara aposta e roda a roleta
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Leandro Mazzini

dilma

Cai a última resistência palaciana. A presidente Dilma Rousseff está disposta a legalizar os jogos, em especial autorizar a volta de bingos e cassinos, contam aliados próximos.

Em suma, se a Câmara e o Senado aprovarem o projeto de lei 442/91 em debate atualmente numa comissão especial, ela sanciona.

A Casa Civil já analisa como e quanto arrecadar, e que setor no Governo terá direito a repasses. Estimam-se R$ 20 bilhões por ano em impostos recolhidos.

Um fundo especial pode ser criado para destinar repasses à Educação, Cultura e Saúde. Na saúde, inclui-se o tratamento a ludopatas, os viciados em jogos, financiamento obrigatório do sistema público em vários países onde o jogo é legalizado.

Os cassinos são proibidos no Brasil há décadas. Os bingos foram proibidos pelo presidente Lula em 2003. À época houve protestos em várias capitais, porque o setor empregava milhares de pessoas.

O QUE É

O projeto em análise na comissão especial instalada na Câmara foi apresentado há 24 anos e estava engavetado. Ele dispõe sobre a legalização de jogos no Brasil. A proposta é de autoria do então deputado Renato Viana, e revoga os artigos 58 e seu paragrafo único do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei de Contravenções Penais). Ele legaliza o jogo do bicho, e receberá emendas também para legalizar as atividades de bingos e cassinos.


Câmara terá comissão especial para debater legalização dos jogos
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Leandro Mazzini

A Câmara instala hoje Comissão Especial para debater a criação do “Marco Regulatório dos Jogos no Brasil”.

É a opção de consenso por ora para o Governo federal aumentar a arrecadação sem precisar ressuscitar a famigerada CPMF.

A volta dos cassinos e bingos está em alta e bem aceita entre os parlamentares. Estudos apontam que a legalização dos jogos no País podem render até R$ 18 bilhões por ano em impostos à União. 


Legalização dos jogos pode render R$ 18 bilhões em impostos
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Leandro Mazzini

cassino

Há três anos circula no Congresso a proposta informal de defensores da legalização dos jogos como forma de reforçar o caixa da União, mas só agora, no desespero, o Governo começa a ceder – embora longe do consenso nas bancadas dos partidos.

Maior especialista no tema no Brasil, Magno José, presidente do Instituto Jogo Legal, diz que os políticos subestimam o poder de arrecadação na legalização de bingos, cassinos e até Jogo do Bicho.

“O potencial do mercado de jogo totalmente legalizado pode girar em torno de R$ 60 bilhões. Isso renderia até R$ 18 bilhões por ano à União”, diz Magno.

O especialista cita também o número de empregos formais que o mercado teria: 350 mil apenas no Jogo do Bicho. E 150 mil, por baixo, em bingos e cassinos.

A notícia da possibilidade da volta de bingos e cassinos começou a correr o mundo. Mas os players do setor desconfiam porque as tentativas anteriores foram ruins.

A turma dos jogos pode aportar no Brasil bilhões de reais, apenas nas construções de hotéis e cassinos, mas exige segurança jurídica e legislação similar a de seus países.

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CENÁRIO MUNDIAL

magnho

Magno – dados levantados nos cenários americano, europeu e asiático

Na América do Sul, apenas Brasil, Guiana, Guiana Francesa e Bolívia proíbem os jogos. No continente americano só não existe a legalização dos jogos nestes países e em Cuba.

Segundo dados do Instituto Jogo Legal, entre os 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), 75,52% têm o jogo legalizado e regulamentado – o Brasil está entre os 24,48% que não legalizaram esta atividade.

Já entre os 156 países que compõem a Organização Mundial do Turismo, 71,16% têm o jogo legalizado, no entanto entre os 28,84% (45 países) que não legalizaram a atividade, 75% são islâmicos e tem a motivação na religião. Nem todas as nações islâmicas proíbem jogos, caso do Egito e Turquia, países de maioria islâmica, mas que permitem os jogos.

Entre os 34 países que formam a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento ou Econômico (OCDE), chamados de grupo dos países ricos ou desenvolvidos, apenas a Islândia não permite jogos em seu território.

Já na perspectiva do G20 – grupo de países que o Brasil pertence – 93% das nações têm os jogos legalizados, apenas 6,97% ou três países não permitem: Brasil, Arábia Saudita e Indonésia, estes dois últimos são nações islâmicas.


Projeto da reativação de bingos e cassinos volta forte ao Congresso
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Leandro Mazzini

Pelo projeto, cassinos seriam permitidos em resorts no País. Foto extraída do mauoscar.com

Pelo projeto, cassinos seriam permitidos em resorts no País. Foto extraída do mauoscar.com

Entrou como grande aposta de avanço na pauta do Senado o PLS 186/14, o ‘Projeto do Jogo’, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), amigo de donos de bingos. Apresentada em maio passado, a proposta reativa os bingos e cassinos no Brasil e, embora seja tema polêmico e não consensual entre bancadas, ganhou forte apoio político nos últimos meses.

O PLS tramita na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, e chegou ao senador Anastasia dia 18 de março após desistência do senador Benedito de Lira (PP-AL), alvo de inquérito no STF na Operação Lava Jato. Mas a relatoria já foi devolvida para o presidente da Comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Desde o fechamento das casas de bingos, em 2003. A nova proposta abrange a legalização dos jogos de azar e inclui o Jogo do Bicho, os bingos, os caça-níqueis, a abertura de cassinos em resorts e os sites de apostas.

O ministro do Turismo, Vinícius Lages, é a favor. No texto do PLS, as disposições preliminares justificam a importância das casas de jogos ‘em reconhecimento ao seu valor histórico-cultural e à sua finalidade social para o País’.

O discurso na Câmara e Senado é de que, se bem regulamentados e fiscalizados, os bingos e cassinos poderiam render R$ 18 bilhões em tributos para o Tesouro, por ano. Em tempos de recessão na economia, aperto fiscal e tentativa de aumentar caixa para a União, seria uma boa alternativa para o Governo, apostam os defensores do projeto.

TRAMITAÇÃO

O PLS é terminativo (não vai a plenário) e terá sua decisão conclusiva na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas antes passará, além da Comissão de Turismo, pelas comissões de Ciência & Tecnologia e de Assuntos Econômicos (CAE). Estima-se que os principais embates de prós e contras sejam na CAE e na CCJ.


Jogos ilegais renderiam R$ 20 bi por ano ao Tesouro se oficializados
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Leandro Mazzini

Dados de anos de pesquisa do Instituto Jogo Legal, destacados pelo jornalista Magnho José, editor do Boletim Notícias Lotéricas, mostram que se o Brasil legalizasse o Jogo do Bicho, e autorizasse a volta dos bingos e cassinos, o País arrecadaria R$ 20 bilhões por ano em tributos.

A maioria dos países da América do Sul e Latina têm cassinos e bingos. Os cassinos já não funcionam mais no Brasil desde 1946, porque eram ‘contra os princípios morais’, mas tiveram sua era de ouro entre 1934 e 46.

O ex-presidente Lula proibiu os bingos no País em 2004, através de Medida Provisória, por suspeita de lavagem de dinheiro.


Boato sobre fim do Bolsa Família é desafio para Campos e Aécio
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Leandro Mazzini

domingo

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

Com 15 dias nas ruas, as equipes dos presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) já constataram que é real e estratégico o boato, patrocinado por opositores, de que vão extinguir benefícios sociais se um deles vencer a eleição.

Há indicativos de que o terrorismo eleitoral é promovido por petistas e militantes de partidos da base nos rincões do País e favelas de capitais.

No primeiro corpo-a-corpo que fez, há três semanas, foi o que Campos mais ouviu de moradores na favela Sol Nascente em Ceilândia (DF), a maior do País: ‘Esse pessoal que vem aí vai acabar com o Bolsa Família?’

‘DIREITO DE RESPOSTA’

Na campanha na TV que começa em agosto – considerada a grande largada por marqueteiros – Campos e Aécio vão dedicar minutos preciosos para desmentidos.

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PRESENTÃO 

Eleito com 3,1 milhões de votos, o senador Armando Monteiro (PTB), candidato ao governo de Pernambuco, licenciou-se do cargo e deu vaga ao suplente. Trata-se de um empresário de Caruaru, no agreste, que a exemplo de muitos colegas ‘ganha na loteria’ da noite para o dia: sem um voto e nenhuma expressão política, vira rei.

ALIÁS ..

O cargo de suplente é questionado por parlamentares, mas nunca entra na reforma política – sempre paliativa e figurativa – que o Congresso aprova em véspera de eleição.

FÊNIX

O favorito ao Senado em Pernambuco por ora é o petista João Paulo, ex-prefeito do Recife, na chapa de Armando Monteiro (PTB) ao governo. O cenário fortalece o PT no Estado, outrora rifado pela executiva nacional em várias negociações locais.

CASSINOS EM HOTÉIS

Cresceu a pressão parlamentar pela aprovação do PL 2826/08, que permite a volta dos cassinos, desta vez instalados apenas dentro de hotéis. Mas o PL divide as bancadas: os que aprovam, veem possibilidade de arrecadação de impostos. Os contra dizem que pode haver lavagem de dinheiro do crime organizado ( e do desorganizado também ).

 

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 OLHO GRANDE

magela

Magela. Foto: fotospublicas.com

Veja a confusão armada. Há 30 anos o governo do Distrito Federal cedeu para Embrapa grande área na satélite de Planaltina, com belo campo, nascentes e lago, onde desde então a estatal promove as principais pesquisas da área rural para o País. Agora, com a região valorizada, o governo requer de volta parte do terreno à beira de rodovia para construir moradias.

TUDO EM CASA 

Quem faz pressão para a retomada da área é o ex-secretário de Habitação do DF Geraldo Magela (PT), candidato ao Senado pela chapa do governador Agnelo Queiroz (PT). Ele prometeu o ‘Minha Casa Minha Vida’ para milhares de moradores da cidade satélite.

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DIREITA REDIVIVA  

Avança devagar e discreto o movimento eleitoral Direita Lúcida. Entre seus representantes estão o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), o ruralista Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o advogado Paulo Fernando Melo (PSDB-DF).  O grupo quer provar que, ao contrário do que esquerdistas apontam, não é mau ser de direita e conservador, faz parte do debate democrático – aliás, representantes deste segmento sumiram da política desde a ascensão do PT.