Coluna Esplanada

Arquivo : concessionárias

Mesmo com dinheiro do BNDES, ‘concessionárias aéreas’ pedem mais tempo
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Leandro Mazzini

A associação das concessionárias de aeroportos sócias da Infraero (Aneea) solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil “postergação do prazo para pagamento das outorgas anuais”, segundo assessoria da Anac.

Não se trata de alguns meses, e sim para mais alguns anos – caso extra-contrato. O pedido está em análise na Secretaria de Aviação Civil, do Ministério dos Transportes.

Como noticiou a Coluna, cinco delas devem R$ 2,3 bilhões – mais R$ 300 milhões se a Inframérica não pagar a parcela de São Gonçalo (RN) dia 25.

A multa somada do sexteto já alcança estupendos R$ 52 milhões.

Não bastasse o calote, vale lembrar que todas elas pegaram financiamento no BNDES. Ou seja, ‘compraram’ boa parte dos aeroportos com dinheiro público.

A que segue ‘em dia’ e com melhor situação é a argentina-brasileira Inframérica, que toca também um dos melhores do Brasil, o Aeroporto JK, de Brasília.

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Claret acumula poder na Infraero e concessionárias
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

O presidente da Infraero, o engenheiro Antônio Claret, foi confirmado membro do conselho administrativo da concessionária do Aeroporto de Viracopos (Campinas) no último dia 8.

Como estatal é sócia (49%) do grupo privado, tem três assentos no conselho, sem direito a jetom. O consórcio deve à União a parcela da outorga.

Com a palavra, o Comitê de Ética da Presidência da República.

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Calote de concessionárias de aeroportos chega a R$ 2,3 bilhões
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Leandro Mazzini

tabela-concessionarias

Cinco concessionários sócias da Infraero em aeroportos estão em atraso com suas parcelas de repasse à União e devem, juntas, cerca de R$ 2,3 bilhões – sem contar as multas, que somadas já alcançam aproximadamente R$ 52 milhões em valores de hoje – além dos ainda não calculados juros pela taxa Selic.

Os dados são da assessoria da ANAC.

As concessionárias Triunfo (Viracopos), que tem UTC de sócia, e Invepar (Guarulhos), com a OAS – ambas as empreiteiras enroladas na Lava Jato – não pagaram as parcelas vencidas na última segunda-feira (11).

O ‘boleto’ de Viracopos é de R$ 173,7 milhões e o de Guarulhos chega a R$ 1,1 bilhão.

As concessionárias dos aeroportos internacionais do Rio (Galeão), que tem a Odebrecht como principal sócia, e de Belo Horizonte (Confins) da BH Airport, devem R$ 933,4 milhões e 74,4 milhões respectivamente.

A parcela da Inframérica, que administra o de Brasília (JK), vence dia 24 de julho, no valor de R$ 246,5 milhões. Parte da parcela do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (Natal) foi depositada.

NO MPF

Ontem, a Associação Nacional de Empregados da Infraero, a ANEI, decidiu protocolar no Ministério Público Federal denúncia sobre o calote.

A entidade lembra que, com as concessões, houve pressão para demissões voluntárias na Infraero, transferências forçadas de funcionários para a administração das concessionárias e acusam desmonte da estatal.

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Empregados da Infraero denunciam calote de concessionárias ao MP
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Leandro Mazzini

A Associação dos Empregados da Infraero vai protocolar no Ministério Público Federal denúncia de calote das concessionárias sócias da Infraero.

Pelo menos três concessionárias que administram lucrativos aeroportos estão com parcelas milionárias vencidas.

Como notório, houve demissões na Infraero e plano de demissão voluntário à época do início das concessões, e os empregados desde o início denunciam o desmonte da estatal.


Infraero comemora ascensão de técnicos mas concessionárias preocupam
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Leandro Mazzini

O setor aéreo privado e gestores públicos comemoram a ascensão na Infraero dos engenheiros Dario Rais Lopes, técnico especialista em infraestrutura, e Antonio Claret, o novo presidente, especialista em Gestão.

Enquanto isso, porém, a estatal sangra com a concessão dos terminais lucrativos.

Os empregados temem o calote das concessionárias, como já noticiado ( leia aqui  e  aqui ). Ou seja, além de a Infraero perder as receitas, o Governo corre risco de não receber os repasses da concessão.

A situação vai parar no TCU e no MP Federal, prevê um falcão da turma.

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Rodovias: Governo descobre jeitinho das concessionárias contra custos
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Leandro Mazzini

Mais óleo na pista.

O Governo Michel Temer descobriu um jeitinho bem brasileiro das concessionárias de rodovias para faturar – e elas estão em apuros financeiros.

Com as balanças não instaladas nos postos fantasmas (e novos) da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), sem a devida fiscalização a turma do pedágio está repassando para o motorista os custos do desgaste do asfalto, nos reajustes de tarifas.

Atualização segunda, 23, 22h35 – Em nota enviada, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias – ABCR informa que as administradoras das rodovias “não estão com dificuldades financeiras. Em 2015 foram investidos mais de R$ 6 bilhões nas rodovias concedidas e estão previstos mais de R$ 49 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos”.

“Com relação aos reajustes, a ABCR esclarece que a ANTT autorizou o reequilíbrio das tarifas dos pedágios como consequência direta da Lei dos Caminhoneiros, medida que aumenta os limites de sobrecarga dos veículos. Cabe salientar que a iniciativa causa impactos na vida útil do pavimento, aumenta os custos de manutenção e compromete a segurança dos usuários de rodovias”.

“Com isso as concessionárias de rodovias aplicaram os devidos reequilíbrios econômico-financeiros, previstos em contrato. Não há qualquer relação com as balanças de checagem”.

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Óleo na pista: concessionárias de rodovias em apuros financeiros
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Leandro Mazzini

pedagio

O novo Governo está preocupado com um dado descoberto. Concessionárias de rodovias correm risco de quebrar até julho se não houver aporte do BNDES.

Assim como as dos aeroportos, estas concessionárias atrasam repasses à União.

Uma das empresas fatura R$ 1 milhão por dia, mas tem R$ 150 milhões em obras para pagar e contratar por acordo. E o bancão está fechando a torneira.

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